No fim das contas, uma nota de 100 trilhões de dólares vale mesmo é US$ 5.
É o valor atual da nota mais alta do Zimbábue, o maior valor já impresso em papel-moeda — e também símbolo nacional de uma política monetária fora de controle. Num determinado momento de 2009 a nota de 100 trilhões de dólares não conseguia comprar uma passagem de ônibus na capital do país, Harare. (...)
A nota de 100 trilhões circulou durante poucos meses antes de o dólar do Zimbábue ser oficialmente abandonado como a moeda oficial do país, em 2009. (...)
Mas fora do país as inúteis notas do Zimbábue passaram a ser valiosas. O fato de ser nomeada como dólar aumenta ainda mais o apelo das notas, dizem operadores cambiais e colecionadores, especialmente depois da crise financeira mundial e das dívidas públicas crescentes motivarem temor de inflação nos Estados Unidos. (...)
"As pessoas as usam para fazer piadas sobre o que vai acontecer aqui", diz David Laties, dono da Educational Coin Company, que vende notas e moedas no atacado e é sediada em Highland, no Estado de Nova York. (...)
Ele pagou entre US$ 1 e US$ 2 por cédula em várias operações no decorrer de um ano e agora as vende por US$ 5 a US$ 6 cada.(...)
Como transformar 5 trilhões de dólares em 5 e ser feliz - Wall Street Journal - 12 de maio de 2010
Eis um caso interessante. Como seria o registro contábil da compra das notas do Zimbabwe? Pelo valor de custo, entre 1 a 2 dólares.
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16 maio 2011
22 outubro 2010
Custo Histórico, Valor Justo e Custo de Oportunidade
O Tribunal de Contas da União (TCU) poderá investigar uma operação de R$ 150 milhões firmada entre a BNDESPar, subsidiária do BNDES), e a empresa LLX Logística, do empresário Eike Batista. O pedido foi protocolado na terça-feira pelo representante do Ministério Público no TCU, Marinus Marsico. O banco não teve prejuízo [1], mas, para ele, deixou de ganhar R$ 90 milhões.
A BNDESPar pagou R$ 1,80 por cada uma das 83 milhões de ações (12% do capital) da LLX que adquiriu no aumento de capital realizado em abril de 2009. Cinco meses depois, a Centennial, de Eike, e um fundo de pensão canadense, sócios da LLX, compraram de volta metade das ações da BNDESPar pelo valor inicial acrescido de juros de 15% ao ano e variação da inflação pelo IPCA. No entanto, os papéis já tinham valorizado quase 145%.
“Pedi para investigar se houve favorecimento e quebra dos princípios da impessoalidade e da economicidade na administração pública”, disse o procurador. Para ele, o banco foi prejudicado por uma cláusula do contrato que previa a recompra de metade dos papéis pelo valor inicial, com a correção prefixada, no prazo de 36 meses. [2] Como as ações valorizaram rapidamente, o direito de recompra foi exercido antes do prazo e os acionistas ainda pagaram uma multa de 20% sobre a remuneração.
Mesmo assim, diz o procurador, o BNDES vendeu por R$ 96 milhões um lote de ações que já valia mais de R$ 180 milhões. “O BNDES comprou as ações a R$ 1,80 e vendeu a R$ 2,20, quando elas valiam R$ 4,44 no mercado”, disse. Atualmente, as ações da LLX estão cotadas em torno de R$ 9. “Não houve prejuízo efetivo ao banco [3], mas ele abriu mão do custo de oportunidade.” Por outro lado, os acionistas da LLX tiveram ganho de R$ 89,2 milhões com a operação, segundo cálculos do procurador. Ele ressaltou que não havia cláusula similar em favor do banco, que teria assumido sozinho o risco.
Marsico disse ter examinado outras 17 operações da BNDESPar para concluir que a cláusula não era padrão nos contratos do BNDES. Ele encontrou o artifício apenas na que resultou na criação da Fibria Celulose. [4]
O BNDES confirma que a cláusula é um instrumento pouco usual no banco, mas foi essencial para concretizar o aumento de capital da LLX, uma forma de desalavancar a companhia para os investimentos nos portos Sudeste e do Açu, que somam R$ 6,1 bilhões. O BNDES também concedeu financiamentos de R$ 2,5 bilhões aos projetos.
Na visão do BNDES, não é possível desconectar a recompra do cenário de incerteza em que foi fechado o contrato, no auge da crise mundial. A LLX informou que, sem a cláusula de recompra, a capitalização não aconteceria e a BNDESPar não teria entrado no capital da empresa. Era a contrapartida para que os acionistas cedessem gratuitamente o direito de subscrição à BNDESPar. Só diluiriam suas participações àquele preço com a garantia de recomposição.
Em nota, o BNDES destacou que a revenda resultou num retorno de 27% sobre metade do investimento em apenas quatro meses. “O retorno do BNDES na operação como um todo, incluindo o lote opcionado, foi de aproximadamente 200%.” [5]
TCU pode investigar acordo BNDESPar-LLX - Lu Aiko Otta / BRASÍLIA Alexandre Rodrigues / RIO - 22 Out 2010 - O Estado de São Paulo
[1] Considerando somente o custo histórico, esta frase esta correta.
[2] Neste caso, a operação "aproxima-se" de um empréstimo
[3] A rigor não, e considerando o custo histórico.
[4] Informação assimétrica?
[5] Sim, mas o banco abriu mão de um ganho maior.
05 outubro 2008
Profecia
Quando liquidez desempenha um papel importante como nos tempos de crise financeira, os preços dos ativos em alguns mercados podem refletir a quantidade de liquidez disponível no mercado, em vez do potencial de ganho futuro do ativo. Contabilidade com marcação a mercado não é uma desejável forma de avaliar a solvência de uma instituição financeira em tais circunstâncias. Mostramos que um choque no setor dos seguros pode fazer com que o valor atual dos ativos dos bancos ser menor que o valor atual dos seus passivos então os bancos serão insolventes. Em contrapartida, caso seja utilizada a contabilidade a custo histórico, os bancos estão autorizados e podem continuar a responder pelo passivo futuro. Contabilidade a marcação de mercado pode, assim, levar ao contágio que não iria ocorrer com a contabilidade a custo histórico.
Franklin Allen e Elena Carletti, Mark-to-Market Accounting and Liquidity Pricing, 20 de Julho de 2006. Haresh Sapra, aqui, faz uma discussão sobre o assunto. Dica do Marginal Revolution
Franklin Allen e Elena Carletti, Mark-to-Market Accounting and Liquidity Pricing, 20 de Julho de 2006. Haresh Sapra, aqui, faz uma discussão sobre o assunto. Dica do Marginal Revolution
04 agosto 2008
Valor Justo x Custo Histórico
Inicia-se um movimento na SEC para que a aplicação dos critérios de avaliação sejam aplicados de maneira uniforme, de forma a coibir a aplicação das duas medidas ao mesmo tempo.
Um possível solução para o conflito seria um proncunciamento do FASB no sentido de indicar qual deve ser o critério de avaliação a ser adotado por cada segmento econômico.
Fonte: Alexandre Alcantara
Um possível solução para o conflito seria um proncunciamento do FASB no sentido de indicar qual deve ser o critério de avaliação a ser adotado por cada segmento econômico.
Fonte: Alexandre Alcantara
13 junho 2008
Valor Justo: benefícios
A adoção do valor justo tem sido objeto de muito polêmica. No dia 1/6/2008 o Financial Times publicou uma entrevista com Stephen M. Horan discutindo os benefícios da opção que está sendo feita pelo Fasb e Iasb na contabilidade (Finance briefing: system depicts risk more accurately). Para Horan, o valor justo reflete a essência econômica, mostrando a mudança na posição financeira da empresa e o seu risco, mais do que o custo histórico
Afirma também que o custo histórico (a contraposição ao valor justo) tende a suavizar os resultados, incentivando os gestores a tomarem mais risco. A preferência de alguns gestores pelo custo histórico seria, então, reflexo da tendência a estabilizar o resultado e a consequência sobre a remuneração do executivo.
Quando perguntado sobre a possibilidade de melhorar o valor justo, Horan respondeu:
Fair value accounting is intended to reflect in reported financial statements the essential economic, market-based information related to a firm's activities.
It can provide early warnings of changes in a firm's financial position by continuously reflecting the changing value of its assets and liabilities. It provides a more accurate picture of firm risk than historical cost accounting, which can obscure and defer recognition of economic realities.
Afirma também que o custo histórico (a contraposição ao valor justo) tende a suavizar os resultados, incentivando os gestores a tomarem mais risco. A preferência de alguns gestores pelo custo histórico seria, então, reflexo da tendência a estabilizar o resultado e a consequência sobre a remuneração do executivo.
They believe the approach reduces market volatility and that fair value information is costly to obtain.
Investors, on the other hand, tend to value accounting information that reflects underlying economic conditions.
Quando perguntado sobre a possibilidade de melhorar o valor justo, Horan respondeu:
Financial statement presentation proposals under consideration by the IASB and FASB can help isolate the impact of fair value reporting on reported financial performance.
These proposals suggest separating gains and losses from financial instruments from operating activities.
29 abril 2008
Contabilidade e a crise: defesa do custo histórico
Después de la crisis de la deuda de 1982, la crisis de las sociedades de ahorro y préstamo de finales de los ochenta en Estados Unidos y la crisis financiera de Asia de 1997, la crisis de las hipotecas subprime es la cuarta crisis importante desde la Segunda Guerra Mundial y, por mucho, la mayor. (...)
¿Por qué suceden las crisis bancarias? ¿Acaso los banqueros son ignorantes? ¿Por qué aseguran riesgos que llevan a sus bancos al borde de la bancarrota? La respuesta está en una combinación de un sistema de contabilidad malo y varios efectos de riesgo moral que los sistemas normativos existentes no pudieron limitar.
El sistema de contabilidad malo son las Normas Internacionales de Información Financiera (NIIF) que actualmente utilizan las grandes empresas de todo el mundo. El defecto de las NIIF es que no mitigan el contagio sistémico que resulta de los movimientos de precios de los activos. Cuando los precios de los activos se mueven, las empresas propietarias de esos activos se ven obligadas a reevaluarlos en sus balances trimestre tras trimestre. La información oportuna de las ganancias y pérdidas no realizadas hace que las acciones de la compañía tenedora sean volátiles, lo que envía ondas de choque por todo el sistema financiero.
Una alternativa sería un sistema de contabilidad cautelar, como el que las empresas alemanas utilizaban antes de que empezara la transición a las NIIF. En el sistema tradicional alemán, los activos de una empresa se evaluaban de acuerdo con el "principio del valor inferior": a efectos contables, se debía utilizar el precio histórico más bajo de un activo y su precio en el mercado en ese momento. Esto permitía a los banqueros buscar objetivos a más largo plazo y demostró ser efectivo para bloquear los efectos de contagio. En efecto, fue una de las razones principales de la estabilidad del sistema financiero alemán.(...)
Malas prácticas bancarias - Hans-Werner Sinn - Expansión - 29/4/2008
¿Por qué suceden las crisis bancarias? ¿Acaso los banqueros son ignorantes? ¿Por qué aseguran riesgos que llevan a sus bancos al borde de la bancarrota? La respuesta está en una combinación de un sistema de contabilidad malo y varios efectos de riesgo moral que los sistemas normativos existentes no pudieron limitar.
El sistema de contabilidad malo son las Normas Internacionales de Información Financiera (NIIF) que actualmente utilizan las grandes empresas de todo el mundo. El defecto de las NIIF es que no mitigan el contagio sistémico que resulta de los movimientos de precios de los activos. Cuando los precios de los activos se mueven, las empresas propietarias de esos activos se ven obligadas a reevaluarlos en sus balances trimestre tras trimestre. La información oportuna de las ganancias y pérdidas no realizadas hace que las acciones de la compañía tenedora sean volátiles, lo que envía ondas de choque por todo el sistema financiero.
Una alternativa sería un sistema de contabilidad cautelar, como el que las empresas alemanas utilizaban antes de que empezara la transición a las NIIF. En el sistema tradicional alemán, los activos de una empresa se evaluaban de acuerdo con el "principio del valor inferior": a efectos contables, se debía utilizar el precio histórico más bajo de un activo y su precio en el mercado en ese momento. Esto permitía a los banqueros buscar objetivos a más largo plazo y demostró ser efectivo para bloquear los efectos de contagio. En efecto, fue una de las razones principales de la estabilidad del sistema financiero alemán.(...)
Malas prácticas bancarias - Hans-Werner Sinn - Expansión - 29/4/2008
07 março 2008
Valor Justo
O valor justo é bom ou ruim? Enquanto os países que já adotaram o valor justo na sua contabilidade discutem as vantagens e desvantagens, e as profundas implicações do mesmo, a CVM decide pela regra.
Uma nova regra contábil promete deixar os balanços das empresas não-financeiras mais voláteis, com efeitos sobre os resultados e, por consequência, distribuição dos dividendos e pagamento de bônus. A partir do balanço de 2008, todas as companhias de capital aberto do país terão de fazer a chamada "marcação a mercado" de suas carteiras de títulos e valores mobiliários, além dos derivativos. Isso quer dizer que, independentemente de quanto a empresa pagou para comprar determinado papel, ela terá de atualizar seu valor pela cotação em mercado no dia do fechamento do balanço ou dos balancetes mensais.
(...) Essa volatilidade vai complicar a vida das empresas. Se a nova regra já estivesse valendo no ano passado, uma empresa que aplicou boa parte de seu caixa na bolsa poderia ter registrado um expressivo ganho no seu balanço, com impacto no resultado e, consequentemente, na distribuição de dividendos. Mas, em janeiro, com a queda da bolsa, aqueles papéis em carteira já não teriam o mesmo preço, mas os dividendos teriam de ser pagos da mesma maneira. Por causa disso, as empresas estão bastante apreensivas.
Muitos mercados ficaram sem liquidez e, para se determinar o valor justo, é preciso recorrer a métodos curiosos, como uma junta de economistas.(...)
Nova regra trará volatilidade a balanços - Valor Econômico - 6/3/2008
Clique aqui para ler o texto completo
Fair value
Um texto do Financial Times ataca o Fair Value (Banks wallow in the muddy waters of 'fair value' rules, de Christopher Whalen, 6/3/2008). Segundo Whalen, uma grande parte da crise é proveniente de perdas de "não-caixa" em razão da adoção do valor justo nos Estados Unidos.
Clique aquiara ler o artigo completo
Fair value accounting is a utopian concept that traces its intellectual roots back to the same origins as efficient market theory, the wellspring for most of the discredited quantitative models employed by the global banks to create the subprime mess. Unfortunately, the proponents of fair value accounting ignored the invocations of classical theorists who stated that liquid markets are a necessary condition for using market prices, either as a surrogate for measuring risk or for valuation.
Fair value accounting is a good idea in theory, but like most good ideas it is difficult to implement. Sylvain Raines, a lecturer at Baruch College in New York, told a meeting of the Professional Risk Managers International Association last September: "The Chicago School of Economics has been telling us for a century that price and value are identical, i.e. that they are the same number . . . If we do not recognise the fundamental difference that exists between price and value, then we are doomed."
Clique aquiara ler o artigo completo
Valor de Mercado
Na The Economist da semana, um texto sobre o valor justo. A revista informa que reguladores e banqueiros estão com receio de que o mark-to-market esteja ajudando a crise de liquidez (clique aqui para ler mais sobre isto).
Para a The Economist, o valor justo é ainda a melhor maneira de avaliar os negócios.
Usando uma conhecida frase de Churchill, para a The Economist o valor justo é a pior forma de contabilidade, exceto por todas as outras.
Clique aqui para ler o texto completo
Para a The Economist, o valor justo é ainda a melhor maneira de avaliar os negócios.
(...) fair-value accounting is still the best way to value businesses. Especially if investors and regulators treat accounting rules sensibly: as a measuring stick, not a source of universal truth.
On that score the old system of historic-cost accounting was worse.
Usando uma conhecida frase de Churchill, para a The Economist o valor justo é a pior forma de contabilidade, exceto por todas as outras.
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29 janeiro 2008
Valor Justo
O conceito e a aplicação de Valor Justo representam, sem dúvida, uma espetacular, agressiva e, de certo modo, algo arriscada virada no que se refere à avaliação contábil.Sérgio de Iudícibus e Eliseu Martins, Uma Investigação e uma proposição sobre o Conceito e o Uso do Valor Justo, Revista de Contabilidade e Finanças, junho de 2007.
(...) Agressiva, pois coloca o Fair Value em lugar de e não em complemento a algo que já existe e que vem há séculos nas demonstrações contábeis como forma principal de avaliação, ou seja, o custo histórico como base de registro inicial (com sua variante custo histórico corrigido).
31 agosto 2007
Valor justo em discussão
Existe uma tendência de adoção do valor justo na contabilidade. Até que ponto esta opção é adequada? Existe uma corrente que defende seu uso pela qualidade da informação em relação ao custo histórico. O valor justo seria mais útil para o usuário da informação.
Entretanto, outra vertente tem preocupação com a volatilidade nos valores dos balanços e seus efeitos. Agora, uma pesquisa parece indicar que o uso do valor justo pode levar a redução na informação devido a flutuação dos preços dos produtos. Isto muda um conceito arraigado de que "quanto mais informação, melhor" (eu não acredito nisto).
O texto da The Economist, que trata deste item e que reproduzo a seguir, finaliza parodiando um famoso general alemão que dizia que a guerra é muito importante para se deixado nas mãos dos generais. A contabilidade também?
A seguir o texto:
Entretanto, outra vertente tem preocupação com a volatilidade nos valores dos balanços e seus efeitos. Agora, uma pesquisa parece indicar que o uso do valor justo pode levar a redução na informação devido a flutuação dos preços dos produtos. Isto muda um conceito arraigado de que "quanto mais informação, melhor" (eu não acredito nisto).
O texto da The Economist, que trata deste item e que reproduzo a seguir, finaliza parodiando um famoso general alemão que dizia que a guerra é muito importante para se deixado nas mãos dos generais. A contabilidade também?
A seguir o texto:
Economics focus
A book-keeping error
Aug 30th 2007
The Economist
The accounting principle that is meant to capture fair value might end up distorting it
AS THE old joke goes, there are three types of accountant: those who can count and those who cannot. What and how they count is often contentious. A long-fermenting issue is how far “fair-value” accounting, which uses up-to-the-minute market information to price assets, should be pushed in banking. The bodies that set accountancy standards believe the more accurate disclosures are, the better. Regulators meanwhile have fretted that market-based accounting would increase fluctuations in banks' earnings and capital, which might increase risks to financial stability. And commercial banks are reluctant to expose the idiosyncrasies of their loan books to the glare of market scrutiny.
The attractions of fair-value accounts are straightforward. By basing values on recent prices (“marking to market”), they paint a truer picture of a firm's financial health than historical-cost measures. These gauge net worth from the arbitrary dates when assets and liabilities were first booked. In principle, fair-value accounting makes a firm's viability plainer and enables shareholders and regulators to spot financial trouble more quickly. Proponents say that market-based accounting would have limited the fallout from America's savings-and-loan crisis and stopped the rot from Japan's non-performing loans much earlier.
An arbitrary past versus a distorted present
New research suggests that the increasing reach of fair-value accounting might be a mixed blessing. A paper* by Guillaume Plantin of the London Business School, Haresh Sapra of the University of Chicago and Hyun Song Shin of Princeton University concludes that fair-value accounting could sometimes generate fluctuations in asset values that distort the very price information that it puts such store by.
The paper examines the incentives of a bank faced with a choice between selling a loan or keeping it on the balance sheet. Because the bank knows its borrower better than anyone else, it has the best idea of what the loan is really worth. Its managers are rewarded according to the accounting profit of the bank.
If loans are valued at historical cost and market values are rising, the loans are likely to be sold if this is the only way of realising profit, even if the market undervalues them. The banks' managers take a profit and get paid accordingly, although shareholders would be better off if the loans were kept. Fair-value accounting gets around this agency problem. Loans do not have to be sold to cash in on their rising value: marking the assets to their market value has the same beneficial effect on profits and on managers' pay.
However, in the wrong circumstances fair-value accounting could also induce wasteful sales—of long-term, illiquid loans. Left on the books and marked to market, a loan will be valued at the price at which others have managed to sell. But when there are only a few potential buyers, that may be especially low. So managers will be tempted to sell in the hope of a better price. Because all banks with similar assets face the same incentives, they will all sell, driving the price down. Their shareholders would have been better off had the loans been kept until they fell due. The temptation to sell is greater for longer-term loans.
In this way, a fair-value regime can itself distort the very prices that are supposed to reflect the true worth of assets. The prospect of lower prices can encourage selling which drives down prices further. The information derived from market prices becomes corrupted, and the result is a growing divergence between reported net worth and true value.
This theoretical model is a challenge to the ideal of fair-value accounting: that more information is always better. Although it is technically feasible to mark to market even idiosyncratic assets such as loans to small businesses, it might not be desirable. The authors point to a well-established principle in economics, that incremental moves towards perfect competition are not always good. Eliminating one market imperfection (such as poor information) need not bring the ideal of a frictionless economy closer, because this may magnify the effect of remaining distortions (such as managerial short-termism or illiquid markets).
The paper also underlines some lessons about market liquidity that have been painfully learned outside of academia in the recent market troubles. There is a fair chance that asset markets will stay liquid (in the sense that willing sellers are matched with willing buyers), as long as the actions of market participants are essentially random. But anything that co-ordinates the actions of sellers—in this case, the disclosure required by fair-value accounting—can easily lead to sharp movements in asset prices.
Is the model of self-defeating co-ordinated selling very realistic? Recently, for example, Bear Stearns, a Wall Street investment bank, held off from selling assets into an illiquid market because the transaction prices would have set a nasty benchmark for its other portfolios. So illiquidity prevented asset sales rather than induced them. Mr Shin replies that in instances like this, where there happens to be a dominant holder of assets, there is less chance of sales into a falling market.
Although more accurate disclosure of balance sheets is desirable, the work of Mr Shin and his colleagues is a reminder that there are always trade-offs to any policy change. These authors put their argument in stark terms: “The choice between these measurement regimes boils down to a dilemma between ignoring price signals, or relying on their degraded versions.” In their advocacy of fair-value accounting, accountants are rightly pursuing the interests of investors. But policymakers have to worry about wider issues. Accountancy may be too important to be left solely to accountants. Even the ones that can count.
* “Marking-to-Market: Panacea or Pandora's Box?” Forthcoming in the Journal of Accounting Research.
29 agosto 2007
Limite do Valor Justo
As normas internacionais e norte-americanas exigem tipicamente que ativos fixos seja avaliados pelo custo e sujeitos a testes periódicos de impairment. Ativos financeiros, no entanto, são geralmente avaliados pelo "valor justo" - o preço que uma terceira parte poderia pagar por eles. Existem exceções. (...)
Valor justo funciona bem para títulos que podem ser comercializados a um preço de mercado. Mas quando os ativos são raramente comercializados ou altamente complexos, o valor justo é obscuro. Derivativos são geralmente avaliados usando modelos administrativos, que são algumas vezes "verificados" por terceiros. (...)
Primeiro, o desempenho pode ser "suavizado", mascarando a volatilidade real (...); segundo, a administração pode resistir em reconhecer as perdas. (...)
The limits of fair value - Financial Times - 28/08/2007 - London Ed1 - Page 12
24 agosto 2007
Valor Justo
Um artigo do Financial Times de 24/08/2007 discute o problema do valor justo. Um ponto interessante apresentado pelos autores é a existência de uma certa "incoerência" conceitual: quando existe uma bolha no mercado, os números contábeis também serão afetados por esta bolha. Isto pode fazer com que uma empresa apresente números melhores do que são efetivamente. A seguir, o texto completo:
Pursuit of convergence is coming at too high a cost.
By STELLA FEARNLEY and SHYAM SUNDER - Financial Times - London Ed1, Page 19
There are a variety of problems behind the present market turmoil - chiefly reckless lending and inaccurate credit ratings of securitised debt. But one has so far had little attention - the role played by so-called "fair" value accounting.
The gold standard in financial reporting has long been "lower of cost or market", meaning an asset is on the books at either its purchase cost or its current valuation - whichever was lower. This conservativsm counterbalances the inherent tendency of managers to overstate performance by preventing them from reporting profits before cash is in hand.
But this year, US firms have been encouraged to adopt early SFAS 157 and SFAS 159, new accounting standards. Under these rules, financial instruments (including mortgage-backed securities) are stated on balance sheets at their "fair" values, which are taken from markets where possible, or for more complex securities are estimated from valuation models.
The problem is that this assumes markets have good information from inputs such as financial reports and credit ratings. But there is a circularity built in: if credit raters and investors get their information from accounting numbers, which are themselves based on prices inflated by a market bubble, the accounting numbers support the bubble.
So instead of informing markets through prudent valuation and controlling management excess, "fair" values feed the prices back to the market. For example, a drop in the market value of the borrowings of a troubled company is reported as an increase in its income because the reduced liability flows through the income statement, thus obscuring the problem.
Investment banks, early adopters of SFAS 157, have shown improved performance from the changeover. JP Morgan Chase reported that SFAS 157 increased its first-quarter earnings by Dollars 391m (Pounds 196m, Euros 289m) - 8.2 per cent of its earnings - and Goldman Sachs reported an even larger increase of Dollars 500m - 11.5 per cent of net income. Share prices rose despite the incipient problems in mortgage-backed securities.
There were warnings. In 2006 the US Federal Reserve warned that fair value accounting could make an insolvent company look solvent. The UK's Financial Services Authority expressed concerns this year that fair value might not fully represent the economic reality of a business. Four months after some banks reported high first-quarter profits using fair value accounting, the Fed has cut interest rates to stabilise markets and keep some highly leveraged investment banks and hedge funds afloat.
The "fair" value accounting edifice is built on sand. Some banks sold subprime loans to reduce risk exposure but reacquired the risk by lending to parties holding the overvalued instruments. Bank directors certified their balance sheets. Did they ask the awkward questions about the real risk, credit controls and security in their loan books? Did the buyers of these derivatives, who packaged them up and sold them on, know how dodgy they were? Someone knew.
This is the second time in seven years that widespread problems have arisen in US accounting, securities' ratings and governance. Despite the onerous and costly requirements of Sarbanes-Oxley, and stringent audit controls, the system was unable to fix something as basic as the existence and collectibility of loans.
Meanwhile, US and international accounting standard setters are pressing ahead with a global framework which would embed this aggressive accounting. They seek one global system, however defective. They want verifiability, via a market price or a management estimate, rather than reliability of the underlying substance.
Warren Buffett has warned that mark-to-market accounting turns to mark-to-model in illiquid markets and risks becoming "mark-to-myth". Auditors sign off that accounts comply with the accounting standards. What use is that to investors when it means complying with a bubble-blowing accounting model? The pursuit of convergence in accounting standards needs a radical rethink if this is what it leads to.
Most losses from the subprime debacle may fall to knowledgeable investors but our savings and pensions will not escape entirely.
Stella Fearnley will shortly be Professor of Accounting at Bournemouth University. Shyam Sunder is J. L. Frank Professor of Accounting, Economics and Finance at Yale School of Management.
22 maio 2007
Valor justo na avaliação contábil
Um artigo publicado num periódico mexicano El Economista (21/05/2007). Aqui um extrato:
Independientemente de lo anterior, debemos considerar que el ajuste a valor razonable de los activos y pasivos de eventos y transacciones y circunstancias no transaccionales tienen el inconveniente, algunas veces, por tratarse de valores volátiles y que, en otras ocasiones, no existen los mercados para obtener dichos valores razonables, lo que termina en cuantificaciones estimativas que resultan o pueden resultar subjetivas; aquí es donde se le puede complicar al auditor.
Lo que es bien cierto, es que las normas contables aceptan cada vez más al valor razonable como método de cuantificación y de que en su determinación se ven inmersos cálculos financieros complejos. Por todo ello, es necesario que los profesionales de la contabilidad incluidos los auditores externos, conozcamos más acerca de las teorías y técnicas de valuación existentes, de lo contrario, como auditores ¿estaremos de acuerdo que el valor razonable es razonablemente correcto?
Clique aqui para ler completo
Independientemente de lo anterior, debemos considerar que el ajuste a valor razonable de los activos y pasivos de eventos y transacciones y circunstancias no transaccionales tienen el inconveniente, algunas veces, por tratarse de valores volátiles y que, en otras ocasiones, no existen los mercados para obtener dichos valores razonables, lo que termina en cuantificaciones estimativas que resultan o pueden resultar subjetivas; aquí es donde se le puede complicar al auditor.
Lo que es bien cierto, es que las normas contables aceptan cada vez más al valor razonable como método de cuantificación y de que en su determinación se ven inmersos cálculos financieros complejos. Por todo ello, es necesario que los profesionales de la contabilidad incluidos los auditores externos, conozcamos más acerca de las teorías y técnicas de valuación existentes, de lo contrario, como auditores ¿estaremos de acuerdo que el valor razonable es razonablemente correcto?
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