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Mostrando postagens com marcador andersen. Mostrar todas as postagens
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08 setembro 2014

Andersen esta de Volta!!

Com o escândalo da Enron, a empresa de auditoria Arthur Andersen foi fechada. A empresa de auditoria formava a “big five”, juntamente com a Deloitee, KPMG, Price e Ernst Young. A Andersen foi acusada de destruir documentos quando o governo dos Estados Unidos começou a investigar a contabilidade da Enron, a empresa não deixou muita saudade.

Mas a Andersen está de volta! Uma empresa de São Francisco, chamada WTAS, composta por antigos empregados da Arthur Andersen, adquiriu os direitos de usar o nome Arthur Andersen. E imediatamente modificou seu nome para Andersen Tax. A empresa possui até endereço, www.andersentax.com, com o slogan “um nome do passado, uma empresa para o futuro”.

Leia mais aqui e aqui

21 março 2013

Fraude


A fraude é um dos temas mais relevantes na literatura contábil. Os pesquisadores tentam fazer uma estimativa do seu tamanho e do seu custo. Aqueles que fazem consultoria na área superestimar o problema, pois isto vende seus serviços. Os administradores gostariam de acreditar que a fraude é algo localizado, que não exige uma atitude mais enérgica dos reguladores.

As pesquisas na área possuem uma grande dificuldade em obter uma base de dados confiáveis. Geralmente se utiliza das fraudes conhecidas, mas não sabemos com precisão da grande quantidade de fraudes que foram incorridas, mas não detectadas. Três pesquisadores fizeram um avanço significativo sobre o assunto de uma maneira original. Eles usaram dados sobre fraudes que ocorreram e foram descobertas. A partir daí, os pesquisadores fizeram uma suposição conservadora de que todas as fraudes do período foram descobertas.  Esta suposição é bastante forte, mas eles utilizaram os dados do período em que a empresa de auditoria Artur Andersen faliu. Os clientes da Andersen tiveram que procurar outra empresa de auditoria; naquele momento, diante da desconfiança generalizada sobre a qualidade do trabalho da Andersen, estas empresas foram auditadas de maneira muito criteriosa.

Apesar das empresas que eram auditadas pela Andersen e das outras empresas apresentarem características similares nos fatores que geralmente são encontrados em empresas que cometeram fraudes, o rigor do primeiro grupo foi muito maior. A comparação entre os dois conjuntos de empresa revelou um potencial de fraudes que não é detectado numa situação normal. A conclusão da pesquisa é alarmante: acredita-se que 14,5% das grandes empresas de capital aberto dos Estados Unidos estejam envolvidas com fraudes. Numa estimativa conservadora, os pesquisadores acreditam que este número seja de 5,6%.

A existência de fraude numa empresa tem um grande custo para sociedade. A divulgação destes casos tem um efeito imediato sobre o preço da ação da empresa. Os pesquisadores calcularam o efeito sobre o valor do empreendimento das empresas e encontraram que elas perdem 20,4%. Quando comparado com todas as empresas, a fraude significa uma redução no preço de 3%. Este seria o custo para sociedade.

Leia mais em DYCK, Alexander; MORSE, Adair; ZINGALES, Luigi. How Pervasive is corporate fraud?  2013. Leia também aqui outro artigo sobre o assunto

12 novembro 2011

Olympus, ainda

Hoje os dois principais colunistas internacionais que tratam de contabilidade criticaram pesadamente o que está sendo produzido. Inicialmente o texto do Jonatham Weil (Financial Scandal Fans Never Had It So Good), que trata do mais recente escândalo contábil, da Olympus.

Em linhas gerais, a empresa escondia perdas, considerando-as como ativos, desde a década de noventa. Tudo ficaria escondido se um executivo externo, recentemente contratado, não insistisse em questionar algumas operações estranhas. Woodford, o executivo, foi demitido, mas falou que algo de estranho estava ocorrendo na empresa.

No seu texto Weil pergunta pelos auditores. A empresa era auditada na década de noventa por uma filial da finada Arthur Andersen. Com a falência da Andersen, a KPMG assumiu a auditoria da empresa e ficou lá até 2009, quando a Ernst & Young assumiu. Recentemente foi informado que a KPMG teria feito a sua parte (veja aqui a postagem do blog), mas as divergências só tornaram públicas após o escândalo.

No último parecer, assinado em 29 de junho pela E&Y foi sem ressalva, mas destacando que os anos de 2009 foram auditados por outra empresa, "sem ressalva", informa Weil.

Weil lembra que recentemente a Price cometeu falhas com a MF Global (veja aqui postagem sobre o assunto) e que a Dexia, auditada pela Deloitte, também teve problemas.

Segundo Weil, "muitas pessoas consideram letras auditor opinião como uma brincadeira. E o cliente paga o auditor, depois de tudo." Assim, Weil lembra da possibilidade de tornar a auditoria opcional para empresas com ações negociadas no mercado de capitais. Uma medida drástica, mas talvez necessária num mercado farto das falhas das auditorias.

29 dezembro 2010

Enron

Durante o escândalo da Enron, Carl Bass e Thomas Bauer, como auditores da Arthur Andersen LLP, perceberam que existia algo de errado com a empresa auditada. Bass e Bauer avisaram seus supervisores da possibilidade de existirem problemas com a contabilidade da empresa de energia do Texas.

Agora, quase dez anos depois da falência da Enron e da Andersen, por conta do escândalo contábil, os registros de CPA de Bass e Bauer estão sendo cassados. A acusação é que ambos são inaptos para exercerem a profissão. A medida está sendo tomada pelo Texas State Board of Public Accountancy, que acredita que eles violaram as normas profissionais no exercício da profissão de auditor.

O caso ainda está em discussão na justiça, mas o diretor-executivo do conselho texano citou que o escândalo da Enron provocou perdas para os acionistas e funcionários.