Translate

Mostrando postagens com marcador TIR. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador TIR. Mostrar todas as postagens

03 julho 2022

Dia Bobby Bonilla (um bom problema de contabilidade)

Dia 1o. de julho foi comemorado do "Dia Bobby Bonilla". É uma história interessante sobre decisão financeira, Taxa Interna de Retorno, passivo de longo prazo, etc.


A história é a seguinte: Durante os anos 80 e 90 Bonilla tornou-se um dos grandes jogadores de beisebol. No final dos anos 90, o atleta foi contratado pelo Mets. Mas seu rendimento foi abaixo do esperado e em 1999 o clube devia US$5,9 milhões. Bonilla e seu representante propuseram um acordo para o clube. Ele adiaria o recebimento da dívida por uma década, mas o Mets pagaria um salário anual de US$1,19 milhão, começando em 2011 e terminando em 2035.

Ou seja, trocaria US$5,9 milhões em 1999 por recebimentos de 1,19 milhão, entre 2011 a 2015. Em uma planilha eletrônica seria:

Ou seja, uma TIR de 7,6%, sem correção pela inflação. A taxa de juros nos EUA na época estava entre 5 a 6% . Como o Mets estava investindo no fundo de Bernie Madoff, que oferecia 10% de retorno, anualmente, o acordo parecia vantajoso. O dinheiro, aplicado a 10%, seria suficiente para o pagamento futuro e sobraria algum dinheiro. Só que o investimento de Madoff foi uma furada. 

Agora vamos para a questão contábil. 

a) Como seria a contabilização do acordo nos livros da equipe de beisebol em 1999? A resposta deste item inclui uma discussão sobre a taxa de juros a ser usada. 
b) Como estaria o acordo hoje? Aqui você pode imaginar uma situação onde a taxa de 5,5% seria razoável para descontar o fluxo. Pode também supor uma taxa mais elevada, já que a equipe tem um risco maior. 
c) E na contabilidade de Bonilla? 

(Confesso que quando li os números eu achava que o acordo era bem pior do que parecia depois dos cálculos. Exceto, naturalmente, pelo investimento na pirâmide de Madoff.)