Uma notícia do
Estadão sobre ciclismo no cidade:
Desistir da ideia de comprar um carro e usar uma bicicleta para ir ao trabalho todos os dias pode significar economia de até R$ 2.700 por ano, segundo estudo da Coppe, o programa de pós-graduação em Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Cálculos dos pesquisadores mostram que pedalar consome R$ 0,12 por km - um sexto da despesa referente a veículos movidos a gasolina, que chega a R$ 0,76.
O levantamento, coordenado pelo aluno de mestrado Marcelo Daniel Coelho, levou em conta o preço de uma bicicleta nova, a compra de acessórios, a depreciação e a manutenção do equipamento. A pesquisa foi feita com base em percursos de 20 km por dia no Rio e em Porto Alegre, simulando os trajetos de ida e volta ao trabalho durante a semana. (...)
Três aspectos relevantes não abordados no texto (e talvez na pesquisa):
a) quem utiliza a bicicleta para ir ao trabalho "perde tempo" já que este meio de transporte é mais lento. Mas imaginando que o motorista deveria ir para uma academia, o "tempo" economizado no automóvel pode ser compensado pelas horas na academia. Além disto, haveria uma economia com gastos com atividade física.
b) para alguns trabalhadores o ciclismo pode ser inviável pelos problemas na transição entre o uso da bicicleta e estar pronto para o trabalho. Basicamente o burocrata que tem que trabalhar de terno terá problemas em usar a bicicleta.
c) talvez o principal inibidor do uso de bicicleta seja o risco do seu uso frente ao automóvel. Neste sentido duas medidas poderiam ser tomadas para reduzi-lo: (1) aumentar o número de ciclistas, pois isto reduz o potencial de acidentes (vide o livro O Gorila Invisível que explica este fato) e (2) criar condições mais favoráveis para este meio de transporte.
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