Qual o débito? Qual o crédito?
20 dezembro 2020
16 março 2017
23 fevereiro 2017
30 junho 2015
Débitos e Créditos
As planilhas em poder do Ministério Público demonstram que os repasses eram cuidadosamente contabilizados pelo empreiteiro, como se fosse uma conta-corrente. Havia a coluna dos "créditos" que o tesoureiro recebia como propina das obras da Petrobras e a dos "débitos" com a deduções de pagamentos solicitados por Vaccari [tesoureiro do PT] ou pelo PT (...) (Propina de 15 milhões, Veja, 1 de julho de 2015, p 45)
13 novembro 2014
Sistema de Pontuação
A decisão abriu a possibilidade do cliente ter acesso ao seu escore. Segundo o Estado de S Paulo existem 250 mil ações no Brasil sobre este tema, apesar da discussão do tribunal corresponder a um caso específico
05 novembro 2014
Pontuação de Crédito
Quem ler "05 Núm3r05 Gov3rn4m 5u4 v1d4", no seu capítulo 2, irá dizer: Burros, burros e burros. O sistema de pontuação ajuda a concessão de crédito, reduzindo o risco de crédito.
29 janeiro 2014
Crédito a Cuba
Folha de S.Paulo, 26/02/2014
O governo brasileiro está oferecendo cerca de US$ 500 milhões de crédito por ano (aproximadamente R$ 1,2 bilhão) para Cuba comprar produtos e serviços brasileiros. Segundo levantamento feito pela Folha, o governo brasileiro desembolsou US$ 152,7 milhões pelo BNDES até setembro de 2013 (foram US$ 220,58 milhões em todo o ano de 2012), mais US$ 221,2 milhões pelo Banco do Brasil.
Disponibilizou ainda uma linha anual de US$ 70 milhões do programa Mais Alimentos Internacional, do Ministério do Desenvolvimento Agrário, para a compra de implementos agrícolas brasileiros. O foco brasileiro em Cuba se traduz nos números –no ano passado, o país de 11 milhões de habitantes, mesma população do Rio Grande do Sul, foi o terceiro maior destino de financiamentos do BNDES para exportação de bens e serviços brasileiros. Recebeu mais recursos do que o Peru, país com PIB de US$ 196 bilhões, quase três vezes maior que o cubano. O BB não forneceu dados para essa comparação.
10 março 2013
Inadimplência dos bancos públicos x privados
29 agosto 2012
Portabilidade de crédito
20 de agosto de 2012
Por Carolina Mandl De São Paulo Valor Econômico
Dados do Banco Central mostram que o número de operações de troca de dívida cresce desde maio, logo depois que começou a ofensiva da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil para conquistar clientes dos concorrentes. Camila Pitanga anunciou, em horário nobre, uma “redução drástica de juros” na Caixa, e Gianecchini, “crédito para antecipar seus sonhos” no BB.
Foram promessas que levaram alguns brasileiros endividados às ruas, querendo trocar parcelas mais altas por outras mais baixas no banco concorrente, em um movimento que atingiu proporção recorde no país. De maio a julho, foram fechadas aproximadamente 45 mil operações de portabilidade por mês, somando R$ 520 milhões mensais, sendo que a maior parte é de crédito consignado. Na série histórica do Banco Central, iniciada em dezembro de 2006, esses patamares não tinham sido alcançados por três meses consecutivos antes.
(...)Diversos estudos internacionais apontam que a portabilidade é uma ferramenta importante para estimular a concorrência entre bancos. Por aqui, o BC sabe que isso só está começando, mas que as campanhas do BB e da Caixa trouxeram um importante estímulo. Depois que os bancos públicos foram à televisão, outras instituições privadas também resolveram mostrar suas ofertas.
Não há números públicos que mostrem quem ganhou e quem perdeu empréstimos dos concorrentes. Mas os balanços dos bancos de abril a junho apontam que as instituições públicas – muitas vezes sacrificando suas margens em prol da decisão do governo de aquecer a economia – tiveram um avanço maior da carteira de crédito. Caixa (+5,1%) e Banco do Brasil (+3,1%) também conquistaram, proporcionalmente, mais correntistas do que Bradesco (+ 0,8%) e Santander (+2,1%). O Itaú Unibanco não divulga esse dado.
Para o BC, os números da portabilidade de crédito acabam escondendo um movimento maior que pode ter ocorrido desde que os bancos públicos anunciaram redução de taxas. O argumento da autoridade é que muitos devedores podem ter usado de seu poder de barganha para conseguir descontos nas próprias instituições onde tomaram o empréstimo.
O Banco do Brasil sentiu esse efeito. Muitos clientes, ao verem as propagandas do banco com taxas mais baixas do que aquelas que estavam pagando, buscaram renegociar suas dívidas dentro do próprio BB. O volume de renegociações alcançou R$ 16 bilhões, 60% maior do que um ano antes.
(...)
03 julho 2012
Repressão Financeira
Autor: Edward Amadeo
Valor Econômico - 25/06/2012
Edward Amadeo é economista da Gávea Investimentos.
(...)No Brasil, o consumo continua indo bem. O que vai mal são os investimentos, o que parece incrível em um país estável, com bons empresários e rico em recursos escassos. O que pode estar errado?
As crises dos EUA e da Europa contribuem. A apreciação do real também, mas isso só afeta a manufatura, quando a desaceleração é mais disseminada. O último candidato da lista, que não é circunstancial, é o mau estado da infraestrutura, a baixa produtividade do trabalho e os elevados custos de produção.
O governo tem dificuldades para investir em infraestrutura. Faltam recursos devido ao excesso de transferências de renda. Mas há também restrições legais e institucionais, além do vírus da corrupção, contra o qual a presidente tem lutado, mas sem o qual o software do investimento público não roda.
Para lidar com essas restrições o governo insiste na repressão financeira com recursos do Tesouro, do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), subsidiando investimentos via BNDES, a construção civil via Caixa Econômica Federal, e a agricultura via Banco do Brasil. Repressão financeira significa que os poupadores e contribuintes são obrigados a se contentar com uma combinação de retorno e risco determinados pelo governo, que, supostamente sabe onde é melhor investir.
Mas essa opção tem problemas. Primeiro, salvo em casos especiais, é uma forma ineficiente de intermediação financeira e alocação de capital. Segundo, segmenta o mercado de crédito entre os beneficiários do subsídio e a imensa maioria de empresas que se financiam no mercado. Terceiro, atrofia o mercado de capitais. Quarto, afeta a política monetária do Banco Central, elevando a taxa de juros. O resultado prático é que no lugar de incentivar a competição e a inovação com condições isonômicas, o governo privilegia os oligopólios.
Cada vez mais acionados para incentivar o investimento, as desonerações tributárias, a proteção tarifária seletiva e os índices de nacionalização formam um emaranhado de efeitos cruzados que ninguém pode dizer qual o impacto global. O certo é que produzem um sistema de incentivos que faz da eficiência uma meta secundária. Resultado, eles comprometem a eficiência produtiva e elegem beneficiários, ignorando a pluralidade silenciosa de empresas e trabalhadores que pagam o ônus de preços mais elevados e pior qualidade de insumos e equipamentos. Em resumo, os sistemas de financiamento do investimento e de incentivos setoriais são ruins para a distribuição de renda e péssimos para a eficiência e o crescimento econômico.
A fadiga da economia também aparece na combinação de atividade fraca, mercado de trabalho forte e a produtividade em desaceleração, senão caindo. Enquanto o desemprego era alto e havia excedente de recursos humanos, a produção aumentava com a sua absorção. Isso acabou, o desemprego não pode continuar a cair ao ritmo dos últimos anos sob risco de produzir aceleração da inflação ou esmagamento dos lucros.
Produtividade em baixa e salários em alta põem pressão nos custos das empresas. No setor de serviços, protegido da concorrência internacional, o aumento de custos se transmite para os preços. No setor manufatureiro, exposto à competição, não há como repassar os custos, e quem sofre são as margens de lucros. Tanto a inflação quanto o esmagamento de lucros são ruins para o investimento e o crescimento.
Enfim, cristalizou-se entre nós uma forma de induzir o investimento que talvez não esteja dando certo. Há muito para se discutir sobre o sistema de financiamento de longo prazo, as políticas tributárias e tarifárias setoriais, o modelo de investimento em infraestrutura, e os elevados custos de produção.
No final das contas, a pergunta é se iremos revisitar esses temas para desenvolver um modelo que induza os investimentos e a produtividade, ou se iremos simplesmente dobrar a aposta do crédito e do consumo.
28 junho 2012
A contabilidade e seus escritores
Enfim... recebi um e-mail de um leitor que me fez rir um bocado. Agradeço a contribuição e divido o momento "paciência zero" com vocês:
Pérola 1:
"MECANISMO DE DÉBITO E CRÉDITO
Como podemos notar, os fatos contábeis provocam aumentos e diminuições nos componentes patrimoniais. Para melhor entender esse mecanismo, vamos retornar à equação contábil: ATIVO = PASSIVO + PATRIMÔNIO LÍQUIDO.
Ora, se sempre haverá igualdade entre o Ativo e o Passivo + Patrimônio Líquido, podemos também afirmar matematicamente que
ATIVO - (PASSIVO + PATRIMÔNIO LÍQUIDO) = ZERO.
Ou seja: ATIVO - PASSIVO - PATRIMÔNIO LÍQUIDO = ZERO.
Isso nos leva a concluir que o Ativo é o lado dos componentes positivos do patrimônio e o Passivo e Patrimônio Líquido, o lado dos componentes negativos.
[Comentário crítico: Se eu inverter a lógica matemática do amigo, e colocar que Passivo + Pl - Ativo é igual a zero, eu desconstruo o raciocínio do rapaz, né não!?]
Vejamos o exemplo a seguir: (desenho de um balanço patrimonial simples, com caixa e contas a pagar e capital). Sendo o ativo o lado positivo do patrimônio, as suas contas são positivas, isto é, os seus saldos são sempre positivos (denominados devedores). [Comentário crítico: Pronto, deu o nó geral na cabeça dos coleguinhas...] As contas do Passivo e Patrimônio Líquido, por sua vez, são negativas, isto é, seus saldos são sempre negativos (credores)."
Pérola 2:
"Lembre-se: Toda vez que tiver uma despesa, debitar a conta, toda vez que tiver uma receita, creditar a conta!"
[Comentário crítico: Tá, mas e o coleguinha que ler isso e pegar a conta "Despesa de assinatura paga antecipadamente"... ou "Receita antecipada de serviços"?????]
Ordem do dia: Tomem cuidado com os livros que utilizam! E senso crítico é um "must have".
30 maio 2012
Expansão do crédito
Expandir o crédito a 15% neste ano é fácil: basta o governo oferecer financiamentos subsidiados por meio dos bancos públicos, segundo o professor Márcio Garcia, do Departamento de Economia da PUC-Rio. O problema, frisa, é que os benefícios da estratégia podem ser pequenos diante dos custos.
É possível haver expansão de crédito a 15% neste ano?
Crédito é uma coisa fácil de dar, sobretudo se for subsidiado. Dinheiro barato todo mundo quer. Não vejo dificuldade de aumentar os desembolsos. Agora, o que se vai obter é outra questão. Os benefícios são muito pequenos. Os financiamentos do BNDES não aumentam o investimento agregado na economia e, do lado do consumidor, parece que as famílias já estão endividadas. Segundo os dados do Banco Central, o comprometimento médio da renda está em 22% ao mês, um nível já bastante elevado.
O efeito das medidas pode ser pequeno?
Pode não dar resultado para aumentar o consumo. E, se der, esse aumento pode não ser bom. No momento, pode-se resolver o problema de esvaziar os pátios das montadoras mas, em 2013, pode representar uma queda muito maior (nas vendas) por causa da inadimplência. A inadimplência (no crédito para veículos) era 2,49% em 2010 e agora está em 5,33%, segundo os dados do BC. É de preocupar.
A troca por dívidas com juros menores pode aliviar a inadimplência?
Isso é muito importante nos EUA, para imóveis. No Brasil, para trocar a dívida de um banco para outro, os custos de cartório são muito elevados. O governo estaria tomando iniciativas para reduzir esse custo, o que é benéfico. Vai incentivar a competição bancária.
Por que a ampliação do crédito não eleva investimentos?
Porque os entraves à produção no Brasil são muito grandes e se refletem na baixa produtividade e no elevado custo unitário do trabalho. O empresário olha e decide não investir, pois, apesar do dinheiro barato para o capital, no fim das contas, quando for produzir, pelo custo unitário, ele não consegue competir. E quando ele investe, muitas vezes, já tem os recursos. Então o empresário pega o dinheiro do BNDES, que é barato, e usa os recursos próprios para alguma aplicação financeira. Ou seja, o empresário não investe mais do que investiria. Só o dinheiro subsidiado não resolve o problema. A demanda da economia brasileira está fraca. Se aumentar a quantidade de crédito, ajuda, mas não resolve o problema. É como fazer uma transfusão de sangue num paciente que tem um problema maior.
16 maio 2012
Débito e Crédito
Fleury faz provisão de R$ 10 milhões, mas mantém margem - 4 de Maio de 2012 - Valor Econômico - Beth Koike
Observe o leitor o uso da palavra débito no texto. Refere-se a provisão para devedores duvidosos.
16 julho 2011
Consumidores tomam crédito mais caro
Dados do Banco Central mostram aumento superior a 15% na média diária de concessões no cartão de crédito e no cheque especial em maio passado na comparação com dezembro de 2010.No mesmo período, a liberação de novos financiamentos de veículos caiu 17,4%.O crédito pessoal manteve o ritmo de crescimento, mas houve queda na participação dos empréstimos com desconto em folha de pagamento, incluídos pelo Banco Central nessa categoria.
O vice-presidente de Finanças da Caixa, Márcio Percival, disse que o objetivo do crédito mudou: as pessoas não estão se endividando para comprar bens, mas para pagar as despesas do mês. Percival afirma que esse movimento faz parte do ciclo de endividamento e reflete a maneira encontrada pelas famílias com mais dívidas para passar por esse momento de aperto no crédito.
“Não significa que as pessoas vão quebrar. O emprego e a renda continuam crescendo. O problema é quando a riqueza não cresce na mesma proporção que a dívida.” Fernando Blanco, do Instituto para o Desenvolvimento da Cultura do Crédito, diz que a mudança reflete ainda a dificuldade das famílias das classes C/D em lidar com pioras nas condições de crédito.
“Essas pessoas têm nível muito alto de endividamento, e, quando acontece algo, não têm para onde correr.”Ele acrescenta que os bancos ainda não conhecem esse cliente. “É uma relação muito nova, e não há linha pré-aprovada de qualidade para esse atendimento.”
A facilidade de acesso é outra explicação para o aumento no uso do cheque especial e do parcelamento das faturas de cartão. “A primeira coisa que acontece quando há uma restrição de crédito é uma procura por essas linhas pré-aprovadas, de acesso mais rápido”, diz Miguel de Oliveira, da Anefac (associação dos executivos de finanças).
Consignado
Outro problema é a dificuldade de acesso ao consignado, de custo financeiro mais baixo, mas que está concentrado em funcionários públicos e aposentados, que respondem por 85% dessa linha. O consignado chegou a representar 61% dos empréstimos pessoais em dezembro, fatia recorde e que fechou período quase ininterrupto de alta. Em maio, atingiu a menor participação em 15 meses.
Essa desaceleração foi registrada apesar de as medidas de restrição ao crédito e o aumento dos juros desde o fim de 2010 terem afetado menos essa linha.A taxa média de juros de 28,2% ao ano é quase a mesma verificada em dezembro. No crédito pessoal sem desconto em folha, o juro subiu quase dez pontos percentuais no período, para 65,6%.
Fonte: Eduardo Cucolo, Folha de S.Paulo
08 abril 2011
Qui dit crédit dit créance
A música Alors on danse é um sucesso internacional. Por isso, tive a curiosidade ver sua tradução.Pra minha surpresa encotrei isto:
Alors on danse
Qui dit étude dit travail;
Qui dit taf te dit les thunes;
Qui dit argent dit dépenses;
Qui dit crédit dit créance;
Qui dit dette te dit huissier;
Então, vamos dançar; Quem diz estudo; diz trabalho; Quem diz moeda; diz nota; Quem diz dinheiro;diz despesa ;Quem diz crédito, diz débito Quem diz dívida, diz fiscal
Ouça aqui.
10 março 2011
Crédito nos mercados emergentes
A crescimento dos mercados emergentes nos últimos anos é fruto, principalmente, de alto crescimento populacional, vastidão de recursos naturais, entre outros. No entento, o fator primordial para esses mercados é a disponibilidade de crédito. Os países desenvolvidos há muitos anos já possuem acesso a diversas formas de crédito - hipotecas, cartão de crédito, financiamento de veículos etc. Em contraste, o resto do mundo tinha o "caixa" como base da economia. Ou seja, esses países não tinham acesso a diversas formas de crédito antes dos últimos 30 anos.
Se você está em uma economia que tem pouco acesso a crédito, que de repente começa a usar o crédito, haverá um aumento imediato nos gastos - e que irá criar um efeito dominó de expansão. Quando alguém empresta dinheiro, esse dinheiro rapidamente encontra o seu caminho para a economia real. Ao longo do tempo, como o empréstimo tem de ser pago,isso terá um peso gradual na economia durante um período de vários anos ou mais. No entanto, o impacto imediato é invariavelmente positiva. Em qualquer nação onde a maioria do crescimento do PIB é causada pela expansão das empresas locais, como na China e na Índia, o fato de que muitos milhões de pessoas, de repente têm acesso ao crédito quase certamente criará aumentos de dois dígitos no faturamento anual, para muitos setores da economia.
Esta maior taxa de crescimento só pode continuar se o crédito continua a se tornar mais acessível a um segmento crescente da população total. Eventualmente, como no mundo desenvolvido, se chegará um ponto de saturação.
Uma vez que este ponto de saturação é atingido, a expansão de crédito diminui drasticamente. Isso tem o efeito imediato de causar baixas taxas de crescimento econômico. No longo prazo, os empréstimos a serem pagos terão efeito ainda mais negativo sobre a economia, especialmente durante épocas de recessão quando os ativos se tornam menos valiosos, enquanto que os empréstimos não diminuem em magnitude. Em termos relativos, então,a relação entre empréstimo e ativo irá aumentar para grande parte da população.
Embora o impacto do crédito durante uma recessão econômica é quase sempre ignorado pela mídia, é uma questão crítica. Na Índia, a incapacidade de pagar os empréstimos para pequenas empresas, muitas vezes chamado microcrédito ou microcrédito, levou a um desastre crescente em que várias pessoas e até mesmo aldeias inteiras foram forçadas a fechar as portas.
Tal como acontece com todas as formas de empréstimo de dinheiro, pessoal e empresarial são considerados maravilhoso quando a economia está se expandindo. Mas tão logo uma contração real ou potencial, parece provável, as desgraças de pagar o empréstimo durante um momento de estresse fica no centro do palco.
Fonte: Why Investors Need to Reexamine These Emerging Market Myths
07 março 2011
Sivio Santos tem dificuldade de obter crédito
Executivos de primeiro escalão da Jequiti, uma das 43 empresas do Grupo Silvio Santos, passaram boa parte de fevereiro batendo à porta de bancos. O objetivo era conseguir um empréstimo para alongar o perfil de endividamento[1] da fabricante de cosméticos. Até sexta-feira, haviam conseguido 30% do que buscavam. Ainda assim, aceitando pagar juros altos para o porte da companhia (entre 1,40% e 1,90% ao mês) e mudando as garantias oferecidas aos credores: em vez de estoque de produtos, imóveis que pertencem ao Grupo.
Esse caso ilustra as dificuldades que o império do apresentador encontra para se financiar após a crise do Panamericano. Mesmo considerada a "joia da coroa" do Grupo e avaliada em R$ 800 milhões, a Jequiti tem suado para conseguir crédito .
O Estado ouviu sobretudo dois argumentos para explicar a mão mais fechada do que o normal com as empresas do apresentador. O primeiro deles é a falta de governança e transparência no Grupo. "Se o Panamericano, que tem capital aberto e é fiscalizado pelo Banco Central, conseguiu promover uma fraude daquele tamanho, como confiar em empresas de capital fechado?", indaga um banqueiro. O segundo argumento mais citado é uma possível dívida de Silvio com a Receita Federal. Segundo o entendimento de alguns tributaristas, o empresário poderia ser obrigado a pagar até R$ 1 bilhão para o Fisco por causa da maneira como o Panamericano foi salvo.
Levando em conta só as maiores empresas (SBT, Jequiti e a varejista Lojas do Baú), o endividamento total [1] do Grupo supera R$ 600 milhões. Cerca de 60% vencem em até um ano - o que se considera curto prazo.
Fonte: Estadão
[1] O termo correto é passivo
19 novembro 2010
PanAmericano e o atrevimento do Bacen
Os problemas no PanAmericano, especialista em cartões de crédito e crédito consignado e financiamento de automóveis, se tornou público este mês. O banco parece ter vendido empréstimos empacotados para outros bancos, mantendo-os registrados no ativo. Seu diretores foram amplamente substituído. A polícia está investigando o que o banco chama de "inconsistências contábeis".
O texto cita Meirelles, que afirmou que o Banco Central encontrou o problema antes de todos, através de uma verificação de rotina. Uma questão posta pela revista é qual a razão da investigação do mercado de cessão de crédito. Uma possível resposta é a preocupação com a expansão de crédito no Brasil (gráfico)
30 março 2010
Risco de Crédito
O artigo examinou se eventos de default de companhias abertas no Brasil podem ser previstos por um sistema de classificação de risco de crédito baseado em índices econômicofinanceiros. O sistema de classificação desenvolvido utilizou a análise de conglomerados para classificar as empresas em oito classes de risco, das quais sete são destinadas a empresas solventes e uma para empresas insolventes (em default). A variável utilizada para atribuir as classificações de risco às empresas foi a probabilidade de default estimada pelo modelo de risco de crédito desenvolvido por Brito e Assaf Neto (2008). O sistema de classificação de risco atribuiu ratings anuais para as companhias não-financeiras listadas na
BM&FBOVESPA no período entre 1994 e 2006. Com base nesses ratings, foram geradas diversas matrizes de migração de risco anuais e uma consolidada para todo o período analisado. As matrizes de migração geradas evidenciaram a elevação do risco das empresas insolventes previamente ao ano de ocorrência do default. A maior parte dessas empresas foi classificada nas piores classes de risco ou apresentou migrações para ratings inferiores nos
anos que precedem o default. Além disso, as taxas de mortalidade das empresas são crescentes nas classes de risco do sistema. Esses resultados evidenciam que insolvências empresariais podem ser previstas por sistemas de classificação de risco baseados apenas em índices contábeis.
SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO DE RISCO DE CRÉDITO: UMA APLICAÇÃO A COMPANHIAS ABERTAS NO BRASIL - Giovani Antonio Silva Brito; Luiz João Corrar; Alexandre Assaf Neto (USP)
Aqui o artigo completo
11 janeiro 2010
Teste #209
Parece bastante claro que as abordagens sobre a questão padecem de uma enfadonha mesmice, que oblitera do alcance da visão a efetiva possibilidade de que a prática do pagamento de malas brancas venha, sim, caracterizar um crime tributário. Não podemos nos esquecer de que os clubes de futebol são pessoas jurídicas, cuja contabilidade está adstrita a regras tributárias formais. Assim, surge a dúvida: sob qual rubrica os valores que vão rechear a mala branca são sacados? Qual o documento contábil que dá suporte a essa operação? Como isso é escriturado e declarado perante a Receita Federal?
A mala branca - David Rechulski - 30/12/2009 - Jornal da Tarde
O teste de hoje é o seguinte: como seria o lançamento contábil no clube que está pagando a mala branca (incentivo para que jogadores de outros clubes possam ganhar jogos que interessa ao clube)?
Resposta do anterior: Interbrew. Trata-se de um caso estranho. Fonte: Backstory (biased*), Financial Times, 15/12/2009