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15 fevereiro 2014

Fato da Semana

Fato da Semana: Cinco Frágeis. Esta denominação é uma alerta para situação econômica do  nosso país.

Qual a relevância disto? – Há anos o Brasil era a primeira letra de um grupo de países onde se projetava um futuro promissor. De repente, o país passou a integrar outro grupo: dos cinco frágeis. Ou seja, países que podem sofrer risco de problemas futuro.

É bem verdade que neste grupo não se encontra Venezuela ou Argentina. Talvez por que o mercado internacional já não tem esperança nestes dois países. Mas o país que hospeda a Copa do Mundo e as Olimpíadas deveria ter feito reformas necessárias (tributária, cambial, etc).

Mas este blog não é de contabilidade? Qual o efeito disto? Devemos notar que no ano de 2008 diversos países sofreram com a crise econômica. Um dos reflexos foi o resultado de várias empresas. Algumas normas contábeis – como valor justo para passivo ou valor de mercado para investimentos de instituições financeiras – foram questionados. Assim como a ausência da prudência na estrutura conceitual (até hoje a Europa briga por isto). Ora, a crise poderá reproduzir este cenário. Adotamos, parcialmente, as normas internacionais de contabilidade. E vários das normas criticadas na Europa há seis anos foram adotadas aqui.

Existe outro fator importante: o efeito sobre as finanças públicas. Já estamos sentido isto nas várias “manobras” realizadas nos últimos meses para obter o superávit. E talvez venha mais por aí. Nesta confusão, prioridades passadas, como a adoção do regime de competência no setor público que tende a incentivar a boa gestão dos recursos públicos, deverão ser esquecidas. Será pessimismo demais?

Positivo ou negativo? Se o cenário pessimista confirmar, os efeitos poderão ser desastrosos para as IFRS e a contabilidade pública.


Desdobramentos – Talvez teremos finalmente uma discussão mais profunda sobre as normas internacionais. E a postergação do regime de competência no setor público. 

14 fevereiro 2014

Cinco Frágeis

O Brasil é a economia emergente mais vulnerável depois da Turquia, na avaliação do Federal Reserve americano, que atribui a recente turbulência nesses países a "desenvolvimentos adversos" não relacionados com sua decisão de iniciar o processo de retirada de estímulos monetários da maior economia do mundo, o chamado tapering.

No relatório semestral sobre política monetária enviado ontem ao Congresso, o Fed cita o Brasil 11 vezes e o coloca no grupo de países que mais sofreram com a recente fuga de capitais de ativos "arriscados". O documento de 49 páginas traz um "índice de vulnerabilidade" de 15 países emergentes, na qual a Turquia aparece na pior posição, seguida do Brasil, Índia, Indonésia e África do Sul - o grupo batizado de "cinco frágeis". No outro extremo estão Taiwan, Coreia do Sul, Malásia e China.

O índice é composto por seis indicadores que revelariam a capacidade do país enfrentar choques econômicos ou financeiros, entre os quais o resultado das transações com o exterior, a dívida pública bruta, a expansão do crédito para o setor privado nos últimos cinco anos e o tamanho das reservas internacionais, todos considerados em relação ao PIB. Os outros dados são a inflação média dos últimos três anos e a relação entre dívida externa e exportações.


Fonte: Aqui

A impressão que fica é que nosso país perdeu uma grande oportunidade de fazer reformas estruturais e se acomodou: continuamos exportadores de commodities e somente isto.