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Mostrando postagens com marcador Whatsapp. Mostrar todas as postagens
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14 setembro 2023

A terra do WhatsApp

Todos conhecem o WhatsApp, que alguns no Brasil chamam de "zap". O texto abaixo mostra como o aplicativo é dominante no Brasil: 

 O WhatsApp, antes exclusivamente um aplicativo de mensagens, expandiu seus horizontes ao entrar no mundo dos negócios. Embora tenha sido por muito tempo uma ferramenta de comunicação preferida por bilhões de usuários em todo o mundo, agora está causando impacto no mundo empresarial, graças a recursos como o WhatsApp Pay. Uma jogada promissora, dada a impressionante abrangência dos serviços do WhatsApp. 

Em muitos países da Europa e da América Latina, o WhatsApp domina como o principal serviço de mensagens, com taxas de uso acima de 80%. Em países como Brasil ou México, as taxas de uso ultrapassaram 90% em 2022, de acordo com o DataReportal, We Are Social e Meltwater. 


Em junho de 2022, o Brasil registrou quase 70 milhões de downloads do aplicativo WhatsApp Business, tornando-se o terceiro maior globalmente naquele mês. Em dezembro de 2022, o Brasil liderou em receita gerada pelo aplicativo, com incríveis US$ 5,28 bilhões, superando de longe outros países. Essa cifra destaca a relevância que a América Latina, especialmente o Brasil, tem para o WhatsApp. 

A dominância do Brasil não é apenas uma coincidência; ela é respaldada por movimentos estratégicos. A decisão do Meta de testar a função de pagamento do WhatsApp no Brasil representa o papel fundamental do país. Em 2019, o WhatsApp Pay foi lançado inicialmente no Brasil, com o objetivo de rivalizar com o sucesso do WeChat na China. 

Desde dezembro de 2022, o WhatsApp Pay retornou ao país, desta vez com uma forte parceria com a plataforma de comércio eletrônico Mercado Livre. Essa movimentação representa um objetivo estratégico de explorar uma nova fonte de receita, aprimorando a importância do WhatsApp na estratégia de negócios geral do Meta - com o Brasil desempenhando um papel central como mercado pioneiro. Resumindo, o aplicativo WhatsApp Business, projetado para comunicação de pequenas empresas, obteve um sucesso significativo no Brasil, com o país liderando na geração de receita.

17 fevereiro 2023

Whatsup como meio de comunicação de uma empresa

Eis uma notícia importante sobre o uso do WhatsApp como forma de comunicação em uma empresa:

O Deutsche Bank vai reduzir o bónus aos funcionários que utilizaram o WhatsApp de forma indevida para comunicações relacionadas com o negócio da empresa.

A decisão do banco alemão surge depois de este, juntamente com outras entidades bancárias, ter chegado a acordo com os reguladores norte-americanos no âmbito de uma investigação ao setor da banca pelo uso indevido de plataformas de comunicação. Acordo este que custou milhões de dólares a várias instituições.


Desta forma, os funcionários do banco que foram apanhados a utilizar aplicações de mensagens não autorizadas vão ver uma "redução substancial" no pagamento, revelaram fontes conhecedoras do tema à Bloomberg. Estes cortes vão afetar remunerações referentes a 2022 que estão ainda por pagar. 

"Dependendo da quantidade e da qualidade das violações isto irá também impactar a avaliação do desempenho, a compensação individual e a promoção e pode levar a medidas disciplinares", revelou o banco, num comunicado.

Medidas semelhantes foram tomadas pelo J.P Morgan e pelo Morgan Stanley, que já anunciaram a aplicação de multas a vários executivos. Também o Barclays, que faz parte do leque de instituições que chegou a acordo com os reguladores norte-americanos, fez saber na passada quinta-feira que reduziu o valor dos bónus de forma a punir os trabalhadores.

No final do ano passado, os reguladores norte-americanos anunciaram que chegaram a acordo com 16 entidades financeiras num caso que consistiu numa falha na monitorização do uso de aplicações não autorizadas por parte dos funcionários destas entidades. As empresas, entre as quais estão nomes como o Goldman Sachs e o Citigroup, acordaram pagar aos reguladores 1,11 mil milhões de dólares. 

As regras do setor ditam que as entidades financeiras devem monitorizar e arquivar as comunicações relacionadas com o negócio de modo a que, se necessário, estas possam ser verificadas mais tarde. Contudo, este sistema tem visto cada vez mais desafios devido à crescente utilização de aplicações de mensagens e, sobretudo, com a implementação do teletrabalho devido à pandemia de covid-19.

Para o regulador, o uso do Whatsup torna muito mais difícil de rastrear as decisões que foram tomadas. Mas seria mais uma intromissão do regulador nos negócios de uma empresa? Talvez seja uma questão de controle interno também. A comunicação via e-mail é formalizada e fica "gravada" de forma permanente, enquanto as mensagens do aplicativo pode ser apagada regularmente. 

Inicialmente quando li a notícia, pareceu razoável a solicitação do regulador. Mas depois, pensando melhor, creio que é possível monitorar o uso de aplicativos. 

[Um parênteses aqui: na função de orientador, eu prefiro a comunicação via e-mail, talvez por este sentimento de ter o registro arquivado das conversas]

26 fevereiro 2014

Facebook comprou um problema?

Sobre a aquisição do Facebook, eis um texto interessante que concentra na aquisição:

Um dia após o Facebook ter anunciado sua maior aquisição, Wall Street estava preocupada com a possibilidade de a rede social ter pago um preço altíssimo por uma empresa com poucas perspectivas de trazer muito dinheiro no futuro próximo.

O Facebook concordou em comprar o WhatsApp, um serviço de mensagens para celulares em rápido crescimento, por US$ 16 bilhões, além de US$ 3 bilhões em ações oferecidas aos fundadores e funcionários da startup.

O problema é que esses fundadores, Jan Koum e Brian Acton, parecem detestar anunciantes – e a publicidade constitui o alicerce financeiro do Facebook. Eles também demonstram aversão à maioria das outras formas de ganhar dinheiro com serviços ao consumidor na internet.

(...) Numa reunião de teleconferência com analistas a respeito da compra do WhatsApp, Zuckerberg  (foto) disse a eles que os anúncios não são a única maneira de ganhar dinheiro com mensagens.

Isso gerou preocupação em Wall Street. Recentemente, Zuckerberg resolveu o problema da falta de receita do Facebook nos celulares com novos tipos de anúncios. Agora, ele gastou quase US$ 20 bilhões para assumir um problema de ‘monetização’ nas mensagens – e a solução anterior não pode ser aplicada neste caso.

Incluindo o prêmio em ações, o Facebook está pagando US$ 19 bilhões pelo WhatsApp. Para justificar tal preço, o WhatsApp teria de gerar cerca de US$ 1 bilhão em fluxo de caixa anual até 2018, estimou Wieser.

Esta geração de caixa tende a ser maior, já que o texto está assumindo um fluxo de caixa denominado de periodicidade (ou anuidade). Neste caso, o fluxo é constante no tempo; mas este não deve ser o padrão do WhatsApp, que irá parte de um fluxo reduzido nos primeiros anos. Isto faz com que o volume de caixa a ser gerado seja superior a este 1 bilhão.

“A empresa ofereceu poucos dados para sustentar tal suposição, pois são poucos os dados disponíveis”, acrescentou o analista. “E os administradores indicaram esperar que o WhatsApp se ocupe do produto e do usuário em vez de encontrar formas de ganhar dinheiro.” Ken Sena, analista da Evercore, rebaixou a nota dos papéis do Facebook ontem, dizendo haver um ponto de interrogação envolvendo a melhor maneira de ganhar dinheiro com serviços de mensagens como o WhatsApp.

Estas poucas informações são decorrentes do próprio negócio. Empresas que estão iniciando num negócio tendem a ter poucas informações. O rebaixamento das ações do Facebook é típico de uma situação de aquisição, quando não se tem muitas informações. Talvez se o mercado avaliasse que o Facebook eliminou uma ameaça, a reação não teria sido tão forte.

Instagram. Wall Street também se preocupou com a forma de ganhar dinheiro a partir do Instagram, e os analistas ficaram aliviados quando o serviço começou a exibir anúncios no ano passado.

Esta opção não vale para o WhatsApp. Em vez disso, o serviço cobra atualmente US$ 1 pelo uso após o primeiro ano.

Se o WhatsApp conseguir que um bilhão de usuários paguem um dólar por ano, isto pode gerar uma renda anual de US$ 1 bilhão, o equivalente a um lucro operacional de US$ 600 milhões.

De acordo com a estimativa de Mahaney, isso representaria um ganho de aproximadamente US$ 0,12 por ação em lucro extra para o Facebook em 2015.

Isso reduziria muito o impacto da emissão de muitas novas ações por parte do Facebook para pagar a aquisição – jogada que dilui o lucro teoricamente disponível para os acionistas da empresa.

“Talvez essas suposições soem agressivas, mas existe também a distinta possibilidade de o potencial de monetização do WhatsApp superar em muito a marca de US$ 1 por ano”, disse Mahaney.

Mas nem todos estão convencidos desse potencial. Wieser, da Pivotal, acredita que se o WhatsApp cobrasse US$ 2 por ano, muitos usuários migrariam para outro serviço de mensagens que cobrasse menos ou não tivesse assinatura.

Não é difícil para que outra empresa com software competente e habilidade no desenvolvimento de produtos crie um aplicativo como o WhatsApp. Já há muitos rivais do WhatsApp, e alguns deles fazem sucesso em diferentes partes do mundo. O Kakao é grande na Coreia do Sul, o Line domina no Japão e o WeChat lidera na China.