A falácia do jogador refere-se a uma série de “erros” cometidos no jogo de azar. A sua origem é acreditar que as chances de jogo futuro dependeriam do ocorrido no passado. Um exemplo muito simples mostra isto. Se uma pessoa jogou uma moeda e tirou 5 caras, a chance de tirar coroa num próximo lançamento permanece em 50%. Ou seja, os lançamentos realizados não influenciam na aposta do próximo lançamento.
Outro conceito relacionado com esta falácia é o da “mão quente”. Num jogo de basquete, quando um jogador acerta três arremessos seguidos, os espectadores costumam afirmar que ele está com a “mão quente”. Assim, acredita-se que este jogador deveria tentar novamente um arremesso. No entanto, as pesquisas mostraram que a “mão quente” não existe na prática. Isto é coerente com a falácia do jogador, já que os dois conceitos estão inversamente relacionados.
Uma pesquisa conduzida numa bolsa de aposta, com quase 400 mil apostas, tentou verificar o que ocorre na prática com os jogadores. E resultou numa descoberta surpreendente: existe a mão quente. Dois pesquisadores de Londres verificaram o que ocorria com as pessoas que ganharam uma aposta numa rodada. Eles descobriram quando um jogador ganha uma aposta, a chance de ganhar a próxima aposta aumenta. Eis o que informa o gráfico:
O gráfico mostra na linha pontilhada a probabilidade de vencer do jogador que venceu anteriormente. A linha com o triangulo apresenta a chance real da aposta do jogador. É possível perceber que o jogador que vence as apostas anteriores aumentam suas chances de vitória na aposta seguinte. Um dado obtido pelos pesquisadores informa que o jogador que venceu seis apostas possui 76% de chance de vencer a próxima aposta. E o jogador que perdeu seis vezes, terá 23% de chance de vencer a sétima aposta. Os achados da pesquisa provariam que existe a “mão quente”. Isto contradiz a falácia do jogador.
Os pesquisadores, no entanto, acharam uma possível justificativa para o resultado surpreendente. Eles acreditam que os jogadores já sabem da falácia do jogador. Ao ganhar a primeira aposta, os jogadores ficam mais conservadores na sua aposta. Eles passam a escolher apostas com maior probabilidade de vencer. Já os perdedores, sabendo da falácia, resolvem arriscar mais na próxima aposta.
Este é um fato interessante que indica que ao descobrir os vieses, falácias e enganos, o ser humano ajusta seu comportamento.
Leia Mais:
Kiersz, Andy. Researchers Tested The 'Gambler's Fallacy' On Real-Life Gamblers And Stumbled Upon An Amazing Realization
Research Digest. Getting to grips with implicit bias.
O artigo original é
XU, Juemin; HARVEY, Nigel. Carry on winning: The gamblers’ fallacy creates hot hand effects in online gambling. Cognition. Volume 131, Issue 2, May 2014, Pages 173–180.
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28 abril 2014
13 fevereiro 2014
Listas: Países e o Jogo
Relação de valores apostados em jogos de azar, por habitante e no total. Ou seja, onde estão os viciados nos jogos de azar.
01 fevereiro 2013
Loterias
A “fezinha” que muitos realizam quando a Mega Sena acumula rende poucos milionários, já que a probabilidade de ganhar é ínfima — mas garante uma bolada para a Caixa Econômica Federal, que administra as loterias federais. Só no ano passado o banco público recebeu R$ 1,05 bilhão por conta do elevado número de apostas, alta de 7,7% em relação a 2011.
(...) Como administradora das lotéricas, que são cerca de 12.200 em todo o Brasil, a Caixa tem direito a 10% de tudo que é arrecadado em apostas nos dez tipos de loterias existentes. No ano passado, essa arrecadação chegou a R$ 10,49 bilhões. Os valores arrecadados não incluem as receitas com a prestação de serviços bancários nas lotéricas, que atuam como correspondentes para o banco.
(...) A estimativa da Caixa é que o brasileiro aposte em loterias cerca de US$ 24 ao ano. Esse valor está abaixo dos US$ 240 da Argentina e dos quase US$ 700 de Grécia e Espanha. Essa diferença, segundo Cleto, mostra que é possível conquistar mais apostadores. No entanto, diz que não é possível fazer uma comparação precisa com outros países uma vez que no Brasil não é permitido jogos de azar. “O que se nota é a busca por modalidades mais dinâmicas”, explicou,
(...) Do total arrecadado com as loterias no ano passado, R$ 3,5 bilhões foram destinados ao pagamento de apostas. A maior foi paga com o prêmio principal da Mega Sena da Virada, que chegou a R$ 244,77 milhões.
No entanto, a maior parcela da arrecadação foi para os diversos projetos sociais que possuem as apostas como fonte de receitas. Os repasses somaram R$ 4,89 bilhões, incremento de 8,33% em relação a 2011.
Caixa ganhou R$ 1,05 bi na loteria em 2012 - Brasil Econômico - Ana Paula Ribeiro | 30/01/2013
(...) Como administradora das lotéricas, que são cerca de 12.200 em todo o Brasil, a Caixa tem direito a 10% de tudo que é arrecadado em apostas nos dez tipos de loterias existentes. No ano passado, essa arrecadação chegou a R$ 10,49 bilhões. Os valores arrecadados não incluem as receitas com a prestação de serviços bancários nas lotéricas, que atuam como correspondentes para o banco.
(...) A estimativa da Caixa é que o brasileiro aposte em loterias cerca de US$ 24 ao ano. Esse valor está abaixo dos US$ 240 da Argentina e dos quase US$ 700 de Grécia e Espanha. Essa diferença, segundo Cleto, mostra que é possível conquistar mais apostadores. No entanto, diz que não é possível fazer uma comparação precisa com outros países uma vez que no Brasil não é permitido jogos de azar. “O que se nota é a busca por modalidades mais dinâmicas”, explicou,
(...) Do total arrecadado com as loterias no ano passado, R$ 3,5 bilhões foram destinados ao pagamento de apostas. A maior foi paga com o prêmio principal da Mega Sena da Virada, que chegou a R$ 244,77 milhões.
No entanto, a maior parcela da arrecadação foi para os diversos projetos sociais que possuem as apostas como fonte de receitas. Os repasses somaram R$ 4,89 bilhões, incremento de 8,33% em relação a 2011.
Caixa ganhou R$ 1,05 bi na loteria em 2012 - Brasil Econômico - Ana Paula Ribeiro | 30/01/2013
13 julho 2012
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