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Mostrando postagens com marcador fake news. Mostrar todas as postagens
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14 novembro 2022

Twitter, Eli Lilly e como uma notícia falsa representou 30 bi em valor de mercado

A Eli Lilly é uma grande empresa farmacêutica. Como tal, envolvida em polêmica. Uma delas é o preço do remédio para diabetes. Entre 2012 e 2016, o preço pago anual para uma pessoa com o tipo 1 da doença nos Estados Unidos dobrou, de 2900 para 5700 dólares. 

No final de semana, a empresa esteve envolvida em uma fake news interessante:

Uma mensagem anônima, de uma pessoa que seria da empresa, afirmou que o preço da insulina seria zero. A empresa perdeu 30 bilhões de dólares de valor de mercado. Como a pessoa gastou 8 dólares para criar uma notícia falsa, seria o melhor uso de 8 dólares da história da humanidade. 
Eis outra mensagem interessante, agora do ex-candidato à presidência, Sanders:
Parte do problema teve sua origem no Twitter. Musk lançou um serviço de mensagem verificada. Isto juntou com a possibilidade de alterar o nome da tela no Twitter fez com que surgisse contas falsas de políticas, celebridades e corporações, como da Eli Lilly. 


03 agosto 2022

Cinco maneiras de lutar contra a desinformação


Segundo Tim Harford:

1. Muita desinformação é simples demais - basta parar um pouco para saber que fruta cítrica não combate o covid. 

2. Devemos desacelerar e prestar atenção na nossa reação - não caímos no conto por sermos estúpidos, mas por sermos emotivos. 

3. Temos aliados - há verificadores de boatos e céticos que verificam a desinformação

4. A descrença também pode ser ruim e termina por reduzir o impacto de uma realidade triste

5. Não devemos perder de vista o que importa

Todo artigo de jornal que você leu, todo debate político que assistiu, toda conversa que teve e todas as postagens de mídia social que você já pensou em compartilhar - todos eles o prepararam para a tarefa desafiadora e essencial de assumir a responsabilidade pelo que você lê, compartilha, acredita e não acredita.

Imagem: Markus Winkler

01 agosto 2022

Política e Mídia Social

 O trabalho foi realizado no Brasil e focou na expansão da mídia social. O abstract:

We study the relationship between the spread of social media platforms and the communication and responsiveness of politicians towards voters, in the context of the expansion of Facebook in Brazil. We use self-collected data on the universe of Facebook activities by federal legislators and the variation in access induced by the spread of the 3G mobile phone network to establish three sets of findings: (i) Politicians use social media extensively to communicate with constituents, finely targeting localities while addressing policy-relevant topics; (ii) They increase their online engagement, especially with places where they have a large pre-existing vote share; but (iii) They shift their offline engagement (measured by speeches and earmarked transfers) away from connected municipalities within their base of support. Our results suggest that, rather than increasing responsiveness, social media may enable politicians to solidify their position with core supporters using communication strategies, while shifting resources away towards localities that lag in social media presence.

O último parágrafo da conclusão é desanimador:

With those caveats in mind, our evidence provides additional reasons to be skeptical of positive effects of social media on political accountability, even leaving aside concerns with “fake news” or misinformation that have become widespread in recent years. Social media can empower politicians relative to voters, and make them overall less responsive as a result.

05 abril 2021

Fake News e Wikipedia


Sou fã da Wikipedia. Uso bastante e já fiz doação para a Fundação. Mas, por ser "aberta", há muito preconceito contra seu conteúdo. Um artigo do The Conversation mostra como pesquisar a Fake News. E o autor, usando uma notícia que o Big Ben foi roubado dos palestinos, diz:

Então, indo lateralmente, fui direto para a Wikipedia para pesquisar o Big Ben . Ao contrário das rejeições esnobes de alguns acadêmicos, a Wikipedia é talvez o mecanismo mais robusto de revisão por pares já criado. Embora possa ser editado por qualquer pessoa e as entradas sobre tópicos controversos sejam ocasionalmente imprecisas, os processos de supervisão e controle editorial da Wikipedia , incluindo a insistência em citações precisas para fundamentar afirmações, tornam-no uma primeira parada útil em qualquer jornada de verificação de fatos.

Imagem: Wikipedia

20 julho 2020

Teoria da Conspiração e Fake News


Comentamos em postagem anterior sobre a importância das mídias sociais para a contabilidade. Um assunto próximo a este, também relevante, são as teorias da conspiração. O Estado faz um resumo sobre o assunto bem interessante (aqui). Há inclusive um manual sobre o assunto, em PDF, com um bom embasamento.

Imagem aqui

30 junho 2020

Como descobrir fake news?

Você já deve estar cansado de receber notícias que não são verdadeiras. Nic Fleming, em Coronavirus misinformation, and how scientists can help to fight it, apresenta oito regrinhas que mostram como isto está sendo combatido pelos cientistas. Fiz uma breve adaptação, baseado na minha experiência pessoal, de apontar "fake news" nas mensagens que recebo.

Fonte suspeita. Fontes vagas e não rastreáveis, como "médico amigo de um amigo" ou "cientistas holandeses", devem tocar o alarme. Além disto, aquele irmão (ou conhecido) que tradicionalmente manda "fake news", mesmo sendo avisado constantemente, deve ser sempre um suspeito. Memorize quem costuma mandar fake news.

Má linguagem. A maioria das fontes confiáveis ​​são comunicadores regulares; portanto, a ortografia, a gramática ou a pontuação inadequadas são motivos de suspeita.

Contágio emocional. Se algo o deixa com raiva ou muito feliz, fique atento. Diversos sabem que as mensagens que desencadeiam emoções fortes são mais compartilhadas. Tome especial cuidado com aquela mensagem que tem o selo "encaminhada".

Notícias de ouro ou ouro de tolo? Pérolas genuínas são raros. Se as informações forem relatadas por apenas uma fonte, tenha cuidado - especialmente se sugerir que algo está sendo oculto de você. Tome cuidado com as "conspirações".

Contabilidade falsa. O uso de contas falsas de mídia social, como @BBCNewsTonight é um truque clássico. Procure também imagens enganosas e endereços da web falsos. Tome cuidado com alguns sites ou contas que não são confiáveis.

Oversharing. Se alguém pede que você compartilhe as notícias sensacionais, ele pode querer apenas uma parte da receita resultante da publicidade. Desconfie da mensagem que vem com um "compartilhe" ou algo do gênero.

Siga o dinheiro. Pense em quem pode ganhar com você acreditando em reivindicações extraordinárias.

Verificação de fatos. Vá além das manchetes e leia uma história até o fim. Se parecer dúbio, pesquise sites de verificação de fatos para ver se ele já foi desmascarado. Esta é uma boa dica. Geralmente quem passa notícia falsa é um preguiçoso, que meramente copia e cola a notícia, sem se dar ao trabalho de verificar. Vá no Google, escreva parte da mensagem entre aspas e depois digite "boato". Há grande chance de ter um resultado, onde uma fonte confiável desmascarou a fake news.

Constatado a Fake News não deixe de replicar, para quem encaminhou, sua descoberta, indicando o link do site. Quem sabe um dia esta pessoa ficará mais atenta.

(Observação final: apesar dos cuidados, é muita fácil ser vítima. Recentemente tinha postado aqui algo - que por coincidência aparece no texto de Fleming - sobre leões sendo usado por Putin na Rússia. A Isabel, atenta, retirou a postagem e me alertou. Vergonha) 

01 junho 2020

Fake News

Por que notícias falsas se espalham tão rapidamente nos dias atuais? Eis uma resposta interessante:

Os pesquisadores monitoram o fluxo de informações on-line há anos e têm uma boa noção de como os rumores não confiáveis começam e se espalham. Nos últimos 15 anos, a tecnologia e as normas sociais em constante mudança removeram muitos dos filtros que foram colocados em informações, diz Amil Khan, diretor da agência de comunicações Valent Projects em Londres, que trabalhou na análise de informações erradas para o governo do Reino Unido. Os rumoreiros que poderiam ter sido isolados em suas comunidades locais podem se conectar com céticos com ideias semelhantes em qualquer lugar do mundo. As plataformas de mídia social que eles usam são executadas para maximizar o envolvimento do usuário, em vez de favorecer informações baseadas em evidências. Como essas plataformas explodiram em popularidade na última década e meia, também cresceram o partidarismo político e as vozes que desconfiam das autoridades.

Se antigamente uma comunidade poderia isolar uma pessoa fofoqueira e mentirosa, nos dias atuais isto é muito difícil. Imagine um grupo de Whatsupp com cem pessoas; a identificação de um membro que espalha constantemente notícias falsas é mais difícil, assim como a exclusão do grupo. Mais ainda:

Para agravar:

Um estudo em 2018 sugeriu que as notícias falsas geralmente viajam mais rápido do que as notícias confiáveis no Twitter. 

O gráfico mostra a correção de notícias falsas relacionadas com o Covid ao longo do tempo: 
Sendo a contabilidade um fonte que busca produzir informações confiáveis sobre uma entidade, a perspectiva de utilização errônea ou uma interpretação inadequada precisa ser considerada pelos reguladores.