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04 maio 2016

Calote

O governo Geraldo Alckmin (PSDB) deu um calote de R$ 332,7 milhões na Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) ao deixar de repassar à estatal valores referentes à compensação tarifária para quitar obrigações contratuais com a concessionária privada que opera a Linha 4-Amarela. (...)

O déficit corresponde ao valor que o governo deveria ter pago ao Metrô para cobrir prejuízos de tarifa (...)

O Metrô já havia colocado os R$ 332,7 milhões como contas a receber do governo, seu controlador, no balanço de 2014.

(...) “O descompasso do reajuste das tarifas públicas e da tarifa de remuneração, o pagamento da tarifa de remuneração inclusive dos passageiros gratuitos e a integração livre entre as linhas do Metrô e da CPTM com a Linha 4-Amarela, somados à prioridade de recebimento da receita tarifária pela Concessionária Privada, gera impacto financeiro para as empresas públicas do sistema metroferroviário”, informava o Metrô já no balanço de 2013.

Fonte: Aqui

28 maio 2014

Curso de Contabilidade Básica: Cronologia das Contas a Receber

Além da informação sobre o valor existente em contas a receber ao final de cada período, as empresas também divulgam, para o usuário, informações adicionais sobre esta conta em notas explicativas. Uma das informações mais relevantes é a Cronologia das Contas a Receber ou Aging. Esta cronologia aponta o valor deste ativo que ainda não está vencido e os montantes já vencidos, por data. A análise da cronologia é sempre uma informação útil para saber como está o processo de concessão de crédito e cobrança dos clientes.

Para mostrar a utilidade desta informação, selecionamos a empresa Bardella Indústrias Mecânicas. Esta empresa possui uma receita de R$300 milhões e do seu ativo, contas a receber representa mais de 20%.

A empresa divulgou em notas explicativas os valores da cronologia, mas somente para uma linha, de produtos seriados e serviços. Com base nos números divulgados, elaboramos a tabela a seguir:


Uma forma de analisar mais facilmente os números acima é calcular a percentagem de cada item sobre o total, conforme consta da tabela a seguir:

Esta tabela mostra, de forma mais nítida, a grande variação no contas a receber da empresa. No final de 2010 mais da metade dos valores estavam vencidos. Este é realmente um número muito ruim. Um ano depois, a empresa conseguiu reduzir a quantidade de contas a receber vencidos para 17%. A situação piorou nos últimos dois anos, quando o valor dos títulos vencidos aumentou para 24% e 39% no final de 2012 e 2013, nesta ordem. Chama a atenção o aumento nos valores vencidos até 30 dias, de 15%. É bom lembrar que o cliente que não paga em até 30 dias poderá ser o cliente insolvente nos próximos meses.