A literatura acadêmica não contempla este aspecto, mas quanto maior o número de Unidade Geradora de Caixa que uma empresa emprega, maior a chance de fazer uma amortização em razão do teste de impairment. A lógica é simples. Uma empresa tem quatro UGC: A, B, C e D. Para cada uma delas, é calculado o valor em uso (e o valor de troca). Admita que o resultado deste cálculo, já comparando o valor recuperável com o valor contábil, seja o seguinte:
A = - 100
B = - 200
C = - 300
D = 650
Neste caso, usando quatro UGC, a empresa deve fazer uma amortização de $600. Mas se a empresa resolver juntar as quatro unidades em uma só, o valor recuperável desta grande UGC será $50 positivo. Ou seja, não haverá amortização.
Isto é uma das explicações para dois fatos: (a) o baixo número de empresas que fazem, anualmente, amortização em razão do impairment; (b) o fato de que, mesmo grandes empresas, forçam para terem UGC "enorme" (os exemplos são vários).
Outra vantagem desta estratégia: o menor custo da informação. No exemplo, em lugar de quatro estimativas, a empresa prepara somente um cálculo.