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10 janeiro 2019
Auditoria Interna
Auditoria Interna e Conselho de Administração, por Rene Andrich
A auditoria interna é peça fundamental para o fortalecimento das estruturas de governança das organizações. Embora ela seja indispensável para a proteção e adição de valor nas organizações, contribuindo para que essa alcance seus objetivos estratégicos e melhore a eficácia do gerenciamento de riscos, controles internos e governança, ainda há pouco entendimento sobre suas reais responsabilidades.
Trata-se de um tema explorado na comunidade de auditores, contudo, pouco discutido externamente. A falta de compreensão por parte do conselho de administração em relação a atuação da auditoria interna, pode impedir que esse extraia o máximo desta função, que desempenha importante papel de guardiã da governança, sendo um ponto de apoio imprescindível aos responsáveis pela gestão da organização.
Esse inesperado e involuntário distanciamento foi objeto de debate por diversos executivos de auditoria interna, membros de conselho de administração e de comitês de auditoria, ao longo de 2018. Eles estiveram envolvidos na produção do conteúdo técnico "Auditoria Interna – Aspectos essenciais para o conselho de administração", realizado pelo Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), em parceira com o Instituto dos Auditores Internos do Brasil (IIA Brasil).
Durante o processo de produção deste conteúdo, percebeu-se que há muito mais clareza quanto a atuação dos auditores externos do que com as ações e resultados gerados pelos internos. As razões são diversas, mas há de se destacar o fato de que no passado, revisão das demonstrações financeiras era o principal tópico da agenda de conselheiros ou comitês de auditoria. Com o passar dos anos, esta agenda cresceu, e hoje temas como gerenciamento de riscos, controles internos, conformidade, canal de denúncias e investigação, tomaram proporções nunca antes observadas.
A auditoria interna passou a desempenhar importante papel nesse apoio ao conselho, tendo agora, mais do que nunca, o papel de se apresentar como parceira do negócio, sem, contudo, nunca perder sua independência e atitude imparcial. Tem agora a missão de apresentar insights constantes ao conselho, que por sua vez, deve ter clareza quanto ao valor que a auditoria interna pode oferecer a organização.
É fundamental mostrar que a auditoria, além de guardiã da governança, não pode mais apenas atuar como uma protetora dos valores da organização. Ela deve também ser proativa na geração de valor, por meio da interação e contribuição com as demais partes interessadas da organização, como a diretoria executiva, órgãos de riscos, controles internos, governança, conselho fiscal, auditoria externa e com órgãos reguladores.
Nada disso será possível sem qualificação. O mercado hoje tem exigido um processo de inovação constante, postura sustentável, ética e uso de tecnologia de ponta. A auditoria que não acompanhar este processo não estará cumprindo sua função. A preocupação com capacitação deve ser prioridade.
Hoje há muita oportunidade de desenvolvimento para auditores, incluindo processos de certificações internacionais e processos de revisão de qualidade da função de auditoria interna. As estatísticas são preocupantes. Em um universo global de quase 150 mil certificações CIA (Certified Internal Auditor), menos de 1% está na América do Sul e Central, com apenas cerca de 300 no Brasil. O conselho deve estar ciente dessa necessidade, oferecendo oportunidades de desenvolvimento, colocando este tópico entre os objetivos dos auditores e avaliando sua evolução.
As diretrizes que garantem a independência e atitude imparcial de um auditor interno é algo que deve ser chancelado constantemente pelo conselho de administração.
Contudo, nada se alcançará sem que o conselho e o próprio auditor tenham plena consciência da necessidade de desenvolvimento contínuo e transparência na relação entre eles. O auditor tem que estar cada vez mais próximo ao negócio e atuar verdadeiramente como um “assessor de confiança” sempre de forma independente e ética.
25 agosto 2014
Auditoria Interna
O Institute of Internal Auditors (IIA) anunciou em agosto propostas de mudanças no International Professional Practices Framework. Pelo texto, a auditoria interna se esforça para “to enhance and protect organizational value by providing stakeholders with risk-based, objective and reliable assurance, advice and insight.”
Além disto, a proposta apresentou 12 princípios para a auditoria interna (a seguir). A perspectiva é que a alteração esteja disponível em 2016. A versão em português estará disponível no dia 1o. de setembro.
Além disto, a proposta apresentou 12 princípios para a auditoria interna (a seguir). A perspectiva é que a alteração esteja disponível em 2016. A versão em português estará disponível no dia 1o. de setembro.
22 outubro 2012
Auditoria interna
Se na última década o trabalho de auditoria interna ganhou destaque principalmente por questões ligadas a controles financeiros, por conta de legislações como a Sarbanes Oxley, dos Estados Unidos, nos próximos dez anos os profissionais da área deverão se envolver cada vez mais com a gestão de outros riscos a que estão sujeitas as organizações.
E esse envolvimento deve crescer tanto na identificação como na apresentação desses riscos aos conselhos de administração e comitês de auditoria.
A avaliação é de Richard Chambers, presidente do Instituto Global dos Auditores Internos (IIA Global), que está no Brasil para participar hoje da abertura do Congresso Brasileiro de Auditoria Interna, em Gramado (RS).
"O auditor interno é muito mais eficiente atuando na prevenção do que quando chega depois apenas para apontar quem cometeu os erros", disse ele, em entrevista ao Valor.
Menos "populares" que os auditores externos independentes, que assinam pareceres sobre os demonstrativos financeiros das empresas, os auditores internos servem à própria administração da companhia.
Eles são profissionais com formação variada, o que significa que não apenas os contadores trabalham na função, mas também engenheiros, economistas e analistas de sistemas. O objetivo e escopo de trabalho pode variar bastante de caso para caso, mas costuma estar ligado à asseguração da eficácia de controles e processos, e também à prevenção de riscos, fraudes e corrupção.
Embora tenha 3,5 mil associados, o Instituto dos Auditores Internos do Brasil (IIA Brasil) estima que 40 mil profissionais atuem nessa área no país.
Chambers listou cinco pontos que ele considera que vão nortear a área de auditoria interna nos próximos anos.
O primeiro deles é reforçar a frequência com que se checa os potenciais riscos das empresas. Segundo Chambers, hoje mais de 80% das grandes empresas fazem esse trabalho ao menos anualmente. Mas ele entende que isso não é suficiente. "Seria como ter uma câmera de segurança que tira uma foto uma vez por dia."
Outro ponto de atenção é melhorar a comunicação com o comitê de auditoria, quando existente, ou com o conselho de administração. "É preciso assegurar que a alta administração esteja ciente dos riscos", afirma Chambers, lembrando da importância de que o auditor interno não se reporte apenas ao presidente da companhia, mas também aos representantes dos acionistas, para garantir independência.
Uma terceira área de desenvolvimento para os auditores internos está ligada ao aumento do uso da tecnologia da informação na análise dos dados. "Usando tecnologia é possível criar filtros para identificar, em questão de minutos, operações suspeitas de lavagem de dinheiro ou para checar se a política de compras está sendo seguida", exemplifica Chambers dizendo que, sem auxílio de sistemas informatizados, algumas dessas tarefas poderiam levar meses ou anos.
Um quarto caminho visto por Chambers para a profissão é que os auditores internos consigam ter um lugar junto da alta administração na mesa de discussões de assuntos estratégicos, como fusões e aquisições ou lançamentos de produtos ou criação de novas linhas de negócio. "O auditor interno devia participar das reuniões não para decidir", diz. "Mas para identificar riscos antes que eles se manifestem."
Como último ponto na lista de prioridades, o presidente do IIA Global afirma que os auditores internos terão cada vez mais que conhecer os segmentos de negócio das empresas em que atuam. Segundo ele, hoje se dedica apenas 20% dos recursos para riscos financeiros, que não exigem essa especialização. A maior parte do tempo e da equipe, portanto, é voltada para riscos operacionais e para "compliance".
Outros temas ligados ao trabalho de auditoria interna são destacados por Renato Trisciuzzi, presidente do conselho de administração da IIA Brasil.
Segundo ele, o tema corrupção vem ganhando espaço, especialmente por causa de legislações mais duras de combate a essa prática nos EUA e Reino Unido.
Trisciuzzi menciona ainda o risco de reputação a que as empresas estão expostas em mídias sociais, algo que é bastante novo no universo das empresas. "O risco de imagem da organização é muito latente", afirma.
Chambers cita outro risco que não estava no radar do auditores externos há cerca de cinco anos, mas que merece atenção: computação em nuvem. "Antes as os bancos de dados estavam nos servidores dentro das empresas. Agora muitas companhias não nem sabem onde estão esses equipamentos", diz ele. (FT)
Auditoria interna renova escopo em leque de riscos - 22 de Outubro de 2012 - Valor Econômico
E esse envolvimento deve crescer tanto na identificação como na apresentação desses riscos aos conselhos de administração e comitês de auditoria.
A avaliação é de Richard Chambers, presidente do Instituto Global dos Auditores Internos (IIA Global), que está no Brasil para participar hoje da abertura do Congresso Brasileiro de Auditoria Interna, em Gramado (RS).
"O auditor interno é muito mais eficiente atuando na prevenção do que quando chega depois apenas para apontar quem cometeu os erros", disse ele, em entrevista ao Valor.
Menos "populares" que os auditores externos independentes, que assinam pareceres sobre os demonstrativos financeiros das empresas, os auditores internos servem à própria administração da companhia.
Eles são profissionais com formação variada, o que significa que não apenas os contadores trabalham na função, mas também engenheiros, economistas e analistas de sistemas. O objetivo e escopo de trabalho pode variar bastante de caso para caso, mas costuma estar ligado à asseguração da eficácia de controles e processos, e também à prevenção de riscos, fraudes e corrupção.
Embora tenha 3,5 mil associados, o Instituto dos Auditores Internos do Brasil (IIA Brasil) estima que 40 mil profissionais atuem nessa área no país.
Chambers listou cinco pontos que ele considera que vão nortear a área de auditoria interna nos próximos anos.
O primeiro deles é reforçar a frequência com que se checa os potenciais riscos das empresas. Segundo Chambers, hoje mais de 80% das grandes empresas fazem esse trabalho ao menos anualmente. Mas ele entende que isso não é suficiente. "Seria como ter uma câmera de segurança que tira uma foto uma vez por dia."
Outro ponto de atenção é melhorar a comunicação com o comitê de auditoria, quando existente, ou com o conselho de administração. "É preciso assegurar que a alta administração esteja ciente dos riscos", afirma Chambers, lembrando da importância de que o auditor interno não se reporte apenas ao presidente da companhia, mas também aos representantes dos acionistas, para garantir independência.
Uma terceira área de desenvolvimento para os auditores internos está ligada ao aumento do uso da tecnologia da informação na análise dos dados. "Usando tecnologia é possível criar filtros para identificar, em questão de minutos, operações suspeitas de lavagem de dinheiro ou para checar se a política de compras está sendo seguida", exemplifica Chambers dizendo que, sem auxílio de sistemas informatizados, algumas dessas tarefas poderiam levar meses ou anos.
Um quarto caminho visto por Chambers para a profissão é que os auditores internos consigam ter um lugar junto da alta administração na mesa de discussões de assuntos estratégicos, como fusões e aquisições ou lançamentos de produtos ou criação de novas linhas de negócio. "O auditor interno devia participar das reuniões não para decidir", diz. "Mas para identificar riscos antes que eles se manifestem."
Como último ponto na lista de prioridades, o presidente do IIA Global afirma que os auditores internos terão cada vez mais que conhecer os segmentos de negócio das empresas em que atuam. Segundo ele, hoje se dedica apenas 20% dos recursos para riscos financeiros, que não exigem essa especialização. A maior parte do tempo e da equipe, portanto, é voltada para riscos operacionais e para "compliance".
Outros temas ligados ao trabalho de auditoria interna são destacados por Renato Trisciuzzi, presidente do conselho de administração da IIA Brasil.
Segundo ele, o tema corrupção vem ganhando espaço, especialmente por causa de legislações mais duras de combate a essa prática nos EUA e Reino Unido.
Trisciuzzi menciona ainda o risco de reputação a que as empresas estão expostas em mídias sociais, algo que é bastante novo no universo das empresas. "O risco de imagem da organização é muito latente", afirma.
Chambers cita outro risco que não estava no radar do auditores externos há cerca de cinco anos, mas que merece atenção: computação em nuvem. "Antes as os bancos de dados estavam nos servidores dentro das empresas. Agora muitas companhias não nem sabem onde estão esses equipamentos", diz ele. (FT)
Auditoria interna renova escopo em leque de riscos - 22 de Outubro de 2012 - Valor Econômico
24 novembro 2011
Auditoria
A auditoria interna ganhou espaço no Brasil nos últimos anos e a tendência é que o mercado cresça ainda mais. O momento é especialmente bom para o profissional da área que, além de estar preparado para as novas tecnologias, tem conhecimentos sobre gerenciamento de risco e profundo entendimento do negócio da empresa.
Essa é a conclusão de um levantamento global feito pelo Institute of Internal Auditors (IIA) com 13.500 profissionais com cargos de liderança de 107 países. De acordo com Oswaldo Basile, presidente da Federação Latino-Americana de Auditoria Interna, o gerenciamento de risco é responsável por identificar as áreas mais suscetíveis a erros e fraudes dentro de uma empresa, o que explica seu papel de destaque no atual cenário - quase 80% das organizações consultadas pretendem investir no setor nos próximos cinco anos.
Basile, que também é membro dos conselhos do IIA Brasil e IIA Global, explica que o movimento é consequência do aumento constante da velocidade dos negócios, que traz cada vez mais vulnerabilidade aos processos. "Períodos de pós-crise costumam impulsionar não só essa especialidade, que trabalha de forma preventiva, mas a profissão de uma maneira geral."
A equipe de auditoria interna da Oi, por exemplo, está se preparando para adotar o gerenciamento de riscos como principal técnica de trabalho. Segundo o diretor da área, Fabiano Castello, a empresa pretende investir no desenvolvimento técnico dos auditores, que receberão em média cinco semanas de treinamento em 2012.
Na opinião de Castello, o aquecimento do mercado tornou não só a contratação de novos profissionais um desafio, mas também a retenção do time atual. A Oi dá preferência a profissionais de dentro da empresa na hora de contratar e, segundo o estudo da IIA, 52% das corporações consideram essa prática como a melhor forma de recrutamento. "É essencial que o colaborador entenda o negócio da empresa", explica Basile.
Metade dos profissionais pesquisados espera contratar mais auditores internos nos próximos cinco anos. O movimento se reflete no Brasil, onde o Instituto dobrou de tamanho nos últimos três anos e conta com quatro mil membros.
Para Basile, o Brasil ainda corre atrás de outros países em aspectos como o tamanho do mercado - nos Estados Unidos, a instituição possui 70 mil associados -, mas está bem posicionado em relação a tecnologias que auxiliam a atividade. A principal, atualmente, é o uso de auditoria contínua, que monitora os processos da empresa em tempo real e é capaz de vetar fechamentos de negócios que apresentem irregularidades antes que elas aconteçam. O caminho é contrário ao tradicional, no qual os auditores revisam documentos e processos em busca de erros após a conclusão das operações.
A pesquisa mostra que 30% das empresas adotam a auditoria contínua e 54% preveem aumentar seu uso nos próximos cinco anos. No Brasil, a técnica chegou há três anos e Basile espera que ela se popularize no país até 2016.
A construtora Camargo Corrêa, por exemplo, faz uso da prática desde 2009 em 100% de seus projetos. Além do monitoramento contínuo, que é a verificação dos processos de acordo com as regras que regulam os processos, a empresa trabalha com auditoria remota, na qual os profissionais não precisam ir até o local para interromper a operação quando necessário.
"O sistema nos possibilita evitar que o evento se materialize", explica o gerente de auditoria interna e compliance, Luiz Pires. Milhares de operações são processadas diariamente e, quando um novo risco é detectado, ele é incorporado à matriz de risco do sistema, criando novos "filtros".
A equipe de 46 profissionais da Walmart passou a usar a auditoria contínua recentemente. Baseado no trabalho anterior tradicional e com a ajuda de consultores externos e da própria companhia, um sistema de regras foi estabelecido para identificar comportamentos não convencionais. "Hoje, temos uma equipe multidisciplinar que reúne conhecimentos em tecnologia da informação, lógica de programação e negócios", explica o diretor de auditoria de TI e projetos especiais, Cesar Morales.
Valor Econômico - Por Letícia Arcoverde | De São Paulo - via aqui
Essa é a conclusão de um levantamento global feito pelo Institute of Internal Auditors (IIA) com 13.500 profissionais com cargos de liderança de 107 países. De acordo com Oswaldo Basile, presidente da Federação Latino-Americana de Auditoria Interna, o gerenciamento de risco é responsável por identificar as áreas mais suscetíveis a erros e fraudes dentro de uma empresa, o que explica seu papel de destaque no atual cenário - quase 80% das organizações consultadas pretendem investir no setor nos próximos cinco anos.
Basile, que também é membro dos conselhos do IIA Brasil e IIA Global, explica que o movimento é consequência do aumento constante da velocidade dos negócios, que traz cada vez mais vulnerabilidade aos processos. "Períodos de pós-crise costumam impulsionar não só essa especialidade, que trabalha de forma preventiva, mas a profissão de uma maneira geral."
A equipe de auditoria interna da Oi, por exemplo, está se preparando para adotar o gerenciamento de riscos como principal técnica de trabalho. Segundo o diretor da área, Fabiano Castello, a empresa pretende investir no desenvolvimento técnico dos auditores, que receberão em média cinco semanas de treinamento em 2012.
Na opinião de Castello, o aquecimento do mercado tornou não só a contratação de novos profissionais um desafio, mas também a retenção do time atual. A Oi dá preferência a profissionais de dentro da empresa na hora de contratar e, segundo o estudo da IIA, 52% das corporações consideram essa prática como a melhor forma de recrutamento. "É essencial que o colaborador entenda o negócio da empresa", explica Basile.
Metade dos profissionais pesquisados espera contratar mais auditores internos nos próximos cinco anos. O movimento se reflete no Brasil, onde o Instituto dobrou de tamanho nos últimos três anos e conta com quatro mil membros.
Para Basile, o Brasil ainda corre atrás de outros países em aspectos como o tamanho do mercado - nos Estados Unidos, a instituição possui 70 mil associados -, mas está bem posicionado em relação a tecnologias que auxiliam a atividade. A principal, atualmente, é o uso de auditoria contínua, que monitora os processos da empresa em tempo real e é capaz de vetar fechamentos de negócios que apresentem irregularidades antes que elas aconteçam. O caminho é contrário ao tradicional, no qual os auditores revisam documentos e processos em busca de erros após a conclusão das operações.
A pesquisa mostra que 30% das empresas adotam a auditoria contínua e 54% preveem aumentar seu uso nos próximos cinco anos. No Brasil, a técnica chegou há três anos e Basile espera que ela se popularize no país até 2016.
A construtora Camargo Corrêa, por exemplo, faz uso da prática desde 2009 em 100% de seus projetos. Além do monitoramento contínuo, que é a verificação dos processos de acordo com as regras que regulam os processos, a empresa trabalha com auditoria remota, na qual os profissionais não precisam ir até o local para interromper a operação quando necessário.
"O sistema nos possibilita evitar que o evento se materialize", explica o gerente de auditoria interna e compliance, Luiz Pires. Milhares de operações são processadas diariamente e, quando um novo risco é detectado, ele é incorporado à matriz de risco do sistema, criando novos "filtros".
A equipe de 46 profissionais da Walmart passou a usar a auditoria contínua recentemente. Baseado no trabalho anterior tradicional e com a ajuda de consultores externos e da própria companhia, um sistema de regras foi estabelecido para identificar comportamentos não convencionais. "Hoje, temos uma equipe multidisciplinar que reúne conhecimentos em tecnologia da informação, lógica de programação e negócios", explica o diretor de auditoria de TI e projetos especiais, Cesar Morales.
Valor Econômico - Por Letícia Arcoverde | De São Paulo - via aqui
30 maio 2011
Empresas investem mais em auditoria e controles internos
As empresas brasileiras de grande porte estão investindo mais em seus departamentos de Auditoria Interna, Gerenciamento de Riscos e Compliance/SOX. De acordo com um levantamento realizado pela KPMG no Brasil, o número de organizações que investem de três a dez milhões de reais por ano nesses setores aumentou oito pontos percentuais entre 2009 e 2010.
Esse número sobe para 17 pontos percentuais, quando consideradas apenas as empresas com faturamento entre R$ 11 bilhões e R$ 30 bilhões, maioria no universo de companhias pesquisadas, com 62% de representatividade.
Outros resultados do levantamento apontam que a maioria das organizações possui a atividade de auditoria interna (90%) e que há um aumento de na terceirização das atividades ligadas a esses departamentos. 60% têm departamento de gerenciamento de riscos e 70% tem departamento de Compliance.
Em 70% dos casos, essas organizações possuem um diretor específico relacionado a essas áreas e 50% das empresas tem uma equipe de 11 a 40 profissionais. Novamente, os números aumentam consideravelmente entre empresas com faturamento entre 11 e 30 bilhões de reais: 75% contam com um diretor e 66% tem equipe entre 11 e 40 profissionais.
“O estudo demonstra o aumento da preocupação em implantar mecanismos de monitoramento de compliance interno e externo, além de aspectos competitivos como a implementação de uma área de gerenciamento de riscos”, afirma Diogo Dias, diretor da área de Risk & Compliance da KPMG no Brasil e responsável pela pesquisa.
Para esse estudo, a KPMG ouviu diversos setores como siderurgia, energia, bens de consumo, indústrias diversificadas, varejo, telefonia, saneamento, papel e celulose, mídia, automobilística e alimentos.
Fonte: Canal Executivo via Alexandre Alcantara
Esse número sobe para 17 pontos percentuais, quando consideradas apenas as empresas com faturamento entre R$ 11 bilhões e R$ 30 bilhões, maioria no universo de companhias pesquisadas, com 62% de representatividade.
Outros resultados do levantamento apontam que a maioria das organizações possui a atividade de auditoria interna (90%) e que há um aumento de na terceirização das atividades ligadas a esses departamentos. 60% têm departamento de gerenciamento de riscos e 70% tem departamento de Compliance.
Em 70% dos casos, essas organizações possuem um diretor específico relacionado a essas áreas e 50% das empresas tem uma equipe de 11 a 40 profissionais. Novamente, os números aumentam consideravelmente entre empresas com faturamento entre 11 e 30 bilhões de reais: 75% contam com um diretor e 66% tem equipe entre 11 e 40 profissionais.
“O estudo demonstra o aumento da preocupação em implantar mecanismos de monitoramento de compliance interno e externo, além de aspectos competitivos como a implementação de uma área de gerenciamento de riscos”, afirma Diogo Dias, diretor da área de Risk & Compliance da KPMG no Brasil e responsável pela pesquisa.
Para esse estudo, a KPMG ouviu diversos setores como siderurgia, energia, bens de consumo, indústrias diversificadas, varejo, telefonia, saneamento, papel e celulose, mídia, automobilística e alimentos.
Fonte: Canal Executivo via Alexandre Alcantara
15 fevereiro 2011
Do céu ao inferno
Em 2006 VSP Gupta recebeu o “Recognition of Commitment Award (ROC)” do “The Institute of Internal Auditors, USA (IIA)”. Segundo a empresa que empregava Gupta, era um reconhecimento das melhores práticas adotadas pelo auditor interno. É isto, Gupta era auditor interno.
Hoje, Gupta está preso em razão da fraude contábil ocorrida na Satyam.Ele era diretor de auditoria interna e a prisão ocorreu em novembro de 2010.
Hoje, Gupta está preso em razão da fraude contábil ocorrida na Satyam.Ele era diretor de auditoria interna e a prisão ocorreu em novembro de 2010.
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