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Mostrando postagens com marcador auditores. Mostrar todas as postagens
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15 novembro 2013

Frase

They would rather say less not more, because they’re very strongly aligned with management who are concerned about them usurping their role. (Francinne McKenna, ex-auditora, sobre a proposta de novo relatório do auditor)

24 setembro 2013

Apresentação dos auditores EY no Emmy 2013

Ano passado a apresentação da equipe de auditoria foi fantástica, como postado aqui. Este ano a única graça foi o Bob Newhart se misturar entre os auditores da EY. Neste vídeo aparece apenas uma das auditoras.

Definitivamente a noite foi de Newhart!


19 fevereiro 2013

Suspense na Big Four

O mercado de auditoria britânico, assim como da maioria dos países capitalistas desenvolvidos, é dominado pelas quatro grandes empresas - denominadas de Big Four. Uma Comissão de Concorrência, a partir de uma provocação da Câmara dos Lordes, deverá divulgar seus resultados esta semana, informou o The Guardian. A comissão começou sua investigação em 2011 e pode verificar que o mercado de auditoria é um oligopólio.

Para complicar, existem os pareceres limpos que as auditorias deram para empresas problemáticas. Isto irritou os contribuintes e promoveu o apoio a medida do legislativo.

01 dezembro 2012

Aumenta a demanda por auditores

O número de em­presas no Brasil contratando auditores para investigar sus­peitas de fraude e corrupção au­mentou. Somente a Pricewater- houseCoopers (PwC) atendeu 100 companhias de julho de 2011 a se­tembro deste ano. É quase o dobro do número de casos registrados nos 15 meses anteriores a esse período. A KPMG, outra grande firma que opera na área de prevenção e investigação, registrou um crescimento de 30% na procura por seus audito­res entre os meses de janeiro e se­tembro em relação a todo o ano passado. São casos de fraudes inter­nas para beneficiar um grupo de profissionais, de roubos de ativos ou de corrupção envolvendo funcioná­rios e agentes públicos.

Tradicional­mente, os grandes clientes desse tipo de serviço são as multinacionais, que têm de fornecer relatórios à matriz por causa de exigências legais no país de origem. Nos Estados Unidos, no mês passado, uma reportagem do jornal The Wall Street Journal mos­trou que três múltis gastaram juntas um total de 456 milhões de dólares com escritórios de auditoria para investigar e fortalecer seus controles internos na esperança de conseguir penalidades mais leves, ou mesmo escapar de sentenças judiciais seve­ras. A Avon, sob alegação de que empregados pagavam propinas na China; a Weatherford, de óleo e gás, sob suspeita de violação das leis de exportação na Europa, Iraque e Áfri­ca; e a rede varejista Walmart, depois de ter sua subsidiária no México denunciada por prática de suborno de autoridades públicas para conseguir crescer rapidamente no país.

No Brasil, o desfecho dessas in­vestigações muitas vezes é manti­do em sigilo. Os envolvidos são demitidos e o caso é abafado, em­bora existam exemplos recentes noticiados pela imprensa. “O tra­balho que fazemos é muito factual. Levantamos evidências para al­guém da empresa julgar, demitir ou afastar os envolvidos. São pro­vas que também podem ser usadas na Justiça, se necessário”, diz José Francisco Compagno, sócio e líder de investigação de fraudes da consultoria Ernst & Young Terco (EY&T). Atualmente, José Fran­cisco lidera uma equipe de 50 pes­soas. Em 2005, ela tinha apenas cinco profissionais. No ano passa­do, a EY&T atendeu 70 empresas, quase metade delas brasileiras. Por causa do crescimento na demanda, o time de auditores da PwC, espe­cializados nessa atividade, aumen­tou de três para 32 nos últimos três anos. Na KPMG, foram contratados cinco auditores este ano — a equi­pe tem atualmente 30.

Segundo Leonardo Lopes, diretor da área de investigação da PwC, em 90% dos casos a existência de corrupção é comprovada. “Apesar de a maioria das suspeitas de frau­des se confirmar, acredito que a quantidade dessas descobertas nem se alterou tanto assim. O que mu­dou mesmo foi a consciência dos acionistas e dos gestores, princi­palmente aqueles de companhias brasileiras, que estão mais atentos aos deslizes dos empregados”, diz Humberto Salicetti, sócio e líder da área de investigação da KMPG. Os casos mais comuns estão em em­presas dos setores farmacêutico, de telecomunicações, construção civil, infraestrutura e financeiro. Normalmente, basta uma suspeita ou uma denúncia anônima para ativar o alerta das companhias e acionar uma investigação interna, que pode custar de 20 000 reais, para um caso simples que dure até duas semanas, a 1 milhão de reais ou mais, para casos mais complexos de até um ano de investigação.

Lei brasileira

Como se vê, esse mercado de inves­tigação tem crescido no Brasil e no mundo, dando também mais opor­tunidade de trabalho a profissionais com diversas formações, principal­mente advogados, financistas e engenheiros que lidam com proces­sos internos e normas. Se depender do Projeto de Lei 6 826/10, de au­toria da Presidência da República, que tramita na Câmara dos Depu­tados, a preocupação das compa­nhias por aqui de serem pegas com suspeita de fraude e atos de cor­rupção vai aumentar e os serviços de auditorias investigativas tam­bém. As firmas que ainda não têm profissionais internos na área res­ponsável por fazer cumprir as nor­mas de conduta, terão de contratar, avaliam os especialistas.

O projeto, que está sob análise de uma comissão especial na Câmara, responsabiliza administrativa e civilmente as empresas e seus pro­fissionais por atos praticados por qualquer agente ou órgão que as represente contra a administração pública (nacional ou estrangeira), com punições severas, como multas de 0,1% a 20% do faturamento bru­to anual até a suspensão temporá­ria ou dissolução da companhia. Hoje, apenas pessoas físicas são punidas. “Isso reduzirá muito os casos de corrupção, pois não vai adiantar apenas afastar o funcio­nário, como as empresas estão acostumadas a fazer nesses casos. Elas vão ser responsabilizadas de qualquer forma”, diz o relator do projeto, o deputado federal Carlos Zarattini (PT-SP). Se aprovado pela comissão, o projeto segue direto para avaliação do Senado.

Entretanto, um movimento endos­sado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) trabalha para que ele seja revisto e votado pelo plená­rio da Câmara antes disso. Se acon­tecer, a previsão é de que o projeto não vire lei por mais um ano. “Ques­tionamos a falta de defesa por parte da empresa, que o projeto ignora impondo uma culpa presumida”, diz Sérgio Campinho, advogado da CNI. O projeto de lei é uma resposta do Brasil à convenção anticorrupção da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), de 1997. Dos 33 países sig­natários, o Brasil é um dos três, ao lado da Argentina e Irlanda, que ain­da não têm legislação sobre o assun­to. O projeto brasileiro se espelha na americana FCPA e na inglesa UK Bribery - leis estrangeiras que pu­nem delitos de fraude corporativa.

O número de empresas com códi­gos rígidos ainda é pequeno. Das 1 400 companhias associadas ao Instituto Ethos, pouco mais de 200 assinaram um pacto para a instala­ção de códigos de ética e condutas. “Um código é um início importante. Passa a mensagem para aprofundar o assunto, depois qualificar e treinar os funcionários para esse risco, atuando também na cadeia que lhe presta serviço”, diz Jorge Abrahão, presidente do Instituto Ethos.

Se já está demonstrado que a cor­rupção não é um fenômeno restrito ao Brasil, e que os avanços das rela­ções internacionais e a intensifica­ção da globalização elevaram o risco de fraude, identificar situações de atos suspeitos é primordial para um profissional que não quer se envolver e arriscar sua carreira. Manter as conversas estritamente profissionais nas negociações, principalmente nas relações com o poder público, é uma maneira de se defender.


Esquadrão antifraude - 30 de Novembro de 2012 - Revista Você S/A - LUIZ DE FRANÇA

22 março 2012

Mercado para Auditores

São 40% menos auditores do que o necessário, ou seja, das cinco mil vagas necessárias, o país supre apenas três mil.

Como resultado, a remuneração inicial para o cargo de auditor externo de R$ 1,5 mil pode chegar até R$ 4 mil para universitários.

A estimativa é da KSI Brasil, empresa de auditoria e consultoria com foco nas pequenas e médias empresas.

Na avaliação de Ismael Martinez, sócio-diretor da KSI Brasil, a escassez de profissionais na área deve-se ao aumento da procura por serviços contábeis pelas empresas e a baixa procura dos jovens pela carreira de contabilidade.

Desde 2010, todas as grandes empresas são obrigadas a adequarem seus balanços contábeis à IFRS (International Financial Reporting Standards).

"As pequenas e médias acabam fazendo o mesmo para melhorarem sua imagem no mercado, pois é por meio do balanço patrimonial da empresa que o mercado tem uma leitura da sua situação", afirma Martinez.


Fonte: Aqui

09 janeiro 2012

Frase

“O auditor decididamente não deve ser um confiável conselheiro para a companhia”

Discurso de Jim R. Doty Presidente do PCAOB (Public Company Accounting Oversight Board)

22 novembro 2011

Olympus

tinha comentado anteriormente (postagem de 12 de novembro) o texto de Weil sobre os escândalos contábeis. Na sexta saiu o texto traduzido no Valor Econômico (18 nov 2011, via aqui), que apresento abaixo:

Se você por acaso adora acompanhar escândalos contábeis, então possivelmente nunca viu um período tão bom como os últimos meses, encerrado com chave de ouro pelos desdobramentos do desastre na Olympus. Por outro lado, se você trabalha como auditor numa grande firma de contabilidade, ficou muito mais difícil justificar que a sociedade deva valorizar os seus serviços.


O golpe praticado na Olympus era simples, ainda que os meios tenham sido, por vezes, exóticos. A fabricante japonesa de câmeras e endoscópios ocultou prejuízos tratando-os como ativos. Segundo a companhia, assim foi desde os anos 1990. Isso poderia ter permanecido em segredo, caso o executivo da Olympus, um britânico chamado Michael C Woodford, não tivesse feito pressão internamente para resolver o assunto, em resposta a uma reportagem de uma revista japonesa sobre alguns dos negócios menos ortodoxos da companhia. O conselho de administração da Olympus reagiu demitindo Woodford, apenas seis meses no cargo. Agora, vemos que suas advertências sobre as finanças da empresa estavam certas.


Onde estavam os auditores? Embora ainda não conheçamos a plena extensão do que eles sabiam e quando, basta ver quem eram os auditores externos para saborear o fascínio da história.


A auditoria da Olympus na década de 1990 era a afiliada japonesa da Arthur Andersen, à época uma das chamadas "Cinco Grandes" firmas de contabilidade. Depois que a Andersen entrou em colapso em 2002, a KPMG adquiriu sua operação no Japão, que atuava sob o nome de Asahi & Co, e assumiu a auditoria da Olympus. A KPMG permaneceu como auditora até 2009. A Olympus passou a usar os serviços da Ernst & Young no fim daquele ano.


Desse ângulo, parece que os fantasmas de Andersen ainda estão assombrando os corredores empresariais. A firma foi indiciada em 2002 devido a sua conduta como auditora da Enron, empresa americana de energia, no que equivaleu a sua sentença de morte. Na esteira desses acontecimentos, grandes fraudes contábeis vieram à tona em muitos dos ex-clientes da empresa - uma lista de nomes onde compareceram a WorldCom, Dynegy, Qwest, Freddie Mac e Refco. A Olympus parece estar a caminho de entrar para a mesma lista. Foi necessária apenas cerca de uma década a mais para os problemas emergirem.


O "Financial Times" informou no mês passado que a KPMG efetivamente levantou em determinado momento algum questionamento sobre a contabilidade da Olympus. Nenhuma divergência entre a KPMG e a Olympus foi divulgada publicamente, embora saiba-se agora que houve divergências, segundo um artigo, em 4 de novembro, no jornal britânico "Daily Telegraph".


A Ernst & Young também não levantou quaisquer problemas.


O mais recente relatório de auditoria da E&Y, firmado em 29 de junho, observou que a firma auditou as demonstrações financeiras da Olympus apenas para os anos fiscais de 2010 e 2011, e que os livros da empresa referentes a 2009 foram examinados "por outros auditores", que apresentaram um parecer sem ressalvas". Agora, tanto a Ernst & Young como a KPMG estão numa saia justa.


Podemos ouvir ecos de escândalos passados também no colapso da MF Global Holdings, construído em parte por meio de uma aquisição dos ativos da Refco em 2005, depois que a corretora de futuros faliu naquele mesmo ano. Os espectadores do escândalo Enron podem recordar, por exemplo, que os executivos da empresa de Houston não tinham como controlar a quantidade de dinheiro que a companhia tinha em determinado momento. Após as falências da Enron e da WorldCom, o Congresso aprovou em 2002 uma lei exigindo que os altos executivos certificassem a eficácia dos controles internos de suas empresas sobre seus relatórios financeiros. Relatórios de auditores sobre os controles internos tornaram-se também uma exigência.


A PricewaterhouseCoopers, auditoria externa da MF Global, disse em maio, que os controles MF estavam em ordem, e que tudo estava bem também com Jon Corzine, à época executivo-chefe da MF. Se essas afirmações estavam corretas é algo agora em questão. Mais de uma semana após a MF ter pedido concordata, há ainda cerca de US$ 600 milhões de clientes desaparecidos sem causa definida.


Então, no mês passado, houve a implosão do Dexia, gigantesco banco franco-belga que recebeu um socorro do governo para evitar seu colapso. Em março, o Dexia recebeu um parecer positivo da afiliada belga da Deloitte & Touche. O mercado finalmente percebeu que seu balanço era uma farsa.


São tantas as grandes companhias que sofreram colapsos após terem sua contabilidade aprovada pelas Quatro Grandes firmas de auditoria que muita gente considera seus pareceres uma piada. Afinal de contas, é o cliente quem paga as auditorias. (Opa, nenhum conflito nisso!) Há décadas as agências fiscalizadoras vêm tentado descobrir maneiras de contornar essa falha fundamental no modelo de negócios do setor, colocando em vigor todo tipo de regras exigindo que os auditores sejam "independentes", por mais tola que essa noção possa, por vezes, parecer. Apesar disso tudo, continuam assomando novas ondas de escândalos contábeis,.


No entanto, o próximo passo lógico - tirar da profissão contábil a sua galinha de ouro, tornando as auditorias voluntárias, em vez de obrigatórias, para as empresas de capital aberto -, sempre pareceu uma péssima ideia, porque seria praticamente um convite para mais fraudes. Nem há muito apetite para que terceiros, como governos nacionais, paguem pelas auditorias nas empresas. Os resultados provavelmente não seriam melhores.


Pelo menos, o público pode deleitar-se com o valor de entretenimento em todos esses escândalos. Pode não haver fiapos de otimismo quando tanta riqueza e tantas vidas são destruídas, mas é algo capaz de nos distrair da conclusão óbvia de que estamos atados, por ora, a um sistema que, muito frequentemente, não funciona.


O maior temor para o cartel das Quatro Grandes deve ser que os investidores um dia fiquem tão fartos, que exijam uma mudança total no status quo, por concluir que nada têm a perder. Ainda não chegamos a esse ponto, mas poderemos. Se as auditorias não conseguirem descobrir uma forma de reincutir valor em seu produto mais básico, até mesmo soluções horríveis poderão começar a parecer melhorias substanciais.