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Mostrando postagens com marcador criatividade. Mostrar todas as postagens
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24 junho 2019

Chip Kidd: Designing livros não é brincadeira. Ok, é sim.

Palestra maravilhosa que vale cada um dos 17 minutos.


Chip Kidd não julga os livros por suas capas, ele cria capas que corporificam os livros -- e ele o faz com um senso de humor inescrupuloso. Em uma das palestras mais engraçadas do TED2012, ele mostra a arte e o profundo pensamento no design de suas capas. (Da sessão Design Studio no TED2012, organizada por Chee Pearlman e David Rockwell.)


02 outubro 2018

"Eu não sei"

Em muitos periódicos, uma das perguntas que o editor faz para o parecerista é se o título apresenta, de forma completa, a ideia do texto. Em outros, se o título é a menor expressão da pesquisa. Como participo do processo de ambos os lados (como autor e parecerista), alguns pareceristas fazem sugestões sobre o título, dando a sua versão do trabalho. Isto também acontece em bancas de trabalho de final de curso. O resultado deste processo são títulos amorfos, sem criatividade. Algo como: “Uma Contribuição ao estudo da Influência da Contabilidade nas Decisões gerenciais: um estudo com estudantes de contabilidade do Distrito Federal”. Por este motivo, um título deveria ser criativo, mesmo que não delimitasse a amostra ou estivesse vinculado a um objetivo.

Há um mês, dois pesquisadores dos Estados Unidos publicaram um artigo com o seguinte título: “I don´t Know”. Só isto. O título é suficiente para atrair a atenção. Do que se trata? Do fato de especialistas terem uma reputação a defender ao ter que admitir que eles não sabem. Muitas vezes, em diversas questões que são feitas para um especialista, ele deve reconhecer sua limitação. Isto também ocorre com uma professor, quando um aluno faz uma pergunta que ele não sabem (muitas vezes “testando” o professor).

O problema é que muitos pareceristas são "avessos" a esta inovação. Lembro que há alguns semestres fui convidado para uma comissão de avaliação; o trabalho tinha o título "Mais que mil palavras". Genial. Já gostei do trabalho antes de ler. Outro exemplo: a tese de doutorado da Mariana Bonfim com o título "Honest Individuals, (dis) honest Groups?".

A criatividade de um trabalho deveria começar da primeira linha. Ou seja, do título.

18 outubro 2017

Resenha: Roube como Um Artista - 10 Dicas sobre Criatividade - Austin Kleon


Este pequeno livro - em tamanho e número de páginas - tenta ajudar as pessoas a melhorar sua criatividade. O título é bastante chamativo e logo nas primeiras páginas o autor afirma: todo conselho é autobiográfico. Este talvez seja o ponto forte e também o cuidado que o leitor deve ter: o que funciona para Kleon, talvez não seja verdadeiro para você. Mas devo confessar que o título é bastante criativo e o design é atraente. Mas na essência, o livro não é sobre “roubar”, mas sobre usar ideias já existentes para desenvolver seu trabalho. É sobre aproveitar uma ideia de terceiro e aplicar no seu trabalho. Na área acadêmica, por exemplo, é tomar uma ideia da psicologia e aplicar na contabilidade.

As dicas do livro são as seguintes: (1) roube como um artista (2) não espere até saber quem você para poder começar (3) escreva o livro que você quer ler (4) use as mãos (5) projetos paralelos e hobbies são importantes (6) faça um bom trabalho e compartilhe (7) a geografia não manda mais em nós (8) seja legal, pois o mundo é pequeno (9) seja chato, pois é a maneira de terminar um trabalho (10) a criatividade é subtração. Algumas dicas são constatações; outras talvez não funcione com você.

Vale a pena? O livro é pequeno e fácil de ler. Mas em termos práticos, acho que Mais Rápido e Melhor, de Duhigg, mais efetivo (por li no passado e não fiz uma resenha aqui).

Evidenciação: Este blogueiro adquiriu a obra numa livraria, não tendo sido induzido a fazer esta postagem pelas partes interessadas.

05 julho 2016

Criatividade na ciência

Uzzi e Jones – junto com os colegas Stayam Mukherjee e Mike Stringer – criaram um algoritmo para avaliar os 17,9 milhões de artigos. Ao examinar quantas ideias diferentes cada estudo continha, se essas ideias haviam sido mencionadas em conjunto antes e se os artigos eram populares ou ignorados, o programa poderia avaliar o índice de novidade de cada um. Depois, eles poderiam analisar se os textos mais criativos tinham alguma característica em comum.

A análise revelou que alguns artigos criativos eram curtos; outros eram extensos. Alguns eram escritos por indivíduos; a maioria, por equipes. Alguns eram desenvolvidos por pesquisadores em começo de carreira; outros vinham de autores mais experientes.

Em outras palavras, havia muitas formas diferentes de escrever um estudo criativo.

Mas quase todos os artigos criativos tinham pelo menos um fator em comum: em geral, continham ideias já conhecidas misturadas de forma nova. Na realidade, em média, 90% do conteúdo dos textos mais “criativos” já havia sido publicado em outros textos – e já tinha sido visto por milhares de outros cientistas. No entanto, nos estudos criativos, esses conceitos convencionais eram aplicados a questionamentos de maneiras que ninguém havia imaginado antes. “Nossa análise dos 17,9 milhões de artigos em todas as áreas da ciência sugere que a ciência segue um padrão praticamente universal”, escreveram Uzzi e Jones. “Os estudos de maior impacto baseiam-se sobretudo em combinações excepcionalmente convencionais de trabalhos anteriores e, ao mesmo tempo, exibem a inserção de combinações incomuns.” Era essa combinação de ideais e não as ideias propriamente ditas, que costumavam fazer com que um artigo fosse tão criativo e importante.


DUHIGG, Charles. Mais rápido e Melhor. Objetiva, 2016, p 199

14 agosto 2015

Brasileira cria aplicativo com apoio de Harvard

A estudante de Comunicação Jéssica Behrens, 23, teve uma ideia empreendedora que começou com um exercício de desapego. Jéssica decidiu se desfazer de um pertence por dia ao longo de um ano, seguindo uma sugestão encontrada na internet. A ideia era viver com o mínimo necessário. As dificuldades para pôr em prática essa filosofia de vida fizeram a estudante, que está prestes a se formar pela Universidade de Brasília (UnB), perceber um mercado a ser explorado e lançar uma empresa com apoio da Universidade de Harvard.

“Percebi que não conseguia encontrar gente de forma rápida para ficar com minhas coisas. E eram coisas legais, não podiam ir para o lixo. Aí eu percebi que não existia uma forma rápida e fácil de conectar minhas coisas às pessoas que estavam precisando delas. Um dia tive um insight. Pensei: 'E se existisse um Tinder para produtos?'”, conta, referindo-se ao aplicativo de paquera online. No Tinder, o usuário visualiza fotos de outros interessados em se relacionar e seleciona potenciais parceiros. No Tradr, o aplicativo criado por Jéssica, as imagens são de produtos à venda.

A ideia começou a virar realidade quando ela comentou o assunto com um amigo. “Ele se formou em Harvard. Achou a ideia muito legal e me colocou em contato com pessoas que ele conhecia que desenvolviam startups (começar algo, em tradução livre, normalmente uma empresa, a partir de uma ideia inovadora). Duas pessoas largaram projetos que estavam fazendo para participar desse. A gente passou por um processo seletivo e foi aceito no Laboratório de Inovação de Harvard”, recorda Jéssica, que viajou para os Estados Unidos. A universidade cedeu a infraestrutura, e o grupo conseguiu patrocínio de um pequeno investidor.

Segundo Jéssica, dois fatores foram determinantes para que a universidade norte-americana considerasse o projeto inovador e decidisse apoiá-lo. “Primeiro, porque a gente desenvolveu um algoritmo que, conforme a pessoa usa o aplicativo, registra as coisas que ela gosta e mostra cada vez mais produtos daquele tipo. Também porque consideraram que ele [o aplicativo] fomenta a economia colaborativa. É uma forma de conectar as pessoas, ver o que alguém está vendendo a 50 metros de você. Isso cria um espírito de comunidade, estimula a comprar e vender localmente. E é bom para o meio ambiente, pois você está deixando de consumir coisas novas”, explica a estudante.

Jéssica ressalta que o aplicativo pode ser, também, uma plataforma para quem tem interesse em empreender. “A gente abre um espaço para a economia marginal, como pessoas que produzem artesanato e não têm espaço para loja física ou rios de dinheiro para gastar com marketing digital”, comenta. A estudante explica que cuidou da parte de design, arquitetura da informação, marketing e comunicação no desenvolvimento do aplicativo. Seus colegas de projeto ficaram responsáveis pela programação, pelas finanças e pelo desenvolvimento de um algoritmo. Atualmente, o aplicativo, que está disponível há cerca de um mês em versão beta – versão para teste – tem 2,2 mil usuários.

O Tradr está disponível para download e, por enquanto, funciona apenas no sistema iOS, da Apple. A participação é gratuita e, de acordo com Jéssica, os desenvolvedores ainda estudam uma forma de monetização do aplicativo. A ideia é continuar não cobrando dos usuários comuns. “A gente estuda fornecer um serviço de inteligência de dados para quem quiser ter uma conta premium. Por exemplo, a pessoa está colocando à venda um sapato vermelho e outro branco e a gente consegue mostrar a ela estatísticas de qual dos dois tem mais aceitação”, exemplifica.

O professor do Departamento de Administração da UnB José Pinho, especialista em RH, marketing e estratégia empresarial, afirma que as possibilidades criadas por recursos como a internet e o surgimento das redes sociais ajudam o empreendedorismo, mas não são determinantes. “O desenvolvimento das comunicações ajuda porque abre muitas perspectivas. A pessoa vê as coisas acontecerem, percebe as necessidades. Mas isso não é determinante. Antes de haver internet, Thomas Jefferson tinha um monte de invenções. Cada uma, ele transformava em empresa. Simplesmente, agora, [a internet] estimula e evidencia as oportunidades”, ressalta.

Segundo Pinho, entre as características de quem tem perfil empreendedor estão capacidade de assumir riscos e pensamento em longo prazo. Para o professor, o ambiente no Brasil não é favorável para empreender.

“Vamos supor que você tem R$ 200 mil. Você vai entrar em um negócio, pagar 40% de imposto e sair com um lucro que vai representar mais ou menos 20% [do investimento], correndo risco? É preferível só aplicar e sair com todo o dinheiro e mais um pouco do outro lado. Aquele capitalismo de ter uma boa ideia, constituir empresa e crescer foi praticamente abolido pelo capitalismo financeiro”, comenta. Para ele, o maior problema para as empresas no país é a alta carga tributária.

Fonte: Aqui

04 julho 2015

Funk Fiscal

Vocês se lembram do Prof. Clifford, mencionado na postagem sobre o curso intensivo de economia no canal youtube Crash Course? Ele tem um canal próprio e lá propôs uma competição sobre músicas que falassem sobre a economia. O primeiro lugar está abaixo, o "funk fiscal":



Veja aqui o segundo lugar e o terceiro aqui.














24 julho 2014

O mito do gênio solitário e a importância dos pares


WHERE does creativity come from? For centuries, we’ve had a clear answer: the lone genius. The idea of the solitary creator is such a common feature of our cultural landscape (as with Newton and the falling apple) that we easily forget it’s an idea in the first place.

But the lone genius is a myth that has outlived its usefulness. Fortunately, a more truthful model is emerging: the creative network, as with the crowd-sourced Wikipedia or the writer’s room at “The Daily Show” or — the real heart of creativity — the intimate exchange of the creative pair, such as John Lennon and Paul McCartney and myriad other examples with which we’ve yet to fully reckon.

Historically speaking, locating genius within individuals is a recent enterprise. Before the 16th century, one did not speak of people being geniuses but having geniuses. “Genius,” explains the Harvard scholar Marjorie Garber, meant “a tutelary god or spirit given to every person at birth.” Any value that emerged from within a person depended on a potent, unseen force coming from beyond that person.

As late as the Renaissance, people we’d now consider quasi-divine creators were more likely to be seen as deft imitators, making compelling work from familiar materials. Shakespeare, for example, did not typically dream up new ideas for plays but rewrote, adapted and borrowed from the plots, characters and language of previous works. “Romeo and Juliet,” as Mark Rose, a professor at the University of California, Santa Barbara, notes, is an episode-by-episode dramatization of a poem by Arthur Brooke.

Of course, theater is inherently collaborative. But the Elizabethan stage was more like the modern film industry, where the writer is generally less an auteur than a piece of a machine. Surviving records show three or four or even five playwrights receiving pay for a single production, according to the Columbia professor James Shapiro. The irony is that Shakespeare, whose world serves so well to illustrate a collaborative (or networked) idea about how good work is made, would become the icon of the solo creator.

The big change began with Enlightenment thinkers, who sought to give man a dignified, central place in the world. They made man’s thinking the center of their universe and created a profoundly asocial self.

Meanwhile, as the feudal and agrarian gave way to the capitalist and industrial, artists needed to be more than entertaining; they needed to be original, to profit from the sale of their work. In 1710, Britain enacted its first copyright law, establishing authors as the legal owners of their work and giving new cultural currency to the idea of authors as originators.

This is when we start to see the modern use of “genius.” In an essay published in 1711, Joseph Addison cited Shakespeare as a “remarkable instance” of “these great natural geniuses” — those lit up by an inner light and freed from dependence on previous models.

But it was during the Romantic era that “the true cult of the natural genius emerged,” Ms. Garber writes — with Shakespeare as its signal example. He was a convenient case; so little biographical material existed that his story could be made up.

Paradoxically, the most potent illustration of Shakespeare-as-genius manifested itself as an apparent challenge to it. How could the son of a glover with a provincial education have written so knowingly of kings and queens and faraway lands? It must have been another, dissenters said, with the Earl of Oxford emerging as a favorite candidate. What’s remarkable here is the underlying assumption that Shakespeare’s plays emerged entirely outside the give-and-take of the theater. Shakespeare doubters, the Cleveland State University scholar James Marino says, “are taking the lone genius idea and doubling down.”

Today, the Romantic genius can be seen everywhere. Consider some typical dorm room posters — Freud with his cigar, the Rev. Dr. Martin Luther King Jr. at the pulpit, Picasso looking wide-eyed at the camera, Einstein sticking out his tongue. These posters often carry a poignant epigraph — “Imagination is more important than knowledge” — but the real message lies in the solitary pose.

In fact, none of these men were alone in the garrets of their minds. Freud developed psychoanalysis in a heated exchange with the physician Wilhelm Fliess, whom Freud called the “godfather” of “The Interpretation of Dreams”; King co-led the civil rights movement with Ralph Abernathy (“My dearest friend and cellmate,” King said). Picasso had an overt collaboration with Georges Braque — they made Cubism together — and a rivalry with Henri Matisse so influential that we can fairly call it an adversarial collaboration. Even Einstein, for all his solitude, worked out the theory of relativity in conversation with the engineer Michele Besso, whom he praised as “the best sounding board in Europe.”

Now, from disparate directions, a new view of the self has been gathering steam that allows us to begin seeing these old stories as though for the first time. Many factors are at play, not least the rise of the Internet, both for its actual mechanisms that bring people together and for its potency as a metaphor. And the social science of relationships is flourishing, starting with the relational foundations of human development.

Consider what happens when 4-month-olds interact with their mothers: They mimic one another’s facial expressions and amplify them. A baby’s grin elicits a mother’s smile, which leads the baby to a full-on expression of joy — round mouth, big eyes. “Both parties,” writes the psychiatrist Susan C. Vaughan, “are processing an ongoing stream of stimuli and responding while the stimulation is still occurring.” The implication, Ms. Vaughan argues, is that emotions are “peopled” from the start, centered in an interpersonal exchange rather than in an atomized self.

This is just one piece of an impressive body of research in social psychology and the new field of social neuroscience, which contends that individual agency often pales next to the imperatives of a collective.

The elemental collective, of course, is the pair. Two people are the root of social experience — and of creative work. When the sociologist Michael Farrell looked at movements from French Impressionism to that of the American suffragists, he found that groups created a sense of community, purpose and audience, but that the truly important work ended up happening in pairs, as with Monet and Renoir, and Susan B. Anthony and Elizabeth Cady Stanton. In my own study of pairs, I found the same thing — most strikingly with Paul McCartney and John Lennon.

WHY is this? For one thing, given that our psyches take shape through one-on-one exchanges, we’re likely set up to interact with a single person more openly and deeply than with any group. The pair is also inherently fluid and flexible. Two people can make their own society. When even one more person is added, roles and power positions harden. This may be good for stability but problematic for creativity. Three legs make a table stand in place. Two legs are made for moving.

Pairs also naturally engage each of the two people involved. In a larger group, an individual may lie low, phone it in. But nobody can hide in a pair.

It’s going to take some time to truly accept the significance of pairs in creative life, in part because so many partners, if they do their job well, remain hidden to the outside world. Most Vera Nabokovs never get acknowledged. Partnership is also obscured when the two people have distinct public identities. C.S. Lewis and J.R.R. Tolkien didn’t “collaborate” in the traditional sense, but, as a scholar of their work, Diana Pavlac Glyer, has shown, the influence of each on the other was critical to the work of both.

The pair is the primary creative unit — not just because pairs produce such a staggering amount of work but also because they help us to grasp the concept of dialectical exchange. At its heart, the creative process itself is about a push and pull between two entities, two cultures or traditions, or two people, or even a single person and the voice inside her head. Indeed, thinking itself is a kind of download of dialogue between ourselves and others. And when we listen to creative people describe breakthrough moments that occur when they are alone, they often mention the sensation of having a conversation in their own minds.

This phenomenon is so uncanny that the writer Elizabeth Gilbert has proposed that we return to the myth of the muses to help characterize it. That doesn’t mean there literally are “fairies who follow people around rubbing fairy juice on their projects and stuff,” Ms. Gilbert has said. But the core experience described by the muse-creator interaction — that of one entity helping to inspire another — is almost always true.

This raises vital questions. What is the optimal balance between social immersion and creative solitude? Why does interpersonal conflict so often coincide with innovation? Looking at pairs allows us to grapple with these questions, which are as basic to the human experience as the push and pull of love itself. As a culture, we’ve long been preoccupied with romance. But we should also take seriously something just as important, but long overlooked — creative intimacy.


The author of the forthcoming book “Powers of Two: Finding the Essence of Innovation in Creative Pairs.”

A version of this op-ed appears in print on July 20, 2014, on page SR6 of the New York edition with the headline: The End of ‘Genius’. 

06 fevereiro 2014

Criatividade e Idade

Acreditamos que as pessoas, quando envelhecem, perdem sua criatividade. Os jovens, por não terem muito escrúpulos com o passado, podem romper as tradições e as verdades concebidas. Quando o ser humano envelhece, o comodismo e seu papel dentro da sociedade podem influenciar nesta tentativa de revolucionar os diversos campos de conhecimento e arte da humanidade.

Estudos que tentam relacionar a idade com a criatividade são antigos. Em 1874 um estudo informava que a criatividade atingia o máximo entre 35 e 40 anos. Alguns anos depois, Einstein afirmava que se uma pessoa não tinha realizado uma grande contribuição para ciência antes dos trinta anos, nunca iria fazê-lo. No anus mirabilis, em 1905, ele tinha 26 anos. Neste ano ele produziu quatro textos fundamentais para a ciência. Depois, ele tentou fazer a teoria unificada e não conseguiu. Será que estava velho?

Um apanhado de pesquisas sobre este assunto trouxe uma grande surpresa. A relação entre criatividade e idade é mais complexa que imaginada anteriormente. Pode variar conforme o campo de atuação do cientista e, mais relevante, está mudando com o passar do tempo: o ápice da criatividade está ocorrendo  mais tarde.

De certo o que sabemos é que a relação entre a criatividade e a idade é muito mais complexa.


Leia mais em: JONES, Benjamin, REEDY, E., WEINBERG, Bruce. Age and Scientific Genius. NBER, 2014

13 janeiro 2014

Elogios aleatórios para contadores

Mark Lee, do Boring is Optional, descobriu que o time da "PracticeWeb"criou um gerador randômico de elogios especialmente para os contadores. Legal demais! Você pode acessa aqui e receber (ou submeter) diversos elogios!

Alguns exemplos:

Como você consegue ser um especialista em praticamente tudo?
Eu costumava pensar que contadores eram chatos e desinteressantes. Como eu estava errado!
Eu realmente acredito que você está me cobrando menos do que deveria.
Muitíssimo obrigado. Foi um alívio imenso saber que você estava resolvendo isso.
O quão rápido posso pagar suas taxas de serviço? Estou desesperado para dizer "muito obrigado".
O seu nome está gravado no meu celular como "melhor contadora do planeta".
Quando a Receita Federal recebe a sua declaração, eles aplaudem... e depois choram.
Se eu fosse uma contadora, gostaria de ser idêntica a você!
Seus papéis de trabalho são tão organizados!
Você é incrivelmente talentoso.

Você não é apenas belíssima, como também é ótima em minimizar os tributos corporativos.


05 dezembro 2013

Criatividade

Um estudo publicado no Creativity Research Journal (via aqui) examinou 221 pintores famosos e suas obras entre 1800 e 2004 para calcular o ano em que foram criadas a obra-prima de cada um. O critério foi o maior valor de venda alcançado por uma tela. O ano da produção da tela que alcançou maior valor de venda foi considerado o ápice da criatividade.

O resultado encontrado foi uma média de 42 anos. Além disto, notou-se que a obra foi criada quando o artista tinha atingido a 62% da sua vida, que representa a fração dada pela proporção áurea. Mas a pintura ao lado, de Seurat foi feita quando ele tinha 26 anos.

26 agosto 2013

Julie Taymor: Homen-Aranha, O Rei Leão e a vida à beira da criatividade

Mostrando trechos espetaculares de Frida, A Tempestade e O Rei Leão, a diretora Julie Taymor descreve uma vida passada imersa no teatro e no cinema. Filmada bem quando a controvérsia de Spider-Man: Turn Off the Dark estava em seu ponto alto, ela descreve sinceramente as tensões inerentes ao seu processo criativo, enquanto luta tanto para capturar a essência de uma história quanto para produzir images e experiências como nada visto antes.

19 agosto 2013

Gavin Pretor-Pinney: Nublado com chance de alegria

Você não precisa planejar uma viagem exótica para encontrar inspiração criativa. Basta olhar para cima, diz Gavin Pretor-Pinney, fundador da Sociedade da Apreciação das Nuvens. Enquanto compartilha fotos encantadoras da mais fina arquitetura aérea da natureza, Pretor-Pinney lança um chamado para todos nós sairmos um pouco da correria digital, relaxarmos e admirarmos a beleza do céu.

17 junho 2013

Ken Robinson: escolas acabam com a criatividade

Mais uma vez o fantástico Ken Robinson!

Sir Ken Robinson defende de maneira divertida e profunda a criação de um sistema educacional que estimula (em vez de enfraquecer) a criatividade.

11 junho 2013

Lâmpada que não queima

Uma lâmpada fluorescente dura cerca de 10 mil horas. São mais de 416 dias de uso direto, pouco mais de um ano. Bastante tempo, certo? Imagine, no entanto, se existisse uma lâmpada que durasse 100 anos. Quer dizer, não imagine, não. Essa lâmpada existe . Pelo menos é o que diz Benito Muros, espanhol que diz estar sendo ameaçado de morte por causa de sua criação.

Muros é o presidente de um movimento chamando Sem Obsolescência Programada (SOP) e diz que, não só lâmpadas, mas muitos outros objetos de nosso dia a dia poderiam durar muito mais. Na verdade, existe uma teoria - a da Obsolescência Programada - de que muitos fabricantes desenvolvem produtos de curta durabilidade para obrigar os consumidores a adquirir novos produtos de forma acelerada e sem uma necessidade real. Segundo o espanhol, fazem parte dessa lista de itens como baterias de celular, computadores, geladeiras e televisões. “Não há nada para se fazer além de comprar outra”, disse ele em entrevista ao jornal espanhol El Economista.
Segundo ele, algumas peças essenciais para eletrodomésticos, por exemplo, são colocadas propositalmente próximas das partes que mais aquecem no objeto, diminuindo seu tempo de vida. Soma-se a isso, o uso de materiais de menor qualidade.
As lâmpadas e a causa de Muros e da SOP querem desenvolver um novo conceito empresarial, baseado no desenvolvimento de produtos que não caduquem. Quem não lembra daquela máquina de lavar da casa da avó que durou a vida inteira? Ou a geladeira que está na família há anos e nunca deu problema? "Deixaram de fabricar, porque duravam demais. Hoje, por exemplo, temos uma lâmpada que está acesa a 111 anos em um parque de bombeiros de Livermore [California]. Foi então que surgiu a ideia de criar, junto com outros engenheiros, uma linha de iluminação que dure toda a vida", disse ele à publicação.
Além de terem mais tempo de vida, as lâmpadas, desenvolvidas com a Oep Electrics, gasta 70% menos energia que as fluorescentes. Além disso, não queima ao ser acesa e apagada várias vezes seguidas. A OEP garante dez mil comutações diárias.
No entanto, Muros diz que a descoberta também gerou ameaças. O espanhol chegou a apresentar um recado à polícia que dizia: "senhor Muros, você não pode colocar seus sistemas de iluminação no mercado. Você e sua família serão aniquilados”, diz. Apesar disso, ele conta que não se sentiu ameaçado e que irá continuar defendendo a SOP.
Fonte: aqui

02 junho 2013

Ah se não fosse um poema de 1o de abril



[April 1, 2013 Special Edition] Corporate leaders from across the country today gathered on Wall Street for the first ever display of business support for honest financial statements.

Ruta Crumwell led off with an emotional call for death to all who betray the public trust.

CFOs then marched en masse to a traders pit, sawed off their pinocchio length noses, and lit a bonfire visible at the SEC.

Richard Foldover, beloved leader of defunct Lehman Sisters and the featured speaker at the event, then spoke at length on the evil of Repo 105.

The evening ended with auditors wiping up with clean audit opinions.

Debit and credit – - David Albrecht

A Nose for Honest Financial Statements

21 novembro 2012

Neuromitos


Which of these statements is false?

 1. We use only 10% of our brain.
 2. Environments rich in stimuli improve the brains of preschool children.
 3. Individuals learn better when they receive information in their preferred learning style, whether auditory, visual or kinesthetic.

Fonte: Using just 10% fo your brain? Thin again.- Wall Street Journal - 16/11/2012