A CVM pretende aumentar o rigor com os auditores externos. Segundo o Valor Econômico (CVM eleva rigor na fiscalização de auditores externos, via aqui), isto inclui a exigência de comunicação sobre deficiências de controle de risco para todas as empresas clientes e a necessidade que um auditor tenha seu trabalho avaliado por outro auditor ou firma de auditoria.
Num dos trechos o jornal abriu a palavra para o Ibracon, que obviamente defende os interesses dos auditores. O diretor técnico do Ibracon:
afirmou que vai pedir à CVM um detalhamento maior sobre os problemas identificados na avaliação da revisão externa, e pretende envolver no processo o Conselho Federal de Contabilidade (CFC)
Parece que o Ibracon precisa do apoio do CFC para defender seu ponto de vista. Mas não "fiscalizar" a profissão.
Mostrando postagens com marcador auditor externo. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador auditor externo. Mostrar todas as postagens
18 janeiro 2017
28 junho 2016
Masp e o auditor independente
Eis uma decisão do STJ que interessa a todos os auditores:
Auditor independente não tem responsabilidade civil por desvio fraudulento realizado por funcionário da empresa auditada, durante o contrato de prestação de serviço, segundo decisão unânime da Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Entre 2001 e 2004, o Museu de ArteModerna de São Paulo (Masp) contratou a empresa Tufani, Reis e Soares Auditores Independentes para ampliar o controle de quatro lojas abertas pela entidade para divulgação e comercialização de objetos de arte.
Em janeiro 2004, no entanto, foi identificado um deficit de R$ 190 mil. A direção do Masp realizou uma revisão das contas e descobriu que o prejuízo foi resultado de desvio feito por funcionária do próprio museu.
Após detectar a fraude, o Masp enviou correspondência para a empresa de auditoria, notificando o desvio e rescindindo o contrato de prestação de serviços, além de cobrar o valor desviado. A disputa foi parar na Justiça.
O juiz da 39ª Vara Cível do Estado de São Paulo julgou improcedente o pedido do Masp. Inconformado, o museu recorreu ao Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), que manteve a sentença do juiz. Para o tribunal paulista, o desvio foi feito por funcionária do museu e não houve “descumprimento de obrigação contratual” por parte da empresa de autoria.
Relator
O Masp recorreu então ao STJ, cabendo a relatoria do caso ao ministro Luis Felipe Salomão, da Quarta Turma, especializada em direito privado. No voto, o ministro sublinhou que a auditoria tem por objetivo verificar os registros contábeis da empresa auditada e sua conformidade com os princípios de contabilidade.
Segundo o ministro, a auditoria consiste em controlar áreas-chaves nas empresas para que se possam evitar situações que provoquem fraudes, desfalques e subornos, por meio de verificações regulares nos controles internos específicos de cada organização.
“Dessa feita, para se constatar a responsabilidade civil subjetiva do auditor, em função de ato doloso ou culposo por ele praticado, há que se demonstrar não apenas o dano sofrido, mas também deve haver um nexo de causalidade com a emissão do parecer ou relatório de auditoria”, disse o relator.
Para o ministro, não cabe ao auditor independente executar ação dentro da empresa, ao constatar fraude ou erro nos registros. “A incumbência, no caso, é estritamente ligada a esta (empresa), que detém o know-how do seu próprio empreendimento”, afirmou o ministro, ao manter a decisão do TJSP.
Auditor independente não tem responsabilidade civil por desvio fraudulento realizado por funcionário da empresa auditada, durante o contrato de prestação de serviço, segundo decisão unânime da Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Entre 2001 e 2004, o Museu de Arte
Em janeiro 2004, no entanto, foi identificado um deficit de R$ 190 mil. A direção do Masp realizou uma revisão das contas e descobriu que o prejuízo foi resultado de desvio feito por funcionária do próprio museu.
Após detectar a fraude, o Masp enviou correspondência para a empresa de auditoria, notificando o desvio e rescindindo o contrato de prestação de serviços, além de cobrar o valor desviado. A disputa foi parar na Justiça.
O juiz da 39ª Vara Cível do Estado de São Paulo julgou improcedente o pedido do Masp. Inconformado, o museu recorreu ao Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), que manteve a sentença do juiz. Para o tribunal paulista, o desvio foi feito por funcionária do museu e não houve “descumprimento de obrigação contratual” por parte da empresa de autoria.
Relator
O Masp recorreu então ao STJ, cabendo a relatoria do caso ao ministro Luis Felipe Salomão, da Quarta Turma, especializada em direito privado. No voto, o ministro sublinhou que a auditoria tem por objetivo verificar os registros contábeis da empresa auditada e sua conformidade com os princípios de contabilidade.
Segundo o ministro, a auditoria consiste em controlar áreas-chaves nas empresas para que se possam evitar situações que provoquem fraudes, desfalques e subornos, por meio de verificações regulares nos controles internos específicos de cada organização.
“Dessa feita, para se constatar a responsabilidade civil subjetiva do auditor, em função de ato doloso ou culposo por ele praticado, há que se demonstrar não apenas o dano sofrido, mas também deve haver um nexo de causalidade com a emissão do parecer ou relatório de auditoria”, disse o relator.
Para o ministro, não cabe ao auditor independente executar ação dentro da empresa, ao constatar fraude ou erro nos registros. “A incumbência, no caso, é estritamente ligada a esta (empresa), que detém o know-how do seu próprio empreendimento”, afirmou o ministro, ao manter a decisão do TJSP.
28 agosto 2015
Rir é o melhor remédio
Coisas que não se devem ser ditas para os auditores (eles não têm senso de humor):
“Não falamos com aqueles que foram para o lado negro”
“Quem mesmo você disse que é?”
“Não faça perguntas!”
“Nós preparamos uma surpresinha para você. Veja se consegue encontrá-la”
“Livros? Que coleção você quer?”
“Você deve ter percebido que o meu nariz está crescendo um pouco”
“Ufa! É trabalho árduo ficar naquela picotadora de papel 24h por dia, 7 dias por semana!”
“Algum evento significativo este ano? Não me vem nada à mente. Ah! Quase me esqueci. O contador superintendente ficou demente por seis meses após todos os arquivos terem sido apagados por um estagiário não autorizado do setor de informática, mas foi só isso.”
“Diretora Financeira? Não, ela não está aqui. Ela parou de vir há uns três meses”
“Você não vai acreditar! Meu filho pré-adolescente aprendeu a reprogramar o sistema financeiro. Quão fantástico é isso?”
Adaptado daqui.
“Não falamos com aqueles que foram para o lado negro”
“Quem mesmo você disse que é?”
“Não faça perguntas!”
“Nós preparamos uma surpresinha para você. Veja se consegue encontrá-la”
“Livros? Que coleção você quer?”
“Você deve ter percebido que o meu nariz está crescendo um pouco”
“Ufa! É trabalho árduo ficar naquela picotadora de papel 24h por dia, 7 dias por semana!”
“Algum evento significativo este ano? Não me vem nada à mente. Ah! Quase me esqueci. O contador superintendente ficou demente por seis meses após todos os arquivos terem sido apagados por um estagiário não autorizado do setor de informática, mas foi só isso.”
“Diretora Financeira? Não, ela não está aqui. Ela parou de vir há uns três meses”
“Você não vai acreditar! Meu filho pré-adolescente aprendeu a reprogramar o sistema financeiro. Quão fantástico é isso?”
Adaptado daqui.
29 novembro 2013
Pagamento de auditores influencia na qualidade do trabalho
Um trabalho realizado por pesquisadores do MIT e de Harvard na Índia mostraram resultados importantes sobre o setor de auditoria. Considerando que existe um conflito de interesses no atual modelo de auditoria, no qual a empresa auditada contrata e paga o auditor externo, o estudo analisou uma alternativa: os auditores foram designados de maneira aleatória e recebiam valores fixos.
O resultado do estudo mostrou que o sistema atual está corrompido, o número de ressalvas é menor que no sistema aleatório. O estudo original pode ser encontrado aqui
O resultado do estudo mostrou que o sistema atual está corrompido, o número de ressalvas é menor que no sistema aleatório. O estudo original pode ser encontrado aqui
Assinar:
Postagens (Atom)