1) Efeito limão na Contabilidade Internacional?
2) Hora oficial de Brasília
3) Você não irá precisar guardar documentos por muito tempo
4) Globalização dos toilets
5) Muito Photoshop na modelo (para maiores de 18 anos)
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06 setembro 2008
05 setembro 2008
Japão irá adotar a IFRS
Segundo notícia da Jiji Press (Japan Considers International Accounting Standards, 4/9/2008) o Japão está considerando a possibilidade de adotar as normas internacionais para prevenir que o país fique isolado.
Japan has been working to resolve gaps between Japanese and international standards by 2011, while maintaining its own standards. But the SEC proposal prompted Japanese officials to move away from standards unique to Japan.
There has already been a broad agreement in Japan to get international standards start with consolidated earnings reports.
19 agosto 2008
Educação e IFRS
Talvez o grande destaque da imprensa seja o relatório CVM, Ernest Young e Fipecafi sobre a adoção da IFRS no Brasil. O estudo tem mais de 5 mil folhas (a imprensa informa) e compara 26 temas contábeis relevantes em 50 empresas brasileiras de capital aberto e 50 empresas européias.
Como o volume das notícias é substancial, faço a seguir um resumo de dois aspectos cruciais da notícia:
A dificuldade educacional:
Diante da complexidade do tema, o presidente do Conselho Curador da Fipecafi, Eliseu Martins, coloca a questão educacional como o "grande drama" da migração para as práticas internacionais. "O grande enigma é adquirir o espírito de interpretar e aplicar.
Educação é desafio na migração para padrão internacional
Valor Econômico - 19/08/2008
Os maiores desafios que as empresas brasileiras terão para adaptar seu padrão contábil à lei 11.638 - que aproximará os balanços das companhias locais ao modelo International Financial Reporting Standards (IFRS) - estão relacionados às áreas jurídicas e educacional.
Adequação traz desafio educacional Gazeta Mercantil – 19/08/2008
Pelo lado do desafio educacional, está a dificuldade de formar mão-de-obra especializada. "Embora tenhamos mais de mil instituições de ensino encarregadas de formar bacharéis em ciências contábeis, há poucos profissionais habilitados ao ensino em normas internacionais", explica Nelson Carvalho, presidente do conselho consultivo do International Accounting Standard Board (IASB), órgão responsável pelo preparo e emissão de normas contábeis no mundo todo.
Adequação traz desafio educacional Gazeta Mercantil – 19/08/2008
Já no que diz respeito às dificuldades de adaptação pela ponta jurídica, ela deve ocorrer pelas mudanças filosóficas que o IFRS embute. "As normas não contêm pisos ou tetos, não se prendem aos números, mas sim a juízos de valor, interpretação", compara Carvalho.
É justamente por tentar fazer refletir nos balanços das companhias a realidade das transações por seu princípio econômico - deixando de lado a forma jurídica em que foi concebida - que a chegada do novo modelo deve trazer ao País muitos embates com advogados e mesmo juizes. "Temos no Brasil a tradição de uma legislação societária muito apegada ao legalismo, por isso sempre houve muita expectativa em relação às mudanças que serão incorporadas pelo IFRS", afirma a presidente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Maria Helena Santana.
Adequação traz desafio educacional Gazeta Mercantil – 19/08/2008
Segundo ele [Nelson Carvalho], o Ministério da Educação informa a existência de mais de 1,2 mil instituições que lecionam contabilidade, porém o número de docentes aptos a ensinar a contabilidade internacional não passa de 20.
Educação é desafio na migração para padrão internacional
Valor Econômico - 19/08/2008
Sem dúvida nenhuma, a questão educacional é importante. Mas será que não está sendo valorizada demais? Afirmar que só existem 20 pessoas no Brasil aptas a ensinar contabilidade internacional é muito questionável.
Não existiria nesta questão um conflito de interesses?
Como o volume das notícias é substancial, faço a seguir um resumo de dois aspectos cruciais da notícia:
A dificuldade educacional:
Diante da complexidade do tema, o presidente do Conselho Curador da Fipecafi, Eliseu Martins, coloca a questão educacional como o "grande drama" da migração para as práticas internacionais. "O grande enigma é adquirir o espírito de interpretar e aplicar.
Educação é desafio na migração para padrão internacional
Valor Econômico - 19/08/2008
Os maiores desafios que as empresas brasileiras terão para adaptar seu padrão contábil à lei 11.638 - que aproximará os balanços das companhias locais ao modelo International Financial Reporting Standards (IFRS) - estão relacionados às áreas jurídicas e educacional.
Adequação traz desafio educacional Gazeta Mercantil – 19/08/2008
Pelo lado do desafio educacional, está a dificuldade de formar mão-de-obra especializada. "Embora tenhamos mais de mil instituições de ensino encarregadas de formar bacharéis em ciências contábeis, há poucos profissionais habilitados ao ensino em normas internacionais", explica Nelson Carvalho, presidente do conselho consultivo do International Accounting Standard Board (IASB), órgão responsável pelo preparo e emissão de normas contábeis no mundo todo.
Adequação traz desafio educacional Gazeta Mercantil – 19/08/2008
Já no que diz respeito às dificuldades de adaptação pela ponta jurídica, ela deve ocorrer pelas mudanças filosóficas que o IFRS embute. "As normas não contêm pisos ou tetos, não se prendem aos números, mas sim a juízos de valor, interpretação", compara Carvalho.
É justamente por tentar fazer refletir nos balanços das companhias a realidade das transações por seu princípio econômico - deixando de lado a forma jurídica em que foi concebida - que a chegada do novo modelo deve trazer ao País muitos embates com advogados e mesmo juizes. "Temos no Brasil a tradição de uma legislação societária muito apegada ao legalismo, por isso sempre houve muita expectativa em relação às mudanças que serão incorporadas pelo IFRS", afirma a presidente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Maria Helena Santana.
Adequação traz desafio educacional Gazeta Mercantil – 19/08/2008
Segundo ele [Nelson Carvalho], o Ministério da Educação informa a existência de mais de 1,2 mil instituições que lecionam contabilidade, porém o número de docentes aptos a ensinar a contabilidade internacional não passa de 20.
Educação é desafio na migração para padrão internacional
Valor Econômico - 19/08/2008
Sem dúvida nenhuma, a questão educacional é importante. Mas será que não está sendo valorizada demais? Afirmar que só existem 20 pessoas no Brasil aptas a ensinar contabilidade internacional é muito questionável.
Não existiria nesta questão um conflito de interesses?
30 julho 2008
Links
1) Dissertação de Tiago sobre educação em contabilidade internacional
2) Novo número da RCO com artigo sobre Custo Perdido
3) A tinta invisível usada na planilha fraudulenta. Hilário (vide link anterior)
4)Kleber: A history of violence (sobre futebol e Palmeiras)
5) Blog sobre Departamento de Pessoal
6) Bolsa Família: um novo momento
2) Novo número da RCO com artigo sobre Custo Perdido
3) A tinta invisível usada na planilha fraudulenta. Hilário (vide link anterior)
4)Kleber: A history of violence (sobre futebol e Palmeiras)
5) Blog sobre Departamento de Pessoal
6) Bolsa Família: um novo momento
23 julho 2008
Links de Contabilidade Internacional
O blog IFRS apresenta um conjunto de material muito interessante. Aqui uma listagem dos mais recentes:
1) IAS sobre impostos
2) Contratos de construção pelo Iasb
3) Estudo de caso da contabilidade internacional – Marco Pólo
1) IAS sobre impostos
2) Contratos de construção pelo Iasb
3) Estudo de caso da contabilidade internacional – Marco Pólo
14 julho 2008
Derivativos
Sobre a NIC 39 (Derivativos), um texto do jornal Vida Económica de Portugal (Derivados do MIBEL: Implicações contabilísticas, Patrícia Teixeira Lopes, 11 de julho de 2008)
O mercado de derivados do Mercado Ibérico de Electricidade (MIBEL), em funcionamento desde Junho de 2006, proporciona aos agentes económicos portugueses e espanhóis a possibilidade de negociação de futuros de electricidade, respondendo nomeadamente às necessidades de cobertura de risco de variação de preço da electricidade. A utilização de contratos de futuros está sujeita a regras contabi- lísticas específicas com implicações no Balanço e nas demais Demonstrações financeiras que importa conhecer. Como é sabido, desde 2005, as empresas cotadas do espaço europeu devem usar as Normas Internacionais de Contabilidade (NIC) na elaboração das suas contas consolidadas. No âmbito das NIC, a NIC 39 contém os princípios e regras contabilísticas para os instrumentos financeiros, em geral, e para os derivados, em particular. Este artigo apresenta as questões primordiais levantadas pela NIC 39, particularmente no que se refere aos futuros de electricidade.
A primeira questão refere-se à aplicabilidade da NIC 39 a derivados sobre itens não financeiros (como é o caso da electricidade). Ora, a NIC 39 aplica-se a contratos de compra ou venda de itens não financei- ros, se o contrato puder ser liquidado financeiramente. Este é o caso de todos os contratos de futuros do MIBEL. Refira-se, contudo, que a NIC 39 permite uma excepção de aplicação a contratos cujo objectivo específico seja o recebimento ou a entrega do item não financeiro de acordo com as necessidades esperadas de compra ou venda da empresa. A qualificação para esta excepção exige, no entanto, que sejam cumpridos critérios muito rígidos: os contratos têm de ser designados como de “uso próprio” desde o início; os contratos têm de ser levados até à entrega física; e a empresa não tem prática de liquidar financeiramente contratos similares. Conclui-se, portanto, que a adopção da excepção de adopção das regras contabilísticas da NIC 39 em futuros não financeiros negociados em bolsa exige uma avaliação casuística, sendo de prever grande dificuldade no cumprimento dos requisitos rígidos da Norma. Prevê-se, assim, que as regras de contabilização de derivados da NIC 39 afectem a maioria das empresas envolvidas com futuros de electricidade.
A NIC 39 exige, como regra geral, que todos os derivados sejam medidos ao justo valor e que as variações do justo valor sejam imediatamente reconhecidas em resultados, provocando oscilações eventualmente não desejadas no valor patrimonial das empresas. Contudo, a NIC 39 também possibilita a chamada contabilidade de cobertura para determinadas estratégias de cobertura de risco. A contabilidade de cobertura apresenta a grande vantagem de mitigar o impacte da adopção de derivados na Demonstração dos Resultados, através do balanceamento entre o reconhecimento dos ganhos e perdas do derivado e dos itens cobertos. A contabilidade de cobertura permite ultrapassar o tratamento contabilístico normal da NIC 39 associado a acréscimo de volatilidade nos resultados. A aplicação das regras da contabilidade de cobertura exige que as transacções cumpram critérios rigorosos, designadamente ao nível dos graus de eficácia da cobertura, definidos na NIC 39. No entanto, quando a cobertura é efectuada através de futuros padronizados transaccionados em bolsa, como é o caso dos futuros de electricidade do MIBEL, o cumprimento das regras de contabilidade de cobertura da NIC 39 é relativamente simples e directo.
A NIC 39 classifica as relações de cobertura em três tipos, dois dos quais são directamente relevantes para derivados não financeiros: a cobertura de justo valor e a cobertura de fluxos de caixa. A cobertura de justo valor aplica-se a coberturas de exposições a alterações no justo valor de activos ou passivos reconhecidos ou a compromissos firmes e a cobertura de fluxos de caixa aplica-se a coberturas de exposições a variações nos fluxos de caixa de um activo ou de um passivo ou de uma transacção futura prevista. No primeiro tipo de cobertura, as variações no justo valor do derivado e as variações simétricas do justo valor do item coberto são reconhecidas nos resultados, significando que o impacte líquido no resultado é praticamente nulo. Na cobertura de fluxos de caixa, o ganho ou a perda do derivado é reconhecido no Capital próprio, não tendo impacte imediato no resultado. Este montante é reclassificado para o resultado apenas quando a transacção antecipada afectar igualmente o resultado.
Como vimos, a NIC 39 impõe regras específicas para contabilização de derivados, nomeadamente de derivados para cobertura de risco. Quanto às implicações para os utilizadores de derivados de electricidade, a utilização de futuros para cobertura de risco de preço da electricidade não terá impactes de importância relevante nos resultados. As regras de contabilidade de cobertura mitigam a volatilidade nos resultados quando existam posições simétricas, de forma a que a volatilidade do resultado reflicta apenas volatilidade real. Os derivados são instrumentos de gestão de risco muito úteis e têm “apoio” da contabilidade.
05 julho 2008
Critica a adoção do IFRS pelos Estados Unidos
No NY Times uma reportagem (Accounting Plan Would Allow Use of Foreign Rules, Stephen Labaton, 05/07/2008) sobre as críticas a adoção do IFRS pelos Estados Unidos. É interessante ler os argumentos para sabermos exatamente o que significa a convergência.
Num primeiro momento, a preocupação de que a adoção da IFRS significa deixar de lado as normas surgidas após o colapso da Enron para proteger os investidores:
But critics say the changes appear to be a last-ditch push by appointees of President Bush to dilute securities rules passed after the collapse of Enron and other large companies — measures that were meant to forestall accounting gimmicks and corrupt practices that led to those corporate failures.
Outro aspecto destacado pelos críticos é que os reguladores estrangeiros estão fora da alçada do Congresso:
Foreign regulators are beyond the reach of Congress, which oversees American securities regulation through confirmation proceedings, enforcement hearings and approval of the Securities and Exchange Commission’s budget.
Além disso, as regras internacionais significam que os resultados das empresas serão melhores (vide aqui post sobre o assunto):
The commission is preparing a timetable that will permit American companies to shift to the international rules, which are set by a foreign organization and give companies greater latitude in reporting earnings. Companies that have used both domestic and overseas rules have, on average, been able to report revenues and earnings that were 6 percent to 8 percent higher under the international standards, according to accounting experts.
Outro aspecto citado é que as normas internacionais são piores que as estadunidenses em certos itens:
Though foreign accounting standards are stronger in some ways than American accounting principles, they are weaker in some important areas. They enable companies, for example, to provide fewer details about mortgage-backed securities, derivatives and other financial instruments at the center of today’s housing crisis and that have troubled many Wall Street firms, including Bear Stearns.
As normas internacionais são, segundo Cox, uma terceirização das normas contábeis:
James D. Cox, a securities law expert at Duke Law School who returned this week from teaching corporate law in Europe, said the shift to international rules amounted to “outsourcing safety standards.”
O texto também comenta que a adoção das normas reflete a necessidade de aumento de investimento estrangeiro nos Estados Unidos:
Officials say the proposed changes reflect the decades-long push toward global markets. They say the changes are necessary to attract capital from abroad and will protect Americans as they increasingly look to invest overseas. In the decade ending last November, American holdings of foreign stock increased to $4.3 trillion from $1.2 trillion.
O presidente da SEC argumenta que no mercado financeiro atual é impossível a SEC trabalhar sem uma estratégia global:
In a speech earlier this year, Christopher Cox, the agency’s chairman, said that working on the transition to international accounting standards and reaching enforcement agreements with foreign countries like the Australians were two of the most important items on his agenda as his term comes to a close.
As empresas de auditoria lembram da duplicação onerosa de regras contábeis (confirmando minha hipótese que são as grandes interessadas na convergência):
Industry groups have pushed for many of the changes. Large international accounting firms, for example, have complained that the emergence of a new generation of American and foreign regulators inspecting them has led to onerous duplication.
O texto afirma que as agências reguladoras estrangeiras são, historicamente, menos agressivas que as estadunidenses:
But the track record of foreign enforcement authorities indicates that they are generally less aggressive than their counterparts in the United States, and that even the most vigorous ones bring fewer cases and impose significantly lower penalties.
Num primeiro momento, a preocupação de que a adoção da IFRS significa deixar de lado as normas surgidas após o colapso da Enron para proteger os investidores:
But critics say the changes appear to be a last-ditch push by appointees of President Bush to dilute securities rules passed after the collapse of Enron and other large companies — measures that were meant to forestall accounting gimmicks and corrupt practices that led to those corporate failures.
Outro aspecto destacado pelos críticos é que os reguladores estrangeiros estão fora da alçada do Congresso:
Foreign regulators are beyond the reach of Congress, which oversees American securities regulation through confirmation proceedings, enforcement hearings and approval of the Securities and Exchange Commission’s budget.
Além disso, as regras internacionais significam que os resultados das empresas serão melhores (vide aqui post sobre o assunto):
The commission is preparing a timetable that will permit American companies to shift to the international rules, which are set by a foreign organization and give companies greater latitude in reporting earnings. Companies that have used both domestic and overseas rules have, on average, been able to report revenues and earnings that were 6 percent to 8 percent higher under the international standards, according to accounting experts.
Outro aspecto citado é que as normas internacionais são piores que as estadunidenses em certos itens:
Though foreign accounting standards are stronger in some ways than American accounting principles, they are weaker in some important areas. They enable companies, for example, to provide fewer details about mortgage-backed securities, derivatives and other financial instruments at the center of today’s housing crisis and that have troubled many Wall Street firms, including Bear Stearns.
As normas internacionais são, segundo Cox, uma terceirização das normas contábeis:
James D. Cox, a securities law expert at Duke Law School who returned this week from teaching corporate law in Europe, said the shift to international rules amounted to “outsourcing safety standards.”
O texto também comenta que a adoção das normas reflete a necessidade de aumento de investimento estrangeiro nos Estados Unidos:
Officials say the proposed changes reflect the decades-long push toward global markets. They say the changes are necessary to attract capital from abroad and will protect Americans as they increasingly look to invest overseas. In the decade ending last November, American holdings of foreign stock increased to $4.3 trillion from $1.2 trillion.
O presidente da SEC argumenta que no mercado financeiro atual é impossível a SEC trabalhar sem uma estratégia global:
In a speech earlier this year, Christopher Cox, the agency’s chairman, said that working on the transition to international accounting standards and reaching enforcement agreements with foreign countries like the Australians were two of the most important items on his agenda as his term comes to a close.
As empresas de auditoria lembram da duplicação onerosa de regras contábeis (confirmando minha hipótese que são as grandes interessadas na convergência):
Industry groups have pushed for many of the changes. Large international accounting firms, for example, have complained that the emergence of a new generation of American and foreign regulators inspecting them has led to onerous duplication.
O texto afirma que as agências reguladoras estrangeiras são, historicamente, menos agressivas que as estadunidenses:
But the track record of foreign enforcement authorities indicates that they are generally less aggressive than their counterparts in the United States, and that even the most vigorous ones bring fewer cases and impose significantly lower penalties.
26 março 2008
Iasb e EUA
No Financial Times, um texto de Jennifer Hughes sobre o Iasb e os Estados Unidos (A single standard for the world?, 25/3/2008). Enquanto a Europa levou três anos para implantar as regras internacionais do Iasb, a questão é saber em quanto tempo isto acontecerá com o país mais rico do mundo.
Segundo o texto, a grande questão não é "se" mas "quando".
Expectations are that the US will look to the EU to learn from its experiences.
"Europe didn't happen until the Commission set a date and the same will be true of the US," says Will Rainey, global head of IFRS at Ernst & Young, who thinks the US will have a headstart on the EU, which had to cope with many languages and wildly varying standards and training.
"US GAAP is much more mature and developed than (were) a lot of local European GAAPs," he says. "A lot of its principles are already similar to those in IFRS so US accounting will experience relatively minor tweaks rather than a complete overhaul."
The US should also benefit greatly from the existing IFRS experience elsewhere. More than 100 countries - including Japan, Canada and China - are now using or adopting IFRS.
Iasb e as barreiras
Segundo o Financial Times (Barriers fall as new world order fast emerges, Robert Bruce, 25/3/2008 -Surveys ICA1 -Page 2), as barreiras da verdadeira linguagem global contábil estão caindo.
Um dos desafios é manter a independência do Iasb, segundo o texto:
"The key question now is the next steps," says Mr Veron. "Will the IASB stay true and go for the highest quality standards, and not go for political compromises?"
02 março 2008
Iasb e o Valor Justo
O Iasb está propondo uma discussão sobre a mensuração do valor justo (aqui). A proposta deverá ser concluída em 2010. Atualmente as normas internacionais de contabilidade exigem que alguns ativos, passivos e instrumentos financeiros sejam mensurados pelo valor justo. Entretanto, esta norma já tem alguns anos e o Board decidiu unificar e esclarecer certos itens. As normas estão dispersas e não são consistentes, conforme o próprio Iasb afirma. A proposta envolve, portanto, unificar as normas, mas também melhorar a definição de valor justo.
21 janeiro 2008
O Impacto da adoção do IFRS no Canadá
“No entanto, para conseguir que a maioria dos países concorde com a sua estrutura, o IFRS foi construído usando uma abordagem de menor denominador-comum. Em outras palavras, a menos das extenuantes exigências contábeis em cada área específica foi frequentemente selecionadas para garantir aceitação. Por conseguinte, deixa-se muito em aberto a interpretação e os executivos têm de assumir muitas hipóteses para preencher os buracos.”
IFRS accounting will make analysis tricky; Revenue, asset values will have new meanings - Al & Mark Rosen - Financial Post – 17/01/2008
Clique aqui
O texto faz uma série de críticas pela adoção da IFRS em relação às normas atuais do Canadá. Um exemplo é o reconhecimento da receita, que o autor considera “deficiente” e que “requer melhorias”.
Na primeira parte do texto (New accounting standards leave too much to chance; Vague wording means loopholes won't be closed, Financial Post, 16/01/2008) o autor destaca os benefícios da contabilidade internacional.
14 dezembro 2007
IFRS ou US GAAP
Um painel nos Estados Unidos discutiu sobre a adoção ou não do IFRS. Um dos painelistas deixou claro que a decisão irá depender de cada caso. Uma empresa como a IBM, multinacional com atuação de muitos países, possui mais vantagens em usar o IFRS do que uma empresa com atuação restrita aos Estados Unidos.
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30 novembro 2007
Contabilidade no Japão
A The Economist de ontem traz uma série de reportagens sobre o Japão. Numa delas, destaca a contabilidade japonesa e as mudanças recentes:
"As regras contábeis estão mudando, forçando as empresas a fazer demonstrações consolidadas e evidenciar o fluxo de caixa e a mostra o desempenho das subsidiárias. Outra regre que mudou é a exigência das empresas em listas os ativos a valor de mercado". As mudanças são consideradas drásticas por um analista.
Clique aqui para ler
"As regras contábeis estão mudando, forçando as empresas a fazer demonstrações consolidadas e evidenciar o fluxo de caixa e a mostra o desempenho das subsidiárias. Outra regre que mudou é a exigência das empresas em listas os ativos a valor de mercado". As mudanças são consideradas drásticas por um analista.
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20 novembro 2007
Frases
Duas frases revelam os dois lados da recente medida norte-americana de retirar a exigência de conciliação das normas internacionais para o Fasb, de empresas estrangeiras que negociam ações no mercado daquele país:
"Christmas has come early. This will save companies an awful lot of hassle", John Cridland, deputy director-general of the Confederation of British Industry.
"Until genuine convergence is achieved, we harbour serious reservations about allowing US registrants to choose between IFRS and US Gaap reporting." Jack Ciesielski do Investors Technical Advisory Committee (ITAC)
Fonte: US watchdog scraps need for two sets of accounts, Jeremy Grant e Jennifer Hughes, Financial Times, 16/11/2007
"Christmas has come early. This will save companies an awful lot of hassle", John Cridland, deputy director-general of the Confederation of British Industry.
"Until genuine convergence is achieved, we harbour serious reservations about allowing US registrants to choose between IFRS and US Gaap reporting." Jack Ciesielski do Investors Technical Advisory Committee (ITAC)
Fonte: US watchdog scraps need for two sets of accounts, Jeremy Grant e Jennifer Hughes, Financial Times, 16/11/2007
19 novembro 2007
Normas internacionais
A adoção das normas internacionais ainda possui resistências nos Estados Unidos. Reportagem do Wall Street Journal destaca a decisão da SEC de não mais exigir a reconciliação com as normas norte-americanas de empresas estrangeiras com ações listadas no mercado dos EUA. Isto seria o primeiro passo para que as próprias empresas norte-americanas passem a adotar as normas internacionais, abandonando os US GAAP (normas de contabilidade dos Estados Unidos). Isto poderia simplificar a vida do investidor. Mas alguns problemas permanecem, em virtude das diferenças dos países, conforme destaca o texto:
Corporate News: Global accounting effort advances --- U.S. loosens a rule on foreign firms; challenges remain
David Reilly and Kara Scannell
The Wall Street Journal Asia - 19/11/2007 - p 5
But even as the drive toward a global standard gains steam, potential problems loom. While markets are global, individual countries and regions differ on whether they should operate to benefit investors, companies or in some cases governments.
That could ultimately undermine a single set of standards if countries and regions take different approaches to formulating and applying the rules. A thicket of different interpretations could make a single set of rules unreliable for investors. That is why some critics say it is too early to move in this direction.
(...)
Some commissioners still worry it is too soon for a complete embrace of international rules. "If there is wide latitude . . . investors will not only lose confidence in the reliability of financial statements but also will lose the consistency that U.S. GAAP provides," Commissioner Annette Nazareth said.
Despite the growing connections among international markets, countries and regions still differ sharply in who those markets are intended to serve first. In the U.S. and the U.K., markets are generally investor-driven. Financial statements, and the rules that govern them, are designed with investors' needs generally taking priority over those of companies and auditors.
Elsewhere in Europe, investors' needs often take a back seat to corporate or political goals. In China, meanwhile, companies, markets and investors are all subservient to the needs of the ruling Communist Party.
"I think you could have one set of standards, but given the differences in countries' institutions and perceptions and views the implementation is going to be different and the enforcement is going to be different," said Teri Lombardi Yohn, an associate professor of accounting at Indiana University who testified last month at a Senate subcommittee hearing on international standards.
Proponents of a single, global accounting system say sufficient protections could assure that the body that crafts international rules, the IASB, is buffered from political interference.
Separately, the SEC voted to propose overhauling offering documents, or prospectuses, issued by mutual-fund companies.
SEC e IFRS
A grande notícia da semana passada foi a possibilidade de empresas estrangeiras com ações negociadas no mercado norte-americano apresentar demonstrações contábeis segundo normas do IFRS (normas internacionais de contabilidade editadas pelo Iasb) sem a reconciliação com o US GAAP (normas norte-americadas de contabilidade). Esta notícia é um incentivo para o reconhecimento do IFRS como padrão para as normas internacionais mundiais. A seguir, uma notícia que resume este fato:
Contabilidade - SEC aceita IFRS como padrão para empresa de fora dos EUA
Gazeta Mercantil - 19/11/2007
São Paulo, 19 de Novembro de 2007 - A Securities and Exchange Commission (SEC, a comissão de valores mobiliários dos EUA) aprovou na semana passada que empresas não americanas com papéis listados nas bolsas do país passem a publicar seus demonstrativos financeiros seguindo as diretrizes das International Financial Reporting Standards (IFRS), sem a necessidade de reconciliação para o US GAAP.
Em comunicado, o órgão regulador explicou 2/3 dos investidores privados dos EUA detêm papéis de companhias de fora do país. "O objetivo é encorajar o uso das normas editadas pelo Iasb (International Accounting Standards Board, órgão responsável pela emissão das normas IFRS) no lugar de uma série de modelos diferentes em cada país", diz no comunicado Christopher Cox, presidente do conselho da SEC.
Ainda de acordo com o documento, a grande maioria das empresas estrangeiras investidas usam o IFRS, padrão já abraçado por 107 países ao redor do mundo. A decisão já vale para demonstrações financeiras das companhias relativas ao exercício de 2007. Adicionalmente, a SEC que também fará consultas públicas em dezembro para colher opiniões sobre a proposta de permitir que as empresas norte-americanas também possam trocar o US Gaap pelo IFRS.
No Brasil
O assunto vem sendo acompanhado de perto pelas 34 empresas brasileiras com American Depositary Receipts (ADR) negociados nas bolsas de Wall Street, hoje obrigadas a usar o US Gaap. Segundo especialistas consultados por este jornal, a tendência é que elas migrem para o IFRS. Isso porque muitas delas já têm que apresentar suas demonstrações contábeis nesse modelo porque têm subsidiárias em países onde o IFRS é padrão. É o caso da Vale do Rio Doce, dona da canadense Inco, e da Gerdau, dona da Sidenor da Espanha. "É fácil prever que as empresas vão querer reduzir custos e optar pelo mais prático", diz Eliseu Martins, da Fipecafi.
A Gerdau já se antecipou e, no mês passado, tornou-se a primeira empresa do País a usar o IFRS como padrão contábil internacional. Outras gigantes, como Itaú e Petrobras, já estão em processo adiantado de migração para esse modelo. De acordo com Martins, decisões recentes das autoridades regulatórias brasileiras vão acelerar a migração. Em julho, a CVM aprovou uma instrução tornando o IFRS como padrão obrigatório para relatórios contábeis das empresas abertas do País a partir do exercício de 2010.
Além disso, tramita no Congresso Nacional um projeto de lei que propõe tornar o IFRS como padrão brasileiro para todas as empresas. Nesta semana, o texto chega ao Senado, onde deve ser votado até janeiro de 2008, segundo previsão do relator do projeto na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, deputado Carlos William (PTC-MG).
(Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados - Pág. 3)(Aluísio Alves)
16 novembro 2007
SEC e Normas internacionais
Atualmente os Estados Unidos exigem das empresas que publicam demonstrações contábeis pelas normas do Iasb que façam uma conciliação com a normas norte-americanas. Notícia divulgada dia 15 de novembro informa a decisão da SEC de permitir que as empresas adotem as normas internacionais sem esta exigência (fonte: aqui).
Nesta mesma data o Iasb parabeniza a decisão da SEC e lembra que esta decisão acompanha decisões idênticas da Comunidade Européia, Austrália, Hong Kong, África do Sul, Canadá, Índia, Coréia, Japão e China. O Brasil também é citado no comunicado: "No Brasil empresas abertas terão que usar as IFRSs em 2010" (Clique aqui para ler o comunicado)
Nesta mesma data o Iasb parabeniza a decisão da SEC e lembra que esta decisão acompanha decisões idênticas da Comunidade Européia, Austrália, Hong Kong, África do Sul, Canadá, Índia, Coréia, Japão e China. O Brasil também é citado no comunicado: "No Brasil empresas abertas terão que usar as IFRSs em 2010" (Clique aqui para ler o comunicado)
26 outubro 2007
Passos necessários para a convergência
Trechos de um artigo sobre convergência contábil:
Vital steps on the road to common global standards.
IAN MACKINTOSH - chairman of the UK's Accounting Standards Board
Financial Times 25/10/2007 - Asia Ed1 - Page 19
(...) Whatever the conflicting views on certain aspects of certain standards, the overriding long-term benefits of convergence have not changed. They include comparability of company performance across borders, reduced compliance costs and the abolition of reconciliations. (...)
But equivalence without a proper basis in financial reporting has dangers. Do the investors really understand the financial position and performance of the capital seeker? Will they receive relevant and reliable information in years to come?
These are dangers that will exist as long as equivalence is accepted and could to a large extent be mitigated by making the vision of a single set of standards real.
(...) But this is a caricature of the debate. History and culture count for a lot and have polarised the debate.
No-one knows all the right answers and it would be better to approach the issues in the spirit of resolving differences rather than defending the status quo.
Differences need to be tackled in an objective way. Participants in the debate should understand the traditions that shape the opinion of others and all points of view need to be considered in a mutually respectful way.
The hard work and determination of the IASB and others is starting to bear fruit. The vision of a single set of high-quality global standards looks achievable, albeit with a lot more work and debate to come. It would be a shame if we let the scale of the task overwhelm the enormity of what we can achieve.
12 setembro 2007
A Revolução Contábil
A contabilidade tem sido constantemente considerada uma área conservadora. Os contadores são conservadores, talvez pela busca pela retidão, pelo que diz as regras e a ciência. Mas talvez hoje esta idéia seja equivocada. Talvez sejamos revolucionários, como chamou a atenção Jennifer Hughes, numa reportagem do Financial Times (Blueprint of change fosters revolution, 10/09/2007). A adoção das normas internacionais, que representam um grupo de normas focada no investidor, traz uma mudança brusca para alguns países, como a França e a Alemanha, países citados na reportagem. Imagine no Brasil. Em outro texto, a mesma Jennifer Hughes, também no mesmo Financial Times (Fast adoption raises hopes of happy families, 10/09/2007) chama atenção para rapidez com que as regras do Iasb têm sido adotadas por diversos países (seriam agora mais de cem países no momento, incluindo líderes). Finalmente, Bruce destaca a questão das pequenas empresas neste processo. Todos os artigos estão reproduzidos a seguir.
Contabilidade internacional 02
FT REPORT - INTERNATIONAL ACCOUNTANCY
Fast adoption raises hopes of happy families.
By JENNIFER HUGHES
Financial Times - 10/09/2007
Surveys IAC1
Page 2
Who would have thought it? Just two years ago international financial reporting standards were introduced in Europe. Now the list of countries adopting the standards set out by the International Accounting Standards Board (IASB) is growing at an ever-quicker pace.
Japan, Canada, South Korea and India are committed to moving towards IFRS, joining a list that is now more than 100 members long.
Even the US, by far the largest capital market, is moving towards reconciling IFRS accounts with US GAAP.
"What has taken off faster than any of us realised is the way IFRS has gone round the world - the pace of this is staggering," says Ken Wild, global leader of IFRS at Deloitte. "The US is saying it will accept these accounts and this is a major step forward and a huge credit to the success the IASB has achieved."
Mary Tokar, head of IFRS at KPMG, puts the tipping point for IFRS adoption as some time after 2005. "If adoption in 2005 had created turmoil and disturbance, then the European financial community would have dealt with it and moved forward, but IFRS probably would have become a European standard. IFRS reached a tipping point once it became clear that 2005 adoption had gone well," she says
Ms Tokar says the network's firms have taken to dividing IFRS countries roughly into "Wave One" and "Wave Two" for ease of communication. "Wave One are the anchors - the EU, South Africa and Australia. Wave Two are on their way and they're fuelling the current momentum," she says.
"What has become indisputable is that we've moved past the argument about whether IFRS is the right system or not, it's now all about what should be in the standards," she adds. "Wherever you go in global financial markets and you come across a local accounting system, you now ask how this is different to IFRS because this system has become the global standard."
With the standards seemingly firmly established, much attention is focusing on the US with speculation as to whether, after completing reconciliation, the US Securities and Exchange Commission (SEC) will then turn its attention towards allowing US companies to adopt IFRS.
"If the SEC is going to allow foreign private issuers not to reconcile, it would seem an entirely logical step, if you're going to create a level playing field, to allow US companies to use IFRS," says Will Rainey, global head of IFRS at Ernst & Young. "US companies have been looking at the opportunity given by IFRS to have just one language with all the cost savings and efficiencies that could involve."
Tom Jones, vice-chairman of the IASB, says interest in his availability for speeches and debates in the US has stepped up noticeably in recent months.
"The disadvantage overseas companies face in keeping two sets of books today - one IFRS and one US GAAP - will become a disadvantage for US companies operating elsewhere," he says. "There's an enormous cost to companies of keeping different accounting systems in different countries and not only that, but there is also the risk of more errors and confusion."
In addition to the growing global use of IFRS, which is beginning to isolate the US system, US companies' interest seems to be a combination of more local factors, including dissatisfaction with the immensely complex US accounting rules and lingering doubts in the system's quality - post-Enron - which were not helped by the more recent share options backdating scandal.
But a US move to IFRS is not without its own problems.
Since the Norwalk Agreement in 2002, the IASB and its US counterpart, the Financial Accounting Standards Board (FASB), have been working together on making the two sets of accounts compatible and to co-ordinate work on new standards in the future.
This collaboration is bearing fruit, in the form of standards such as IFRS 8 for the reporting of business segments, which is heavily based on the existing US standard. But this one example has met with a storm of protest in Europe and among the many criticisms is a perennial favourite: the fear that the IASB is unduly influenced by FASB and that the IFRS-using world will end up converging nearer America than the other way round.
"I think the IASB hasn't really created general consensus among stakeholders on the convergence process," says Nicholas Veron, research fellow at the Bruegel Institute. "The Norwalk Agreement was quite consensual, but what has been less solid was the 2006 agreement, which set a very demanding timetable for convergence projects. This has dominated the IASB's agenda since then but has been subject to very little consultation."
The IASB is moving to include a broader range of input from those outside the standard-setting community and says it is actively encouraging more participation in its consultations, particularly from the users of statements. Recently, it appointed Stephen Cooper, analyst at UBS and a member of the corporate reporting users forum, as a part-time board member.
There is certainly a growing sense of momentum behind the adoption of IFRS around the world, but as the ever-heated US debate shows, it is not yet a done deal.
Fast adoption raises hopes of happy families.
By JENNIFER HUGHES
Financial Times - 10/09/2007
Surveys IAC1
Page 2
Who would have thought it? Just two years ago international financial reporting standards were introduced in Europe. Now the list of countries adopting the standards set out by the International Accounting Standards Board (IASB) is growing at an ever-quicker pace.
Japan, Canada, South Korea and India are committed to moving towards IFRS, joining a list that is now more than 100 members long.
Even the US, by far the largest capital market, is moving towards reconciling IFRS accounts with US GAAP.
"What has taken off faster than any of us realised is the way IFRS has gone round the world - the pace of this is staggering," says Ken Wild, global leader of IFRS at Deloitte. "The US is saying it will accept these accounts and this is a major step forward and a huge credit to the success the IASB has achieved."
Mary Tokar, head of IFRS at KPMG, puts the tipping point for IFRS adoption as some time after 2005. "If adoption in 2005 had created turmoil and disturbance, then the European financial community would have dealt with it and moved forward, but IFRS probably would have become a European standard. IFRS reached a tipping point once it became clear that 2005 adoption had gone well," she says
Ms Tokar says the network's firms have taken to dividing IFRS countries roughly into "Wave One" and "Wave Two" for ease of communication. "Wave One are the anchors - the EU, South Africa and Australia. Wave Two are on their way and they're fuelling the current momentum," she says.
"What has become indisputable is that we've moved past the argument about whether IFRS is the right system or not, it's now all about what should be in the standards," she adds. "Wherever you go in global financial markets and you come across a local accounting system, you now ask how this is different to IFRS because this system has become the global standard."
With the standards seemingly firmly established, much attention is focusing on the US with speculation as to whether, after completing reconciliation, the US Securities and Exchange Commission (SEC) will then turn its attention towards allowing US companies to adopt IFRS.
"If the SEC is going to allow foreign private issuers not to reconcile, it would seem an entirely logical step, if you're going to create a level playing field, to allow US companies to use IFRS," says Will Rainey, global head of IFRS at Ernst & Young. "US companies have been looking at the opportunity given by IFRS to have just one language with all the cost savings and efficiencies that could involve."
Tom Jones, vice-chairman of the IASB, says interest in his availability for speeches and debates in the US has stepped up noticeably in recent months.
"The disadvantage overseas companies face in keeping two sets of books today - one IFRS and one US GAAP - will become a disadvantage for US companies operating elsewhere," he says. "There's an enormous cost to companies of keeping different accounting systems in different countries and not only that, but there is also the risk of more errors and confusion."
In addition to the growing global use of IFRS, which is beginning to isolate the US system, US companies' interest seems to be a combination of more local factors, including dissatisfaction with the immensely complex US accounting rules and lingering doubts in the system's quality - post-Enron - which were not helped by the more recent share options backdating scandal.
But a US move to IFRS is not without its own problems.
Since the Norwalk Agreement in 2002, the IASB and its US counterpart, the Financial Accounting Standards Board (FASB), have been working together on making the two sets of accounts compatible and to co-ordinate work on new standards in the future.
This collaboration is bearing fruit, in the form of standards such as IFRS 8 for the reporting of business segments, which is heavily based on the existing US standard. But this one example has met with a storm of protest in Europe and among the many criticisms is a perennial favourite: the fear that the IASB is unduly influenced by FASB and that the IFRS-using world will end up converging nearer America than the other way round.
"I think the IASB hasn't really created general consensus among stakeholders on the convergence process," says Nicholas Veron, research fellow at the Bruegel Institute. "The Norwalk Agreement was quite consensual, but what has been less solid was the 2006 agreement, which set a very demanding timetable for convergence projects. This has dominated the IASB's agenda since then but has been subject to very little consultation."
The IASB is moving to include a broader range of input from those outside the standard-setting community and says it is actively encouraging more participation in its consultations, particularly from the users of statements. Recently, it appointed Stephen Cooper, analyst at UBS and a member of the corporate reporting users forum, as a part-time board member.
There is certainly a growing sense of momentum behind the adoption of IFRS around the world, but as the ever-heated US debate shows, it is not yet a done deal.
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