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06 fevereiro 2020

Receita ou faturamento

A receita de publicidade do Youtube ultrapassou US$ 15 bilhões no ano fiscal de 2019, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (03/01) pela Alphabet, companhia dona do Google. É primeira vez que a empresa divulga números de receita da plataforma. No último trimestre do ano passado, o Youtube obteve faturamento de US$ 4,7 bilhões com a venda de anúncios — acima dos US$ 3,61 bilhões registrados nos últimos três meses de 2018, segundo a empresa.

Entretanto, a Alphabet afirma que "a maioria" da receita de publicidade do YouTube é redirecionada aos criadores de conteúdo da plataforma — assim, fica difícil saber o quanto os anúncios rendem em lucro para a empresa.

Eis uma questão contábil interessante: como classificar os 15 bilhões. Se fôssemos usar a similaridade com uma agência de viagem, que vende uma passagem e repassa a maior parte do valor para a cia aérea, talvez o mais adequado fosse registrar o valor com receita bruta, deduzindo dos custos dos criadores de conteúdo. Mas tomando um paralelo com uma "indústria", o valor para os criadores de conteúdo seria como um "custo dos serviços prestados", podendo os 15 bilhões ser uma receita líquida. Confuso, não?

12 maio 2018

Desafio aos leitores

Veja um problema de contabilidade e/ou matemática, a partir de uma notícia de jornal (Procuradoria do Estado do Rio tenta evitar parcelamento de dívida em 2.097 anos, Renata Batista, O Estado de S.Paulo, 10 Maio 2018). Os elementos são esses:

A Procuradoria Geral do Estado do Rio de Janeiro (PGE-RJ) está brigando na justiça para evitar que uma empresa parcele em 2.097 anos uma dívida tributária. O recurso visa também garantir que a empresa possa ser acionada criminalmente, já que ela simulou de forma irregular milhões de reais em crédito fiscal sem lastro. (...) A situação foi criada depois que uma decisão da 11ª Vara de Fazenda Pública autorizou a empresa F’Na é Ouro Gestão de Franchising e Negócios, que atuou até 2012 na distribuição de bebidas para o grupo Petrópolis, a limitar as parcelas mensais de uma dívida de R$ 1,1 bilhão a 2% do seu faturamento.


Qual o valor do faturamento da empresa?

17 janeiro 2012

Teste 538

Muitas vezes uma notícia de um jornal pode funcionar como um bom estudo de caso. Veja o caso de um texto publicado no Brasil Econômico (Vender crédito para celular vira negócio bilionário no Brasil, Cibelle Bouças, 16 de jan de 2012) sobre empresas de revenda de créditos de celular. Uma destas empresas, a RV Tecnologia, fechou o ano de 2011 com um faturamento de R$1,55 bilhão. Poucas empresas brasileiras conhecem este valor.

A RV atua no Nordeste e Norte. Ela vende recarga de celular de operadoras de telefonia (TIM, Oi, etc). A empresa compra os créditos das operadoras por um valor mais baixo e fica com a diferença. Pela informação do texto, seria de 9%. Ou seja, do faturamento de R$1,55 bilhão, a RV ficou com 9% disto ou 140 milhões de reais.

Qual o valor da receita?

Resposta do Anterior: Totalmente errado.

18 agosto 2011

Faturamento


O governo pretende desonerar a folha de pagamento para alguns setores. Isto significa dizer que existe um movimento no sentido de retirar o pagamento de tributos sob os salários e estabelecer outra base. A escolha foi o faturamento. O governo já adiantou que será 1,5% do faturamento.

Entretanto, os ministros da área econômica aparentemente não sabiam a diferença entre faturamento bruto e líquido. Ao ser perguntado qual faturamento seria um disse que não sabia.

Perguntado pelo Valor, Pimentel demorou a responder, fugindo de seu estilo habitual, em que as respostas saem de bate-pronto. Finalmente, depois de alguns segundos em silêncio, ele respondeu: "Eu acho que é sobre o faturamento bruto."

O jornal completa:

É sobre o faturamento bruto que incidem tributos como ICMS, ISS, PIS-Cofins, IPI etc. Empresas de capital aberto divulgam em seus balanços o faturamento líquido, que é aquele, entendem, que deriva do negócio em si, isto é, a receita obtida com a venda de seu produto ou serviçodescontada dos impostos. 

01 abril 2010

Isto importa?

Foi pelo Twitter que Luiza Helena Trajano, presidente da rede de varejo Magazine Luiza, decidiu quebrar o silêncio após a fusão entre Ricardo Eletro e Insinuante.

"Recebi com tranquilidade a notícia da mais nova fusão do varejo. O mercado vai assistir a muitos movimentos como esse", tuitou a empresária.

E disse mais: "Começamos o ano muito bem. Nossa previsão para 2010 é faturar R$ 5 bilhões, o que manterá o Magazine Luiza em segundo lugar no varejo."

O Magazine Luiza negociou a compra do controle da Insinuante, assim como tentou a compra do Ponto Frio, que acabou sendo adquirida pelo Grupo Pão de Açúcar.

O Magazine Luiza faturou no ano passado R$ 3,8 bilhões, um resultado 18,7% superior ao de 2008. Para atingir a meta deste ano, a empresa terá de crescer mais de 30% ao ano em vendas. Por enquanto, os planos estão sendo realizados.

"Nos primeiros três meses, crescemos 35%. E planejamos mais 30 lojas para São Paulo, em 2010", tuitou a empresária.

Ricardo Eletro e Insinuante também estão prevendo um faturamento de R$ 5 bilhões neste ano. Se mais nenhuma fusão acontecer, vai ganhar a posição quem realmente for eficiente em vendas.

Magazine Luiza não vai perder o segundo lugar, garante Luiza Trajano - Regiane de Oliveira – Valor Econômico


 

Para a gestão financeira da empresa, o que é relevante não é o valor do faturamento, mas a geração de valor. Apesar de o faturamento trazer benefícios indiretos, como poder de negociação com os fornecedores, percebe-se que o torna valioso para o empresário é o "poder" de ser o maior.

02 abril 2008

Contabilidade e PCC


Reportagens do Estadão mostram a questão da contabilidade no mundo do crime.

Justiça determina investigação da contabilidade do PCC

São Paulo - A procuradora da República Adriana Scordamaglia pediu e a juíza Paula Mantovani Avelino, da 1ª Vara Criminal Federal, determinou a abertura de inquérito para apurar a lavagem de dinheiro do crime organizado. A ordem para a investigação foi baseada na apreensão da contabilidade da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), que estava com Wagner Roberto Raposo Olzon, o 'Fusca', preso em 28 de fevereiro. A investigação será feita pela Polícia Federal.

Foi a procuradora que denunciou por tráfico internacional de drogas Olzon e Christian Francisco de Souza. Além da contabilidade do PCC, com os acusados foram apreendidos 2 quilos de cocaína e R$ 674 mil, dinheiro que, segundo a procuradora, foi oferecido aos policiais das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) para que soltassem os acusados.

A contabilidade do PCC, conforme revelou o jornal O Estado de S. Paulo, mostrou que o faturamento da organização criminosa cresceu 511% em dois anos e meio. A facção arrecada agora R$ 4,8 milhões por mês - em 2005, o faturamento era de R$ 800 mil. Olzon tinha também um relatório de viagem para a Bolívia, no qual descreve o acordo feito com traficantes bolivianos ligados às Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) para o fornecimento de 1 tonelada de cocaína, de fuzis e de explosivos para atentados.

Por fim, Olzon carregava cópias de transcrições de escutas telefônicas feitas pela inteligência policial. Para o Gaeco, foi o advogado Sérgio Wesley da Cunha, que está preso, quem entregou as cópias a Olzon. Os documentos saíram do processo da Vara de Execuções Criminais sobre a internação no Regime Disciplinar Diferenciado (RDD) dos líderes do PCC Julio Cesar Guedes de Moraes e Daniel Vinícius Canônico. Nas conversas, eles revelaram o plano de montar uma central de escutas clandestinas para vigiar autoridades. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo (AE)


O texto a seguir foi enviado por José Lúcio (grato)

23 abril 2007

Um país não é uma empresa

É muito comum encontrar frases comparando um país com uma empresa. Normalmente compara-se o faturamento de uma empresa com o PIB de um país. Por exemplo, Philip Hensher, no The Independent, afirma que o faturamento da Tesco, de 42 bilhões de libras, é superior ao PIB do Peru.

Ao criticar esta comparação, o blog Adam Smith afirma que o correto seria utilizar o lucro, em lugar do faturamento. Neste caso a posição da Tesco corresponderia a Bahamas.

Na verdade o lucro seria uma aproximação. O melhor seria o valor adicionado, obtido na DVA (Demonstração do Valor Adicionado).

24 fevereiro 2007

1 bilhão por dia

Em 1955 a GM foi a primeira empresa com um faturamento de 1 bilhão por ano. Em 2006 tivemos a Wal-Mart e a Exxon com um faturamento de 1 bilhão por dia. Apesar da comparação ser prejudicada pela inflação do período e pelo fato da economia ter crescido no período. (Clique aqui para ler mais)