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19 julho 2014

Qual ação de país emergente devo comprar?

SÃO PAULO - Com base em critérios macroeconômicos e perspectivas de crescimento de longo prazo, o banco alemão Deutsche Bank escolheu um grupo de dez ações de empresas de países emergentes que devem apresentar um bom crescimento no prazo de dez anos. Nessa seleta lista, apenas uma companhia brasileira, o Itaú Unibanco, foi escolhida como capaz de atrair investidores no longo prazo, mesmo com o baixo crescimento esperado para o Brasil no período.

Para o banco alemão, os países emergentes que são grandes produtores de matérias-primas não vão mais se beneficiar, como nos últimos anos, do aumento do preço das commodities no mercado internacional. “Um maior investimento é necessário para promover um crescimento mais rápido da produtividade e uma diversificação para outras áreas da atividade econômica. Além disso, Brasil, Rússia e África do Sul não sinalizaram nenhum sinal de urgência em responder à nova realidade econômica, e o seu desempenho econômico provavelmente irá refletir isso”, afirmaram, em relatório, a equipe de analistas da instituição.
No cenário traçado pelo Deutsche Bank, as grandes economias emergentes serão as mais afetadas, apresentando um crescimento mais fraco. A recuperação da atividade econômica nos países desenvolvidos também fará com que os emergentes tenham um fluxo menor de investimentos. Outro ponto observado é que algumas economias terão que lidar com as demandas populares que foram criadas nos anos de crescimento mais forte.

No caso específico do Brasil, os analistas veem como esgotado o crescimento baseado no consumo que foi sustentado pelo aumento do preço das matérias-primas no exterior. O crescimento potencial da economia brasileira na avaliação do banco está abaixo de 2%. A justificativa é que a taxa de investimento, que não chega a 20%, é a menor entre os mercados emergentes, além da falta de investimentos em infraestrutura e o comportamento da dívida pública.

AS ESCOLHAS

De acordo com o relatório, Brasil Rússia, África do Sul, Hungria e Egito devem apresentar crescimento baixos ou muito baixos nos próximos dez anos. Estão no grupo dos emergentes que terão crescimento alto ou muito alto a China, Índia, Turquia e os países da Europa Central. O banco destaca ainda o desenvolvimento que deve ser alcançado por México, Chile, Colômbia e Peru. Outros destaques são o Catar, Arábia Saudita e Nigéria.
Das dez empresas escolhidas, o Itaú Unibanco é a única brasileira. A aposta é que a instituição financeira conseguirá manter uma rentabilidade ao redor de 20% nos próximos dez anos, com crescimento de dois dígitos nos resultados. “Enquanto o crescimento potencial no Brasil não é tão alto quanto costumava ser, ainda há espaço para o Itaú crescer em um ritmo saudável, melhorando a eficiência e gradualmente expandindo para as regiões de maior crescimento na América Latina”, diz o relatório, lembrando que o Itaú possui atuação na Argentina, Chile, Colômbia, México, Paraguai, Peru e Uruguai.
Da América Latina, foram indicadas ainda a chilena CCU, principal concorrente da Ambev na região, e o Credicorp, que atua no setor bancário no Peru. Dos setores, o bancário é o com maior número de indicações, somando cinco ao total, seguido por varejo e bebidas (duas cada). O setor de mídia tem apenas uma recomendação.

Conheça as indicações de longo prazo do Deutsche Bank:

Empresa
Setor
País
CCU
Bebidas
Chile
Coca Cola Icecek
Bebidas
Turquia
Credicorp
Bancário
Peru
First Gulf Bank
Bancário
Emirados Árabes Unidos
Garanti Bank
Bancário
Turquia
Itaú Unibanco
Bancário
Brasil
Lenta
Varejo
Rússia
Magnit
Varejo
Rússia
Naspers
Mídia
África do Sul
Sberbank
Bancário
Rússia


Fonte: aqui

26 julho 2012

IASB e Mercado dos Países Emergentes


A adoção de normas internacionais é um assunto que gera bastante polêmica. Aqueles que são favoráveis às normas promulgadas pelo Iasb acreditam que quando um país resolve usar estas normas isto ajuda as empresas de diversas formas. O grande problema desta discussão é como provar isto.

Uma forma de estudar os efeitos das normas é observar o país antes e depois da decisão. Se ocorrerem melhorias, isto talvez seja um indício de que faz bem para um país optar por estas normas. Caso não exista nenhum tipo de alteração ou as mudanças são negativas devemos pensar bem antes de usar as normas do Iasb.

Dois pesquisadores canadenses fizeram exatamente um estudo deste tipo. Usando 38 países que fizeram esta opção até o ano de 2005 – isto excluiu o Brasil da amostra – os pesquisadores verificaram o que ocorreu com o mercado de capitais: o seu tamanho, o volume de negociação e o número de empresas listadas. Assim, em média os países antes da adoção possuíam um mercado de capitais que correspondia a 25% da economia; após a adoção este mercado aumentou para 35%. O volume de negociação também aumentou assim como a quantidade de empresas com ações negociadas na bolsa. Assim, parece que a adoção de normas internacionais faz bem para os mercados emergentes.

Antes de considerar o estudo como uma prova definitiva de que as normas internacionais são relevantes para o crescimento do mercado acionário em países emergentes é preciso tomar alguns cuidados. Em primeiro lugar, a amostra incluiu países que efetivamente não adotaram as IFRS: México (ano de adoção considerado de 1995), Argentina (2000) e Índia (1991) são três situações que identifiquei facilmente na listagem.

Em segundo lugar, é preciso tomar cuidado em separar os efeitos da adoção das consequências de outras situações. Assim, a adoção da norma pode ter ocorrido num momento propício da economia destes países e não ter influenciado em nada o comportamento do mercado. Para isto os autores fizeram uma regressão, tentando isolar os efeitos para verificar qual a parcela do crescimento do mercado que se deveu as normas. Neste ponto do artigo não está muito claro aspectos metodológicos – como o número de períodos de tempo usado na técnica estatística – que dificulta analisar se os efeitos observados pelas normas foram separados dos outros aspectos.

Terceiro, e talvez mais importante, não se pode considerar uma relação causa e efeito a partir das conclusões do texto. Ou seja, não podemos afirmar que adotar normas internacionais ajuda no desenvolvimento do mercado acionário. O mundo econômico é muito mais complexo para uma conclusão simplória. Uma das possíveis justificativas é que as normas do Iasb geralmente produzem lucros mais elevados do que outras normas. Um aumento nos resultados tende a provocar uma elevação nas ações que irá aumentar o tamanho do mercado – pela valorização das ações – e atrair novas empresas. Observe que nossa explicação é bastante plausível e impede que concluamos que normas do Iasb causa melhoria no mercado de capitais.

De qualquer forma, pesquisas como esta podem ajudar a entender melhor as consequências da escolha de normas internacionais para o mercado acionário de um país.

Leia em ZEGHAL, Daniel; MHEDHBI, Karim. Analyzing the effect of using international accounting Standards on the development of emerging capital markets. International Journal of Accounting and Information Management. Vol. 20, n. 3, 2012. P 220-237

24 maio 2012

Características dos mercados emergentes

Segundo o investidor Mobius (via Aleph Blog), os mercados emergentes possuem as seguintes características:

=> são voláteis e dependentes das economias desenvolvidas
=> não existem as garantias legais dos direitos de propriedade dos mercados desenvolvidos
=> contabilidade é menos desenvolvida
=> governança corporativa é fraca
=> oferece um grande potencial para o lucro, mas com grandes problemas.
=> é necessário ter uma grande margem de segurança para investir nestes mercados
=> é preciso olhar o país, a indústria e a empresa
=> existem grandes oportunidades após as crises
=> privatizações são boas oportunidades
=> o setor bancário é o espelho da economia local. Qualquer coisa que afeta a economia influencia os bancos
=> é necessário ser otimista

10 março 2011

Crédito nos mercados emergentes

Crédito nos mercados emergentes - Postado por Pedro Correia

A crescimento dos mercados emergentes nos últimos anos é fruto, principalmente, de alto crescimento populacional, vastidão de recursos naturais, entre outros. No entento, o fator primordial para esses mercados é a disponibilidade de crédito. Os países desenvolvidos há muitos anos já possuem acesso a diversas formas de crédito - hipotecas, cartão de crédito, financiamento de veículos etc. Em contraste, o resto do mundo tinha o "caixa" como base da economia. Ou seja, esses países não tinham acesso a diversas formas de crédito antes dos últimos 30 anos.

Se você está em uma economia que tem pouco acesso a crédito, que de repente começa a usar o crédito, haverá um aumento imediato nos gastos - e que irá criar um efeito dominó de expansão. Quando alguém empresta dinheiro, esse dinheiro rapidamente encontra o seu caminho para a economia real. Ao longo do tempo, como o empréstimo tem de ser pago,isso terá um peso gradual na economia durante um período de vários anos ou mais. No entanto, o impacto imediato é invariavelmente positiva. Em qualquer nação onde a maioria do crescimento do PIB é causada pela expansão das empresas locais, como na China e na Índia, o fato de que muitos milhões de pessoas, de repente têm acesso ao crédito quase certamente criará aumentos de dois dígitos no faturamento anual, para muitos setores da economia.

Esta maior taxa de crescimento só pode continuar se o crédito continua a se tornar mais acessível a um segmento crescente da população total. Eventualmente, como no mundo desenvolvido, se chegará um ponto de saturação.

Uma vez que este ponto de saturação é atingido, a expansão de crédito diminui drasticamente. Isso tem o efeito imediato de causar baixas taxas de crescimento econômico. No longo prazo, os empréstimos a serem pagos terão efeito ainda mais negativo sobre a economia, especialmente durante épocas de recessão quando os ativos se tornam menos valiosos, enquanto que os empréstimos não diminuem em magnitude. Em termos relativos, então,a relação entre empréstimo e ativo irá aumentar para grande parte da população.

Embora o impacto do crédito durante uma recessão econômica é quase sempre ignorado pela mídia, é uma questão crítica. Na Índia, a incapacidade de pagar os empréstimos para pequenas empresas, muitas vezes chamado microcrédito ou microcrédito, levou a um desastre crescente em que várias pessoas e até mesmo aldeias inteiras foram forçadas a fechar as portas.


Tal como acontece com todas as formas de empréstimo de dinheiro, pessoal e empresarial são considerados maravilhoso quando a economia está se expandindo. Mas tão logo uma contração real ou potencial, parece provável, as desgraças de pagar o empréstimo durante um momento de estresse fica no centro do palco.

Fonte: Why Investors Need to Reexamine These Emerging Market Myths

22 julho 2008

Cresce as “Estrangeiras” na Global 500

Os Estados Unidos possuem 153 empresas entre as 500 maiores da Fortune. Em 2005, há três anos portanto, eram 176. O Japão perdeu 17 empresas no ranking: hoje são 64, em 2005 eram 81. A China foi o país que mais cresceu e possui hoje 29 empresas. O Brasil tem cinco empresas, três a mais do que em 2005. Fonte: aqui

05 março 2008

Empresa brasileira compra no exterior


Segundo a Bloomberg News, a empresa JBS, a maior produtora de carne do mundo, concordou em pagar 1,27 bilhões de dólares em dinheiro e ações por ativos nos Estados Unidos e Austrália.

JBS wants to expand in the United States, Australia and Europe to bolster sales in markets that restrict imports of Brazilian beef. Smithfield, the largest American pork producer, is exiting the beef business as rising corn costs and surplus production capacity erode profit.


Beef Giant Buys Assets In the U.S. And Australia - The New York Times - 5/3/2008

É interessante notar que se fala muito em Embraer, Vale, Gerdau e outras empresas brasileiras multinacionais e esquecem da JBS.

18 fevereiro 2008

Multinacionais de emergentes

A figura mostra o crescimento da receita das multinacionais dos países emergentes em comparação com a SP500 e a Fortune 500



Aqui, a cotação da carteira.



Fonte: Aqui

11 janeiro 2008

As multinacionais dos emergentes


A The Economist da semana traz duas reportagens sobre as multinacionais dos países emergentes (The Challengers). O texto procura entender a razão da expansão destas empresas, usando diversos exemplos conhecidos: Tata, Cemex, Mittal e também empresas brasileiras.

O texto lembra o caso da Embraer que "tornou-se a terceira maior empresa fabricante de aviões do mundo, com especialização em jatos regionais. Metade das vendas da Sadia e Perdigão, duas empresas brasileiras de alimentos, o que equivale a cerca de 6 bilhões de dólares, são exportações."

Para explicar este fato, a The Economist usa a consultoria BCG.

"Seus mercados domésticos oferecem diversas vantagens. O crescimento rápido dá as empresas escala e poupa dinheiro para investir no estrangeiro. Os custos são baixos. As dificuldades de operar em um mercado emergente pode tornar os gestores adaptáveis e flexíveis. Finalmente, liberalização gradual dos seus mercados domésticos - como ocorreu na Índia desde o início da década de 1990, deixou-lhes expostas à concorrência das multinacionais. A ameaça à sua posição dominante doméstica tem incentivado seus gestores em aprimorar suas habilidades, tendo-os expostos às melhores práticas internacionais e impulsionando a buscar o crescimento no exterior para compensar a quota de mercado perdida em casa."

Segundo a BCG são cinco estratégias usadas pelas empresas emergentes.

1) Tornar uma marca local em global - o texto cita o caso da empresa chinesa Hisense
2) Transformar a engenharia local em excelência em termos de inovação global. O caso citado é o da Embraer:

"Apoiada pelo governo brasileiro e mais tarde, em grande parte, privatizada, a Embraer ultrapassou da canadense Bombardier e tornou-se líder mundial de fabricação de jatos regionais. (...) Em 2006, mais de 95% dos R$3,8 bilhões de vendas ocorreram fora do Brasil. É um dos maiores exportadores do Brasil, combinando baixo custo de fabricação com P&D avançada. Além disso, a Embraer possui uma joint venture com a China Aviation Industry Corporation II. "

3) Tornar-se líder numa estreita categoria de produto
4) Tirar partido dos recursos naturais domésticos - O exemplo são as brasileiras Sadia e Perdigão


Elas têm construído vendas em todo o mundo para tirar o máximo proveito dos abundantes recursos para a produção de suínos, aves e grãos no Brasil, complementado pela crescente condições ideais e baixos custos trabalhistas. Outra empresa brasileira, Vale, tem explorado as enormes e baratas fontes de minério de ferro para se tornar um dos principais fornecedores do mundo.

5) Novo modelo de negócios - é o caso da Cemex

Em outro texto (aqui) a revista chama a atenção para o fato de que a teoria econômica não considera a possibilidade de países pobres exportarem capital para países desenvolvidos.

P.S. O Rio de Janeiro possui 100 mulheres para cada 86,4 machos. Esta desproporção pode ter várias explicações. A violência seria uma delas? Esta questão intrigante é objeto de artigo na The Economist

16 dezembro 2007

Próxima Bolha

Segundo a revista Forbes (The Next Bubble?, Neil Weinberg, 24/12/2007, Volume 180 Issue 13) talvez a próxima bolha esteja nos mercados emergentes. A revista lembra que este mercado cresceu 39,5% ao ano desde 2002, estando perigosamente acima do seu valor normal.

Apesar que reconhecer que países emergentes estão crescendo mais que os países desenvolvidos e que os investimentos diretos são expressivos, a revista acredita que a situação atual lembra a bolha tecnológica de 1999 e 2000.

Um indicador disto seria a preço/vendas, que está hoje 120% maior que a mesma medida nos países desenvolvidos. Em outras palavras, se o P/L for o mesmo, a margem de lucro é maior. O perigo disto é a competição no mercado mundial.

A seguir o texto:

"The Next Bubble?
Neil Weinberg
Forbes - Volume 180 Issue 13

Where to find the next market meltdown? Perhaps half a world away. Some fund managers believe that emerging market stocks, which have provided great returns (39.5% annually since 2002), are perilously overvalued.

No question, countries like China, India, Brazil and Russia are growing much faster than the developed world and are likely to do so for a while--with GDP growth rates of 5% to 11% a year, compared with 3% for the U.S. But there are worrisome signs that the run-up is fueled, in part, by just the sort of speculative money that typically presages a collapse.

Foreign direct investment is still cascading into these countries: $213 billion this year, the Institute of International Finance estimates. Total assets under management for emerging markets hedge funds jumped eightfold in the four years through September to $269.5 billion, estimates Lipper Tass Asset Flows Report. Even that lowballs the true amount by $50 billion or so, reckons Lipper senior analyst Ferenc Sanderson, given that global and other hedge funds are also dumping money into these regions.

Mutual fund firms, never ones to pass up an investing frenzy, have been diving in as well. Five years ago there was but one fund newly set up to target the sector; this year there are 16, says Morningstar. Individuals doubled their mutual fund bets in emerging markets last year to $11 billion, says AMG Data Services; as of Nov. 20 they totaled $14.2 billion for 2007.

"This is strongly reminiscent of the flows into technology in late 1999 and early 2000," worries Robert Adler, AMG's president. Of concern, too, is how much of the recent years' stellar returns have been the result of the expansion of price multiples rather than of earnings. Since bottoming out six years ago, the price/earnings ratio of Morgan Stanley's emerging market stock index has climbed 70% to 18.5, just ahead of the S&P 500's multiple.

But look a little closer. The price/sales ratio in emerging market stocks is roughly 120% higher than the same measure in developed economies. That means, if P/Es are about the same, profit margins in emerging markets are twice again as high as in developed ones. The obvious risk here is that profit margins in emerging markets will decline to global average levels as new competition surfaces, says Robert Arnott, chairman of fund manager Research Affiliates. "These stocks have soared beyond reason," he says. Among the most vulnerable: stocks in China, the Czech Republic, Colombia and Morocco.

What could cause a collapse? A market bust and recession in the U.S., which together were enough to trip up emerging markets six years ago. Or credit tightening in China, political instability in Turkey or inflation in Brazil. Any of these might prompt Western investors to repatriate their cash. There's nothing like an overseas crisis to make a little turmoil at home seem rather tame."

07 dezembro 2007

As empresas brasileiras mais competitivas

Uma pesquisa listou 100 empresas mais competitivas entre os emergentes. O Brasil é o terceiro em número, atrás da China e India, com Vale, Petrobras, Embraer, Gerdau, Votorantim, Braskem, Sadia, Perdigão, Natura, Coteminas, WEG, JBS-Friboi (carne) e Marcopolo.

Das empresas escolhidas, 70 fizeram algum tipo de acordo internacional em 2006. Algumas das histórias de sucesso são decorrentes um pouco do acaso. A The Economist cita o caso da Sadia, que tornou-se muito conhecida do mundo árabe. Um pouco desta conquista talvez seja em decorrência do seu nome, que lembra a palavra sa'ada, que significa felicidade em árabe.


Clique aqui

16 novembro 2007

A força dos Emergentes

A The Economist desta semana (que deve chegar aos assinantes brasileiros na segund-feira) lembra da força dos emergentes (Aqui).



O gráfico é ilustrativo do crescimento do mercado brasileiro, desde 2003: 900%. Mas o risco é elevado, embora a revista chame a atenção para a existência de diferenças entre os países.

Para a revista, as economias mais arriscadas são Índia, Turquia e Hungria (vide figura 3). A reportagem destaca o grande número de oferta pública de ação e a valorização do real.

14 setembro 2007

Risco dos emergentes

Risco persiste nos emergentes. Brasil parece melhor preparado
Joanna Slater - The Wall Street Journal

Depois de recuperarem-se heroicamente da recente turbulência financeira, os mercados emergentes estão com desempenho melhor que os dos Estados Unidos e Europa. Foi uma vitória para os investidores que argumentavam que esses mercados têm fundamentos mais sólidos do que antes, e melhores perspectivas de crescimento que os países desenvolvidos.

Mas embora a maioria desses mercados esteja bem mais firme que no passado, nem todos estão em forma financeiramente. Alguns têm problemas que lembram os emergentes do passado — e como naqueles tempos, podem deixar muitos investidores ingênuos com prejuízos.

Entre os países na lista de observação estão Turquia e Hungria, que gastam mais do que poupam; Venezuela e Argentina, por causa de suas controversas políticas econômicas; e até México e Israel, cujas enormes indústrias de exportação seriam vulneráveis a um desaquecimento na economia americana.

(...) Alguns, como Brasil e Rússia, acumularam reservas impressionantes e reduziram suas tomadas de empréstimo externo, o que melhorou bastante sua capacidade de suportar mais instabilidade.

(...) Outros discordam, notando que os EUA continuam sendo um consumidor importante, especialmente para América Latina e Ásia. México, Israel e Colômbia estão entre os países particularmente vulneráveis a um declínio da demanda dos EUA, que foram destino de mais de um terço das exportações deles no ano passado, segundo o Fundo Monetário Internacional. O México é de longe o mais exposto: 85% de suas exportações foram para os EUA.

Ações individuais também estão suscetíveis. O Morgan Stanley analisou as 20 empresas com maior valor de mercado em seu índice de emergentes e concluiu que sete dependiam dos EUA para mais de 20% de suas receitas: a Infosys Technologies e a Reliance Industries, da Índia; a Teva Pharmaceuticals, de Israel; a TSMC e a Hon Hai Precision, de Taiwan; a Cemex, do México; a Samsumg Electronics, da Coréia do Sul; e a Petrobras. Entre as empresas que obtêm mais de 30% de suas vendas nos EUA, segundo o Citigroup, estão a Embraer, a peruana Southern Copper e a mexicana Gruma.

30 julho 2007

Convergência no mercado acionário

Valor de ações em bolsas emergentes converge para o patamar de mercados desenvolvidos
Joanna Slater - The Wall Street Journal - 30/07/2007

Como viajantes que usam rotas diferentes para chegar ao mesmo destino, o valor das ações em partes diferentes do mundo estão convergindo para um único patamar.

Isso pode resultar numa viagem turbulenta. As quedas nas bolsas americanas da semana passada foram sentidas pelo globo afora, obrigando investidores a reconsiderar o quanto de risco estão preparados para suportar, e a que preço.

Nos últimos anos, os investidores se deram bem investindo em regiões e setores que estavam comparativamente baratos — como ações de mercados emergentes e de empresas de baixo valor de mercado — e vendo as cotações subir.

Com os valores se aproximando do mesmo patamar, essa fonte de retorno está desaparecendo. "Vai ficar mais difícil haver uma grande diferença em retorno de uma região para outra", diz Steven Bleiberg, diretor de alocação global de recursos da Legg Mason Inc.

Em abril de 2006, as ações de mercados emergentes tinham um desconto significativo em relação a suas equivalentes nos mercados desenvolvidos. Mas no fim do mês passado, período dos dados mais recentes disponíveis, esse desconto praticamente desapareceu: três índices da Morgan Stanley Capital International — que representam mercados emergentes, mercados desenvolvidos afora os Estados Unidos e Canadá, e o próprio mercado americano — estavam sendo negociados entre 16 e 18 vezes o lucro das empresas que os compõem durante os 12 meses anteriores.

A alta global das bolsas nos últimos anos "praticamente nivelou o terreno", escreveu num relatório Ronald Frashure, um dos diretores de investimentos da Acadian Asset Management, que administra US$ 80 bilhões. "Oportunidades de ouro escapam de nossa visão."

(...) A turbulência recente das bolsas expõe um dos recursos mais notáveis de um mercado de alta: os investidores compraram com voracidade ações de empresas de baixo valor de mercado, tradicionalmente consideradas mais arriscadas, elevando seu valor para perto do das blue chips. Investidores também abocanharam ações de mercados emergentes num ritmo tal que suas valorações estão quase em linha com as das ações de mercados desenvolvidos.

Outra maneira comum de medir o valor das ações — a relação com o valor patrimonial, informado no balanço da empresa — também conta essa história. No fim de junho, a relação entre cotação de bolsa e valor patrimonial das ações do índice de mercados emergentes da MSCI era 2,7, acompanhando o índice mundial da MSCI.

Para alguns observadores do mercado, essas valorações tão altas acendem um sinal vermelho, indicando que os mercados emergentes como um todo estão caros demais. As ações de mercados emergentes são geralmente negociadas com desconto porque envolvem mais riscos do que suas equivalentes desenvolvidas: as cotações são mais voláteis, os riscos políticos são maiores e as taxas de juros são geralmente mais altas, o que torna mais caro para as empresas tomar dinheiro emprestado.

Enquanto esses riscos durarem, dizem alguns, não faz sentido que o valor de ações de países em desenvolvimento acompanhe ou supere o das de mercados desenvolvidos.(...)

11 janeiro 2007

Breves

1. Relato sobre a Dinastia Ford - em pdf e Inglês - Clique aqui

2. A queda no preço do cobre pode ter uma relação com os mercados emergentes? - clique aqui

3. As novas e promissoras economistas - Reportagem do NY Times clique aqui

4. Não aceite as recomendações das revistas - clique aqui

5. A Fundação Gates pretende mudar (Ontem postei reportagem com acusação de que essa Fundação fazia inversões em empresas politicamente incorretas - clique aqui) - clique aqui

6. Os assentos de crianças para automóveis não são seguros - clique aqui

7. Starbucks é vítima ou vilã - clique aqui