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02 novembro 2017
26 agosto 2014
Contrabando e o Senhor Mercado
O governo, ao tentar fazer "política econômica" dando incentivos a determinados setores da sociedade, termina por gerar distorções. Estes efeitos colaterais da intervenção do governo são imediatamente aproveitados pelo mercado. Na Venezuela temos a gasolina mais barata do mundo graças a presença forte da PDVSA e do excesso de petróleo. A distorção em manter o preço abaixo do praticado em outros países provoca efeitos. No texto a seguir apresenta-se o "contrabando" de gasolina para outros países:
(Fotografia, aqui)
O contrabando de gasolina produzida na Venezuela para países vizinhos é atualmente um dos maiores problemas que o governo do presidente Nicolás Maduro enfrenta. Analistas econômicos estimam que, na fronteira com a Colômbia, esse mercado ilegal movimente mais dinheiro que o narcotráfico.
"Esses lucros são tão grandes que se estima que o contrabando de gasolina produza mais lucro do que o tráfico de drogas", disse ontem ao Estado o economista Rafael Quiroz, especialista em petróleo e professor da Universidade Central da Venezuela. Entre 2002 e 2003, Quiroz dirigiu o escritório da presidência da Petróleos de Venezuela (PDVSA), a estatal que controla a produção do insumo no país.
De acordo com o analista, os contrabandistas de combustível conseguem lucros de "mais de 10.000%" ao comercializar ilegalmente o produto venezuelano na Colômbia. "Temos a gasolina mais barata do mundo (em termos de vendas ao consumidor)", disse Quiroz, explicando que a extrema depreciação do bolívar em relação ao dólar e o baixo valor da moeda venezuelana em relação ao peso colombiano - que vale cerca de 40 vezes mais do que o dinheiro da Venezuela - contribui para que os ganhos dos traficantes seja tão alto.
Alertando que "faltam fontes confiáveis", o economista Juan Socías, diretor do Grupo Soluciones, calcula que até 400 mil pessoas - cerca de 300 mil do lado colombiano da fronteira e "pouco menos de 100 mil" do lado venezuelano - vivam atualmente do contrabando de gasolina.
O especialista explicou que a discrepância entre o preço do combustível praticado na Venezuela e no restante da América Latina, que em média chega a US$ 1,29 por litro, é responsável "essa distorção natural".
"O contrabando de gasolina é evidente. Nas estradas da Colômbia (próximo à fronteira com a Venezuela) é possível encontrar pessoas vendendo gasolina colombiana durante todo o dia. Essa magnitude do tráfico é realmente muito grande", disse Socías.
Apreensão. Segundo Quiroz, "no eixo fronteiriço" entre as cidades venezuelanas de Ureña e San Antonio del Táchira e a região de Cúcuta, no Departamento (Estado) colombiano de Norte de Santander, "pode haver desemprego, mas não há desocupação".
De acordo com ele, no entanto, o contrabando de gasolina venezuelana não se destina somente à Colômbia, mas também para países caribenhos e ilhas vizinhas, principalmente Curaçau, Aruba, Bonaire, Jamaica e as Ilhas Cayman. O analista afirmou que, dos cerca de 150 mil barris de gasolina contrabandeados diariamente para fora da Venezuela, 70 mil vão para a Colômbia e os 80 mil restantes, para o Caribe.
O vice-presidente venezuelano, Jorge Arreaza, informou no sábado que a Força Armada Nacional Bolivariana (FANB) apreendeu 63 mil litros de combustível e 10 toneladas de alimentos durante uma operação realizada na região da fronteira, no município venezuelano de Mara, no Estado de Zulia, na divisa com o território colombiano.
De acordo com Arreaza, um major do Exército venezuelano foi morto na noite da sexta-feira quando dava apoio às operações contra o contrabando na região da fronteira entre os dois países.
Desde o dia 11, o governo da Venezuela tem fechado as passagens fronteiriças com a Colômbia com a intenção de coibir a passagem ilegal de diversos produtos para o país vizinho, principalmente gasolina e alimentos. Segundo o presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, o chavista Diosdado Cabello, as operações contra esse tipo de crime têm ocorrido diariamente.
Confrontos. O vice-presidente afirmou ainda que os alimentos apreendidos nas operações da semana passada eram, principalmente, gêneros de primeira necessidade, como arroz, óleo e açúcar. De acordo com Arreaza, os produtos, com preços subsidiados, foram encontrados em 20 casas e seriam redistribuídos em mercados particulares de Zulia com valores reajustados.
Segundo o general Vladimir Padrino López, 111 pessoas já foram detidas desde o início das operações contra o contrabando - 61 delas tiveram prisões preventivas decretadas e deverão aguardar pelo início do julgamento na cadeia. De acordo com as autoridades venezuelanas, a última operação na região apreendeu na região de fronteira quase 200 mil cápsulas de diclofenaco sódico (anti-inflamatório) e mais de 102 mil pílulas de amoxicilina (antibiótico) - duas pessoas foram presas.
No sábado, houve um confronto entre contrabandistas e forças militares na cidade de Guajira. Os criminosos queimaram um carro da FANB. Foi o segundo ataque a unidades do Exército, que foram enviadas à fronteira com a Colômbia para combater o contrabando.
(Fotografia, aqui)
O contrabando de gasolina produzida na Venezuela para países vizinhos é atualmente um dos maiores problemas que o governo do presidente Nicolás Maduro enfrenta. Analistas econômicos estimam que, na fronteira com a Colômbia, esse mercado ilegal movimente mais dinheiro que o narcotráfico.
"Esses lucros são tão grandes que se estima que o contrabando de gasolina produza mais lucro do que o tráfico de drogas", disse ontem ao Estado o economista Rafael Quiroz, especialista em petróleo e professor da Universidade Central da Venezuela. Entre 2002 e 2003, Quiroz dirigiu o escritório da presidência da Petróleos de Venezuela (PDVSA), a estatal que controla a produção do insumo no país.
De acordo com o analista, os contrabandistas de combustível conseguem lucros de "mais de 10.000%" ao comercializar ilegalmente o produto venezuelano na Colômbia. "Temos a gasolina mais barata do mundo (em termos de vendas ao consumidor)", disse Quiroz, explicando que a extrema depreciação do bolívar em relação ao dólar e o baixo valor da moeda venezuelana em relação ao peso colombiano - que vale cerca de 40 vezes mais do que o dinheiro da Venezuela - contribui para que os ganhos dos traficantes seja tão alto.
Alertando que "faltam fontes confiáveis", o economista Juan Socías, diretor do Grupo Soluciones, calcula que até 400 mil pessoas - cerca de 300 mil do lado colombiano da fronteira e "pouco menos de 100 mil" do lado venezuelano - vivam atualmente do contrabando de gasolina.
O especialista explicou que a discrepância entre o preço do combustível praticado na Venezuela e no restante da América Latina, que em média chega a US$ 1,29 por litro, é responsável "essa distorção natural".
"O contrabando de gasolina é evidente. Nas estradas da Colômbia (próximo à fronteira com a Venezuela) é possível encontrar pessoas vendendo gasolina colombiana durante todo o dia. Essa magnitude do tráfico é realmente muito grande", disse Socías.
Apreensão. Segundo Quiroz, "no eixo fronteiriço" entre as cidades venezuelanas de Ureña e San Antonio del Táchira e a região de Cúcuta, no Departamento (Estado) colombiano de Norte de Santander, "pode haver desemprego, mas não há desocupação".
De acordo com ele, no entanto, o contrabando de gasolina venezuelana não se destina somente à Colômbia, mas também para países caribenhos e ilhas vizinhas, principalmente Curaçau, Aruba, Bonaire, Jamaica e as Ilhas Cayman. O analista afirmou que, dos cerca de 150 mil barris de gasolina contrabandeados diariamente para fora da Venezuela, 70 mil vão para a Colômbia e os 80 mil restantes, para o Caribe.
O vice-presidente venezuelano, Jorge Arreaza, informou no sábado que a Força Armada Nacional Bolivariana (FANB) apreendeu 63 mil litros de combustível e 10 toneladas de alimentos durante uma operação realizada na região da fronteira, no município venezuelano de Mara, no Estado de Zulia, na divisa com o território colombiano.
De acordo com Arreaza, um major do Exército venezuelano foi morto na noite da sexta-feira quando dava apoio às operações contra o contrabando na região da fronteira entre os dois países.
Desde o dia 11, o governo da Venezuela tem fechado as passagens fronteiriças com a Colômbia com a intenção de coibir a passagem ilegal de diversos produtos para o país vizinho, principalmente gasolina e alimentos. Segundo o presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, o chavista Diosdado Cabello, as operações contra esse tipo de crime têm ocorrido diariamente.
Confrontos. O vice-presidente afirmou ainda que os alimentos apreendidos nas operações da semana passada eram, principalmente, gêneros de primeira necessidade, como arroz, óleo e açúcar. De acordo com Arreaza, os produtos, com preços subsidiados, foram encontrados em 20 casas e seriam redistribuídos em mercados particulares de Zulia com valores reajustados.
Segundo o general Vladimir Padrino López, 111 pessoas já foram detidas desde o início das operações contra o contrabando - 61 delas tiveram prisões preventivas decretadas e deverão aguardar pelo início do julgamento na cadeia. De acordo com as autoridades venezuelanas, a última operação na região apreendeu na região de fronteira quase 200 mil cápsulas de diclofenaco sódico (anti-inflamatório) e mais de 102 mil pílulas de amoxicilina (antibiótico) - duas pessoas foram presas.
No sábado, houve um confronto entre contrabandistas e forças militares na cidade de Guajira. Os criminosos queimaram um carro da FANB. Foi o segundo ataque a unidades do Exército, que foram enviadas à fronteira com a Colômbia para combater o contrabando.
15 maio 2012
25 outubro 2011
Petrobras, Cide e Preço
Um texto interessante do Estado de São Paulo (Petrobrás [sic] quer Cide para reforçar Caixa) mostra o problema da defasagem do preço interno do combustível.
O governo pressionou a Petrobras para não repassar aos consumidores o aumento do preço internacional do petróleo. Isto naturalmente tem reflexo no resultado e no caixa da empresa. A proposta é que o governo reduza uma contribuição presente no preço interno, denominada Cide, e mantenha o preço atual.
Segundo cálculos feitos pelo Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), em oito anos a estatal deixou de ganhar R$ 9 bilhões apenas por causa da defasagem nos preços. Internamente, entretanto, fontes da Petrobrás dizem que o rombo é ainda maior. A conta do CBIE é feita com base nas cotações do mercado à vista do Golfo, mas a Petrobrás teria contratos prefixados, alguns com preços maiores.
No mercado, os analistas veem poucas chances de parte do prejuízo ser compensada pela Cide - como deseja a Petrobrás - e já começam a se preocupar com o tamanho da queda no lucro da estatal no balanço do terceiro trimestre. A alta de quase 20% do dólar no período pode representar uma queda entre R$ 2 bilhões e R$ 4 bilhões no resultado da empresa, de acordo com Maurício Pedrosa, sócio da gestora de recursos Queluz. No último trimestre, a estatal registrou lucro recorde de R$ 10,9 bilhões, sendo R$ 2,8 bilhões decorrentes da desvalorização do dólar na época.
(imagem, aqui)
O governo pressionou a Petrobras para não repassar aos consumidores o aumento do preço internacional do petróleo. Isto naturalmente tem reflexo no resultado e no caixa da empresa. A proposta é que o governo reduza uma contribuição presente no preço interno, denominada Cide, e mantenha o preço atual.
Segundo cálculos feitos pelo Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), em oito anos a estatal deixou de ganhar R$ 9 bilhões apenas por causa da defasagem nos preços. Internamente, entretanto, fontes da Petrobrás dizem que o rombo é ainda maior. A conta do CBIE é feita com base nas cotações do mercado à vista do Golfo, mas a Petrobrás teria contratos prefixados, alguns com preços maiores.
No mercado, os analistas veem poucas chances de parte do prejuízo ser compensada pela Cide - como deseja a Petrobrás - e já começam a se preocupar com o tamanho da queda no lucro da estatal no balanço do terceiro trimestre. A alta de quase 20% do dólar no período pode representar uma queda entre R$ 2 bilhões e R$ 4 bilhões no resultado da empresa, de acordo com Maurício Pedrosa, sócio da gestora de recursos Queluz. No último trimestre, a estatal registrou lucro recorde de R$ 10,9 bilhões, sendo R$ 2,8 bilhões decorrentes da desvalorização do dólar na época.
(imagem, aqui)
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