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27 janeiro 2019

Despesa para ganhar o Oscar

Harvey Weinstein tinha um grande número de estratégias para fazer com que os filmes que produzia ganhassem prêmios.

A empresa de streaming Netflix parece desejar muito prêmios para ser levada à sério como produtora. E esta apostando muito no filme Roma. Enquanto o filme teve um custo de US$15 milhões, a empresa tem um orçamento de US$25 milhões na campanha do filme. Isto inclui Angelina Jolie na campanha, material promocional para os eleitores, livro de 200 páginas, chocolates artesanais com bilhete da atriz protagonista. E também um spot publicitário na CBS, anúncios impressos e digitais, um coquetel de degustadores (com a presença de Jolie).

Uma das condições para um filme concorrer ao Oscar é ser exibido em cinemas. Muitos concorrentes divulgam os números de receita obtida no cinema. No caso de Roma, a Netflix não somente não divulga como restringiu o lançamento a um número de locais o suficiente para cumprir os critérios. 

Roma é um filme adorado pelos críticos; mas nem tanto pelo público. No Metacritic a avaliação é muito positiva, uma das melhores de todos os tempos. Mas no IMBD, onde prevalece a crítica os não especialistas, sua nota é 8, bem abaixo de uma unanimidade. (Uma nota: comecei a ver e não consegui acabar)

Assim, os eleitores do Oscar, optando pelo filme, estarão concordando com os críticos e com a campanha de marketing. Muitos deles (muitos mesmo) sequer assistem os filmes que concorrem, mas votam e são influenciados por estes gastos. Não por coincidência, a pessoa que comanda a campanha do filme é Lisa Taback que trabalhou para ... Harvey Weinstein, com Shakespeare Apaixonado, Discurso do Rei, Spotlight e Moonlight.

Fonte: The Telegraph. Fonte da fotografia: aqui (montagem a partir de uma cena do filme)

20 março 2018

Notícias da Weinstein Co

A empresa Weinstein Company decretou falência nesta semana. Acredita-se que esta medida poderia facilitar a venda da empresa para um investidor. Ao mesmo tempo, a empresa anunciou estar liberando as vítimas e testemunhas que assinaram acordos de confidencialidade. Estes acordos podem ser encerrados pela outra parte, facilitando a apuração das denúncias contra Harvey Weinstein.

02 março 2018

Atualizando as notícias

A Weinstein Co, que estava ameaçada de falência, pode ser salva por um acordo de aquisição.

O acordo foi alcançado após intensas negociações, nas quais participou a procuradoria-geral do estado de Nova Iorque, que no passado dia 11 de fevereiro apresentou uma queixa de direitos civis contra a empresa e os seus fundadores, os irmãos Harvey e Robert Weinstein.

Harvey Weinstein foi afastado da empresa em outubro do ano passado no seguimento de várias denúncias públicas de assédio e abuso sexual por dezenas de mulheres no meio cinematográfico.


O péssimo negócio feito pela Rio Tinto em uma mina de Moçambique pode gerar problemas legais na Austrália. Dois ex-executivos também estão sendo processados pelos efeitos contábeis nas demonstrações de 2011.

E o RBS? Depois de dez anos, sofrendo acusações de falsificar assinatura de clientes, entre outros pecados, o banco do Reino Unido reduziu os custos judiciais e apresentou lucro.

27 fevereiro 2018

Weinstein Company

A Weinstein Company foi fundada em 2005 e tinha como dono Bob Weinstein, irmão do mais conhecido Harvey. Mas desde o segundo semestre de 2017, Harvey tem sido acusado de uma série de crimes sexuais, que inclui assédio com várias mulheres. Até então, a Weinstein Co era uma empresa “respeitável”, responsável pela produção de filmes como Django, O Discurso do Rei, Bastardos Inglórios, entre outros.

Com o escândalo, o procurador-geral apresentou uma ação judicial contra a empresa. A acusação é que a empresa, incluindo o irmão Bob, não tomaram medidas preventivas contra o assunto, apesar de existirem provas há anos. Os gestores da entidade perceberam que a solução para evitar o desemprego e preservar ativos seria a sua venda. Entretanto, o efeito do escândalo foi maior e afetou a própria venda planejada.

Agora, anuncia-se a falência ordenada da empresa, como “unica opção viável para maximizar o valor restante da empresa”.