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29 agosto 2022

Blockchain e um história da ilha de Yap

Um artigo de Matheus Bombing, Sistema usado por habitantes de ilha até o século 19 pode ter inspirado tecnologia blockchain, publicado na Exame, mostra que a "ideia" do Blockchain remota ao século XIX:

Se você desembarcasse na ilha de Yap com os bolsos cheios de moedas de ouro ou prata, provavelmente não iria conseguir comprar nada.

Isso porque até o século XIX, os habitantes da ilha utilizavam um curioso sistema de pagamento: grandes e pesadas pedras circulares esculpidas em calcário que eram obtidas nas pedreiras da ilha de Palau.


Essas pedras, além de grandes, são muito pesadas, o que não permite que as pessoas da ilha fiquem carregando-as para efetuar suas transações.

E como as transações ocorriam então?

Os habitantes da ilha sabiam conjuntamente quem é dono de qual pedra e possuíam guardados mentalmente os registros das transações passadas.

Se um jovem trabalhador quisesse comprar o barco da pescadora, então ele anunciava para os habitantes da ilha que a pedra dele, localizada na beira da praia, seria transferida e pertenceria à pescadora. Logo em seguida, essa informação era espalhada pela comunidade.

Futuramente, se a pescadora quisesse transferir essa pedra para outra pessoa, os habitantes poderiam permitir, pois todos (ou pelo menos a maioria) sabia que a pedra pertencia a ela. Resumindo, qualquer habitante poderia utilizar uma pedra para comprar algo desde que a maioria da comunidade concordasse que ele é o atual dono da pedra.

Sendo assim, não havia como roubar as pedras, dado que a sua posse era de conhecimento de todos na ilha. O valor de cada pedra não era só devido ao tamanho e peso, e sim pela história. Se muitas pessoas tivessem morrido enquanto esta estava sendo transportada para a ilha, então ela era considerada mais rara e mais valiosa. Ou seja, quanto mais histórias cercavam a pedra, maior era seu valor.

A parte curiosa desse sistema é que a atividade econômica na ilha ocorria sem que qualquer pedra precisasse ser fisicamente movida. Uma pessoa poderia ser dona de uma pedra que está do outro lado da ilha e não precisava se preocupar de alguém roubá-la.


Esse sistema financeiro funcionava tão bem que, mesmo que uma Pedra Rai fosse perdida (caísse no fundo do mar durante seu transporte, por exemplo), todos concordavam que ela ainda deveria existir e ela continuava sendo usada em transações.

A lenda local diz que o povo de Yap descobriu as pedreiras de calcário, em Palau, há cerca de 500 anos, quando Anagumang, um marinheiro yapese, liderou uma expedição para lá. Ele notou que não existiam essas pedras em sua ilha e esse fato as tornava preciosas.

A princípio, Anagumang ordenou que os primeiros blocos fossem cortados em forma de peixe, mas logo depois passaram a recolher pedras em formato de roda, para ficar mais fácil de transportar. Os trabalhadores costumavam colocar um tronco dentro do buraco no meio para facilitar o transporte.

Os Yapeses não levavam as pedras de Rai de graça. Era necessário negociar com o povo de Palau, que exigia grandes quantidades de miçangas e polpa de coco.

Esse sistema de consenso distribuído tem algumas vantagens em relação a um sistema centralizado. Vamos imaginar que uma pessoa da ilha de Yap fosse responsável por manter o registro oficial da posse e das transferências das pedras (ou seja, fazendo o papel de um banco).

Nesse caso, ela poderia facilmente exigir que todos pagassem uma taxa de transação para ela, poderia “roubar” pedras simplesmente alterando o registro de quem possuía aquela pedra e até perder esse registro, o que causaria um caos na ilha.

O sistema de pedras de Rai é, ao mesmo tempo, intangível (sem necessidade de carregar pedras pela ilha) e descentralizado (sem necessidade de confiar em um intermediário).

O grande ponto é que sistemas monetários intangíveis necessitam de confiança. Só cedemos nossa custódia se pudermos confiar em uma instituição ou pessoa que consiga manter um registro fiel. No caso da ilha de Yap, a confiança era no sistema distribuído (registro mental que todos os habitantes da ilha possuíam) e não em um intermediário.

Mas esse sistema funcionou bem até 1871, quando o navegador David O'Keefe naufragou próximo à ilha e foi resgatado pelos habitantes locais.

Após o acidente, O’Keefe percebeu que seria lucrativo adquirir cocos da ilha e revendê-los para produtores de óleo de coco no continente. Porém, nada que ele oferecesse seduzia os locais, que já gozavam de uma boa vida e não viam utilidade nas formas de dinheiro que eram oferecidas.

Dado que apenas as pedras de Rai poderiam resolver, então O’Keefe foi para Hong Kong, adquiriu um barco grande e explosivos, extraiu várias pedras de Palau e as levou para Yap para serem trocadas pelos cocos. Para sua surpresa, os locais não quiseram aceitar as pedras pois, segundo eles, elas foram conseguidas sem esforço. Para eles, somente as pedras extraídas com esforço, sangue e suor teriam valor. Porém, alguns yapeses viram uma oportunidade e aceitaram as pedras em troca de coco.

A consequência é que isso gerou um conflito na ilha e, a partir de então, todo sistema de registro distribuído começou a ruir.

Hoje, a ilha usa o dólar como moeda oficial. Porém, as pedras de Rai continuam sendo usadas em cerimônias sociais, como casamentos, acordos e negócios como uma forma de selar alianças.

Dois aspectos sobre este texto que gostaria de destacar:


1. A lenda da ilha rendeu um filme de 1954, His Majesty O'Keefe, com Burt Lancaster. Em 1991 o famoso economista Milton Friedman comparava o sistema ao padrão ouro do FED. Um artigo de 2022 argumenta que esta, e outras interpretações, não expressam o real significado da pedra. Eis a conclusão do artigo (via DeepL):

As comparações existentes entre o dinheiro de pedra e o Bitcoin parecem insustentáveis, enganadoras e contribui para uma história de deturpação colonial das culturas econômicas iaponesas. Os fundamentos por fazer tais comparações em primeiro lugar são fracas, e as condições discursivas atuais em torno das finanças em cadeia (Blockchain Finance) sugerem que uma comparação extremamente escrupulosa corre o risco de reforçar mitos imprecisos e injuriosos. De modo mais geral, muito mais cautela deve ser adotada no estudo e invocação pedagógica das culturas econômicas iaponesas, incluindo maior cuidado para centrar vozes passadas e presentes, para refletir posicionalidade e incerteza, assim como para suportar testemunha das histórias coloniais. Entretanto, sugiro que as culturas econômicas iaponesas devem continuam a figurar nos livros de economia como uma forma de começar a transformar as dívidas incorridas por deturpações anteriores. Esta poderia ser uma oportunidade para corrigir erros factuais notáveis, apresentar aos estudantes de economia de todo o mundo a história e a cultura Yapese, apresentam conceitos em antropologia econômica, e oferecer alimentos para reflexão sobre a interseção de o poder colonial e a história e o futuro do dinheiro. 

2. Mesmo admitindo a história, o texto mostra que o sistema pode ser mais frágil do que imaginado. Em lugar de enaltecer o Blockchain - que parecia ser a ideia original do artigo - o texto termina por enfatizar suas fragilidades. 

Fotografias do verbete da Wikipedia

08 agosto 2022

Livros, NFT e Blockchain




Notícia do Boing Boing

Em uma entrevista à Bloomberg, o CEO da Pearson plc, Andy Bird, discute os benefícios de mover as vendas de livros didáticos digitais para as tecnologias blockchain e Non-Fungible Token (NFT) como um mecanismo para capturar partes das vendas em segunda mão :

"No mundo analógico, um livro didático da Pearson é revendido até sete vezes e só participaríamos da primeira venda", disse ele a repórteres, após [a divulgação d] os resultados intermediários da empresa com sede em Londres na segunda-feira, falando sobre oportunidades tecnológicas para a empresa.

"A mudança para o digital ajuda a diminuir o mercado secundário, e tecnologia como blockchain e NFTs nos permite participar de todas as vendas desse item em particular (...)

Andy Bird também mencionou que outras tecnologias também estão sendo consideradas :

"Temos uma equipe inteira trabalhando nas implicações do metaverso e no que isso poderia significar para nós"

26 agosto 2019

A Libra do Facebook será um desastre para a sociedade

Em junho, o Facebook detalhou seus planos para lançar uma criptomoeda (leia mais: aqui). Ela será lastreada em uma cesta de moedas tradicionais, e a rede social promete um funcionamento simples. Será possível, por exemplo, enviar e receber dinheiro via WhatsApp. A empresa de Mark Zuckerberg não é a única por trás do projeto. A Libra Association, uma organização sem fins lucrativos com base em Genebra responsável pela moeda virtual, conta com a participação de empresas como Uber, Visa, PayPal e MercadoLibre, que investiram US$ 10 milhões cada uma para fazer parte do grupo. [...]

Estudiosa e defensora das criptomoedas, Anne Connelly tem uma opinião forte sobre o lançamento. Diz que, apesar dos “grandes” benefícios, será um desastre para nossa sociedade nas próximas décadas. Professora da Singularity University, ela critica o caráter centralizado da moeda virtual do Facebook. Segundo ela, a criptomoeda vai contra a ideia de descentralização trazida pelo blockchain. [...]

Qual você acha que será o impacto da criptomoeda do Facebook, a Libra?
Ela tem o potencial de ser muito boa e muito muito ruim para o mundo. Do lado positivo, há muitas pessoas no globo que não têm acesso a serviços financeiros. Para grande parte delas, a principal forma de acessar a internet é o Facebook. A Libra será absolutamente transformadora para elas.

E qual o lado negativo?
O problema é que, como resultado disso, essas pessoas estarão vulneráveis a muitas das táticas que o Facebook costuma usar. Na história da empresa, há casos como o da Cambridge Analytica, de venda de dados de usuários e de uso da rede para manipulação em eleições nos Estados Unidos e em outros países africanos. Essa não é uma companhia ética e honrada. Quando você pensa no aumento do poder do Facebook, que passará a ter acesso a dados financeiros, a situação pode ficar bem distópica. É assustador que um homem rico de um país ocidental rico tenha controle sobre o sistema financeiro mundial. Há alternativas no setor de criptomoedas para isso, como o bitcoin e outras moedas estáveis [lastreadas em moedas tradicionais]. Portanto, não acho que devamos ver a Libra como uma boa opção.

É muito poder para o Facebook e as empresas envolvidas na Libra Association?
Sim, eles dizem que são descentralizados, mas não são. Em outras criptomoedas, qualquer desenvolvedor pode ter acesso a todo o código. No caso da Libra, esses parceiros são escolhidos a dedo e tiveram de pagar US$ 10 milhões para participar da associação.

A Libra tem enfrentado algumas questões regulatórias antes mesmo de ser lançada. Você acha que o projeto vai ser realmente implementado?
Como é uma grande empresa centralizada, eles podem enfrentar esses desafios regulatórios. Não é o caso de uma moeda descentralizada, como o bitcoin. Acho bom os reguladores estarem assustados. Eles perceberam que se não for o Facebook será a Amazon ou o Walmart ou qualquer outra grande empresa. Os governos precisam começar a pensar em como será um mundo em que as moedas tradicionais podem não ser a escolha princial das pessoas. Mas é difícil aplicar regulações geográficas a um produto que é essencialmente digital. Acho que o Facebook irá tentar entrar com a Libra primeiro em países onde a regulação não é tão rígida, para usá-los como exemplo para pressionar os demais. E, sim, eu acho que a Libra será lançada. Do ponto de vista de sustentabilidade de longo prazo e soberania do indivíduo, será um desastre. Estaremos tirando o controle do sistema financeiro mundial da mão dos governos e passando para uma corporação.

Como a sociedade poderia evitar isso?
Algumas das pessoas mais inteligentes do mundo estão hoje trabalhando em produtos descentralizados. Isso me deixa otimista quanto ao futuro. Se não houvesse nenhuma moeda descentralizada no mundo, eu teria medo. Mas o que o Facebook está fazendo irá levar muita gente para o bitcoin, que oferece uma plataforma melhor. Só de ter as pessoas imaginando um mundo em que haja mais opções de meios de pagamento é uma coisa boa.

Já estamos falando do blockchain há alguns anos. Qual o estágio de adoção dessa tecnologia?
Um pouco do hype se dissipou. Depois de vários ICOs, o setor agora parece estar mais focado em construir as aplicações de que temos falado e com as quais temos sonhado há anos. Há uma adoção mais difundida dessa tecnologia em todo o mundo. As pessoas estão começando a ver o potencial dela, e vários governos e empresas estão cogitando o blockchain para melhorar suas operações. Estamos em um dos períodos mais animadores da tecnologia, onde conceitos e ideias começam a se tornar realidade.

Como as empresas podem aplicar o blockchain?
Primeiro, é preciso ter funcionários que entendam a tecnologia e participem da criptoeconomia. Depois, a empresa deve olhar para si mesma e entender quais são os intermediários que hoje não criam valor para ela. Nessas situações, é viável usar o blockchain. Há bons exemplos atualmente, especialmente em cadeias de fornecimento e na indústria de alimentos, onde informações de procedência são importantes para a saúde e segurança dos consumidores. Outros casos incluem a verificação da veracidade de objetos valiosos.

Há outros setores que podem ser beneficiados pelo blockchain?
Os setores que serão afetados pelo blockchain são os mesmos que foram afetados pela internet: ou seja, todos. A questão é entender quais têm mais potencial de adoção rapidamente, como o de alimentos e o financeiro, e quais irão adotar a tecnologia mais para frente. Há um grande potencial para o blockchain nos governos, por exemplo.

Fonte: Aqui

23 abril 2019

TCU recomenda blockchain


Recebido do Tiago Mota (grato). O TCU recomendou a adoção de blockchain na prestação de contas. Faz sentido? Veja o trecho:

9.3. determinar que, nos termos dos arts. 250, II, e 251 do RITCU, a Agência Nacional do Cinema adote as seguintes medidas: (...)
9.3.4. atente para o eventual emprego de novas tecnologias da informação, a exemplo do uso de blockchain, no bojo dos procedimentos de prestação de contas, com a subsequente análise dessas contas via robô virtual em prol do órgão federal repassador, podendo contribuir não apenas para a maior celeridade e efetividade no processo de prestação de contas dos repasses de recursos federais, mas também para a maior fidedignidade e confiabilidade das informações prestadas, de sorte a merecer os devidos estudos técnicos para o real desenvolvimento do aludido emprego, a partir da necessária implementação do correspondente projeto piloto para a efetiva aplicação dessas novas tecnologias da informação em determinado segmento de prestações de contas junto à Ancine, (...);

11 julho 2018

BlockChain na prestação de contas

No portal do TCU a notícia que esta entidade está discutindo a possibilidade de usar blockchain na prestação de contas da Ancine:

Pode-se ainda afirmar, em linhas gerais, que o uso de uma rede blockchain deverá resultar em sistema de gerenciamento de informação seguro, podendo mesmo ser considerado imutável e inviolável. (...) Outra característica vantajosa do uso de blockchain é que ele é transparente, com regras claras e aplicadas a todos, constituindo-se campo fértil para a automação da execução de contratos e da prestação de contas, com transparência, confiabilidade e segurança nas operações realizadas.

(...) Por todas essas vantagens e inovações é que foi promovida, na última quinta-feira (5), a primeira reunião técnica sobre o uso de blockchain para o registro e a análise de informações e documentos nas prestações de contas de projetos do setor audiovisual. (...) Na ocasião, foi debatido o aprimoramento das normas internas para melhor disciplinar a apresentação e a análise de prestações de contas dos recursos aplicados em projetos audiovisuais da Agência Nacional do Cinema (Ancine), por fomento direto ou indireto. O objetivo é substituir a Instrução Normativa-Ancine 124, de 2015, sob a premissa de que todos os novos projetos devem ter as suas prestações de contas submetidas à integral análise pelo inovador emprego de blockchain, entre outras soluções de tecnologia da informação (TI) e comunicação.


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13 junho 2018

Manipulação no Bitcoin

Uma concentração de manipulação de preços pode ter respondido por pelo menos metade do aumento no preço do Bitcoin e outras grandes criptomoedas no ano passado, de acordo com um estudo divulgado na quarta-feira por um acadêmico com histórico de fraude nos mercados financeiros. .

(...) Griffin analisou o fluxo de tokens digitais entrando e saindo da Bitfinex e identificou vários padrões distintos que sugerem que alguém ou algumas pessoas na bolsa trabalharam com sucesso para aumentar os preços quando eles caíram em outras bolsas. Para fazer isso, a pessoa ou pessoas usaram uma moeda virtual secundária, conhecida como Tether, que foi criada e vendida pelos proprietários do Bitfinex, para comprar essas outras criptomoedas.


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10 abril 2018

Transparência no BNDES

O BNDES anunciou a criação de um blockchain para "combater" a corrupção.

Trata-se, na verdade, de um token, uma representação de quantidade (no caso, de reais). Arantes Júnior afirma que a ideia é "'tokenizar' o real, é transparência". "É tornar possível que qualquer pessoa, qualquer cidadão possa acompanhar o caminho do recurso liberado do BNDES até sua aplicação. Quando você faz uma transferência bancária, não é visível para as pessoas. Quando você manda um cripto-ativo, um token, as pessoas estão vendo ele circular, para onde ele está indo. Nas condições atuais, no final das contas, o fornecedor vai resgatar reais. Na verdade, para esse token que está circulando na rede, tem um real guardado no banco, sob a gestão do banco, que é equivalente àquele real que está fluindo na rede”, diz. “Quando se fala em moeda, se pensa em bitcoin, mas é muito diferente. O objetivo é o máximo possível de transparência na aplicação do recurso."

O texto informa que os testes não começaram. Realmente, é difícil acreditar que uma instituição, mantida com dinheiro dos contribuintes e envolvida em diversos escândalos (vide cartoon), queira ser mais transparente. No passado, o BNDES recusou a forneceu ao TCU algo simples, como a evidenciação dos empréstimos públicos para as empresas e as condições. Uma cultura empresarial não muda tão facilmente.

25 março 2018

Blockchain e a Gestão Pública

Já comentamos sobre o impacto do Blockchain na contabilidade, positivo e negativo. O trecho do texto a seguir é no primeiro grupo:

(...) qualquer entidade integrante da Administração Pública poderá acessar facilmente todos esses dados, tal como numa pesquisa feita no Google, mesmo não sendo ela a responsável pela guarda ou emissão de tais documentos. Será possível a conexão de informações entre as Administrações, coisa que hoje não ocorre.
Portanto, facilita-se a vida dos licitantes que não terão mais a atual dificuldade de colher toda essa documentação, bem como garante à Administração a veracidade dos dados aos quais terá acesso. Pense em não correr risco de falsificação de documentos, certidões fora de validade, etc.

Quanto à capacidade técnica dos licitantes, por exemplo, de empresas de engenharia, a Administração licitante poderá acessar o acervo técnico registrado na entidade profissional competente, poderá verificar como se deu o andamento do serviço ou obra realizado para outras Administrações, ao invés de exigir atestados.

Provavelmente cheguemos a um nível de especialização dessa tecnologia nas licitações que passe a ser desnecessária a fase de habilitação, podendo-se ir direto à disputa de preços.

01 fevereiro 2018

Efeito do Blockchain na contabilidade

Tenho dúvidas de algumas afirmações da figura abaixo, mas achei o material bastante interessante. Ótimo para se usar em sala de aula, com os amigos, nos blogs ... Primeiro, uma versão completa:

A seguir, uma versão em partes:





Adaptado daqui

21 outubro 2016

Don Tapscott: Como o blockchain está mudando o dinheiro e o mundo dos negócios

O que é o "blockchain"? Se você não sabe, deveria; se você sabe, provavelmente ainda precisa de algum esclarecimento sobre como ele realmente funciona. Don Tapscott está aqui para ajudar, desmistificando essa tecnologia revolucionária, criadora de confiança, a qual, ele diz, representa nada menos do que a segunda geração da internet e traz o potencial para transformar o dinheiro, o mundo dos negócios, os governos e a sociedade.