A gamificação é o uso de jogos para "cativar" as pessoas, por meio de desafios e bonificações. Esta é uma técnica antiga, mas que nos dias atuais tornou-se presente em diversas áreas, como ensino e trabalho.
Usa-se jogos para incentivar a aprendizagem de um estudante. Se ele passa de uma lição no Duolingo, ganha "lingotes". Mensagens de estímulo aparecem quando erra e felicitações quando acerta. O site informa quantos pontos você fez e as pessoas que mais fizeram pontos na semana ou mês. É um grande incentivo para você buscar aprender uma língua.
A gamificação está também nas relações trabalhistas. Recentemente, Sarah Mason escreveu um artigo para o Logic sobre isto. O texto não é acadêmico, mas traz algumas contribuições interessantes. Sarah é motorista de aplicativo e encontrou neste trabalho uma forma de sobrevivência. O aplicativo estabelece metas, parabeniza se você tiver boas notas, estabelece suas rotas e determina alguns bônus. Isto tudo é feito através do algoritmo da empresa. Para Mason, se existe algo real e quantificado, pode ser "gamificado".
Ela se pergunta qual a razão de buscar trabalhar muito para ter boas notas? Não recebe mais por isto. A gamificação manipula os seus sentimentos, induzindo a buscar notas mais altas. Segundo ela, nos dias atuais, entre o capital e o trabalho, há um algoritmo. Outra observação interessante é que um motorista de aplicativo, nos Estados Unidos, recebe um valor abaixo do salário mínimo da região. Mais ainda, o próprio Uber considera que o McDonald´s é seu grande "inimigo" na busca de trabalhadores. São reflexões interessantes e relevantes para os dias atuais.
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30 setembro 2019
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