Você acha que o seu cônjuge pode estar tentando esconder renda ou ativos em seu divórcio? Um dos cônjuges normalmente tem o controle sobre o dinheiro no casamento, seja em virtude de ser o principal rendimento do casal ou por meio do controle de gastos ou ambos. O cônjuge na posição financeira pior deve tomar medidas proativas imediatas para se proteger no divórcio. Estando ciente de alguns dos esquemas mais comuns utilizados para esconder rendimentos e bens você pode ser mais propenso a ver os sinais.
Alguns dos esquemas mais comuns usados para esconder o dinheiro em divórcios incluem:
• Esconder dinheiro - Não é incomum um cônjuge começar a esconder dinheiro na casa, em um cofre, com amigos ou parentes de confiança. Por não manter os fundos em uma conta bancária ou de investimento, o cônjuge espera que você não vai saber da existência do dinheiro. Preste muita atenção às transações que envolvem dinheiro evaporando: grandes saques em caixas eletrônicos, a venda de ativos sem rastro de papel ou nenhum depósito para contas conhecidas.
• Compra de itens que são facilmente ignorados ou subvalorizadas - Todos notam uma nova casa ou um carro novo, mas quem presta atenção para obras de arte, artigos de decoração valiosas ou brinquedos tecnológicos? Enquanto alguns cônjuges estão prestando atenção a esses tipos de coisas, outros não, e esta é uma ótima maneira de reduzir o dinheiro, secretamente aumentando ativos ocultos.
• Subnotificação de renda nas declarações de renda – cônjuges em processo de divórcio podem deliberadamente diminuir a renda em suas declarações de imposto de renda, na esperança de privar o outro cônjuge da sua parte da renda. Técnicas de contabilidade forense podem ser usadas para descobrir tal truque.
• Tendo um empregador, reter pagamentos de comissões ou bônus - Particularmente em empresas de capital fechado (se o seu cônjuge é o proprietário ou um empregado) existe o perigo de que a gestão irá reter pagamento a pedido do cônjuge, influenciando negativamente qualquer apoio à criança ou pensão alimentícia, que pode ser devido. Uma vez que o divórcio ou apoio à criança ação é resolvido, o empregador paga a totalidade do salário retido. Esteja ciente deste problema, especialmente se o seu cônjuge de repente reduziu seu salário ou não recebeu um bônus ou comissão normal.
• Credores pagando demais - Não é incomum para um cônjuge criativo pagar a mais a outros credores durante um divórcio, com a intenção de receber um reembolso após o fim o processo de divórcio. O dinheiro é desviado para longe da propriedade conjugal de modo que o cônjuge não pode reivindica-lo, e mais tarde, os pagamentos em excesso são reembolsados em benefício do cônjuge conspirador.
• Estabelecimento de contas em nome de outras pessoas - Cuidado com o risco de que o seu cônjuge pode colocar os ativos em nome de uma criança, uma namorada ou namorado, um membro da família ou um amigo. A intenção é esconder dinheiro na conta e, em seguida, recuperá-lo após o divórcio finalizado. Pode ser difícil de descobrir sobre essas contas, mas muitas vezes há pistas financeiras deixadas para trás.
• Transferência de ativos - Não é incomum para um cônjuge para dar ou vender ativos para um amigo ou parente durante um divórcio. Muitas vezes, a "venda" será inferior a valor de mercado, o que sugere que é uma operação simulada que será revertida após o divórcio finalizado. Fazer listas de ativos conhecidos no início do processo de divórcio é fundamental.
• Outras transações falsas - partes divorciados pedem "empréstimo" a amigos ou a família, "começar um negócio" com alguém (que coincidentemente leva toneladas de dinheiro e bens valiosos que são parte da propriedade civil), ou de outra forma participam de operações destinadas a reduzir ou ocultar bens do cônjuge.
Estar ciente das bandeiras vermelhas de fraude em divórcio é o primeiro passo para desvendar crimes do seu cônjuge. O segundo passo é envolver um contador forense competente, que pode ajudar a investigar estas questões. Você vai precisar de um especialista em rastreamento de fundos e procurar pistas do desvio ou a dissipação de bens.
Traduzido livremente daqui
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21 outubro 2016
26 julho 2014
Auditoria: Desvio de dinheiro na Cruz Vermelha
É o fim dos tempos. Que reportagem triste!! Saiu no BrasilPost:
Auditoria encomendada pela Cruz Vermelha para apurar os desvios milionários de recursos da instituição no Brasil reforça oficialmente o que revelou reportagem de Veja em 2012: os recursos doados à entidade no país não foram aplicados como pensam os doadores. O resultado da auditoria consta em reportagem desta sexta-feira do jornal Folha de S. Paulo. Como a revista informou há dois anos, nas três campanhas nacionais de arrecadação organizadas em 2011 pela Cruz Vermelha Brasileira — uma para as vítimas dos deslizamentos na região serrana fluminense, que deixaram 35 mil desabrigados; outra para a Somália, país africano faminto e devastado por guerras civis; e mais uma para a tragédia do terremoto seguido de tsunami no norte do Japão — os recursos arrecadados não foram aplicados em nenhum dos locais.
Os montantes recolhidos – R$ 212 mil para as campanhas da Somália e Japão e R$ 1,6 milhão para a tragédia fluminense – foram repassados a uma ONG comandada pela mãe do vice-presidente da Cruz Vermelha no Brasil à época, Anderson Marcelo Choucino.
A auditoria foi realizada pela More Stephens, consultoria com sede em Londres. As irregularidades começaram a ser levantadas em 2012 pela funcionária Letícia Del Ciampo, que assumiu o escritório de Petrópolis da entidade. Depois de encaminhar documentos ao Ministério Público e de dar declarações públicas sobre as irregularidades, ela recebeu ameaças de morte e pediu proteção policial.
Veja descobriu que a Embaixada da África do Sul destinou R$ 230 mil reais aos desabrigados da serra fluminense e nunca recebeu um relatório sequer sobre a utilização do dinheiro. A revista teve acesso a uma lista de empresas e bancos que juntos doaram cerca de 1,5 milhão de reais para os desabrigados fluminenses.
A Cruz Vermelha do Japão registra o recebimento de R$ 164 mil reais para as vítimas do tsunami, mas os recursos eram provenientes apenas da Cruz Vermelha de São Paulo. O dinheiro arrecadado pelo escritório nacional foi parar nas contas secretas do Maranhão, como mostrou a reportagem.
Reportagem da Folha informa que a auditoria constatou que o Instituto Humanus, com sede em São Luís, no Maranhão, está registrado em nome de Alzira Quirino da Silva, mãe do ex-vice-presidente do órgão central da Cruz Vermelha. E que o instituto recebeu R$ 15,8 milhões da Cruz Vermelha entre 2010 e 2012, sem qualquer comprovação de que tenha efetuado os serviços correspondentes.
Por falta de documentos, os auditores não conseguiram identificar a origem de todo dinheiro repassado ao Humanus. As transações bancárias de transferência de verba para o instituto eram feitas com a assinatura eletrônica de Carmen Serra, ex-presidente da filial da Cruz Vermelha no Maranhão e irmã do presidente nacional da instituição à época, Walmir Serra Júnior.
Em setembro de 2012, Veja obteve um ofício que prova que era Walmir Serra quem determinava o destino do dinheiro. A empresa Mitsui & Co. S.A., que doou cerca de R$ 150 mil para as vítimas da tragédia na serra fluminense, foi orientada, em um ofício enviado por Serra, a depositar o dinheiro em uma conta do Banco do Brasil em São Luiz do Maranhão. Presidente da Cruz Vermelha nacional desde 2013, Rosely Sampaio afirmou à Folha que o relatório da auditoria será levado à Justiça para que sejam tomadas as medidas cabíveis.
Auditoria encomendada pela Cruz Vermelha para apurar os desvios milionários de recursos da instituição no Brasil reforça oficialmente o que revelou reportagem de Veja em 2012: os recursos doados à entidade no país não foram aplicados como pensam os doadores. O resultado da auditoria consta em reportagem desta sexta-feira do jornal Folha de S. Paulo. Como a revista informou há dois anos, nas três campanhas nacionais de arrecadação organizadas em 2011 pela Cruz Vermelha Brasileira — uma para as vítimas dos deslizamentos na região serrana fluminense, que deixaram 35 mil desabrigados; outra para a Somália, país africano faminto e devastado por guerras civis; e mais uma para a tragédia do terremoto seguido de tsunami no norte do Japão — os recursos arrecadados não foram aplicados em nenhum dos locais.
Os montantes recolhidos – R$ 212 mil para as campanhas da Somália e Japão e R$ 1,6 milhão para a tragédia fluminense – foram repassados a uma ONG comandada pela mãe do vice-presidente da Cruz Vermelha no Brasil à época, Anderson Marcelo Choucino.
A auditoria foi realizada pela More Stephens, consultoria com sede em Londres. As irregularidades começaram a ser levantadas em 2012 pela funcionária Letícia Del Ciampo, que assumiu o escritório de Petrópolis da entidade. Depois de encaminhar documentos ao Ministério Público e de dar declarações públicas sobre as irregularidades, ela recebeu ameaças de morte e pediu proteção policial.
Veja descobriu que a Embaixada da África do Sul destinou R$ 230 mil reais aos desabrigados da serra fluminense e nunca recebeu um relatório sequer sobre a utilização do dinheiro. A revista teve acesso a uma lista de empresas e bancos que juntos doaram cerca de 1,5 milhão de reais para os desabrigados fluminenses.
A Cruz Vermelha do Japão registra o recebimento de R$ 164 mil reais para as vítimas do tsunami, mas os recursos eram provenientes apenas da Cruz Vermelha de São Paulo. O dinheiro arrecadado pelo escritório nacional foi parar nas contas secretas do Maranhão, como mostrou a reportagem.
Reportagem da Folha informa que a auditoria constatou que o Instituto Humanus, com sede em São Luís, no Maranhão, está registrado em nome de Alzira Quirino da Silva, mãe do ex-vice-presidente do órgão central da Cruz Vermelha. E que o instituto recebeu R$ 15,8 milhões da Cruz Vermelha entre 2010 e 2012, sem qualquer comprovação de que tenha efetuado os serviços correspondentes.
Por falta de documentos, os auditores não conseguiram identificar a origem de todo dinheiro repassado ao Humanus. As transações bancárias de transferência de verba para o instituto eram feitas com a assinatura eletrônica de Carmen Serra, ex-presidente da filial da Cruz Vermelha no Maranhão e irmã do presidente nacional da instituição à época, Walmir Serra Júnior.
Em setembro de 2012, Veja obteve um ofício que prova que era Walmir Serra quem determinava o destino do dinheiro. A empresa Mitsui & Co. S.A., que doou cerca de R$ 150 mil para as vítimas da tragédia na serra fluminense, foi orientada, em um ofício enviado por Serra, a depositar o dinheiro em uma conta do Banco do Brasil em São Luiz do Maranhão. Presidente da Cruz Vermelha nacional desde 2013, Rosely Sampaio afirmou à Folha que o relatório da auditoria será levado à Justiça para que sejam tomadas as medidas cabíveis.
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