04 setembro 2015
18 fevereiro 2014
Crescimento passado e futuro
Em geral gostamos de usar os dados passados para fazer previsão sobre o futuro. Mas isto pode ser muito perigoso. Os países emergentes, que tiveram elevadas taxas de crescimento no passado, estão sofrendo com a atual crise. Isto também ocorre com as projeções dos mercados acionários.
As pessoas costumam usar as taxas de crescimento do passado para: (a) dizer que é hora de investir nos mercados emergentes; (b) fazer uso do risco do mercado nas fórmulas que deveriam ser projetadas. Um estudo (via aqui) mostrou mais um elemento nesta relação: aparentemente não existe uma relação entre o retorno do mercado acionário e o crescimento econômico per capita.
Se no passado um investidor tivesse colocado seu dinheiro nos países com rápido crescimento, isto traria um retorno de 14,5% ao ano. Mas se tivesse optado por economias com crescimento mais lento, o retorno seria se 24,6%, conforme pode ser visualizado no gráfico. Além disto, parece que usar os dados do passado não funciona: a relação entre crescimento de um ano e crescimento de dois anos depois foi nenhuma.
Associar o retorno da bolsa com o crescimento da economia pode ser perigoso já que nem sempre a bolsa representa o "mercado" nos países emergentes.
30 agosto 2013
05 agosto 2013
7 setores avançam
Estudo feito pelo Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi) revela que apenas sete setores da indústria, de 25 pesquisados, estão com tendência de melhora. Oito setores foram classificados como ruins. Os demais estão numa faixa intermediária, que engloba oscilação, baixo crescimento e melhora após grande queda. A classificação tem como base os dados de produção do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
"A indústria está muito heterogênea. Cada setor está funcionando de um jeito. Alguns estão em queda, outros melhoram. Tudo isso indica que não existe um componente de demanda forte que esteja puxando todo mundo ao mesmo tempo", diz Cristina Reis, consultora do Iedi. "Há pontos locais que contribuem para um determinado setor, como um incentivo do governo, por exemplo", acrescenta ela. Segundo o Iedi, a tendência geral é de fraco crescimento da produção industrial este ano.
A demanda fraca converge com o pessimismo do mercado para o Produto Interno Bruto (PIB) deste ano. Segundo o Boletim Focus, do Banco Central, do primeiro relatório de mercado de 2013 para o último, a expectativa de crescimento econômico caiu de 3,26% para 2,28%. O mesmo caminho fez a previsão para a produção industrial: recuou de 3% para 2,1%.
Estoques
Pelo estudo do Iedi, setores que tiveram melhora após grande queda na produção estão sentindo mais essa variação da demanda, o que dificulta uma previsão dos estoques e, consequentemente, do ritmo da produção. Nessa lista estão, por exemplo, os setores de calçados e artigos de couro e vestuário e acessórios.
"As indústrias produzem e depois o mercado não responde, o que acaba criando essa oscilação", afirma Cristina. A produção do setor de vestuário recuou 2,3% em abril e 5% em maio. Em junho, avançou 5,1%. "Não é um fator para grande comemoração. É uma recuperação do que foi perdido."
O desempenho de alguns setores - como o de alimentos - também tem oscilado por causa do aumento da inflação e da perda de fôlego da renda e do mercado de trabalho.
Em 12 meses encerrados em junho, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) avançou 6,7%, acima do teto da meta do governo. "No primeiro semestre de 2012 a produção industrial caiu 3,8%. Neste ano, o avanço é de 1,9%. O quadro é melhor, mas ainda não é grande coisa", diz Julio Gomes de Almeida, ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda.
Demanda fraca trava crescimento mais consistente da indústria. Luiz Guilherme Gerbelli - O Estado de S. Paulo
28 março 2013
Conservadorismo e crescimento
Fonte: Aqui
25 janeiro 2013
23 dezembro 2012
Brasil:baixo crescimento, inflação em alta, protecionismo e estatismo
23 setembro 2012
01 maio 2012
Celso Furtado, Crescimento Econômico e Inflação
O trabalho foi vencedor do prêmio Haralambos Simeonidis 2011 da Associação Nacional de Cursos de Pós-Graduação em Economia (ANPEC), na categoria artigos, o mais importante em economia do Brasil. Também foi aceito na revista internacional History of Political Economy, com publicação prevista para junho de 2012. O texto concentra-se no período entre 1952 e 1963 e também analisa a obra de outros economistas latino-americanos como Eugênio Gudin, Roberto de Oliveira Campos, Raul Prebisch, Juan Noyola e Osvaldo Sunkel. Mauro baseou-se em livros e artigos escritos na época, correspondências, materiais de arquivo e o Plano Trienal elaborado por Furtado quando ele era ministro do Planejamento no governo João Goulart, entre 1962 e 1963.
No período estudado os teóricos se dividiam entre dois posicionamentos: os estruturalistas, que defendiam que a inflação era parte natural do processo de crescimento econômico, e os monetaristas, para os quais não havia relação necessária entre os dois fenômenos. "Celso Furtado se incluía no primeiro grupo e acreditava que o controle da inflação dependia de mudanças estruturais na economia", explica Mauro Boianovsky. Entre as mudanças propostas pelo economista estava o investimento do país na industrialização por substituição das importações. Era uma forma de mudar a composição da oferta agregada, total de bens produzidos no país, colocando mais produtos domésticos no mercado no lugar de produtos estrangeiros.
MONETARISMO - Do outro lado estava o Fundo Monetário Internacional (FMI) que, partindo de um posicionamento monetarista, defendia a diminuição da demanda agregada, que é o total de gastos da economia. Para eles, o caminho para que isso fosse concretizado era a diminuição dos gastos do governo e uma política monetária contracionista. Segundo o professor, os estruturalistas como Furtado temiam que uma política como essa freasse o crescimento. Em vez disso, eles defendiam uma política gradualista, em que os gastos de governo seriam reduzidos, sim, mas de forma gradual, sem causar um choque na economia.
"Essa concepção gradualista estava presente no Plano Trienal elaborado por Furtado enquanto foi ministro", esclarece o professor. Segundo ele, ao final do período estudado o posicionamento tornou-se consenso entre os economistas latino-americanos que refletiam sobre o assunto. Contudo, a proposta do então ministro não vingou. Por causa da falta de condições políticas de implementar o plano ele abandonou o cargo e retornou à direção da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE).
Celso Furtado é o mais célebre e reconhecido economista brasileiro do século XX. Como intelectual ficou famoso por suas teses a respeito de desenvolvimento e subdesenvolvimento contrárias às doutrinas econômicas dominantes e favoráveis à intervenção na economia em prol do desenvolvimento e redução das desigualdades. Morreu em 2004, com 84 anos, mas continua a ser um dos teóricos mais estudados na economia até hoje.
31 janeiro 2012
12 janeiro 2012
Teoria de Kuznets
Paulo Henrique partiu da teoria de Kuznets, que ficou célebre no Brasil quando o economista e então ministro da fazenda do governo militar Delfim Netto respondeu a críticas contra a alta concentração de renda comparando o país a um bolo que precisava crescer antes de ser repartido. A teoria diz que com o crescimento econômico a desigualdade aumenta apenas até um certo ponto, a partir do qual ela naturalmente diminui. O trabalho de Paulo Henrique mostra que a teoria realmente se concretizou no país ao longo dos anos, mas não foi um processo natural.
O estudante se apoiou em dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) referentes ao crescimento econômico e à desigualdade nas décadas de 60, 70, 80, 90 e 2000. Nas três primeiras décadas a concentração de renda só aumentou. Na década de 1980 a situação se estabilizou e só nos últimos anos que a desigualdade começou a diminuir. “No texto mostrei que foram políticas de governo intencionais que provocaram essas mudanças”, explica Paulo. “Elas poderiam ter sido conduzidas de outra maneira”.
O estudante argumenta que a política de arrocho salarial foi uma forma que o governo usou para provocar deliberadamente a concentração de renda nos anos de maior crescimento do regime militar. “Por outro lado, as políticas de melhoria da educação básica na década de 1990 aliadas a contenção da inflação criou o cenário para o aumento do nível de empregos e os salários na década seguinte”, afirma Paulo. “Tudo isso somou-se às políticas sociais dos últimos governos”.
[...]
Texto: UnB Agência
05 janeiro 2012
Crescimento em 2012
Fonte: aqui
05 dezembro 2011
Por que o crescimento econômico é importante?
Existem diversas razões para acreditar que o fato de um país crescer é bom. Algumas destas razões são apresentadas a seguir.
Em primeiro lugar, o crescimento econômico ajuda a reduzir o número de desempregados numa economia. Embora a taxa de desemprego não dependa somente desta variável, países que passam por uma recessão costumam ter aumento no número de pessoas que não possuem emprego fixo.
Em segundo lugar, uma economia em crescimento permite que o governo possa aumentar suas receitas, em especial aquelas provenientes da tributação. Uma proposição que ficou famosa em finanças públicas, a Lei de Wagner, mostra que as despesas do governo, historicamente, são crescentes. A melhor explicação para esta constatação é de Baumol, que mostrou que as atividades geralmente exercidas pelo governo não conseguem aproveitar dos ganhos de produtividade.
Terceiro, assim como as empresas, o endividamento do governo também é uma medida de desempenho. Também como as empresas existem certo limite no endividamento. Em economia a mensuração do endividamento ocorre através da relação com o tamanho da economia. Quando a economia cresce isto permite que o governo também possa aumentar sua dívida.
Também é importante lembrar a relação do crescimento com a distribuição de renda. Isto ficou muito conhecido no Brasil durante o milagre econômico (década de setenta do século passado), quando o governo optou por uma política de elevado crescimento da produção, deixando de lado a questão de distribuição. A ausência de crescimento gera uma pressão para que a questão distributiva seja resolvida.
Leia mais em Stumbling and Mumbling, Why Governments need Growth
25 novembro 2011
Gafisa
Uma extensa reportagem do Estado de São Paulo mostra o que ocorreu com a Gafisa, uma das maiores construtoras do país, nos últimos anos. De estrela da bolsa, com direito a abrir capital nos Estados Unidos, a empresa teve redução no lucro, aumento no endividamento e redução no valor de mercado (leia-se, queda na cotação das ações). O trecho a seguir poderia, perfeitamente, ser usado numa aula de análise de balanços. Recomendo a leitura para aqueles que gostam do assunto:
(...) Consultores, analistas, concorrentes e conselheiros da própria empresa consultados pelo Estado concordam que o principal erro da Gafisa foi sua pressa em crescer. "O setor imobiliário utiliza capital intensivo. Quanto mais a empresa cresce, mais ela precisa colocar capital e aumentar sua alavancagem financeira", diz o analista de mercado imobiliário do Santander, Flávio Queiroz. "A Gafisa captou recursos e saiu comprando terrenos e lançando empreendimentos sem ter capacidade para executar", diz um consultor, que não quis se identificar.
No meio dessa corrida, comprou a Tenda, em setembro de 2008. Seria uma forma de entrar mais rápido no celebrado segmento de imóveis econômicos. Mas o legado de problemas da Tenda se mostrou maior do que a Gafisa imaginava. "Olhando para o passado, é fácil perceber que a aquisição da Tenda foi um erro", diz o conselheiro da Gafisa, Guilherme Affonso Ferreira. [Na foto abaixo, o grande erro da Tenda]
No mercado imobiliário, em geral, os clientes pagam até 30% do preço do imóvel durante a obra, mas o custo para a construção do empreendimento pode chegar a 60% do valor geral de venda (VGV). A construtora só recebe o restante dos recursos após a entrega das chaves, quando transfere os clientes para o banco. Para os imóveis oferecidos à baixa renda, há uma linha de crédito associativo da Caixa Econômica que permite à construtora antecipar recursos durante a obra. Mas a maioria dos imóveis que a Gafisa herdou da Tenda não atendia aos pré-requisitos do banco e teve de ser financiada com dinheiro da empresa.
Isso atrasou as entregas dos projetos da Tenda, consumiu caixa e reduziu as margens da Gafisa. A empresa encerrou o mês de setembro com R$ 912 milhões em caixa, um volume 26% menor do que no mesmo período de 2010. Até setembro, a margem Ebitda atingiu 16%, o mínimo do guidance de 2011 e 3,6 pontos porcentuais abaixo dos nove primeiros meses de 2010.
‘Basta’. Mas agora a empresa resolveu dar um basta nessas perdas. No terceiro trimestre, foram lançados apenas dois empreendimentos com a marca Tenda, com 324 unidades e um VGV de R$ 49 milhões - uma redução de 90% em relação ao mesmo período do ano passado. E o corte pode crescer ainda mais, "De agora em diante, os novos projetos da Tenda serão realizados somente com o processo de repasse imediato para a Caixa", informou o presidente da companhia, Duilio Calciolari, em comunicado divulgado no último dia 14. Na prática, isso significa parar d empreendimentos da Tenda, com raras exceções, até reestruturar a operação, segundo o conselheiro Ferreira.
No mercado financeiro, a notícia de segurar os lançamentos foi bem recebida. "A compra da Tenda não funcionou como a Gafisa planejava. Insistir no erro é pior. Eles devem focar na geração de caixa", diz Queiroz, do Santander. Para ele, o plano de reestruturação da Gafisa deve surtir efeito e elevar a rentabilidade da empresa.
Uma das apostas da companhia para recompor o caixa é aumentar a participação da marca Alphaville. Os empreendimentos da marca, adquirida pela Gafisa em 2006, têm rentabilidade média de 50%, mais que o dobro da média da companhia. No terceiro trimestre deste ano, o volume de lançamentos cresceu 56% e somou 33% do total. A empresa já identificou 60 cidades com potencial de receber loteamentos da Alphaville em até cinco anos.
Ranking. Antes de a Gafisa divulgar que pretende enxugar sua operação, a ação da companhia derreteu. Só neste ano, os papéis caíram 55%. Hoje, está avaliada em R$ 2,4 bilhões. Em 2007, antes da aquisição da Tenda, o valor de mercado de Gafisa era de R$ 4,3 bilhões, segundo a Economática (veja quadro acima).
A Gafisa está há 57 anos no mercado, mas mudou de patamar depois da entrada da GP Investimentos. O fundo tirou a empresa de um período de crise e reestruturou sua gestão. À GP, em 2005, uniu-se o investidor americano Sam Zell, que comprou cerca de 30% da empresa - ele anunciou a venda de todas as ações neste ano.
Mas foi a abertura de capital que trouxe fôlego financeiro para o negócio. A empresa lançou suas ações na Bovespa em fevereiro de 2006 e, cerca de um ano depois, na Bolsa de Nova York. Em cada um dos IPOs arrecadou cerca de R$ 1 bilhão. Agora, vai dar dois passos para trás para depois dar um para frente.
05 abril 2011
China e o rápido crescimento econômico
No mais novo artigo de Barry Eichengreen:WHEN FAST GROWING ECONOMIES SLOW DOWN: INTERNATIONAL EVIDENCE AND IMPLICATIONS FOR CHINA. O autor mostra que economias com crescimento muito rápido entram em suave declínio.Quando o país atinge a renda per capita de 17 mil dólares a taxa de crescimento cai no mínimo em 2%.No caso chinês essa renda per capita será atingida por volta de 2015.Segue resumo:
Using international data starting in 1957, we construct a sample of cases where fast-growing economies slow down. The evidence suggests that rapidly growing economies slow down significantly, in the sense that the growth rate downshifts by at least 2 percentage points, when their per capita incomes reach around $17,000 US in year-2005 constant international prices, a level that China should achieve by or soon after 2015. Among our more provocative findings is that growth slowdowns are more likely in countries that maintain undervalued real exchange rates.
27 janeiro 2011
Por que o crescimento econômico é difícil de ser medido?
Se você pesquisar o endereço do Banco Central, no Focus, irá encontrar uma estimativa do crescimento econômico previsto para economia brasileira. Pesquisando mais ainda, é possível achar a taxa de crescimento do país dos últimos anos. Mesmo com tanta precisão no cálculo do crescimento, os técnicos (estatísticos, economistas e outros) ainda não estão satisfeitos com a medida.
A principal razão é que as estatísticas são falhas e não conseguem refletir a economia real. Ou como os economistas gostam de falar: a taxa de crescimento do produto interno bruto é apenas uma proxy do crescimento verdadeiro. Num país onde a presença da economia informal é expressiva, como é o caso do Brasil, estimar o tamanho da economia é mais difícil ainda. Não sabemos, por exemplo, a qual a importância do trabalho manual feito pela artesã, que é vendido sem nota fiscal. De igual modo, só conseguimos mensurar o trabalho doméstico se o mesmo for feito por um empregado com carteira assinada. O trabalho doméstico feito por nós, sem a participação de um empregado fichado, não entra no cálculo.
As situações são as mais diversas e isto faz com que regularmente o processo de cálculo seja revisto, na tentativa de chegar a um valor próximo ao valor real.
Alguns técnicos estão tentando procurar medidas alternativas. Uma das mais criativas é olhar as imagens do mundo do espaço, durante o período noturno. Comparando um período com outro podemos encontrar diferenças que podem confirmar as medidas falhas dos economistas ou negá-las.
Veja a seguinte figura abaixo. Ela foi tirada das Coréias, entre os anos de 1992 e 2008. Observe que enquanto a parte norte permanece praticamente constante, o sul apresentou um aumento substancial na iluminação (pontos brancos, azuis, amarelos e vermelhos, sendo quanto mais próximo do vermelho maior a presença da luz). Isto significa que no período a Coréia do Sul apresentou um crescimento econômico muito maior que a Coréia do Norte.
Observe agora a outra figura. Na parte superior a esquerda temos Ruanda, em 1993. Na parte superior a direita, o mesmo país, um ano depois. Observe que a luminosidade diminuiu. Ou seja o país reduziu sua economia. A causa foi o massacre ocorrido naquele país em 1994. Dois anos depois, na parte inferior a direita, o país parece que recuperou dos problemas políticos.
15 janeiro 2010
Previsão
Alguns analistas estão fazendo previsão sobre o desempenho econômico da China. No ritmo atual, a economia chinesa irá ultrapassar facilmente a atual potência mundial e em algumas décadas ser a maior economia do mundo.
Recuando no tempo, o gráfico foi retirado de um dos maiores clássicos de economia, o livro de Samuelson - também um dos maiores economistas do século XX, senão o maior. A figura mostra que em 1960 a economia dos EUA era o dobro da economia da União Soviética. Entretanto, a taxa de crescimento da economia soviética era maior. Em razão disto, Samuelson projetou que entre a década de 80, no mais tardar na década de noventa, a União Soviética seria a maior economia do mundo.
O que deu errado? Samuelson talvez acreditasse que as taxas históricas de crescimento seriam mantidas nos anos seguintes. Talvez acreditasse que os valores da estatística de crescimento soviética eram confiáveis. Outra explicação é que Samuelson talvez acreditasse que a elevada taxa de poupança dos soviéticos seria suficiente para alavancar a economia. Finalmente, pode ser que o impacto da produtividade e do livre mercado não tenha sido adequadamente considerado.
Isto lembra um pouco a China, onde as taxas históricas recentes de crescimento são elevadas e o volume de poupança muito alto.
09 janeiro 2010
Maiores e Menores
Do lado esquerdo, as economias com maiores taxas de crescimento em 2008. E a surpresa do Catar, com 24,5%. E os piores resultados, com Lituânia (com efeitos da crise financeira) e Venezuela (em razão de Chavez). Fonte: The Economist, via aqui.
10 novembro 2009
Copa do Mundo
Ele mostra o que ocorreu com o comércio antes (azul), durante (vermelho) e depois (verde) de uma Copa do Mundo. Os países são EUA, França, Japão, Coréia e Alemanha, que sediaram os últimos eventos. Com exceção da Copa de 2002, as vendas aumentaram antes, durante e depois da Copa. O gráfico a seguir diz respeito ao consumo doméstico:
Em todos os países ocorreu um aumento no consumo. O gráfico seguinte refere-se ao turismo:
Novamente, o comportamento é crescimento, exceto Japão e Coréia. Finalmente, o gráfico mostra o que ocorreu com a produção industrial:
Durante a Copa, a produção caiu. Segundo o Bofa, os trabalhadores dedicam mais tempo discutindo e assistindo futebol!
Fonte: Financial Times, World Cups good for tourism, bad for industrial production, BofAML says - Stacy-Marie Ishmael - 3/11/2009.
05 novembro 2009
Wal-Mart
Desde 1991 a Wal-Mart começou operações em 15 países. Após abrir as portas, em 13 destes países ocorreu um boom econômico, com crescimento médio anual de 4,4% na economia.
A figura mostra que no Brasil - onde a Wal-Mart possui 352 lojas - o crescimento econômico era de 1,3% antes. Após o início das operações o crescimento foi de 3,8%.