Sendo o governo o grande financiador de longo prazo, capaz de alocar recursos a juros subsidiados, a simples informação de um empréstimo é capaz de mudar o valor da empresa, conforme demonstrado por Fioresi e Galdi:
Grande parte do financiamento de longo prazo no Brasil é realizado por intermédio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Comparado às outras alternativas do mercado este crédito é mais barato por ser subsidiado pelo governo. A presente pesquisa teve como intuito investigar se a captação de recursos com custo de capital subsidiado por meio de linhas de financiamento diferenciadas ofertadas pelo BNDES exerce influência no valor da empresa. O estudo foi desenvolvido com a utilização da metodologia estudo de eventos, que calcula os retornos anormais ocorridos ao redor de um determinado evento. A amostra deste estudo considera empresas listadas na Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo (BM&FBOVESPA) que contrataram crédito junto ao BNDES de 2002 a 2015. Para o cálculo do retorno anormal foram usados dois modelos de estimação dos retornos anormais: o Modelo CAPM e o Modelo de Mercado. Os resultados indicam que a média dos retornos anormais das empresas que contrataram crédito junto ao BNDES é significativamente diferente de zero em torno da data do anúncio da contratação podendo-se concluir que a captação de recursos com custo subsidiado possui conteúdo informacional suficiente para influenciar o valor da empresa, confirmando a teoria do tradeoff das fontes de capital e a hipótese desta pesquisa.
Mostrando postagens com marcador crédito subsidiado. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador crédito subsidiado. Mostrar todas as postagens
10 abril 2018
10 julho 2017
Dinheiro em banco público prejudicou a economia
A tentativa de aportar recursos em bancos públicos para impulsionar certos setores (ou certas empresas, como parece o que ocorreu) não foi adequado:
Estudo de pesquisador do Banco Central (BC) questiona a estratégia adotada pelos governos Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff de capitalizar bancos públicos com aportes do Tesouro Nacional. A ideia de que essa alavancagem impulsionaria o crescimento da economia esbarra no aumento de risco soberano que esse endividamento gera via ampliação da dívida bruta, deixando mais caro o custo do dinheiro tanto para o Tesouro quanto para as empresas privadas - especialmente aquelas que não tem acesso a crédito subsidiado
Estudo de pesquisador do Banco Central (BC) questiona a estratégia adotada pelos governos Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff de capitalizar bancos públicos com aportes do Tesouro Nacional. A ideia de que essa alavancagem impulsionaria o crescimento da economia esbarra no aumento de risco soberano que esse endividamento gera via ampliação da dívida bruta, deixando mais caro o custo do dinheiro tanto para o Tesouro quanto para as empresas privadas - especialmente aquelas que não tem acesso a crédito subsidiado
Assinar:
Postagens (Atom)