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10 março 2022
22 abril 2020
Atuação Profissional em Contabilidade
O perfil @contabilidadeemgeral, no Instagram, está realizando entrevistas ao vivo (lives) tendo como tema a "Atuação Profissional em Contabilidade".
A professora Dra. Ludmila Melo está comandando o quadro e na segunda-feira (20/04) o entrevistado foi o Glauber de Castro Barbosa. Figurinha carimbada aqui no nosso blog, Glauber conta a sua trajetória desde a graduação em Ciências Contábeis na UnB até chegar ao seu cargo atual, na Secretaria do Tesouro Nacional. O vídeo foi disponibilizado no YouTube:
Além do Glauber, também participaram de lives o auditor federal da Controladoria Geral da União, Vinícius dos Santos Pereira, a professora Dra. Bianca Quirantes Checon, e o contador Jáder Cabral de Almeida, da Terracap.
A professora Dra. Ludmila Melo está comandando o quadro e na segunda-feira (20/04) o entrevistado foi o Glauber de Castro Barbosa. Figurinha carimbada aqui no nosso blog, Glauber conta a sua trajetória desde a graduação em Ciências Contábeis na UnB até chegar ao seu cargo atual, na Secretaria do Tesouro Nacional. O vídeo foi disponibilizado no YouTube:
Além do Glauber, também participaram de lives o auditor federal da Controladoria Geral da União, Vinícius dos Santos Pereira, a professora Dra. Bianca Quirantes Checon, e o contador Jáder Cabral de Almeida, da Terracap.
12 julho 2019
03 junho 2017
Perguntas prováveis em um processo seletivo
1. Quais são os seus pontos fortes?
2. Quais são os seus pontos fracos?
3. Por que você está interessado em trabalhar para esta empresa?
4. Onde você se vê em cinco anos? E em 10?
5. Por que você quer deixar o seu emprego atual?
6. Por que há uma lacuna na sua trajetória profissional entre (data) e (data)?
7. O que só você pode nos oferecer?
8. Cite três pontos em que seu ex-chefe gostaria que você melhorasse.
9. Você busca uma recolocação no mercado?
10. Você tem planos de viajar?
11. Conte sobre a realização de carreira da qual mais se orgulha.
12. Conte sobre alguma vez em que você tenha cometido um erro.
13. Qual o seu emprego dos sonhos?
14. Como você ficou sabendo desta vaga?
15. O que você espera realizar nos primeiros 30 dias, 60 dias e 90 dias de trabalho?
16. Fale um pouco sobre o seu currículo.
17. Fale um pouco sobre sua formação acadêmica.
18. Descreva-se.
19. Conte-me como lidou com uma situação difícil.
20. Por que deveríamos contratá-lo?
21. Por que você está procurando um novo emprego?
22. Você trabalharia em fins de semana e feriados?
23. Como você lidaria com um cliente bravo?
24. Qual a sua pretensão salarial?
25. Conte-me sobre alguma vez em que foi além e também abaixo do que era esperado para um projeto.
26. Quem são seus concorrentes?
27. Qual o seu maior fracasso?
28. O que te motiva?
29. Qual a sua disponibilidade?
30. Quem é o seu mentor?
31. Conte-me sobre alguma vez em que discordou do seu chefe.
32. Como você lida com a pressão?
33. Qual o nome do seu CEO?
34. Quais as suas metas de carreira?
35. O que o motiva para se levantar todos os dias?
36. Quais eram os pontos fortes e fracos dos seus chefes?
37. O que as pessoas que se reportam diretamente a você diriam sobre você?
38. Se eu ligasse agora para o seu chefe e perguntasse em quais pontos você precisa melhorar o que ele diria?
39. Você é um líder ou um seguidor?
40. Qual o último livro que você leu por diversão?
41. Quais são os hábitos irritantes dos seus colegas?
42. Quais são os seus hobbies?
43. Qual o seu site favorito?
44. O que o deixa desconfortável?
45. Quais foram as suas experiências de liderança
46. Como você demitiria alguém?
47. O que você mais gosta e o que menos gosta de trabalhar neste setor?
48. Você trabalharia 40 horas ou mais por semana?
49. Quais perguntas eu não fiz para você?
50. Quais perguntas você quer fazer para mim?
2. Quais são os seus pontos fracos?
3. Por que você está interessado em trabalhar para esta empresa?
4. Onde você se vê em cinco anos? E em 10?
5. Por que você quer deixar o seu emprego atual?
6. Por que há uma lacuna na sua trajetória profissional entre (data) e (data)?
7. O que só você pode nos oferecer?
8. Cite três pontos em que seu ex-chefe gostaria que você melhorasse.
9. Você busca uma recolocação no mercado?
10. Você tem planos de viajar?
11. Conte sobre a realização de carreira da qual mais se orgulha.
12. Conte sobre alguma vez em que você tenha cometido um erro.
13. Qual o seu emprego dos sonhos?
14. Como você ficou sabendo desta vaga?
15. O que você espera realizar nos primeiros 30 dias, 60 dias e 90 dias de trabalho?
16. Fale um pouco sobre o seu currículo.
17. Fale um pouco sobre sua formação acadêmica.
18. Descreva-se.
19. Conte-me como lidou com uma situação difícil.
20. Por que deveríamos contratá-lo?
21. Por que você está procurando um novo emprego?
22. Você trabalharia em fins de semana e feriados?
23. Como você lidaria com um cliente bravo?
24. Qual a sua pretensão salarial?
25. Conte-me sobre alguma vez em que foi além e também abaixo do que era esperado para um projeto.
26. Quem são seus concorrentes?
27. Qual o seu maior fracasso?
28. O que te motiva?
29. Qual a sua disponibilidade?
30. Quem é o seu mentor?
31. Conte-me sobre alguma vez em que discordou do seu chefe.
32. Como você lida com a pressão?
33. Qual o nome do seu CEO?
34. Quais as suas metas de carreira?
35. O que o motiva para se levantar todos os dias?
36. Quais eram os pontos fortes e fracos dos seus chefes?
37. O que as pessoas que se reportam diretamente a você diriam sobre você?
38. Se eu ligasse agora para o seu chefe e perguntasse em quais pontos você precisa melhorar o que ele diria?
39. Você é um líder ou um seguidor?
40. Qual o último livro que você leu por diversão?
41. Quais são os hábitos irritantes dos seus colegas?
42. Quais são os seus hobbies?
43. Qual o seu site favorito?
44. O que o deixa desconfortável?
45. Quais foram as suas experiências de liderança
46. Como você demitiria alguém?
47. O que você mais gosta e o que menos gosta de trabalhar neste setor?
48. Você trabalharia 40 horas ou mais por semana?
49. Quais perguntas eu não fiz para você?
50. Quais perguntas você quer fazer para mim?
Fonte: Aqui
17 abril 2016
Entrevista: Túlio do Ensinando Contabilidade (YouTube)
O YouTube está tão presente em nossas vidas que outras plataformas estão investindo na divulgação de vídeos. Há pouco tempo recebemos um contato do Túlio, que vem apresentando vídeos nos quais ensina contabilidade, além do famoso e indispensável vlog, algo como um diário em forma de vídeo, em que podemos acompanhar o dia-a-dia do youtuber.
No início o Túlio gravava com o próprio celular e improvisava uma iluminação com caixas de papelão. Hoje ele está com uma Canon sx400i powershot sendo a parte do áudio ainda melhorada com o apoio do celular. O computador utilizado para a edição de vídeo é um Somsung e o programa é o Sony Vegas 11 e hoje há também iluminação fifusa.
Blog: Túlio, para se criar um canal no YouTube e falar sobre Ciências Contábeis, há de se ter muita paixão pelo assunto. Por que você decidiu fazer contabilidade?
Tive meu primeiro contato com contabilidade no ensino médio quando fiz um trabalho voltado para a área e foi quando percebi que poderia ser meu caminho. Tive professores que me incentivaram também. Decidi prestar vestibular para contábeis, inicialmente porque achava mais viável do que administração. Foi já na faculdade, no início das aulas, que essa paixão surgiu. Tenho professores muito apaixonados pela contabilidade e que conseguiram me mostrar que realmente eu havia escolhido o caminho certo. Hoje a contabilidade é minha realidade e é o que me vejo fazendo para resto da vida.
Blog: Como o canal surgiu? Em quais mídias sociais podemos encontrar o Ensinando Contabilidade?
A ideia do canal surgiu porque percebi que a contabilidade era tão natural e apaixonante que todos deveriam aprender. Também percebi, na necessidade de estudar, que não havia tantas fontes com linguagem simples para facilitar a compreensão. A contabilidade também é vista como uma carreira desgastante e muito burocrática. Então decidi criar o canal para tentar atender as necessidades existentes e também para aumentar a visibilidade da profissão, evidenciando seus pontos fortes. Passei por algumas semanas de criação até conseguir criar o formato inicial com os temas que eu já havia me familiarizado. Mas o canal está sempre em evolução, tanto em relação à temas quanto ao formato.
E possível achar o Ensinando Contabilidade no Youtube // Facebook // Instagram // Snapchat: tuuliorocha // Twitter
Blog: Como a sua vida mudou desde que você começou a ser youtuber e qual foi a melhor experiência que você teve?
Mudou muito desde que comecei o canal em questão de horários, oportunidades de monitoria, aprendizagem. Também me tornei mais confiante nas coisas que eu faço. A melhor experiência que eu tive foi uma vez, quando eu estava dando monitoria, que uma aluna me disse que me toma como inspiração para continuar os estudos na área. Nesses momentos que vejo o quanto o meu trabalho vale a pena.
Blog: Como você lida com o tempo para o canal, os estudos e o trabalho?Não é fácil. São muitas coisas, muitas novidades, e são coisas que precisam estar em sintonia. Mas aprendi que é tudo uma questão de gestão otimizada do tempo. Assim, os fins de semana são primordiais para meus estudos e para a produção de conteúdos. E quem estuda sabe que todo tempinho de folga é fundamental para se fazer uma revisão ou uma leitura. São dias de muito esforço, mas que serão recompensados no futuro.
Blog: Quem te inspira?
Minha inspiração diária vem dos meus professores, alguns além de mestres também são meus líderes no trabalho, pois trabalho na mesma instituição que estudo. Assim, todo dia quero estar mais preparado para alcançar o nível que eles esperam de mim e, quem sabe, até superar as expectativas
Blog: Qual o último livro não acadêmico que você leu e filme que assistiu? Qual é o próximo livro que você quer ler?
Nossa, para falar a verdade desde que entrei na faculdade não li nenhum livro que não seja sobre contabilidade e finanças. Assisto filmes constantemente, pois ajudam muito a relaxar, sair um pouco do mundo da contabilidade. O último filme que assistir foi “Os Intocáveis”.
Blog: Uma mensagem final?
Esse projeto surgiu da paixão que descobri pela contabilidade e de querer que todas as pessoas possam entender e gostar também dessa ciência, que, à primeira vista achamos impossível praticá-la. Desde o 1º semestre do curso de Ciências Contábeis tenho auxiliado meus colegas e quem tem dificuldade nos conteúdos. Descobri também que a satisfação de ensinar me fez crescer como aluno e como pessoa, dai surgiu o “Ensinando Contabilidade”. Para a criação do canal tive apoio incondicional de uma grande amiga, Kenia, que desde o início deu a maior força para começar. Logo após recebi apoio de professores do Unifemm sugerindo bibliografias e sites para engrandecer o conteúdo.
No início o Túlio gravava com o próprio celular e improvisava uma iluminação com caixas de papelão. Hoje ele está com uma Canon sx400i powershot sendo a parte do áudio ainda melhorada com o apoio do celular. O computador utilizado para a edição de vídeo é um Somsung e o programa é o Sony Vegas 11 e hoje há também iluminação fifusa.
Blog: Túlio, para se criar um canal no YouTube e falar sobre Ciências Contábeis, há de se ter muita paixão pelo assunto. Por que você decidiu fazer contabilidade?
Tive meu primeiro contato com contabilidade no ensino médio quando fiz um trabalho voltado para a área e foi quando percebi que poderia ser meu caminho. Tive professores que me incentivaram também. Decidi prestar vestibular para contábeis, inicialmente porque achava mais viável do que administração. Foi já na faculdade, no início das aulas, que essa paixão surgiu. Tenho professores muito apaixonados pela contabilidade e que conseguiram me mostrar que realmente eu havia escolhido o caminho certo. Hoje a contabilidade é minha realidade e é o que me vejo fazendo para resto da vida.
Blog: Como o canal surgiu? Em quais mídias sociais podemos encontrar o Ensinando Contabilidade?
A ideia do canal surgiu porque percebi que a contabilidade era tão natural e apaixonante que todos deveriam aprender. Também percebi, na necessidade de estudar, que não havia tantas fontes com linguagem simples para facilitar a compreensão. A contabilidade também é vista como uma carreira desgastante e muito burocrática. Então decidi criar o canal para tentar atender as necessidades existentes e também para aumentar a visibilidade da profissão, evidenciando seus pontos fortes. Passei por algumas semanas de criação até conseguir criar o formato inicial com os temas que eu já havia me familiarizado. Mas o canal está sempre em evolução, tanto em relação à temas quanto ao formato.
E possível achar o Ensinando Contabilidade no Youtube // Facebook // Instagram // Snapchat: tuuliorocha // Twitter
Blog: Como a sua vida mudou desde que você começou a ser youtuber e qual foi a melhor experiência que você teve?
Mudou muito desde que comecei o canal em questão de horários, oportunidades de monitoria, aprendizagem. Também me tornei mais confiante nas coisas que eu faço. A melhor experiência que eu tive foi uma vez, quando eu estava dando monitoria, que uma aluna me disse que me toma como inspiração para continuar os estudos na área. Nesses momentos que vejo o quanto o meu trabalho vale a pena.
Blog: Como você lida com o tempo para o canal, os estudos e o trabalho?Não é fácil. São muitas coisas, muitas novidades, e são coisas que precisam estar em sintonia. Mas aprendi que é tudo uma questão de gestão otimizada do tempo. Assim, os fins de semana são primordiais para meus estudos e para a produção de conteúdos. E quem estuda sabe que todo tempinho de folga é fundamental para se fazer uma revisão ou uma leitura. São dias de muito esforço, mas que serão recompensados no futuro.
Blog: Quem te inspira?
Minha inspiração diária vem dos meus professores, alguns além de mestres também são meus líderes no trabalho, pois trabalho na mesma instituição que estudo. Assim, todo dia quero estar mais preparado para alcançar o nível que eles esperam de mim e, quem sabe, até superar as expectativas
Blog: Qual o último livro não acadêmico que você leu e filme que assistiu? Qual é o próximo livro que você quer ler?
Nossa, para falar a verdade desde que entrei na faculdade não li nenhum livro que não seja sobre contabilidade e finanças. Assisto filmes constantemente, pois ajudam muito a relaxar, sair um pouco do mundo da contabilidade. O último filme que assistir foi “Os Intocáveis”.
Blog: Uma mensagem final?
Esse projeto surgiu da paixão que descobri pela contabilidade e de querer que todas as pessoas possam entender e gostar também dessa ciência, que, à primeira vista achamos impossível praticá-la. Desde o 1º semestre do curso de Ciências Contábeis tenho auxiliado meus colegas e quem tem dificuldade nos conteúdos. Descobri também que a satisfação de ensinar me fez crescer como aluno e como pessoa, dai surgiu o “Ensinando Contabilidade”. Para a criação do canal tive apoio incondicional de uma grande amiga, Kenia, que desde o início deu a maior força para começar. Logo após recebi apoio de professores do Unifemm sugerindo bibliografias e sites para engrandecer o conteúdo.
10 abril 2016
Entrevista: Balcão Fiscal (apoio ao preenchimento do IR)
O contribuinte que tiver dúvidas sobre a declaração do imposto de renda, cujo prazo vai até 29 de abril, pode contar com ajuda gratuita de alunos e professores universitários já versados em tributos.
O Projeto Balcão Fiscal, conforme informações oficiais, visa promover estudos e pesquisas na área de gestão fiscal, fomentando a integração entre sociedade e universidade no que tange a educação fiscal, a responsabilidade social do profissional de contabilidade e o exercício da cidadania.
A equipe é formada por professores e alunos do Curso de Ciências Contábeis da Universidade de Brasília e está pronta para te ajudar na Declaração de Imposto de Renda, por e-mail ou por atendimento presencial, as segundas-feiras e terças-feiras das 10h às 12h; 14h às 16h e 18h às 20h.
Blog_CF: Como surgiu o projeto Balcão Fiscal?
O projeto surgiu após alguns debates e veio com o objetivo de incentivar a melhoria da qualidade do ensino do curso de Ciências Contábeis da UnB e o desenvolvimento de competências e habilidades de seus alunos. Alinhada a isso, está a necessidade de promover a Educação fiscal para sociedade. Os alunos colocam as suas habilidades em prática, ganham experiência e apoiam a sociedade com os seus serviços.
Blog_CF: Quantos alunos e professores estão participando e o que os alunos ganham com isso?
Cerca de vinte pessoas, sendo inicialmente 14 alunos. O projeto é coordenado pela Professora Drª Clesia Camilo Pereira, e conta com o apoio de professores do Departamento de Ciências Contábeis e Atuarias. Entre eles, Profª Mscª Fernanda Jaqueline Lopes; Prof. Msc. Rubens Peres Forster; Prof. Msc Rildo e Silva José ; Prof. Dr. Marilson Martins Dantas e Prof. Msc. Antônio Carlos dos Santos.
A equipe conta também com catorze alunos da graduação. A participação no Balcão Fiscal proporciona ao aluno conhecimentos necessários ao seu desenvolvimento profissional e a aproximação de algumas atividades/atribuições do exercício da profissão.
Blog_CF: Que treinamento os alunos receberam e como os professores supervisionarão?
Foram realizados estudos prévios e reuniões detalhadas, nas quais os alunos receberam orientações adicionais, além do já aprendido em sala de aula, acerca da legislação referente ao imposto de renda e a declaração anual. No balcão de dúvidas há sempre a presença de um professor para supervisionar e orientar o atendimento, para que esse siga o regulamento do Imposto de Renda.
Blog_CF: Como vocês lidam com a privacidade dos dados tendo em vista que um dos objetivos de vocês é a pesquisa acadêmica?
O projeto visa como produto final à elaboração de uma cartilha, contendo as principais dúvidas e orientações para o contribuinte. O projeto valoriza a ética, de modo que, serão resguardados os dados pessoais daqueles que enviarem dúvidas.
Blog_CF: Como serão desenvolvidos os trabalhos acadêmicos e que tipo de pesquisa podemos esperar?
Os alunos pesquisarão as seguintes temáticas: A importância da promoção da Educação Fiscal nas Universidades; Percepção do contribuinte diante da arrecadação de seus recursos, para manutenção dos bens e serviços promovidos pelo Estado; Gestão fiscal e planejamento tributário.
Blog_CF: Qual é a dúvida mais comum?
Mesmo sendo recente, o projeto atendeu diversos temas como: dificuldade em declarar a situação de empregador doméstico, rendimentos com investimentos e indenizações.
Blog_CF: Por que as pessoas deveriam utilizar o Balcão Fiscal?
Por que oferecemos um excelente serviço e de forma acessível. O projeto oferece o atendimento gratuito à comunidade, que visa o auxílio na elaboração da Declaração do Imposto de Renda 2016. Todas as orientações são supervisionadas por profissionais, e apresentam embasamento legal. A equipe tem a preocupação em responder as dúvidas de forma objetiva e com linguagem de fácil compreensão. Além disso, o projeto continuará após o período de entrega da declaração, promovendo palestras e debates na mesma temática.
Então é isso pessoal! Você pode entrar em contato com o pessoal do balcão fiscal por meio do e-mail balcaofiscal@gmail.com ou presencialmente, no campus da Universidade de Brasília na Asa Norte (mas leve os seus documentos!). Além de ajudarem diretamente quem está preenchendo as declarações, a equipe elaborará um folheto explicativo para que a sociedade fique mais informada sobre o preenchimento e a importância da Delcração do Imposto de Renda. Também podemos esperar algumas pesquisas interessantes com base na experiência adquirida neste projeto. Parabéns à querida professora Clésia e a todos os envolvidos.
Participem nos comentários!
O Projeto Balcão Fiscal, conforme informações oficiais, visa promover estudos e pesquisas na área de gestão fiscal, fomentando a integração entre sociedade e universidade no que tange a educação fiscal, a responsabilidade social do profissional de contabilidade e o exercício da cidadania.
A equipe é formada por professores e alunos do Curso de Ciências Contábeis da Universidade de Brasília e está pronta para te ajudar na Declaração de Imposto de Renda, por e-mail ou por atendimento presencial, as segundas-feiras e terças-feiras das 10h às 12h; 14h às 16h e 18h às 20h.
Blog_CF: Como surgiu o projeto Balcão Fiscal?
O projeto surgiu após alguns debates e veio com o objetivo de incentivar a melhoria da qualidade do ensino do curso de Ciências Contábeis da UnB e o desenvolvimento de competências e habilidades de seus alunos. Alinhada a isso, está a necessidade de promover a Educação fiscal para sociedade. Os alunos colocam as suas habilidades em prática, ganham experiência e apoiam a sociedade com os seus serviços.
Blog_CF: Quantos alunos e professores estão participando e o que os alunos ganham com isso?
Cerca de vinte pessoas, sendo inicialmente 14 alunos. O projeto é coordenado pela Professora Drª Clesia Camilo Pereira, e conta com o apoio de professores do Departamento de Ciências Contábeis e Atuarias. Entre eles, Profª Mscª Fernanda Jaqueline Lopes; Prof. Msc. Rubens Peres Forster; Prof. Msc Rildo e Silva José ; Prof. Dr. Marilson Martins Dantas e Prof. Msc. Antônio Carlos dos Santos.
A equipe conta também com catorze alunos da graduação. A participação no Balcão Fiscal proporciona ao aluno conhecimentos necessários ao seu desenvolvimento profissional e a aproximação de algumas atividades/atribuições do exercício da profissão.
Blog_CF: Que treinamento os alunos receberam e como os professores supervisionarão?
Foram realizados estudos prévios e reuniões detalhadas, nas quais os alunos receberam orientações adicionais, além do já aprendido em sala de aula, acerca da legislação referente ao imposto de renda e a declaração anual. No balcão de dúvidas há sempre a presença de um professor para supervisionar e orientar o atendimento, para que esse siga o regulamento do Imposto de Renda.
Blog_CF: Como vocês lidam com a privacidade dos dados tendo em vista que um dos objetivos de vocês é a pesquisa acadêmica?
O projeto visa como produto final à elaboração de uma cartilha, contendo as principais dúvidas e orientações para o contribuinte. O projeto valoriza a ética, de modo que, serão resguardados os dados pessoais daqueles que enviarem dúvidas.
Blog_CF: Como serão desenvolvidos os trabalhos acadêmicos e que tipo de pesquisa podemos esperar?
Os alunos pesquisarão as seguintes temáticas: A importância da promoção da Educação Fiscal nas Universidades; Percepção do contribuinte diante da arrecadação de seus recursos, para manutenção dos bens e serviços promovidos pelo Estado; Gestão fiscal e planejamento tributário.
Blog_CF: Qual é a dúvida mais comum?
Mesmo sendo recente, o projeto atendeu diversos temas como: dificuldade em declarar a situação de empregador doméstico, rendimentos com investimentos e indenizações.
Blog_CF: Por que as pessoas deveriam utilizar o Balcão Fiscal?
Por que oferecemos um excelente serviço e de forma acessível. O projeto oferece o atendimento gratuito à comunidade, que visa o auxílio na elaboração da Declaração do Imposto de Renda 2016. Todas as orientações são supervisionadas por profissionais, e apresentam embasamento legal. A equipe tem a preocupação em responder as dúvidas de forma objetiva e com linguagem de fácil compreensão. Além disso, o projeto continuará após o período de entrega da declaração, promovendo palestras e debates na mesma temática.
Então é isso pessoal! Você pode entrar em contato com o pessoal do balcão fiscal por meio do e-mail balcaofiscal@gmail.com ou presencialmente, no campus da Universidade de Brasília na Asa Norte (mas leve os seus documentos!). Além de ajudarem diretamente quem está preenchendo as declarações, a equipe elaborará um folheto explicativo para que a sociedade fique mais informada sobre o preenchimento e a importância da Delcração do Imposto de Renda. Também podemos esperar algumas pesquisas interessantes com base na experiência adquirida neste projeto. Parabéns à querida professora Clésia e a todos os envolvidos.
Participem nos comentários!
22 novembro 2015
Biblioteca do CFC
Você já leu a entrevista com a bibliotecária Lúcia Helena de Figueiredo Soares, do Conselho Federal de Contabilidade (CFC)? É muito boa e, para quem mora em Brasília ou pode vir para cá de vez em quando, é uma leitura imprescindível.
Não sei se é do conhecimento de todos os interessados, mas seguem abaixo informações sobre como enviar livros, teses, dissertações e afins para a biblioteca do CFC.
Solicitamos aos autores e aos editores de obras impressas e eletrônicas publicadas em qualquer ponto do país, na área contábil e em áreas afins, seja qual for a sua natureza e sistema de reprodução tais como: livros, brochuras, cd-roms, dissertações de mestrado e teses de doutorado, que doem alguns exemplares para o nosso acervo bibliográfico. Pretendemos reunir as publicações da área contábil e áreas afins, permitindo torná-las acessíveis, além de preservar o patrimônio científico/cultural produzido no País.
Objetivos:
a) Constituir, organizar e conservar as publicações da área contábil;
b) Enriquecer a nossa Biblioteca com as principais publicações da área contábil e áreas afins;
c) Divulgar para classe contábil a produção intelectual da área contábil e áreas afins;
d) Assegurar a constituição de importante e riquíssimo fundo bibliográfico para gerações futuras.
Endereço para doação:
Conselho Federal de Contabilidade
A/C: Biblioteca
SAS Quadra 5 Lote 3 Bloco J
Brasília – DF 70.070-920
Tel: (61) 3314 9612
Email: biblioteca.cfc@cfc.org.br
Não sei se é do conhecimento de todos os interessados, mas seguem abaixo informações sobre como enviar livros, teses, dissertações e afins para a biblioteca do CFC.
Solicitamos aos autores e aos editores de obras impressas e eletrônicas publicadas em qualquer ponto do país, na área contábil e em áreas afins, seja qual for a sua natureza e sistema de reprodução tais como: livros, brochuras, cd-roms, dissertações de mestrado e teses de doutorado, que doem alguns exemplares para o nosso acervo bibliográfico. Pretendemos reunir as publicações da área contábil e áreas afins, permitindo torná-las acessíveis, além de preservar o patrimônio científico/cultural produzido no País.
Objetivos:
a) Constituir, organizar e conservar as publicações da área contábil;
b) Enriquecer a nossa Biblioteca com as principais publicações da área contábil e áreas afins;
c) Divulgar para classe contábil a produção intelectual da área contábil e áreas afins;
d) Assegurar a constituição de importante e riquíssimo fundo bibliográfico para gerações futuras.
Endereço para doação:
Conselho Federal de Contabilidade
A/C: Biblioteca
SAS Quadra 5 Lote 3 Bloco J
Brasília – DF 70.070-920
Tel: (61) 3314 9612
Email: biblioteca.cfc@cfc.org.br
08 novembro 2015
Entrevista: Chapa 2 CRC Ceará
Francisco Coutinho - Chapa 2 CRCCE |
Blog_CF: Nos dias 17 e 18 de novembro haverá eleição para
renovação de um terço do Plenário. O que isso significa?
COUTINHO: A
eleição de 17 e 18 de novembro de 2015, dependendo dos profissionais da área
contábil, poderá ser histórica, ou seja, pela primeira vez uma na renovação de
um terço dos conselheiros efetivos da chapa de oposição eleita mudará todo o
conselho diretor, inclusive a presidência.
Blog_CF: Quando falamos em Conselho Regional, a
primeira coisa que vem a mente de um contador é a anuidade do Conselho. Como
esse dinheiro é distribuído entre as regiões do Brasil? Onde é possível
encontrar prestações de contas à sociedade?
COUTINHO: Dos
valores recebidos pelos conselhos regionais de contabilidade, um percentual
será destinado ao Conselho Federal de Contabilidade – CFC e o saldo
remanescente é destinado as despesas de cada regional. A prestação de conta
pode ser acompanhada através do portal da transparência.
Blog_CF: Uma reclamação constante é que não há acesso
a informações a não ser que o interessado se dirija até um CRC ou uma
delegacia. Todavia, atualmente espera-se uma maior presença online para a
resolução de problemas, seja por meio de chats, e-mails ou enriquecendo as
informações nas páginas de cada órgão. Qual a sua opinião sobre isso?
COUTINHO: Uma das
nossas propostas é dar mais transparência às prestações de contas do Conselho
Regional de Contabilidade do Ceará para que se possa acompanhar de perto como é
investido o valor das anuidades.
Blog_CF:
Há um site próprio para as eleições e é
nele, inclusive, que os contadores vão utilizar nos dias 17 e 18 de novembro.
Eu entrei no site e quando procurei as chapas do Distrito Federal caí em uma
página “ainda em construção” (que persistiu até o dia sete de novembro). Quando
vamos a “perguntas frequentes” no site das eleições, está escrito: “No endereço eletrônico
acima estarão disponíveis, também, as chapas concorrentes ao pleito, os
regulamentos que regem o pleito, o calendário eleitoral, texto contendo as
dúvidas frequentes e suas respostas, bem como a página ‘Fale Conosco’, na qual
constam o telefone da central de atendimento e o web chat, disponíveis 20 dias
antes das eleições, das 8h às 12h e das 14h às 18h, horário de Brasília, de
segunda a sexta-feira. Após as 18h as solicitações serão enviadas para uma
caixa postal – e-mail e respondidas pela equipe de atendimento. Durante o
período de votação, o atendimento será ininterrupto.” Todavia não consegui descobrir as
Chapas que estão concorrendo pelo meu voto. No
site de diversos Conselhos Regionais é como se não estivéssemos em período
eleitoral, no site do CFC, deveríamos ser direcionados a um link que apresenta
erro. Há um aparente descaso as eleições e aos eleitores. Qual a importância
que o Conselho Federal de Contabilidade dá a tudo isso? Qual a influência que
cada Conselho Regional tem, neste momento? O que a sua Chapa fez para informar
melhor o seu público? Em quais plataformas a sua Chapa está presente e qual a
interatividade com o público?
COUTINHO: Na
verdade o Conselho Federal de Contabilidade juntamente com os regionais no
período de eleição tem como função a regulamentação e acompanhamento da
operacionalização do processo eleitoral. Para informar os eleitores sobre as
propostas de nossa chapa, procuramos ter um contato mais próximo deles, para
isso criamos uma página de divulgação no Facebook (crccedetodos), também
estamos presentes no instagram (crcdetodos) e criamos um site (www.crcdetodos.com) onde
são divulgadas propostas e informações de interesse geral para a área contábil e,
principalmente, promovemos o debate e discussão das propostas por meio de
grupos no whatsapp. Além da utilização das mídias digitais, estamos trabalhando
com a visitação às delegacias
em todo o Estado, procurando ouvir os anseios da categoria.
Blog_CF:
A internet possui uma importância
inquestionável. Qual o plano da sua chapa para que o site do seu Conselho
Regional esteja mais atualizado? Como o público pode ajudar e participar?
COUTINHO: Na verdade
como já havia falado, nossa chapa 2 tem uma página no facebook (crccedetodos) e
no instagram (crcdetodos) onde tem todas as informações do movimento da nossa
campanha, e temos também o site: crcdetodos.com, onde os profissionais de
contabilidade podem conhecer todas as nossas propostas e os candidatos através
de breves currículos. O site do Conselho Regional precisa ser repaginado, mais
interativo e com mais informações para o contabilista. O portal da transparência
deve ser mais claro e mais didático para o entendimento dos gastos da entidade.
A informação tem que ser rápida, clara e eficiente.
Blog_CF:
De tudo o que a sua chapa propõe e
acredita, qual o item de mais fácil e rápida aplicação?
COUTINHO: Nossas
propostas têm como base a valorização da profissão do contador através da
formação continuada e o combate ao exercício irregular da profissão com fiscalização
eficiente e também a melhor integração do Jovem Contabilista.
Blog_CF:
De tudo o que a sua chapa propõe e
acredita, qual o item mais te toca?
COUTINHO: Formação
profissional.
Blog_CF:
Que conselho você daria a estudantes a
respeito de oportunidades de trabalho no mercado contábil? Qual melhor conselho
profissional já foi lhe dado?
COUTINHO: O
melhor conselho seria manter-se atualizados, a profissão contábil é de grande
responsabilidade com seu cliente/empregador, mas principalmente consigo mesmo,
portanto, atualização de modo geral é indispensável.
Blog_CF:
Você acredita que há empecilhos para as
mulheres na contabilidade ou já estamos em um estado de neutralidade de
gêneros?
COUTINHO: Não
existe.
Blog_CF:
Se você tivesse que
passar cinco anos na prisão (com privilégios), o que finalmente teria a chance
de fazer?
COUTINHO: Ler
bons livros e rezar.
Blog_CF:
Escreva sobre algo
que te inspirou nos últimos dias...
COUTINHO: A luta
por mudanças no Conselho Regional de Contabilidade do Ceará.
Rapidinhas:
Último livro que leu: Contabilidade
Empresarial (José Carlos Marion)
Livro favorito: Contabilidade Prática na
Construção Civil (minha autoria)
Filme favorito: Padre Felipe Nery
Animal preferido: Ovelha
Qual é o seu próximo compromisso social:
Almoço em Iguatu com as lideranças da área.
Se você pudesse ser o melhor em algo, o que
escolheria: Conselho Regional de Contabilidade do Estado do Ceará
Se você pudesse ter um superpoder por um
dia, qual seria: Acabar com a corrupção no Brasil.
Você tem uma música preferida: Músicas
católicas.
Quem te inspira: Minha família
Entrevista: Chapa 1 CRC Rio Grande do Norte
Sunny Maia: Suplente da Chapa 1 do CRCRN |
Blog_CF: Nos dias 17 e 18 de novembro haverá eleição para
renovação de um terço do Plenário. O que isso significa?
Sunny: A eleição é a
oportunidade de o profissional influir diretamente no andamento do Conselho de
Contabilidade ao qual ele é vinculado. Neste sentido, ao votar, implicitamente
ele está concordando com as proposições de determinada chapa, daí a relevância
de o profissional procurar se informar a respeito das ideias listadas.
Blog_CF: Quando falamos em Conselho de Contabilidade,
a primeira coisa que vem a mente de um contador é a anuidade que pagamos. Como
esse dinheiro é distribuído entre as regiões do Brasil? Onde é possível
encontrar prestações de contas à sociedade?
Sunny: O valor da
anuidade é pago ao CRC ao qual o profissional está vinculado. Esse valor é
distribuído entre o próprio regional e o Conselho Federal de Contabilidade. Como
entidade pública, o sistema CFC/CRCs obedece a Lei de Acesso à Informação.
Assim, nos sites dos regionais há um ícone que direciona a uma página
específica, local onde você pode encontrar informações financeiras, jurídicas e
de gestão, dentre muitas outras.
Blog_CF: Uma reclamação constante é que não há acesso
a informações a não ser que o interessado se dirija até um CRC ou uma
delegacia. Todavia, atualmente espera-se uma maior presença online para a
resolução de problemas, seja por meio de chats, e-mails ou enriquecendo as
informações nas páginas de cada órgão. Qual a sua opinião sobre isso?
Sunny: A reclamação,
poderíamos dizer, que procedia até dez anos atrás. De lá para cá, muita coisa
mudou. Por exemplo, no CRCRN, todas as informações de capacitações, jurídicas,
prestações de contas contábeis, estão lá, acessíveis on-line. Além disso, já
existe ouvidoria e todos os setores possuem telefone funcional, também
disponíveis pelo site. Não bastasse, há o envio de boletins eletrônicos e
perfis no Facebook e no twitter, justamente para essa demanda mais urgente. E
justamente esse aspecto da transparência será um dos lemas da nossa chapa, pois
entendemos que o CRCRN é uma instituição pública.
Blog_CF:
Há um site próprio para as eleições e é
nele, inclusive, que os contadores vão utilizar nos dias 17 e 18 de novembro.
Eu entrei no site e quando procurei as chapas do Distrito Federal caí em uma
página “ainda em construção” (que persistiu até o dia primeiro de novembro).
Quando vamos a “perguntas frequentes” no site das eleições, está escrito: “No endereço
eletrônico acima estarão disponíveis, também, as chapas concorrentes ao pleito,
os regulamentos que regem o pleito, o calendário eleitoral, texto contendo as
dúvidas frequentes e suas respostas, bem como a página ‘Fale Conosco’, na qual
constam o telefone da central de atendimento e o web chat, disponíveis 20 dias
antes das eleições, das 8h às 12h e das 14h às 18h, horário de Brasília, de
segunda a sexta-feira. Após as 18h as solicitações serão enviadas para uma
caixa postal – e-mail e respondidas pela equipe de atendimento. Durante o
período de votação, o atendimento será ininterrupto.”
Todavia não consegui descobrir as Chapas que estão concorrendo pelo meu voto. No site de diversos Conselhos Regionais é como se
não estivéssemos em período eleitoral, no site do CFC, deveríamos ser
direcionados a um link que apresenta erro. ? Há um aparente descaso as eleições
e aos eleitores. Qual a importância que
o Conselho Federal de Contabilidade dá a tudo isso? Qual a influência que cada
Conselho Regional tem, neste momento? O que a sua Chapa fez para informar
melhor o seu público? Em quais plataformas a sua Chapa está presente e qual a
interatividade com o público?
Sunny: Em relação ao
sistema de votação, ele é gerido pelo Conselho Federal de Contabilidade e as
chapas não tem influencia alguma. Em relação ao CRCRN, há um banner principal,
de forma fixa, informando a respeito das eleições, sobretudo datas. Além disso,
estão sendo enviados boletins especiais apenas sobre isso, destacando aspectos
como data de corte e disponibilização do site. A nossa chapa especificamente,
está enviando e-mails a todos os profissionais, com as nossas propostas e
destacando o link relativo ao site das eleições, onde já é possível acessar
muita informação, e criamos um perfil no Facebook.
Blog_CF:
A internet possui uma importância
inquestionável. Qual o plano da sua chapa para que o site do seu Conselho
Regional esteja mais atualizado? Como o público pode ajudar e participar?
Sunny: O site do CRCRN é
muito bom, pois permite uma navegação intuitiva e de fácil acesso. Dentre
nossas propostas, está inclusive a elaboração de uma Política de
Editoração/Comunicação, com o objetivo também de maximizar ainda mais a
comunicação. De qualquer forma, através dos canais que citei, como ouvidoria e
perfis sociais, o público pode contribuir.
Blog_CF:
De tudo o que a sua chapa propõe e
acredita, qual o item de mais fácil e rápida aplicação?
Sunny: Acredito que a
Política de Editoração/Comunicação seja a que primeiro sairá do papel.
Blog_CF:
De tudo o que a sua chapa propõe e
acredita, qual o item mais te toca?
Sunny: A proposta de
interiorização do CRCRN, pois acredito que o Conselho precisa ser visto
enquanto instituição pela sociedade. E isso só será possível nas cidades mais
afastadas da capital quando tivermos membros nossos em todas as regiões. Como
ex-presidente do CRCRN Jovem, percebi essa situação nos momentos em que
precisávamos realizar uma capacitação e não tínhamos um apoio naquela
determinada cidade dentro da comissão.
Blog_CF:
Que conselho você daria a estudantes a
respeito de oportunidades de trabalho no mercado contábil? Qual o melhor
conselho profissional já foi lhe dado?
Sunny: O
mercado contábil nos oferece oportunidades muito variadas, pois quase todas as
instituições precisam de uma Contador. Porém, um conselho que eu daria seria
trabalhar com foco na técnica, no estudo continuado, na ética e na responsabilidade.
E o melhor conselho profissional que já recebi foi: seja empreendedor em tudo
que você for fizer!!
Blog_CF:
Você acredita que há empecilhos para as
mulheres na contabilidade ou já estamos em um estado de neutralidade de
gêneros?
Sunny: A diferenciação de
gêneros é algo da sociedade brasileira. Usualmente, a mulher recebe um salário
menor do que o homem, por exemplo. Contudo, dentro da classe contábil, acredito
que revertemos a situação do reconhecimento. A gestão da presidente Maria Clara
frente ao Conselho Federal de Contabilidade é demonstração disso. Ela levou o
nome da contabilidade brasileira para além do nosso país. Aqui no Rio Grande do
Norte também tivemos duas presidente de destaque, as contadoras Jucileide
Ferreira Leitão e Maria do Rosário de Oliveira.
Blog_CF:
Se você tivesse que
passar cinco anos na prisão (com privilégios), o que finalmente teria a chance
de fazer?
Blog_CF:
Escreva sobre algo
que te inspirou nos últimos dias...
Sunny: Um vídeo que assisti de Abílio Diniz,
onde ele fala que devemos procurar passar coisas paras as pessoas que possam
ser úteis. Ajudar ao próximo realmente me motiva buscar novos conhecimentos e
desafios.
Rapidinhas:
Último
livro que leu: A Startup Enxuta
Livro
favorito: Paixão por Vencer
Filme
favorito: Uma Mente Brilhante
Animal
preferido: Cachorro
Qual é o
seu próximo compromisso social? Criar e desenvolver, juntamente com o CRC
JOVEM, programas voltados para as comunidades carentes.
Se você
pudesse ser o melhor em algo, o que escolheria?
Ser justo.
Se você
pudesse ter um superpoder por um dia, qual seria? Ler a mente das pessoas.
Você tem
uma música preferida? Tempo Perdido – Legião Urbana
Quem te
inspira? José Carlos Fortes.
13 setembro 2015
Entrevista: Se inspire com Cláudia Cruz
Sobre o doutorado, a tese e a contabilidade pública
Blog_CF: Cláudia, parabéns pela conquista do título de doutora, percorrendo uma caminhada com suas sinuosidades e momentos ásperos, mas certamente gratificante.
Cláudia: Obrigada! Quando a gente se propõe a abraçar um desafio geralmente pensa nos sacrifícios que terá que fazer em busca dos benefícios pretendidos. Mas em alguns desafios, os sacrifícios são muito maiores do que aqueles inicialmente imaginados. Com o Doutorado foi assim. Mas também sou muito grata pela oportunidade de cursar o Doutorado na melhor instituição de ensino que temos no Brasil. As experiências vividas, as aulas, discussões, oportunidades de pesquisa foram singulares e contribuíram muito para a minha formação. Lembro-me da alegria de ter sido aprovada para ingresso na turma 2011 no PPGCC/FEA/USP, mas guardarei com alegria redobrada o anúncio da aprovação da tese por parte da banca. Um dia incrivelmente feliz! Agora que o Lattes já está atualizado, a ideia é tentar viver uma vida [academicamente] normal!
Blog_CF: O seu doutorado foi finalizado em 2015, com a defesa da sua tese. Para tecê-la, você utilizou dados primários, o que significa você ter ido buscar os dados na fonte para criar a sua base de trabalho. Enquanto você trabalhava, também publicava algumas descobertas nas redes sociais, como um prefeito que adotava a “gestão com carinho” (Feira de Santana), um ano com quatro quadrimestres (Maranhão), além do município muito “criativo” (não divulgado) com pouco mais de 180 mil habitantes e com 33 secretarias municipais. De todo esse universo que a sua tese te introduziu, quais as suas histórias preferidas?
Cláudia: O município criativo foi Cabo Frio (RJ)! A experiência de coleta de dados para a tese foi uma experiência de pesquisa em toda a extensão do termo. Foi um período de garimpar dados! A minha opção por ênfase de pesquisas na área pública se deu desde a graduação e prossigo na crença de que se trata de uma área promissora, mas carente de pesquisas. Um dos motivos é ausência de bases de dados consolidados, a exemplo da Economatica, com dados de companhias abertas. Eu gostaria de contribuir um dia para a construção de uma espécie de Economatica do Setor Público.
Algumas das descobertas durante a coleta de dados, principalmente nos sites das prefeituras, não estavam necessariamente relacionadas aos objetivos da pesquisa da tese, mas achei interessante registrar para partilhar com outras pessoas as dificuldades de se encontrar dados públicos no Brasil. Lembro-me de casos de secretários municipais com título de doutor e currículo Lattes atualizado (coisa que muitos professores não têm!). Eu destaquei as descobertas que me pareceram interessantes, mas outras tantas me causaram alegria como cidadã brasileira, por ver portais de prefeituras atualizados, com canais de comunicação com o cidadão, com informações divulgadas de forma completa e atualizada, mas também outras trouxeram um sentimento de frustração, como casos de municípios sem portal eletrônico na era da transparência e do acesso à informação.
Blog_CF: O prefeito Marcelo Pereira, de São José do Belmonte (Pernambuco), teve as contas de 2013 rejeitadas pelo Tribunal de Contas do Estado. Em uma entrevista publicada em 12 de agosto pelo Farol de Notícias, Marcelo afirmou que, pelos municípios não possuírem renda própria é “impossível manter a máquina funcionando”. Segundo ele, o que ocorre nos municípios hoje é que “[...] você tem que dar um aumento de salários todo mês de janeiro, esse aumento de salário é obrigatório por lei. Então você não pode se negar a dar 13,8% aos professores, [além do] aumento do salário mínimo. Como é que a gente vai bater essa conta se a receita diminui e aumenta a folha de salário?” O que você acha dessa postura e qual a sua opinião sobre o impacto da Lei de Responsabilidade Fiscal nos Municípios?
Cláudia: Eu não concordo com a postura deste prefeito, uma vez que, infelizmente, em nosso país os recursos públicos, em muitos entes, ainda não são aplicados de forma eficiente. Os municípios possuem competência tributária, garantida na Constituição Federal, ainda que reduzida em relação aos demais entes. Porém muitos municípios brasileiros têm apresentado o fenômeno da chamada ‘preguiça fiscal’, pois instituir e arrecadar tributos são um mecanismo impopular e que tira votos, principalmente em municípios pequenos, onde as relações entre eleitos e eleitores são muito próximas. Assim, muitos entes sobrevivem apenas das transferências constitucionais dos Estados e da União. Eu defendo que não deveriam ser criados ou permitidos municípios que não têm base econômica para arrecadar e nem capacidade técnica mínima de gestão. No Brasil, pouco mais de 10% dos municípios têm população superior a 100 mil habitantes. Ou seja, quase 90% dos municípios são pequenos ou muito pequenos e muitas vezes não têm base econômica mínima para se manter, custear as despesas municipais mínimas.
Quanto ao aumento da renumeração dos professores, com percentual fixo de aumento no mês de janeiro, desconheço essa obrigatoriedade. Mas o gestor poderia informar também qual o valor gasto com a remuneração dos vereadores, secretários e cargos em comissão do município. Talvez um levantamento criterioso das despesas municípios revele áreas com recursos empregados de forma eficiente e exagerada e sobre recursos para a educação e o ente passe a ser um ‘município educador’.
Quanto ao impacto da LRF nas finanças municipais, os resultados da minha tese me permitiram umas considerações interessantes, mas desanimadoras. Embora muito se discuta sobre a rigidez das regras fiscais da LRF, eu considero alguns limites bastante confortáveis, para não dizer maternais, principalmente pelo pouco ou zero esforço que muitos entes têm que fazer para cumprir os limites. Exceção apenas para as despesas com pessoal, que é o limite mais rígido da LRF para municípios, mas ainda assim há casos de municípios com margem bastante folgada em relação ao limite máximo.
Em relação às metas fiscais, de resultado nominal e resultado primário, os valores alcançados pelos municípios são extremamente discrepantes das metas estabelecidas. Minha opinião inicial está focada na imperícia do planejamento por parte dos municípios. É lógico que orçamentos e planejamentos mal formulados não contribuem para o alcance da almejada responsabilidade na gestão fiscal.
Sobre Contabilidade
Blog_CF: O que você acha do universo contábil online brasileiro? Que dicas você daria para quem está começando, quais foram os seus maiores erros e acertos?
Cláudia: Eu considero que o universo contábil brasileiro está passando por uma fase ímpar, de valorização da área profissional. Para que isso não seja apenas uma onda, é necessário reestruturação dos cursos e melhoria na qualidade da formação. É preciso coragem para admitir que a formação ainda é bastante deficiente e mais coragem ainda para implementar as mudanças necessárias.
Meus maiores erros e acertos na Graduação em Ciências Contábeis:
Acertos: Querer viver o curso; envolvimento precoce com o Centro Acadêmico e com um núcleo de pesquisa; Dedicação a disciplinas menos próximas da área contábil: Filosofia, Sociologia, Ciência Política... Isso me fez abrir a cabeça, pensar fora da caixinha... Eu também gostava muito de estudar, de verdade! Para mim, poder estudar na melhor universidade da região onde morava e ainda uma instituição pública foi uma grande oportunidade que agarrei com unhas e dentes!
Erros: Poderia ter me dedicado mais às disciplinas da área de economia e métodos quantitativos e aproveitado mais as festas na Universidade, mas eu sempre tinha algo para estudar.
Dicas para quem estar começando o curso de Ciências Contábeis: 1) Só curse se realmente quiser e gostar da área; 2) Estude e aprenda e leia e fale e escreva e compreenda no mínimo Inglês; 3) Estude métodos quantitativos com vontade, como se estivesse cursando Engenharia; 4) Dedicação extra às disciplinas da área de Economia; 5) Se puder, não trabalhe durante o curso, dedique-se apenas aos estudos; 6) Procure se envolver com pesquisa e iniciação científica; 7) Participe dos eventos do curso (seminários, congressos,...) e de outros cursos também; 8) Estagie apenas no último ano e em uma empresa que possa atuar na área que mais gostou no curso; 9) Faça monografia com vontade, na área que mais despertou interesse durante o curso; e 10) Acompanhe os blogs Contabilidade Financeira e Ideias Contábeis e curta nossas fanpages no Facebook!
RAPIDINHAS:
Último livro que leu: Cem Anos de Solidão – Gabriel García Marquez
Série preferida: Prison Break, a inteligência do Michael Scofield é fascinante.
Música que tem escutado ultimamente: Duas: I follow rivers - Lykke Li e A Sky Full of Stars - Coldplay
Esporte preferido para assistir? E para praticar? Assistir: Futebol (Flamengo no Maracanã) Praticar: Corrida (no Aterro do Flamengo... Corri minha primeira Meia Maratona há duas semanas, foi incrível!)
Algo que te inspira: Meditação
Algo que te faz perder a paciência: Falta de eficiência e quando as coisas não funcionam direito, como deveriam.
Para onde você gostaria de viajar? Alguns países da América Latina com uma mochila nas costas. Eu li As veias abertas da América Latina e, embora o Galeano tenha dita que o escreveria diferente, tenho muita vontade de percorrer este chão e conhecer um pouco mais esta gente.
Como você descreve “lar”? Saudade da família em Feira de Santana e possibilidade de construir outro a partir das minhas próprias escolhas.
Qual a sua pergunta favorita ao conversar com outra pessoa? “Como vai você? Eu preciso saber da sua vida...”
Blog_CF: Cláudia, parabéns pela conquista do título de doutora, percorrendo uma caminhada com suas sinuosidades e momentos ásperos, mas certamente gratificante.
Cláudia: Obrigada! Quando a gente se propõe a abraçar um desafio geralmente pensa nos sacrifícios que terá que fazer em busca dos benefícios pretendidos. Mas em alguns desafios, os sacrifícios são muito maiores do que aqueles inicialmente imaginados. Com o Doutorado foi assim. Mas também sou muito grata pela oportunidade de cursar o Doutorado na melhor instituição de ensino que temos no Brasil. As experiências vividas, as aulas, discussões, oportunidades de pesquisa foram singulares e contribuíram muito para a minha formação. Lembro-me da alegria de ter sido aprovada para ingresso na turma 2011 no PPGCC/FEA/USP, mas guardarei com alegria redobrada o anúncio da aprovação da tese por parte da banca. Um dia incrivelmente feliz! Agora que o Lattes já está atualizado, a ideia é tentar viver uma vida [academicamente] normal!
Blog_CF: O seu doutorado foi finalizado em 2015, com a defesa da sua tese. Para tecê-la, você utilizou dados primários, o que significa você ter ido buscar os dados na fonte para criar a sua base de trabalho. Enquanto você trabalhava, também publicava algumas descobertas nas redes sociais, como um prefeito que adotava a “gestão com carinho” (Feira de Santana), um ano com quatro quadrimestres (Maranhão), além do município muito “criativo” (não divulgado) com pouco mais de 180 mil habitantes e com 33 secretarias municipais. De todo esse universo que a sua tese te introduziu, quais as suas histórias preferidas?
Cláudia: O município criativo foi Cabo Frio (RJ)! A experiência de coleta de dados para a tese foi uma experiência de pesquisa em toda a extensão do termo. Foi um período de garimpar dados! A minha opção por ênfase de pesquisas na área pública se deu desde a graduação e prossigo na crença de que se trata de uma área promissora, mas carente de pesquisas. Um dos motivos é ausência de bases de dados consolidados, a exemplo da Economatica, com dados de companhias abertas. Eu gostaria de contribuir um dia para a construção de uma espécie de Economatica do Setor Público.
Algumas das descobertas durante a coleta de dados, principalmente nos sites das prefeituras, não estavam necessariamente relacionadas aos objetivos da pesquisa da tese, mas achei interessante registrar para partilhar com outras pessoas as dificuldades de se encontrar dados públicos no Brasil. Lembro-me de casos de secretários municipais com título de doutor e currículo Lattes atualizado (coisa que muitos professores não têm!). Eu destaquei as descobertas que me pareceram interessantes, mas outras tantas me causaram alegria como cidadã brasileira, por ver portais de prefeituras atualizados, com canais de comunicação com o cidadão, com informações divulgadas de forma completa e atualizada, mas também outras trouxeram um sentimento de frustração, como casos de municípios sem portal eletrônico na era da transparência e do acesso à informação.
Blog_CF: O prefeito Marcelo Pereira, de São José do Belmonte (Pernambuco), teve as contas de 2013 rejeitadas pelo Tribunal de Contas do Estado. Em uma entrevista publicada em 12 de agosto pelo Farol de Notícias, Marcelo afirmou que, pelos municípios não possuírem renda própria é “impossível manter a máquina funcionando”. Segundo ele, o que ocorre nos municípios hoje é que “[...] você tem que dar um aumento de salários todo mês de janeiro, esse aumento de salário é obrigatório por lei. Então você não pode se negar a dar 13,8% aos professores, [além do] aumento do salário mínimo. Como é que a gente vai bater essa conta se a receita diminui e aumenta a folha de salário?” O que você acha dessa postura e qual a sua opinião sobre o impacto da Lei de Responsabilidade Fiscal nos Municípios?
Cláudia: Eu não concordo com a postura deste prefeito, uma vez que, infelizmente, em nosso país os recursos públicos, em muitos entes, ainda não são aplicados de forma eficiente. Os municípios possuem competência tributária, garantida na Constituição Federal, ainda que reduzida em relação aos demais entes. Porém muitos municípios brasileiros têm apresentado o fenômeno da chamada ‘preguiça fiscal’, pois instituir e arrecadar tributos são um mecanismo impopular e que tira votos, principalmente em municípios pequenos, onde as relações entre eleitos e eleitores são muito próximas. Assim, muitos entes sobrevivem apenas das transferências constitucionais dos Estados e da União. Eu defendo que não deveriam ser criados ou permitidos municípios que não têm base econômica para arrecadar e nem capacidade técnica mínima de gestão. No Brasil, pouco mais de 10% dos municípios têm população superior a 100 mil habitantes. Ou seja, quase 90% dos municípios são pequenos ou muito pequenos e muitas vezes não têm base econômica mínima para se manter, custear as despesas municipais mínimas.
Quanto ao aumento da renumeração dos professores, com percentual fixo de aumento no mês de janeiro, desconheço essa obrigatoriedade. Mas o gestor poderia informar também qual o valor gasto com a remuneração dos vereadores, secretários e cargos em comissão do município. Talvez um levantamento criterioso das despesas municípios revele áreas com recursos empregados de forma eficiente e exagerada e sobre recursos para a educação e o ente passe a ser um ‘município educador’.
Quanto ao impacto da LRF nas finanças municipais, os resultados da minha tese me permitiram umas considerações interessantes, mas desanimadoras. Embora muito se discuta sobre a rigidez das regras fiscais da LRF, eu considero alguns limites bastante confortáveis, para não dizer maternais, principalmente pelo pouco ou zero esforço que muitos entes têm que fazer para cumprir os limites. Exceção apenas para as despesas com pessoal, que é o limite mais rígido da LRF para municípios, mas ainda assim há casos de municípios com margem bastante folgada em relação ao limite máximo.
Em relação às metas fiscais, de resultado nominal e resultado primário, os valores alcançados pelos municípios são extremamente discrepantes das metas estabelecidas. Minha opinião inicial está focada na imperícia do planejamento por parte dos municípios. É lógico que orçamentos e planejamentos mal formulados não contribuem para o alcance da almejada responsabilidade na gestão fiscal.
Sobre Contabilidade
Blog_CF: O que você acha do universo contábil online brasileiro? Que dicas você daria para quem está começando, quais foram os seus maiores erros e acertos?
Cláudia: Eu considero que o universo contábil brasileiro está passando por uma fase ímpar, de valorização da área profissional. Para que isso não seja apenas uma onda, é necessário reestruturação dos cursos e melhoria na qualidade da formação. É preciso coragem para admitir que a formação ainda é bastante deficiente e mais coragem ainda para implementar as mudanças necessárias.
Meus maiores erros e acertos na Graduação em Ciências Contábeis:
Acertos: Querer viver o curso; envolvimento precoce com o Centro Acadêmico e com um núcleo de pesquisa; Dedicação a disciplinas menos próximas da área contábil: Filosofia, Sociologia, Ciência Política... Isso me fez abrir a cabeça, pensar fora da caixinha... Eu também gostava muito de estudar, de verdade! Para mim, poder estudar na melhor universidade da região onde morava e ainda uma instituição pública foi uma grande oportunidade que agarrei com unhas e dentes!
Erros: Poderia ter me dedicado mais às disciplinas da área de economia e métodos quantitativos e aproveitado mais as festas na Universidade, mas eu sempre tinha algo para estudar.
Dicas para quem estar começando o curso de Ciências Contábeis: 1) Só curse se realmente quiser e gostar da área; 2) Estude e aprenda e leia e fale e escreva e compreenda no mínimo Inglês; 3) Estude métodos quantitativos com vontade, como se estivesse cursando Engenharia; 4) Dedicação extra às disciplinas da área de Economia; 5) Se puder, não trabalhe durante o curso, dedique-se apenas aos estudos; 6) Procure se envolver com pesquisa e iniciação científica; 7) Participe dos eventos do curso (seminários, congressos,...) e de outros cursos também; 8) Estagie apenas no último ano e em uma empresa que possa atuar na área que mais gostou no curso; 9) Faça monografia com vontade, na área que mais despertou interesse durante o curso; e 10) Acompanhe os blogs Contabilidade Financeira e Ideias Contábeis e curta nossas fanpages no Facebook!
RAPIDINHAS:
Último livro que leu: Cem Anos de Solidão – Gabriel García Marquez
Série preferida: Prison Break, a inteligência do Michael Scofield é fascinante.
Música que tem escutado ultimamente: Duas: I follow rivers - Lykke Li e A Sky Full of Stars - Coldplay
Esporte preferido para assistir? E para praticar? Assistir: Futebol (Flamengo no Maracanã) Praticar: Corrida (no Aterro do Flamengo... Corri minha primeira Meia Maratona há duas semanas, foi incrível!)
Algo que te inspira: Meditação
Algo que te faz perder a paciência: Falta de eficiência e quando as coisas não funcionam direito, como deveriam.
Para onde você gostaria de viajar? Alguns países da América Latina com uma mochila nas costas. Eu li As veias abertas da América Latina e, embora o Galeano tenha dita que o escreveria diferente, tenho muita vontade de percorrer este chão e conhecer um pouco mais esta gente.
Como você descreve “lar”? Saudade da família em Feira de Santana e possibilidade de construir outro a partir das minhas próprias escolhas.
Qual a sua pergunta favorita ao conversar com outra pessoa? “Como vai você? Eu preciso saber da sua vida...”
06 setembro 2015
Entrevista: Escritório de contabilidade
Hoje a entrevista é com o Leonardo W. Rocha, com 28 anos, formado em administração pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e futuro contador. Atualmente ele é gerente administrativo da empresa Rocha Contabilidade.
Blog_CF: Leonardo, como é o escritório em que você trabalha e qual é a história de sua criação?
Leonardo: A Rocha Contabilidade é uma empresa prestadoras de serviços contábeis que atuam no Rio de Janeiro. Em 1972, Amaro Gonçalves da Rocha (meu pai), hoje sócio da empresa, abriu o escritório em uma pequena sala. Com o passar dos anos, o crescimento da empresa a fez ocupar um espaço maior, que consiste no seu atual endereço, localizado no coração de Copacabana, na Av. Nossa Senhora de Copacabana. Além da prestação de assessoria contábil, a partir do ano 2000 a Rocha Contabilidade passou também a atuar na área de assessoria imobiliária, iniciando suas atividades de compra e venda, administração, dentre outras, fidelizando um número de clientes ainda maior. Atualmente contamos com uma equipe de 20 colaboradores especializados para atender um portfólio de 100 clientes cadastrados.
Blog_CF: Qual parte do seu trabalho é a mais chata, a mais difícil e a mais legal?
Leonardo: Sem dúvida a parte mais chata é cobrar uma maior organização e pontualidade dos clientes. Muitos deles ainda não enxergam a importância de passar as informações corretas e nos prazos estabelecidos.
A mais difícil e desafiadora é estar sempre atualizado sobre a legislação. Diariamente são criadas ou modificadas o que causa um grande impacto na contabilidade brasileira. Enquanto não houver uma reforma tributária, essa sem dúvida, será a parte mais difícil no desenvolvimento do trabalho.
A parte mais legal para mim é quando eu consigo satisfazer o desejo do cliente, independente do trabalho que for. Eu gosto muito de auxiliar no planejamento tributário e na declaração de imposto de renda pessoa física
Blog_CF: O que te inspirou a cursar contabilidade e como foi a sua formação?
Leonardo: Quando eu era mais jovem estava na dúvida entre ser professor de matemática, engenharia de produção, administração ou ciências contábeis. Acabei escolhendo, inicialmente, a administração pois tinha um sonho de ter um restaurantes próprio. Depois que comecei a trabalhar na contabilidade e atender restaurante como clientes, eu mudei totalmente a minha ideia e acabei me envolvendo com a contabilidade. Depois de formado em administração, eu iniciei o curso de ciências contábeis. Eu diria 50% da escolha foi influenciada pelo meu pai.
Blog_CF: Atualmente, qual é a relação de vocês com as mídias sociais?
Leonardo: Nós utilizamos o Facebook e tenho perfil pessoal no Linkedin. Por ser uma empresa familiar com pessoas bem tradicionais e não suscetíveis a mudanças, nós discutimos muito sobre isso, porém não consegui convencer os sócios que isso é uma ferramenta para fidelizar e angariar novos clientes, então ainda não adotamos novas plataformas, além das citadas. O controle das mídias sócias é feito por mim, o que não traz tanta eficácia se fosse feito por um profissional competente.
Blog_CF: Atualmente qual o perfil principal de clientes que te procuram?
Leonardo: Nossa empresa trabalha com pequenas empresas, especialmente as que são tributadas pelo SIMPLES (cerca de 90% dos clientes). Dos sócios dessas empresas, nós auxiliamos na declaração de imposto de renda e no contrato de empregadas domésticas, caso possuam.
Blog_CF: Você tem alguma história interessante de clientes?
Leonardo: Temos um cliente que sempre liga perguntando o número da conta corrente, além de nos mandar os extratos bancários fechados, sem ter a maior noção do que a empresa movimenta. Total falta de organização.
Blog_CF: Que dicas você daria para jovens estudantes que pretendem, um dia, montar um escritório de contabilidade? E para recém formados que estão desempregados?
Leonardo: Para os jovens estudantes que pretendem abrir um escritório, o conselho que eu daria é estagiar antes em escritórios de contabilidade, tentando passar pelos diversos departamentos e fazer um bom networking, cuidando da sua imagem para uma futura obtenção de clientes.
Para os desempregados eu aconselho a nunca pararem de estudar. Qualquer curso, seminário, palestra é muito importante para ampliar o conhecimento. Quanto maior o conhecimento, maior a segurança e capacidade de arrumar um emprego.
Blog_CF: Leonardo, agradecemos a sua disposição em nos atender. Uma entrevista com escritórios não é tão acessível quanto imaginávamos e você foi atencioso, oportuno e solicito. Desejo sucesso em sua carreira!
Disclosure: Conhecemos o Leonardo em interações dele com o Blog Contabilidade Financeira (Blog_CF) e ressaltamos que esta entrevista tem objetivo informativo e não comercial.
Blog_CF: Leonardo, como é o escritório em que você trabalha e qual é a história de sua criação?
Leonardo: A Rocha Contabilidade é uma empresa prestadoras de serviços contábeis que atuam no Rio de Janeiro. Em 1972, Amaro Gonçalves da Rocha (meu pai), hoje sócio da empresa, abriu o escritório em uma pequena sala. Com o passar dos anos, o crescimento da empresa a fez ocupar um espaço maior, que consiste no seu atual endereço, localizado no coração de Copacabana, na Av. Nossa Senhora de Copacabana. Além da prestação de assessoria contábil, a partir do ano 2000 a Rocha Contabilidade passou também a atuar na área de assessoria imobiliária, iniciando suas atividades de compra e venda, administração, dentre outras, fidelizando um número de clientes ainda maior. Atualmente contamos com uma equipe de 20 colaboradores especializados para atender um portfólio de 100 clientes cadastrados.
Blog_CF: Qual parte do seu trabalho é a mais chata, a mais difícil e a mais legal?
Leonardo: Sem dúvida a parte mais chata é cobrar uma maior organização e pontualidade dos clientes. Muitos deles ainda não enxergam a importância de passar as informações corretas e nos prazos estabelecidos.
A mais difícil e desafiadora é estar sempre atualizado sobre a legislação. Diariamente são criadas ou modificadas o que causa um grande impacto na contabilidade brasileira. Enquanto não houver uma reforma tributária, essa sem dúvida, será a parte mais difícil no desenvolvimento do trabalho.
A parte mais legal para mim é quando eu consigo satisfazer o desejo do cliente, independente do trabalho que for. Eu gosto muito de auxiliar no planejamento tributário e na declaração de imposto de renda pessoa física
Blog_CF: O que te inspirou a cursar contabilidade e como foi a sua formação?
Leonardo: Quando eu era mais jovem estava na dúvida entre ser professor de matemática, engenharia de produção, administração ou ciências contábeis. Acabei escolhendo, inicialmente, a administração pois tinha um sonho de ter um restaurantes próprio. Depois que comecei a trabalhar na contabilidade e atender restaurante como clientes, eu mudei totalmente a minha ideia e acabei me envolvendo com a contabilidade. Depois de formado em administração, eu iniciei o curso de ciências contábeis. Eu diria 50% da escolha foi influenciada pelo meu pai.
Blog_CF: Atualmente, qual é a relação de vocês com as mídias sociais?
Leonardo: Nós utilizamos o Facebook e tenho perfil pessoal no Linkedin. Por ser uma empresa familiar com pessoas bem tradicionais e não suscetíveis a mudanças, nós discutimos muito sobre isso, porém não consegui convencer os sócios que isso é uma ferramenta para fidelizar e angariar novos clientes, então ainda não adotamos novas plataformas, além das citadas. O controle das mídias sócias é feito por mim, o que não traz tanta eficácia se fosse feito por um profissional competente.
Blog_CF: Atualmente qual o perfil principal de clientes que te procuram?
Leonardo: Nossa empresa trabalha com pequenas empresas, especialmente as que são tributadas pelo SIMPLES (cerca de 90% dos clientes). Dos sócios dessas empresas, nós auxiliamos na declaração de imposto de renda e no contrato de empregadas domésticas, caso possuam.
Blog_CF: Você tem alguma história interessante de clientes?
Leonardo: Temos um cliente que sempre liga perguntando o número da conta corrente, além de nos mandar os extratos bancários fechados, sem ter a maior noção do que a empresa movimenta. Total falta de organização.
Blog_CF: Que dicas você daria para jovens estudantes que pretendem, um dia, montar um escritório de contabilidade? E para recém formados que estão desempregados?
Leonardo: Para os jovens estudantes que pretendem abrir um escritório, o conselho que eu daria é estagiar antes em escritórios de contabilidade, tentando passar pelos diversos departamentos e fazer um bom networking, cuidando da sua imagem para uma futura obtenção de clientes.
Para os desempregados eu aconselho a nunca pararem de estudar. Qualquer curso, seminário, palestra é muito importante para ampliar o conhecimento. Quanto maior o conhecimento, maior a segurança e capacidade de arrumar um emprego.
Blog_CF: Leonardo, agradecemos a sua disposição em nos atender. Uma entrevista com escritórios não é tão acessível quanto imaginávamos e você foi atencioso, oportuno e solicito. Desejo sucesso em sua carreira!
Disclosure: Conhecemos o Leonardo em interações dele com o Blog Contabilidade Financeira (Blog_CF) e ressaltamos que esta entrevista tem objetivo informativo e não comercial.
21 setembro 2014
27 julho 2014
Entrevista: Izalci Lucas Ferreira
Um dia eu estava em um congresso ou encontro, não me lembro bem, e vi que alguém que admiro era presidente do Sindicato dos Contadores de Brasília – e eu nem sabia. O tio Izalci é uma pessoa a mim muito querida e que influenciou a minha escolha pela nossa linda carreira e Ciência. Então vamos lá!? Ele é o nosso entrevistado deste domingo.
Blog_CF: Izalci, o que te inspirou a cursar contabilidade?
A contabilidade é uma Ciência bonita e a acho simplesmente essencial. Na época em que estudava, fazia o curso em uma universidade particular que era a única com curso noturno, pois eu tinha que trabalhar durante o dia. Mesmo assim eu tive que aderir o Programa de rédito Educativo. A paixão pelo curso só crescia. Fiz bons amigos ali e ainda procuro me manter tão conectado quanto posso. Sou sócio de uma empresa de contabilidade, além de atualmente estar na CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) da Petrobrás. É indispensável que profissionais contabilistas estejam envolvidos em processos assim, pois possuímos um saber notório para avaliar casos como esse. Tenho orgulho em ser um contador no parlamento. Eu não imaginava o que me traria a vida de contador, mas me inspirei simplesmente em ser um bom profissional, um bom contador.
Acredito que ser chamado de "professor" é uma das maiores honras. Defendo que a educação é a base para tudo, nós sabemos disso, e o professor é fundamental para isso. Tive excelentes professores e me dediquei ao máximo. Eu trabalhava durante o dia, estudava a noite e aderi ao crédito educativo. Assim consegui estudar e me formar, cuidando da minha família. Mas, por exemplo, se havia vaga em salas de aula de escolas particulares, complementar com alunos bolsistas não aumentaria o custo marginal da empresa, então por que não o fazer? Eu não era político, mas pensando nessas vagas e em alunos sem oportunidades, comecei a trabalhar com uma forma que organizava essa interação: alunos conseguiam as vagas sobressalentes nas escolas particulares. Apenas uma medida temporária, já que devemos mesmo é cuidar da educação desde a infância e lutar pelo ensino público de qualidade. Essa é uma verdadeira paixão, ver um Brasil com mais oportunidade, mais justiça e igualdade, e a contabilidade me auxilia a atingir essa meta. Por isso acabei entrando na política, após essa experiência com a “realocação” de alunos. E, ainda, quem tem conhecimentos contábeis tem uma visão diferenciada e estratégica. O simples fato de saber a diferença entre custo, investimento e despesa me põe a frente em debates e decisões políticas. Mas isso é algo básico que tento ensinar a todos. Acho que se todos os parlamentares tivessem as noções básicas que temos facilitaria muita coisa.
Blog_CF: Ano passado foi considerado o “Ano da Contabilidade no Brasil”. Quais impactos causados por esse trabalho do Conselho Federal de Contabilidade?
O principal impacto foi o aumento da visibilidade do setor. Talvez os próprios contadores não tenham percebido, pois esse é o nosso mundo, estamos sempre com assuntos relacionados a isso ao nosso redor. Todavia, a percepção do público geral melhorou em relação a profissão, o que é fundamental para o contínuo desenvolvimento e amadurecimento desta área no Brasil. Ano passado tentamos focar ainda mais as lutas e o caminho percorrido pela contabilidade, a importância do setor no desenvolvimento das empresas e, principalmente, o papel do contador nas organizações, sejam elas públicas ou privadas. Não somos apenas “preenchedores” de declarações de imposto de renda ou outras burocracias. Claro que também fazemos isso (especialmente para a nossa família e na véspera do prazo!), mas estamos em uma posição que nos permite sermos analíticos e o diferencial no sucesso ou fracasso de uma empresa.
Blog_CF: Em Brasília você concorda com a visão de que o melhor caminho que um contador pode seguir é o serviço público? Que outras opções você observa para quem está adentrando o mercado de trabalho?
Tanto na área pública, quanto na área privada, as possibilidades são muitas para os contadores. Basta que não se apeguem a estereótipos, algo eu acredito que vem sendo gradualmente modificado no Brasil. A contabilidade brasileira do setor privado avançou muito, a contabilidade pública não tem recebido a devida atenção, ou valorização. Atualmente estamos lutando na Câmara pela reestruturação da carreira no setor público. Com isso, aumentamos as opções para quem está entrando no mercado de trabalho. Mas acredito que saber que segmento seguir necessita de diversas informações e o perfil de cada um é o que mais pesa ao se considerar a iniciativa pública ou a privada.
Blog_CF: Agora vamos solicitar um conselho. O que dizer aos jovens que estão iniciando o curso Ciências Contábeis?
Invistam na formação profissional para entrar no mercado de trabalho com qualificação. Estudem inglês, leiam livros (não apenas clássicos, leiam de tudo) e saibam escrever e discursar bem. Creio que esse é o diferencial e é o que buscamos ao contratar alguém. Tenha paixão pelo que faz e as coisas acontecerão naturalmente.
O principal impacto foi o aumento da visibilidade do setor. Talvez os próprios contadores não tenham percebido, pois esse é o nosso mundo, estamos sempre com assuntos relacionados a isso ao nosso redor. Todavia, a percepção do público geral melhorou em relação a profissão, o que é fundamental para o contínuo desenvolvimento e amadurecimento desta área no Brasil. Ano passado tentamos focar ainda mais as lutas e o caminho percorrido pela contabilidade, a importância do setor no desenvolvimento das empresas e, principalmente, o papel do contador nas organizações, sejam elas públicas ou privadas. Não somos apenas “preenchedores” de declarações de imposto de renda ou outras burocracias. Claro que também fazemos isso (especialmente para a nossa família e na véspera do prazo!), mas estamos em uma posição que nos permite sermos analíticos e o diferencial no sucesso ou fracasso de uma empresa.
Blog_CF: Em Brasília você concorda com a visão de que o melhor caminho que um contador pode seguir é o serviço público? Que outras opções você observa para quem está adentrando o mercado de trabalho?
Tanto na área pública, quanto na área privada, as possibilidades são muitas para os contadores. Basta que não se apeguem a estereótipos, algo eu acredito que vem sendo gradualmente modificado no Brasil. A contabilidade brasileira do setor privado avançou muito, a contabilidade pública não tem recebido a devida atenção, ou valorização. Atualmente estamos lutando na Câmara pela reestruturação da carreira no setor público. Com isso, aumentamos as opções para quem está entrando no mercado de trabalho. Mas acredito que saber que segmento seguir necessita de diversas informações e o perfil de cada um é o que mais pesa ao se considerar a iniciativa pública ou a privada.
Blog_CF: Agora vamos solicitar um conselho. O que dizer aos jovens que estão iniciando o curso Ciências Contábeis?
Invistam na formação profissional para entrar no mercado de trabalho com qualificação. Estudem inglês, leiam livros (não apenas clássicos, leiam de tudo) e saibam escrever e discursar bem. Creio que esse é o diferencial e é o que buscamos ao contratar alguém. Tenha paixão pelo que faz e as coisas acontecerão naturalmente.
Quer fazer mais pergunta? Escreva nos comentários.
Caso queira contato direto, o deputado Izalci pode ser encontrado no endereço abaixo:
Praça dos Três Poderes - Câmara dos Deputados
Gabinete: 284 - Anexo: III
CEP: 70160-900 - Brasília – DF
Fones: (61) 3215-1284
e-mail:izalci@izalci.com.br
Caso queira contato direto, o deputado Izalci pode ser encontrado no endereço abaixo:
Praça dos Três Poderes - Câmara dos Deputados
Gabinete: 284 - Anexo: III
CEP: 70160-900 - Brasília – DF
Fones: (61) 3215-1284
e-mail:izalci@izalci.com.br
20 julho 2014
Entrevista: Vladmir Ferreira Almeida
Vladmir Ferreira Almeida é contador, blogueiro e adora música. Uma de suas paixões é o violão clássico. Ele é o entrevistado deste belo domingo. Agradecemos a companhia Vladmir! *.*
Blog_CF: Vladmir, com quantos anos você começou a tocar violão clássico? Você estudava teoria musical também?
Bom na verdade eu comecei a tocar violão já tarde, aprendendo sozinho, observando alguns amigos. Eu estava com 16 ou 17 anos. Depois de algum tempo entrei na escola de música e passei dois anos estudando teoria musical e iniciação ao violão clássico. Não cheguei a completar o curso porque eu tive que trabalhar, não era possível conciliar. Até hoje guardo alguns livros de teoria musical (Bohumil Med, Ian Guest, Paul Hindemith, entre outros).
Blog_CF: Esperamos que logo você consiga voltar! Como essa paixão surgiu e como ela influenciou a sua personalidade?
Meus pais sempre gostaram de ouvir música popular brasileira e música internacional. Quando eu era criança, no Rio de Janeiro, ouvia muito Djavan, Benito di Paula, Nat King Cole, Clara Nunes, Luiz Gonzaga... Com o tempo, já na adolescência, começou a despertar o meu interesse pelo Rock, principalmente pelos clássicos como: Jimi Hendrix, Pink Floyd, Deep Purple, Led Zeppelin, etc. Após a viagem de mudança para a cidade de São Luis (MA) conheci um rapaz que já tocava violão e nos finais de semana a gente se reunia para curtir algumas músicas. Em certo momento eu pedi o violão dele emprestado. Ele me perguntou se eu sabia tocar e eu disse que não, mas ia aprender. Depois de duas semanas, lendo algumas revistas com canções cifradas, já tocava algumas notas – mesmo com violão desafinado. Foi assim que aprendi: observando e lendo, como comentei anteriormente. Dois anos depois entrei na escola de música. Aprendi teoria musical, solfejo e ritmo. Acabei conhecendo outros grandes músicos como: Egberto Gismonti, Paco de Lucia, Hermeto Pascoal, Kazuhito Yamashita, Fabio Zanon, Hélio Delmiro, Charlie Haden, Witold Lutoslawski, J. S. Bach, Chopin, Vivaldi, Tchaikovsky, Heitor Villa Lobos, Turíbio Santos, Rafael Rabelo, Nana Vasconcelos,... , juntamente com vários outros. Ainda cheguei a trabalhar tocando em alguns bares e até mesmo em algumas bandas, mas foi por pouco tempo. Uma coisa que a música ensina muito bem é a dedicação pelo que você faz. A procura pela “perfeição” na execução de cada nota, e mesmo nos estudos com partitura, é uma coisa fantástica.
Blog_CF: Como a sua vida na contabilidade se iniciou e como você vê a disciplina que tinha ao estudar música ter te ajudado como aluno em outras áreas?
Eu sempre gostei de números e comecei a trabalhar cedo – até para ajudar nas despesas de casa. Meu primeiro trabalho de carteira assinada foi no setor de contabilidade de uma empresa. Foi nesse momento que tive os primeiros contatos com a contabilidade básica - lançamentos contábeis, folha de pagamento, plano de contas, conciliação bancaria, etc. Em seguida tive contato com serviço na área de orçamento, centros de custos e projetos. Após alguns anos de trabalho comecei o meu curso de graduação em contabilidade e logo em seguida a minha especialização. Acho que a disciplina no estudo da música me ajudou na minha compreensão sobre a contabilidade, principalmente no aspecto da concentração.
Blog_CF: O que a contabilidade significa pra você?
Eu acho que significa relação e equilíbrio - não só para as contas e seus valores, mas para vida! Quando você está elaborando um balancete você cria RELAÇÕES entre pontos que, a priori, não são comuns. Como, por exemplo, no pagamento de uma obrigação - há um fornecedor (passivo) e a sua conta corrente (ativo). Dessa relação aparece o equilíbrio (método das partidas dobradas) - lançamentos. A partir do equilíbrio você pode tomar uma decisão de forma mais clara – o balancete. Essa é uma forma simples de demonstrar que objeto de estudo da contabilidade não é só o patrimônio das empresas, mas o maior de todos os patrimônios, a vida!
Blog_CF: Como você se tornou blogueiro e como afeta a sua vida?
Sempre gostei de compartilhar informações. A forma que eu utilizava para mandar algo novo de contabilidade para os meus amigos, ou algum outro assunto importante para qualquer profissional dentro da empresa (comunicação, liderança, relacionamento interpessoal,...), era através de e-mail. Como eu mandava muitos artigos a minha caixa de saída do correio eletrônico ficava muito pesada e eu tinha que apagar boa parte das informações. Foi nesse momento, em 2009, que tive a ideia de criar um blog aonde eu pudesse colocar todas as informações que eu achava importantes e um único lugar aonde todos pudessem ver. Outro ponto fundamental para a elaboração do blog foram os links para acessar algum site importante. Às vezes você não se lembra de algum endereço eletrônico essencial para o seu trabalho ou para alguma pesquisa acadêmica. Com a página centralizei tudo isso.
Blog_CF: Qual é o balanço desses anos como blogueiro?
Após cinco anos de blog as minhas maiores satisfações, como blogueiro, foram:
- O conhecimento adquirido nesse espaço de tempo;
- As novas amizades, principalmente dos meus queridos amigos blogueiros: Isabel Sales, Cesar Tibúrcio (Mohamed), Alexandre Alcântara, Claudia Cruz, Pedro Correia, Orleans Martins, Augusto Cezar, Polyana Silva, Thiago Pena, Vinicius Gomes, Marcelo Paulo, Luiz Felipe, entre outros.
Blog_CF: Que dicas e conselhos você daria a quem pretende começar um blog?
A primeira coisa e gostar muito do assunto que você irá abordar. Ter um blog exige muito dedicação. Periodicamente você tem que acompanhar os assuntos mais relevantes da área;
Outra coisa importante é ser o mais especifico possível. No meu caso, em especial, eu tenho que compartilhar vários assuntos diferentes (Contabilidade, Gestão financeira, Auditoria, Economia, Controladoria e Empreendedorismo) e isso requer um tempo maior para tratar tudo;
Evite textos longos; Utilize outras formas que não sejam apenas textos como, por exemplo, vídeos; Compare seu blog com outros blogs que tratem do mesmo tema; veja o que pode ser comentado, melhorado e aprendido. E tenha tempo! Blogar exige o empenho de vária horas semanais.
Blog_CF: Vladmir, com quantos anos você começou a tocar violão clássico? Você estudava teoria musical também?
Bom na verdade eu comecei a tocar violão já tarde, aprendendo sozinho, observando alguns amigos. Eu estava com 16 ou 17 anos. Depois de algum tempo entrei na escola de música e passei dois anos estudando teoria musical e iniciação ao violão clássico. Não cheguei a completar o curso porque eu tive que trabalhar, não era possível conciliar. Até hoje guardo alguns livros de teoria musical (Bohumil Med, Ian Guest, Paul Hindemith, entre outros).
Blog_CF: Esperamos que logo você consiga voltar! Como essa paixão surgiu e como ela influenciou a sua personalidade?
Meus pais sempre gostaram de ouvir música popular brasileira e música internacional. Quando eu era criança, no Rio de Janeiro, ouvia muito Djavan, Benito di Paula, Nat King Cole, Clara Nunes, Luiz Gonzaga... Com o tempo, já na adolescência, começou a despertar o meu interesse pelo Rock, principalmente pelos clássicos como: Jimi Hendrix, Pink Floyd, Deep Purple, Led Zeppelin, etc. Após a viagem de mudança para a cidade de São Luis (MA) conheci um rapaz que já tocava violão e nos finais de semana a gente se reunia para curtir algumas músicas. Em certo momento eu pedi o violão dele emprestado. Ele me perguntou se eu sabia tocar e eu disse que não, mas ia aprender. Depois de duas semanas, lendo algumas revistas com canções cifradas, já tocava algumas notas – mesmo com violão desafinado. Foi assim que aprendi: observando e lendo, como comentei anteriormente. Dois anos depois entrei na escola de música. Aprendi teoria musical, solfejo e ritmo. Acabei conhecendo outros grandes músicos como: Egberto Gismonti, Paco de Lucia, Hermeto Pascoal, Kazuhito Yamashita, Fabio Zanon, Hélio Delmiro, Charlie Haden, Witold Lutoslawski, J. S. Bach, Chopin, Vivaldi, Tchaikovsky, Heitor Villa Lobos, Turíbio Santos, Rafael Rabelo, Nana Vasconcelos,... , juntamente com vários outros. Ainda cheguei a trabalhar tocando em alguns bares e até mesmo em algumas bandas, mas foi por pouco tempo. Uma coisa que a música ensina muito bem é a dedicação pelo que você faz. A procura pela “perfeição” na execução de cada nota, e mesmo nos estudos com partitura, é uma coisa fantástica.
Blog_CF: Como a sua vida na contabilidade se iniciou e como você vê a disciplina que tinha ao estudar música ter te ajudado como aluno em outras áreas?
Eu sempre gostei de números e comecei a trabalhar cedo – até para ajudar nas despesas de casa. Meu primeiro trabalho de carteira assinada foi no setor de contabilidade de uma empresa. Foi nesse momento que tive os primeiros contatos com a contabilidade básica - lançamentos contábeis, folha de pagamento, plano de contas, conciliação bancaria, etc. Em seguida tive contato com serviço na área de orçamento, centros de custos e projetos. Após alguns anos de trabalho comecei o meu curso de graduação em contabilidade e logo em seguida a minha especialização. Acho que a disciplina no estudo da música me ajudou na minha compreensão sobre a contabilidade, principalmente no aspecto da concentração.
Blog_CF: O que a contabilidade significa pra você?
Eu acho que significa relação e equilíbrio - não só para as contas e seus valores, mas para vida! Quando você está elaborando um balancete você cria RELAÇÕES entre pontos que, a priori, não são comuns. Como, por exemplo, no pagamento de uma obrigação - há um fornecedor (passivo) e a sua conta corrente (ativo). Dessa relação aparece o equilíbrio (método das partidas dobradas) - lançamentos. A partir do equilíbrio você pode tomar uma decisão de forma mais clara – o balancete. Essa é uma forma simples de demonstrar que objeto de estudo da contabilidade não é só o patrimônio das empresas, mas o maior de todos os patrimônios, a vida!
Blog_CF: Como você se tornou blogueiro e como afeta a sua vida?
Sempre gostei de compartilhar informações. A forma que eu utilizava para mandar algo novo de contabilidade para os meus amigos, ou algum outro assunto importante para qualquer profissional dentro da empresa (comunicação, liderança, relacionamento interpessoal,...), era através de e-mail. Como eu mandava muitos artigos a minha caixa de saída do correio eletrônico ficava muito pesada e eu tinha que apagar boa parte das informações. Foi nesse momento, em 2009, que tive a ideia de criar um blog aonde eu pudesse colocar todas as informações que eu achava importantes e um único lugar aonde todos pudessem ver. Outro ponto fundamental para a elaboração do blog foram os links para acessar algum site importante. Às vezes você não se lembra de algum endereço eletrônico essencial para o seu trabalho ou para alguma pesquisa acadêmica. Com a página centralizei tudo isso.
Blog_CF: Qual é o balanço desses anos como blogueiro?
Após cinco anos de blog as minhas maiores satisfações, como blogueiro, foram:
- O conhecimento adquirido nesse espaço de tempo;
- As novas amizades, principalmente dos meus queridos amigos blogueiros: Isabel Sales, Cesar Tibúrcio (Mohamed), Alexandre Alcântara, Claudia Cruz, Pedro Correia, Orleans Martins, Augusto Cezar, Polyana Silva, Thiago Pena, Vinicius Gomes, Marcelo Paulo, Luiz Felipe, entre outros.
Blog_CF: Que dicas e conselhos você daria a quem pretende começar um blog?
A primeira coisa e gostar muito do assunto que você irá abordar. Ter um blog exige muito dedicação. Periodicamente você tem que acompanhar os assuntos mais relevantes da área;
Outra coisa importante é ser o mais especifico possível. No meu caso, em especial, eu tenho que compartilhar vários assuntos diferentes (Contabilidade, Gestão financeira, Auditoria, Economia, Controladoria e Empreendedorismo) e isso requer um tempo maior para tratar tudo;
Evite textos longos; Utilize outras formas que não sejam apenas textos como, por exemplo, vídeos; Compare seu blog com outros blogs que tratem do mesmo tema; veja o que pode ser comentado, melhorado e aprendido. E tenha tempo! Blogar exige o empenho de vária horas semanais.
12 abril 2014
Entrevista: O desafio das restrições orçamentárias
Nós não entrevistamos o professor César, mas achamos mais que válido publicar aqui a realizada pelo pessoal da Secretaria de Comunicação da Universidade de Brasília. Esperamos que gostem!
As cifras para manter uma instituição do tamanho da Universidade de Brasília impressionam. A Lei Orçamentária Anual, elaborada pelo Poder Executivo, prevê R$ 1,55 bilhão para o funcionamento da UnB em 2014. O número expressivo se apequena quando as contas vêm pela frente. Descontadas as despesas com pagamento de pessoal, encargos e gastos correntes, sobram cerca de R$ 90 milhões. Esses recursos são insuficientes para honrar compromissos e garantir os investimentos necessários nos campi. A estimativa de gestores é de que o déficit deste ano alcance R$ 120 milhões.
Para gerir orçamento tão complexo, a universidade conta com a experiência do professor e administrador César Augusto Tibúrcio. Decano de Planejamento e Orçamento há três meses, o docente dirigiu a Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade, coordenou programa de pós-graduação e criou curso de especialização em Gestão Universitária. O novo compromisso profissional é avaliado por Tibúrcio como “um desafio enorme, aliado pelo sentimento de poder contribuir com a universidade”.
O desafio das restrições orçamentárias
Hugo Costa - Da Secretaria de Comunicação da UnB
As cifras para manter uma instituição do tamanho da Universidade de Brasília impressionam. A Lei Orçamentária Anual, elaborada pelo Poder Executivo, prevê R$ 1,55 bilhão para o funcionamento da UnB em 2014. O número expressivo se apequena quando as contas vêm pela frente. Descontadas as despesas com pagamento de pessoal, encargos e gastos correntes, sobram cerca de R$ 90 milhões. Esses recursos são insuficientes para honrar compromissos e garantir os investimentos necessários nos campi. A estimativa de gestores é de que o déficit deste ano alcance R$ 120 milhões.
Para gerir orçamento tão complexo, a universidade conta com a experiência do professor e administrador César Augusto Tibúrcio. Decano de Planejamento e Orçamento há três meses, o docente dirigiu a Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade, coordenou programa de pós-graduação e criou curso de especialização em Gestão Universitária. O novo compromisso profissional é avaliado por Tibúrcio como “um desafio enorme, aliado pelo sentimento de poder contribuir com a universidade”.
Em entrevista à Secretaria de Comunicação, o decano ressalta a necessidade de economizar, respeitar acordos e manter bom relacionamento com o governo federal. César Tibúrcio explica os esforços para fechar as contas e fala sobre receitas produzidas na UnB, universidade federal que mais dispõe de recursos próprios.
O orçamento federal demorou a ser aprovado em 2013. A universidade e muitos órgãos tiveram que trabalhar com receitas fracionadas e estimadas, os chamados duodécimos. Este ano a situação está melhor?
Em alguns pontos sim. Não tivemos os duodécimos, o que facilitou. Mas temos problemas decorrentes das finanças públicas do país. A dificuldade do governo em conseguir alcançar metas tem de alguma forma refletido em nosso orçamento. Isso de certa forma já era esperado. Ano passado o governo teve uma série de receitas que não vão se repetir este ano, como o caso dos leilões realizado. Este ano, pelo contrário, o governo tem os gastos que naturalmente vão acontecer pela Copa do Mundo e é ano eleitoral, quando tradicionalmente há elevação de despesas.
Quanto as receitas próprias representam no orçamento da universidade?
O orçamento da universidade para este ano é de R$ 1,55 bilhão, o segundo maior entre as instituições de ensino federais. É um valor substancial. De receita própria, temos cerca de R$ 400 milhões. Ou seja, 25 % do total do orçamento. A maior proporção entre todas as universidades.
O que constitui essa receita?
Sobretudo arrecadações do Cespe, do CDT e alugueis. Essa receita própria não significa que temos todo esse recurso para a universidade. Parte dela já tem despesa comprometida. O Cespe, por exemplo, utiliza dessa receita para a estrutura necessária para a realização de concursos e seleções. Não se trata de uma receita livre.
Como tem ocorrido o repasse dos recursos?
O Ministério da Educação tem liberado as receitas pouco a pouco, principalmente as de custeio. Temos que solicitar regularmente as cotas necessárias para os gastos da universidade. Há um montante definido, mas que não está totalmente disponível. Em março, por exemplo, foram repassadas três parcelas.
Qual o tamanho do déficit da universidade?
Ano passado havia uma projeção de déficit de R$120 milhões para 2014. Mas essa estimativa já sofre alterações. Há gastos que não esperávamos, mas também percebemos receitas subestimadas. Ainda não sabemos precisamente o tamanho do déficit.
O que fazer para equacionar essa conta?
Precisamos pedir recursos ao MEC para cobrir essa diferença, como fizemos no ano passado, e buscar fontes de financiamento que pudermos lançar mão. E, na medida do possível, reduzir gastos.
O Projeto Esplanada Sustentável (PES) foi concebido pelo governo para auxiliar na redução de gastos. Como está a implantação dessa iniciativa na UnB?
Ele está implantado em termos de acompanhamento de informação. Há uma perspectiva de revisar e aprimorar o projeto em nível nacional.
O que mais a gestão pode fazer para economizar?
A redução de certos tipos de pagamento tem auxiliado. Há também a repactuação de contratos de terceirizados. Iniciativas importantes têm sido feitas e precisam ser estimuladas. A prefeitura, por exemplo, tem conseguido economias substâncias com gastos de telefonia.
As receitas destinadas a investimentos se concentram em que áreas?
Em edificações, reformas, compras de equipamentos, aquisição de softwares. Mas o mais relevante são as novas construções.
O senhor gostaria de fazer alguma consideração sobre o início do trabalho no decanato?
Assumi o cargo depois de mais de um ano de gestão do professor Carlos Alberto Torres. Encontrei uma situação mais estabilizada. É importante destacar o trabalho realizado pelo professor. Ele recuperou atividades que daremos prosseguimento. Entre elas a publicação de anuários estatísticos e a apuração de custos nas unidades. Estamos também refazendo o planejamento estratégico, com a ajuda de especialistas, e vamos adotar nova gestão de processos, o que pode ter um impacto muito positivo na universidade. E também seguimos com as atividades de rotina. Entregamos agora no final de março dois relatórios complexos que começaram a ser elaborados em janeiro.
Como tem sido a transição das atividades acadêmicas para as administrativas?
São áreas bem diferentes. É um desafio enorme, aliado pelo sentimento de poder contribuir com a universidade. Isso é o mais importante.
O orçamento federal demorou a ser aprovado em 2013. A universidade e muitos órgãos tiveram que trabalhar com receitas fracionadas e estimadas, os chamados duodécimos. Este ano a situação está melhor?
Em alguns pontos sim. Não tivemos os duodécimos, o que facilitou. Mas temos problemas decorrentes das finanças públicas do país. A dificuldade do governo em conseguir alcançar metas tem de alguma forma refletido em nosso orçamento. Isso de certa forma já era esperado. Ano passado o governo teve uma série de receitas que não vão se repetir este ano, como o caso dos leilões realizado. Este ano, pelo contrário, o governo tem os gastos que naturalmente vão acontecer pela Copa do Mundo e é ano eleitoral, quando tradicionalmente há elevação de despesas.
Quanto as receitas próprias representam no orçamento da universidade?
O orçamento da universidade para este ano é de R$ 1,55 bilhão, o segundo maior entre as instituições de ensino federais. É um valor substancial. De receita própria, temos cerca de R$ 400 milhões. Ou seja, 25 % do total do orçamento. A maior proporção entre todas as universidades.
O que constitui essa receita?
Sobretudo arrecadações do Cespe, do CDT e alugueis. Essa receita própria não significa que temos todo esse recurso para a universidade. Parte dela já tem despesa comprometida. O Cespe, por exemplo, utiliza dessa receita para a estrutura necessária para a realização de concursos e seleções. Não se trata de uma receita livre.
Como tem ocorrido o repasse dos recursos?
O Ministério da Educação tem liberado as receitas pouco a pouco, principalmente as de custeio. Temos que solicitar regularmente as cotas necessárias para os gastos da universidade. Há um montante definido, mas que não está totalmente disponível. Em março, por exemplo, foram repassadas três parcelas.
Qual o tamanho do déficit da universidade?
Ano passado havia uma projeção de déficit de R$120 milhões para 2014. Mas essa estimativa já sofre alterações. Há gastos que não esperávamos, mas também percebemos receitas subestimadas. Ainda não sabemos precisamente o tamanho do déficit.
O que fazer para equacionar essa conta?
Precisamos pedir recursos ao MEC para cobrir essa diferença, como fizemos no ano passado, e buscar fontes de financiamento que pudermos lançar mão. E, na medida do possível, reduzir gastos.
O Projeto Esplanada Sustentável (PES) foi concebido pelo governo para auxiliar na redução de gastos. Como está a implantação dessa iniciativa na UnB?
Ele está implantado em termos de acompanhamento de informação. Há uma perspectiva de revisar e aprimorar o projeto em nível nacional.
O que mais a gestão pode fazer para economizar?
A redução de certos tipos de pagamento tem auxiliado. Há também a repactuação de contratos de terceirizados. Iniciativas importantes têm sido feitas e precisam ser estimuladas. A prefeitura, por exemplo, tem conseguido economias substâncias com gastos de telefonia.
As receitas destinadas a investimentos se concentram em que áreas?
Em edificações, reformas, compras de equipamentos, aquisição de softwares. Mas o mais relevante são as novas construções.
O senhor gostaria de fazer alguma consideração sobre o início do trabalho no decanato?
Assumi o cargo depois de mais de um ano de gestão do professor Carlos Alberto Torres. Encontrei uma situação mais estabilizada. É importante destacar o trabalho realizado pelo professor. Ele recuperou atividades que daremos prosseguimento. Entre elas a publicação de anuários estatísticos e a apuração de custos nas unidades. Estamos também refazendo o planejamento estratégico, com a ajuda de especialistas, e vamos adotar nova gestão de processos, o que pode ter um impacto muito positivo na universidade. E também seguimos com as atividades de rotina. Entregamos agora no final de março dois relatórios complexos que começaram a ser elaborados em janeiro.
Como tem sido a transição das atividades acadêmicas para as administrativas?
São áreas bem diferentes. É um desafio enorme, aliado pelo sentimento de poder contribuir com a universidade. Isso é o mais importante.
23 fevereiro 2014
Entrevista: Ednilto Pereira Tavares Júnior - Parte II
No outro domingo começamos a conversar com o Ednilto que tem uma história engraçada, interessante e envolvente para contar. Hoje a entrevista no mostra a trajetória dele entre o mestrado e o doutorado.
Blog_CF: Ednilto, você então entrou na 19ª turma de mestrado do Programa Multi-Institucional e Inter-Regional de Ciências Contábeis da UnB, UFPB e UFRN com o auxílio de um recurso. Claro que sempre haverá alguém para criticar, mas como foi a reação da sua turma? Como era o relacionamento entre vocês?
Ednilto: Antes de iniciarmos o curso somos convocados para uma reunião na qual nos explicam mais sobre o programa. A minha aconteceu em dezembro de 2009. Antes mesmo dos professores chegarem expliquei para todos que estavam na sala a minha situação. Havia quem nem notou que a lista final apresentou um nome a mais, devida a empolgação com o curso. Fui sincero desde o início e acredito que fui bem recebido. Ninguém mostrou descontentamento. Na reunião os professores também explicaram, mas já estavam todos cientes então acredito não ter havido nenhum tipo de preconceito.
Como comentei antes, Deus sabe o que faz. Cai em uma turma muito especial da qual me orgulho fazer parte. Superamos tudo juntos, nos apoiamos e, assim, íamos compensando as fraquezas individuais. Isso porque em uma turma há quem seja ótimo em contabilidade societária, mas não sabe sobre custos e gerencial, por exemplo. Havia também a questão do inglês que é essencial para o desenvolvimento de trabalhos, apresentações e seminário. Mas a minha turma se tornou um organismo único e fomos enfrentando a batalha com muito fervor. Hoje considero que tenho irmãos. A intensidade de tudo o que vivemos, nos liga por toda a vida.
Blog_CF: Você terminou bem o mestrado. Não precisou de novos prazos, passou em todas as matérias, foi aprovado na defesa da dissertação. Foi esse sucesso que te motivou a ir além e, assim, buscar o doutorado?
Ednilto: Com o mestrado eu tive a confirmação que a vida acadêmica não era apenas uma obrigação, ou profissão. Eu encontrei a minha paixão. Não achei que seria sequer aprovado em um mestrado e alcancei o meu sonho. Foi algo natural ir além disso, além dos meus sonhos. Foi assustador pensar em passar por todo o processo de rejeição e preparação novamente, independente de como foi o meu mestrado. Mas fui em frente.
Na primeira vez que tentei, não cheguei a conseguir participar do processo por ter enviado uma cópia não autenticada do meu título de eleitor (era uma exigência). Claro que entrei com o famoso recurso, mas infelizmente não deu certo. Mas novamente eu já estava decidido. Eu queria cursar o doutorado ali, no lugar em que me tornei mestre. Eu criei um vínculo de admiração e vontade de crescer junto com a UnB. Era ali que eu queria então, novamente, aguardei mais um ano e procurei ir melhorando o meu currículo naquele meio tempo. Ainda bem que meu sofrimento não durou muito e fui aprovado no último processo seletivo do Programa. Minhas aulas terão início este ano, em 2014. Agora inicio uma nova jornada, ainda por ser escrita.
Blog_CF: O que é o doutorado para você?
Ednilto: Acho que para alguns o doutorado seja relacionado a obtenção de um título. Não digo que a minha nobreza não fará com que eu não me sinta melhor no dia em que for o Doutor Ednilto! Mas a minha motivação, e aqui vou usar o mesmo discurso que prego aos meus alunos, é ser um professor melhor e, assim, conseguir ajudar mais os meus alunos, impactar vida, colaborar para o conhecimento e formação dos meus discentes da melhor forma que eu puder. Quando fui aprovado, comemorei esse sucesso também com os meus alunos e afirmei “se faço isso não é só por mim, mas também por vocês”. Tenho certeza que não sou um ótimo professor, mas quero ser um dia. Por isso busco a autossuperação. Ser melhor que o meu eu de ontem, ser melhor a cada dia.
Blog_CF: Não vou te perguntar como foi ser reprovado em um processo seletivo porque claramente houve frustração e tristeza. Mas como foi o seu processo para seguir em frente e ser admitido?
Ednilto: Bom... eu sou meio nerd ...se é que existe essa de meio nerd (ou se é ou não), então vai aqui uma resposta geek.
Hal Jordan, o segundo lanterna verde, ao ser escolhido sofreu bullying da tropa dos lanternas verdes (para eles os terráqueos são seres inferiores). Aí, em um desses universos da DC Comics [Lanterna Verde – Renascimento], Hal vai enfrentar Parallax, uma entidade cósmica que se alimenta do medo que espalha em todos os seres vivos... em resumo... Hal Jordan luta, vence Parallax e fala algo que me marcou.
Ter medo não nos faz fracos, pois do medo vem a coragem para sermos fortes. O que isso tem a ver com a pergunta sobre a reprovação? Já fui reprovado no processo seletivo para o mestrado e para o doutorado, entre outras reprovações na vida. Ser reprovado nunca me fez ser fraco, mas sim me deu força e coragem para ser forte.
A propaganda do sabão Omo já dizia, “não há aprendizado sem manchas”. Risos. Sempre penso nisso, independente do que eu esteja fazendo. Ora, se não deu daquela vez, vamos tentar novamente. Se não der na segunda, haverá uma terceira, e se não der na terceira, teremos uma outra vez para tentar. Ou ganharemos sabedoria e maturidade para enxergar uma outra opção e seguir por ali. Em suma, o que aconteceu não foi em vão. Não foi tempo perdido, mas o tempo necessário.
Como você se comporta frente a derrota é o que fará você ser um eterno perdedor ou um próximo vencedor. Acho que o NÃO sempre me incentivou mais do que o SIM, o “você NÃO consegue”, “isso NÃO é para você”, “você NÃO pode fazer isso”. As pessoas e motivam por milhares de incentivos diferentes e sempre brinco que quando ouço palavras negativas, meu subconsciente ativa que aquilo é um desafio e que desafios são feitos e colocados para que possamos vencê-los. Se não fosse assim, que graça teria a vida?
Blog_CF: A sua história é rica e cheia de exemplos motivacionais. Mas que dica você dá para os que pretendem futuramente cursar o mestrado? E quem já foi recusado em processos seletivos, como motivá-los a continuar tentando?
Ednilto: Dica? Difícil dizer porque "cada caso é um caso". Eu arriscaria dizer que a primeira coisa é "saber". Se você decidir fazer algo, no caso o mestrado, tem que ter certeza ser aquilo o que você realmente quer. (Tem quem faça por não ter outra coisa para fazer naquele momento, por pressão da família, pra melhorar o salário, por n razões distintas). Você está fazendo por você e é o que você sinceramente deseja? Se sim, pronto, sua meta e o seu objetivo foram traçados. Agora é só seguir. Não olhe para os lados e nem para trás. Siga em frente. Confie. Não pare porque obstáculos vão surgir - sempre surgem - mas se você tem em mente o que você quer, não deixe nada ser tão grande a ponto de fazer você desistir. Você vai querer desistir! Mas não desista.
Blog_CF: Você pode compartilhar mais uma das suas histórias de - sim - superação?
Ednilto: (rindo) Se você diz que são histórias de superação, tudo bem. Vou contar algo que aconteceu comigo.... Mais risos.
Para fazer o mestrado saí de um cargo concursado. Foi uma escolha que tive que fazer e assumir, já que eu não tinha como conciliar o aquele trabalho com os estudos. Aquilo foi um golpe dolorido já que parei de receber um salário razoável para virar bolsista da Capes. Agradeço eternamente a oportunidade, mas o valor é vergonhoso, sabe? Eu recebia R$ 1.200,00! Como comprar livros (geralmente internacionais), me sustentar e estudar em paz? Tinha quem falasse que com aquilo dava até para pagar prestação de carro, pode?
Aproveito para me manifestar: Brasil, governantes, responsáveis: a bolsa não é nada. Né? Pagar isso TUDO para a pessoa ficar por conta dos estudar?
No meu caso, eu era solteiro e ainda tinha os meus pais para me ajudarem, fico pensando como um pai de família renuncia seu emprego para fazer um mestrado com uma bolsa dessas?
Acho que a primeira dificuldade que eu tive no mestrado foi a financeira. Muitas vezes eu olhava para os meus colegas do antigo concurso, ou para colegas de universidade, que estavam indo “bem” na vida... e eu ali, ganhando R$ 1.200,00 “só para estudar”. Isso me fazia me perguntar todos os dias o por quê deu estar lá. Não foi fácil. O dinheiro não era a minha motivação, mas a falta dele me abalou. Sempre que eu ficava na dúvida, reforçava comigo "já estou aqui mesmo então não vou desistir".
A segunda dificuldade é quanto ao conteúdo de cada matéria. Nossa, não teve uma disciplina sequer que eu possa falar que foi “de boa”. Até a disciplina de prática de ensino foi pesada! E olha que envolvia apenas “dar aula” e era dar mesmo, porque era um docente voluntário. Na verdade eu recebia os créditos da disciplina, como todos os demais. Mas eu ia de Goiânia para Brasília, lecionava e voltava para casa. Isso acrescentava um peso emocional que complicou, claro, mas fui em frente. Sempre em frente.
Quando se tratava da dificuldade nas disciplinas, sempre pude contar com meus amigos. Nunca aquela frase fez tanto sentido “ninguém é tão grande que não possa aprender nem tão pequeno que não possa ensinar”. Lembro-me que meus amigos que me ajudaram a superar muitas dificuldades, inúmeras vezes. Fui para a casa deles estudar, nos encontrávamos na biblioteca.
A dificuldade é inerente ao processo, #nopain #nogain, mas ninguém disse que precisamos suportar essa “dor” sozinhos, então acho que durante essa batalha (mestrado ou doutorado) umas vezes seremos carregados, outra teremos que carregar, o importante é que nenhum soldado fique só no campo de batalha. Seja compreensivo e companheiro, é a dica que deixo. Isso fez toda a diferença na minha vida.
Blog_CF: Ednilto, agradecemos imensamente a sua participação e te desejamos uma ótima jornada no doutorado. Parabéns!
Ednilto: Obrigado por me convidarem para essa entrevista, não sei se sou a melhor pessoa para isso, mas espero poder incentivar alguém, mais uma vez obrigado e vamos que vamos que o doutorado nos espera.
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Blog_CF: Ednilto, você então entrou na 19ª turma de mestrado do Programa Multi-Institucional e Inter-Regional de Ciências Contábeis da UnB, UFPB e UFRN com o auxílio de um recurso. Claro que sempre haverá alguém para criticar, mas como foi a reação da sua turma? Como era o relacionamento entre vocês?
Ednilto: Antes de iniciarmos o curso somos convocados para uma reunião na qual nos explicam mais sobre o programa. A minha aconteceu em dezembro de 2009. Antes mesmo dos professores chegarem expliquei para todos que estavam na sala a minha situação. Havia quem nem notou que a lista final apresentou um nome a mais, devida a empolgação com o curso. Fui sincero desde o início e acredito que fui bem recebido. Ninguém mostrou descontentamento. Na reunião os professores também explicaram, mas já estavam todos cientes então acredito não ter havido nenhum tipo de preconceito.
Como comentei antes, Deus sabe o que faz. Cai em uma turma muito especial da qual me orgulho fazer parte. Superamos tudo juntos, nos apoiamos e, assim, íamos compensando as fraquezas individuais. Isso porque em uma turma há quem seja ótimo em contabilidade societária, mas não sabe sobre custos e gerencial, por exemplo. Havia também a questão do inglês que é essencial para o desenvolvimento de trabalhos, apresentações e seminário. Mas a minha turma se tornou um organismo único e fomos enfrentando a batalha com muito fervor. Hoje considero que tenho irmãos. A intensidade de tudo o que vivemos, nos liga por toda a vida.
Blog_CF: Você terminou bem o mestrado. Não precisou de novos prazos, passou em todas as matérias, foi aprovado na defesa da dissertação. Foi esse sucesso que te motivou a ir além e, assim, buscar o doutorado?
Ednilto: Com o mestrado eu tive a confirmação que a vida acadêmica não era apenas uma obrigação, ou profissão. Eu encontrei a minha paixão. Não achei que seria sequer aprovado em um mestrado e alcancei o meu sonho. Foi algo natural ir além disso, além dos meus sonhos. Foi assustador pensar em passar por todo o processo de rejeição e preparação novamente, independente de como foi o meu mestrado. Mas fui em frente.
Na primeira vez que tentei, não cheguei a conseguir participar do processo por ter enviado uma cópia não autenticada do meu título de eleitor (era uma exigência). Claro que entrei com o famoso recurso, mas infelizmente não deu certo. Mas novamente eu já estava decidido. Eu queria cursar o doutorado ali, no lugar em que me tornei mestre. Eu criei um vínculo de admiração e vontade de crescer junto com a UnB. Era ali que eu queria então, novamente, aguardei mais um ano e procurei ir melhorando o meu currículo naquele meio tempo. Ainda bem que meu sofrimento não durou muito e fui aprovado no último processo seletivo do Programa. Minhas aulas terão início este ano, em 2014. Agora inicio uma nova jornada, ainda por ser escrita.
Blog_CF: O que é o doutorado para você?
Ednilto: Acho que para alguns o doutorado seja relacionado a obtenção de um título. Não digo que a minha nobreza não fará com que eu não me sinta melhor no dia em que for o Doutor Ednilto! Mas a minha motivação, e aqui vou usar o mesmo discurso que prego aos meus alunos, é ser um professor melhor e, assim, conseguir ajudar mais os meus alunos, impactar vida, colaborar para o conhecimento e formação dos meus discentes da melhor forma que eu puder. Quando fui aprovado, comemorei esse sucesso também com os meus alunos e afirmei “se faço isso não é só por mim, mas também por vocês”. Tenho certeza que não sou um ótimo professor, mas quero ser um dia. Por isso busco a autossuperação. Ser melhor que o meu eu de ontem, ser melhor a cada dia.
Blog_CF: Não vou te perguntar como foi ser reprovado em um processo seletivo porque claramente houve frustração e tristeza. Mas como foi o seu processo para seguir em frente e ser admitido?
Ednilto: Bom... eu sou meio nerd ...se é que existe essa de meio nerd (ou se é ou não), então vai aqui uma resposta geek.
Hal Jordan, o segundo lanterna verde, ao ser escolhido sofreu bullying da tropa dos lanternas verdes (para eles os terráqueos são seres inferiores). Aí, em um desses universos da DC Comics [Lanterna Verde – Renascimento], Hal vai enfrentar Parallax, uma entidade cósmica que se alimenta do medo que espalha em todos os seres vivos... em resumo... Hal Jordan luta, vence Parallax e fala algo que me marcou.
Ter medo não nos faz fracos, pois do medo vem a coragem para sermos fortes. O que isso tem a ver com a pergunta sobre a reprovação? Já fui reprovado no processo seletivo para o mestrado e para o doutorado, entre outras reprovações na vida. Ser reprovado nunca me fez ser fraco, mas sim me deu força e coragem para ser forte.
A propaganda do sabão Omo já dizia, “não há aprendizado sem manchas”. Risos. Sempre penso nisso, independente do que eu esteja fazendo. Ora, se não deu daquela vez, vamos tentar novamente. Se não der na segunda, haverá uma terceira, e se não der na terceira, teremos uma outra vez para tentar. Ou ganharemos sabedoria e maturidade para enxergar uma outra opção e seguir por ali. Em suma, o que aconteceu não foi em vão. Não foi tempo perdido, mas o tempo necessário.
Como você se comporta frente a derrota é o que fará você ser um eterno perdedor ou um próximo vencedor. Acho que o NÃO sempre me incentivou mais do que o SIM, o “você NÃO consegue”, “isso NÃO é para você”, “você NÃO pode fazer isso”. As pessoas e motivam por milhares de incentivos diferentes e sempre brinco que quando ouço palavras negativas, meu subconsciente ativa que aquilo é um desafio e que desafios são feitos e colocados para que possamos vencê-los. Se não fosse assim, que graça teria a vida?
Blog_CF: A sua história é rica e cheia de exemplos motivacionais. Mas que dica você dá para os que pretendem futuramente cursar o mestrado? E quem já foi recusado em processos seletivos, como motivá-los a continuar tentando?
Ednilto: Dica? Difícil dizer porque "cada caso é um caso". Eu arriscaria dizer que a primeira coisa é "saber". Se você decidir fazer algo, no caso o mestrado, tem que ter certeza ser aquilo o que você realmente quer. (Tem quem faça por não ter outra coisa para fazer naquele momento, por pressão da família, pra melhorar o salário, por n razões distintas). Você está fazendo por você e é o que você sinceramente deseja? Se sim, pronto, sua meta e o seu objetivo foram traçados. Agora é só seguir. Não olhe para os lados e nem para trás. Siga em frente. Confie. Não pare porque obstáculos vão surgir - sempre surgem - mas se você tem em mente o que você quer, não deixe nada ser tão grande a ponto de fazer você desistir. Você vai querer desistir! Mas não desista.
Blog_CF: Você pode compartilhar mais uma das suas histórias de - sim - superação?
Ednilto: (rindo) Se você diz que são histórias de superação, tudo bem. Vou contar algo que aconteceu comigo.... Mais risos.
Para fazer o mestrado saí de um cargo concursado. Foi uma escolha que tive que fazer e assumir, já que eu não tinha como conciliar o aquele trabalho com os estudos. Aquilo foi um golpe dolorido já que parei de receber um salário razoável para virar bolsista da Capes. Agradeço eternamente a oportunidade, mas o valor é vergonhoso, sabe? Eu recebia R$ 1.200,00! Como comprar livros (geralmente internacionais), me sustentar e estudar em paz? Tinha quem falasse que com aquilo dava até para pagar prestação de carro, pode?
Aproveito para me manifestar: Brasil, governantes, responsáveis: a bolsa não é nada. Né? Pagar isso TUDO para a pessoa ficar por conta dos estudar?
No meu caso, eu era solteiro e ainda tinha os meus pais para me ajudarem, fico pensando como um pai de família renuncia seu emprego para fazer um mestrado com uma bolsa dessas?
Acho que a primeira dificuldade que eu tive no mestrado foi a financeira. Muitas vezes eu olhava para os meus colegas do antigo concurso, ou para colegas de universidade, que estavam indo “bem” na vida... e eu ali, ganhando R$ 1.200,00 “só para estudar”. Isso me fazia me perguntar todos os dias o por quê deu estar lá. Não foi fácil. O dinheiro não era a minha motivação, mas a falta dele me abalou. Sempre que eu ficava na dúvida, reforçava comigo "já estou aqui mesmo então não vou desistir".
A segunda dificuldade é quanto ao conteúdo de cada matéria. Nossa, não teve uma disciplina sequer que eu possa falar que foi “de boa”. Até a disciplina de prática de ensino foi pesada! E olha que envolvia apenas “dar aula” e era dar mesmo, porque era um docente voluntário. Na verdade eu recebia os créditos da disciplina, como todos os demais. Mas eu ia de Goiânia para Brasília, lecionava e voltava para casa. Isso acrescentava um peso emocional que complicou, claro, mas fui em frente. Sempre em frente.
Quando se tratava da dificuldade nas disciplinas, sempre pude contar com meus amigos. Nunca aquela frase fez tanto sentido “ninguém é tão grande que não possa aprender nem tão pequeno que não possa ensinar”. Lembro-me que meus amigos que me ajudaram a superar muitas dificuldades, inúmeras vezes. Fui para a casa deles estudar, nos encontrávamos na biblioteca.
A dificuldade é inerente ao processo, #nopain #nogain, mas ninguém disse que precisamos suportar essa “dor” sozinhos, então acho que durante essa batalha (mestrado ou doutorado) umas vezes seremos carregados, outra teremos que carregar, o importante é que nenhum soldado fique só no campo de batalha. Seja compreensivo e companheiro, é a dica que deixo. Isso fez toda a diferença na minha vida.
Blog_CF: Ednilto, agradecemos imensamente a sua participação e te desejamos uma ótima jornada no doutorado. Parabéns!
Ednilto: Obrigado por me convidarem para essa entrevista, não sei se sou a melhor pessoa para isso, mas espero poder incentivar alguém, mais uma vez obrigado e vamos que vamos que o doutorado nos espera.
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