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Mostrando postagens com marcador Satyam. Mostrar todas as postagens
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27 janeiro 2018

PwC apela da expulsão da Índia

Recentemente a empresa de auditoria PwC pegou uma pena de dois anos sem trabalhar na Índia em razão das falhas cometidas com a Satyam. Em 2009 a auditoria não conseguiu captar a manipulação que estava ocorrendo na empresa.

Agora, segundo o Accounting Today, a empresa apelou para a revisão da pena. E parece que a análise será feita de forma bastante ágil, até final de fevereiro.

12 janeiro 2018

Lembra da Satyam? Agora o auditor foi punido

Há alguns anos, a Índia descobriu uma fraude contábil gigantesca na empresa Satyam. Foi em 2009 e a fraude envolvia a manipulação da receita da empresa, em valores de 1,7 bilhão de dólar.

Agora o regulador do mercado mobiliário do país asiático puniu o auditor por não ter sido capaz de descobrir a fraude contábil. A punição inclui a suspensão de trabalhar com empresas listadas na bolsa da Índia por um período de dois anos e uma multa de 2 milhões de dólares, por ter obtido “ganhos ilícitos” com a atividade de auditoria na Satyam Computer Services.

A empresa de auditoria, uma filial da bigfour PwC, não verificou a veracidade dos extratos bancários mensais, confiou nas informações dadas pela empresa e ignorou os saldos recebidos dos bancos. A auditoria se defendeu dizendo que a fraude foi sofisticada e que isto impediu que o auditor tivesse suspeita do que estava ocorrendo.

Com respeito a punição, a PwC possui hoje 75 empresas onde exerce o papel de auditor. Em 2015 os administradores foram punidos.

26 julho 2015

Placar da Auditoria

Se existisse um placar da auditoria, quem estaria vencendo? Usando os dados do Fato da Semana, que este blog publica regularmente todo sábado, selecionamos as entidades que foram destaque pelos problemas na sua contabilidade em 2015. Por uma questão de critério, mesmo que o problema contábil tenha ocorrido em exercício anterior, como foi o caso da Petrobrás, está sendo considerado. Não fizemos distinção entre os problemas nacionais ou não, empresas ou outros tipos de entidade. Para evitar inconsistência, tomamos o último auditor, como foi o caso da Petrobras: apesar dos problemas serem originados em 2004, considerou-se somente uma empresa de auditoria, a última, como responsável. Isto é obviamente injusto, mas resolvemos adotar um critério. Também não foi levado em conta o tamanho da falha ou sua relevância: certamente o problema da Moldávia é muito mais grave que da Toshiba.

No final, até agora, tivemos oito casos de escândalos contábeis. Eis a relação:

1º. Lugar – KPMG – 3 pontos: BVA, BNDES e FIFA
2º. Lugar – PwC – 2 pontos: Petrobras e Satyam
3º. Lugar – EY, Deloitte e GT – 1 pontos por Toshiba, CSN e Moldávia, nesta ordem.

11 abril 2015

Fato da Semana (semana 15 de 2015)

Fato da Semana: A condenação das pessoas envolvidas no escândalo da Santyam. A empresa Satyam atua na área de serviços, incluindo desenvolvimento de software. Diversas grandes empresas eram (são) clientes da empresa: GE, Caterpillar, NCR, entre outras. Há alguns anos, em 2009, o então presidente da empresa, Ramalinga Raju, afirmou que existiam problemas na sua contabilidade. Esta confissão chocou já que Raju era considerado um guru pelos indianos. Na época o auditor era a PwC, através do seu braço indiano. A SEC multou a auditoria. O empresário foi preso e liberado no final de 2011.

Qual a relevância disto? Escândalo na Índia como fato da semana? A adoração e decepção Raju parece muito com o que ocorreu no Brasil com outro empresário. A empresa de auditoria é a mesma que não viu os problemas na Petrobras. Talvez possamos aprender com a Índia, que levou executivos para prisão.

Positivo ou Negativo – Positivo, se pensarmos que isto é mais um caso onde é possível pensar que o mundo é justo (não é, mas é sempre bom ter esperança). Mas será que a prisão do auditor é a solução?

Desdobramentos – O escândalo da Satyam foi muito importante, pelo tamanho da empresa, pelo fato de incluir um empresário de “sucesso”, auditoria, BRICs etc. Um bom estudo de caso.

10 abril 2015

Satyam

A justiça da Índia condenou Raju, o ex-executivo da empresa de terceirização Satyam, numa fraude contábil que ficou conhecida como a "Enron da Índia". Além de Raju, seu irmão e oito outras pessoas foram consideradas culpadas pela fraude, que ocorreu há seis anos, em 2009.

O processo gerou milhares de páginas, informou o Business Insider. Em 2009 o próprio Raju confessou a fraude. Considerado um guru entre os empresários indianos, os problemas com a Satyam abalaram a Índia. Ele ficou preso até novembro de 2011.

Um detalhe importante é que o tribunal também condenou dois ex-funcionários da empresa Price, S. Gopalakrishnan e Srinivas Talluri, com uma sentença de sete anos de prisão. O escritório da PwC em Bengaluru negou participação dos ex-funcionários. Aqui uma cronologia do escândalo.

13 dezembro 2014

Executivo da Satyam é condenado por fraude contábil

Lembram da Satyam? Era uma grande empresa de terceirização da Índia, que manipulou suas demonstrações, em especial as receitas. Os auditores da PwC já tinham recebido punição da justiça indiana, apesar da alegação que não existia relação entre os parceiros locais, que auditaram a empresa, e a big four. Agora o fundador da empresa, Raju, foi condenado a uma pena de prisão de seis meses, além de multa. (É bem verdade que a multa é menos de 20 mil dólares)

06 abril 2011

Acredite, se quiser

A empresa Satyam representa, para contabilidade, um daqueles escândalos famosos. O caso ocorreu na Índia, em 2009, e envolveu a filial daquele país da PwC.

Agora, um texto de Floyd Norris (Indian Accounting Firm Is Fined $7.5 Million Over Fraud at Satyam, 5 de abril de 2011) mostra alguns detalhes dos problemas contábeis da empresa indiana prestadora de serviços. O relato de Norris é assustador, em razão das falhas grotescas cometidas pelos auditores. Em razão disto, os auditores foram multados em 7,5 milhões de dólares, o maior valor já pago por uma empresa estrangeira.

A fraude da Satyam não foi descoberta; foi revelada pelo presidente da empresa. O principal ponto foi o saldo das contas bancárias, que a empresa informava atingir 1 bilhão de dólares, quando era 66 milhões. Mas como isto passou pelos auditores?

Os auditores não verificaram, ou o fizeram de maneira inadequada, os valores existentes nas contas bancárias da empresa. É isto mesmo. Norris informa que o BNP Paribas informou aos auditores que empresa tinha um saldo em 31 de março de 2007, de US $ 11,2 milhões; a empresa afirmava que o valor era de 108,6 milhões. Em 2008 o Citibank afirmava que a conta corrente da empresa era de 330.172 dólares, 2% do valor que a empresa afirmar ter: 152,9 milhões de dólares.

Norris também comenta sobre quem é responsável pela auditoria da empresa: “embora as empresas de auditoria em todo o mundo usam nomes semelhantes e fazem parte de uma rede global, as empresas dizem que são juridicamente independentes”.

19 fevereiro 2011

Satyam paga US$ 125 milhões

Satyam paga US$ 125 milhões - Por Isabel Sales

Segundo reportagem da Reuters, a companhia indiana Satyam concordou em pagar US$ 125 milhões para liquidar um litígio nova-iorquino com acionistas em decorrência de fraude contábil em janeiro de 2009.

Estima-se que as ações judiciais contra a PWC, firma responsável pela auditoria da Satyam na época do escândalo, possam alcançar mais que US$ 1 bilhão.

Leia mais sobre o maior escândalo corporativo ocorrido na Índia em postagens anteriores:

O fato do dia: Enron da Índia

Satyam

Satyam e avaliação

Outras

15 abril 2009

Satyam e Avaliação

A empresa Tech Mahindra venceu o leilão para compra das ações da Satyam Computer Services, uma empresa indiana da área de terceirização de serviços. Conforme notícia do jornal Valor Econômico (Controle da Satyam fica com a Tech Mahindra, 14/04/2009) o lance da Tech Mahindra indicaria um valor de 1,1 bilhão pela empresa, representando um ágio de 23% em relação ao último preço de fechamento no mercado. O valor superou a oferta mais próxima, segundo o artigo.

A Satyam ficou conhecida por problemas contábeis, num escândalo parecido com a Enron de anos atrás.

A questão interessante no processo de venda é que os compradores tiveram que fazer suas estimativas com base em informações poucos confiáveis por duas razões. Em primeiro lugar, a contabilidade da empresa não consegue expressar adequadamente a realidade da empresa. Afinal, o escândalo da Satyam foi de fraude contábil. Em segundo lugar, os problemas da empresa geraram uma série de ações judiciais. Em outras palavras, o comprador está também assumindo um passivo que poderá ser substancial ou não, dependendo dos acontecimentos futuros.

Em geral afirmamos que o valor de uma empresa corresponde a fluxo de caixa futuro descontado. Em situações de maior incerteza os analistas têm diversas possibilidades para fazer estes cálculos. Em qualquer um destes casos os riscos são elevados.

Outro aspecto relevante do caso da Satyam é que em leilões é comum a figura da vitória de piro ou maldição do vencedor (winners curse). O fato de o lance vencedor estar muito acima do segundo colocado pode ser um sinal desta situação. Entretanto, como o nível de informação disponível era reduzido, talvez parte do reduzido valor da empresa seja em decorrência do elevado desvio-padrão inerente na estimativa.

Satyam

Satyam escapa de falência embaraçosa
Valor Econômico - 15/4/2009

O mundo empresarial indiano vem fazendo um bom trabalho de limitação de danos com a Satyam Computer Services. Três meses atrás, a companhia, que está no centro do maior escândalo empresarial ocorrido na Índia desde a liberalização de sua economia, parecia impossível de ser salva, depois que seu fundador, B. Ramalinga Raju, confessou que vinha inflando a contabilidade da empresas há anos. Parecia certo que a ameaça de processos da parte de acionistas, a recessão econômica, a fuga de clientes para provedores de serviços concorrentes e o espírito de equipe abalado nas fileiras da companhia iriam devastá-la.

Mas os sábios que caíram de paraquedas no conselho de administração da Satyam estão nos estágios finais do processo de busca de um novo proprietário. A Tech Mahindra - uma companhia de terceirização de tecnologia da informação controlada pelo conglomerado industrial Mahindra & Mahindra e parcialmente controlada pelo grupo de telecomunicações BT, do Reino Unido - venceu na segunda-feira o leilão de uma participação de controle, avaliando o quarto maior grupo de serviços de TI da Índia em pouco mais de US$ 1 bilhão. Supondo que as autoridades indianas aprovarão o negócio, a Tech Mahindra vai salvar a Índia corporativa da falência embaraçosa da Satyam.

Isso será festejado, especialmente pelos 50 mil funcionários da Satyam. Mas nada garante que as companhias de controle familiar que dominam o universo da bolsa de valores indiana tenham aprendido a lição com o caso, mesmo depois de algumas delas terem ampliarem seus conselhos de administração para que eles tenham mais diretores independentes. O primeiro-ministro Manmohan Singh deu o sinal verde aos investidores, ontem, dizendo estar "confiante" de que o sistema regulador possui "flexibilidade e força" para garantir que um escândalo como esse nunca mais acontecerá.

Isso é pensamento positivo. Mesmo assim, com o índice de ações Sensex (que mede a bolsa indiana) acumulando valorização de 30% desde o ponto mais baixo registrado em 9 de março, os investidores estão sendo generosos. Isso se deve em parte ao fato das avaliações continuarem benevolentes: o mercado está sendo negociado a uma relação P/L de cerca de 9,5. Se a Índia corporativa quiser reconquistar os múltiplos festivos do passado - e um acesso fácil aos mercados de capitais internacionais -, ela terá de fazer mais para mostrar que leva a governança corporativa a sério.

28 janeiro 2009

Satyam

Na medida em que as investigações na empresa Satyam prosseguem indícios passados começam a aparecer. É o famoso “eu avisei” (ou o corolário, “estava muito claro, só não viu quem não quis”).

Além disto, as investigações também mostram que a semelhança com a Enron está talvez somente na grandeza dos valores. Tudo leva a crer que os problemas contábeis da empresas eram mais graves e envolviam inclusive a criação de lançamentos contábeis.

(...) Em setembro, senhor Mukherjea [analista do Noble Group, um banco britânico de investimento] usou um modelo computacional para examinar as 500 maiores empresas abertas com sinais de manipulação contábil. Ele encontrou que mais de 20% delas estavam potencialmente engajadas em contabilidade agressiva, mas Satyam não estava na lista.

Isto porque as telas automatizadas que analistas como o Sr. Mukherjea usam para obter sinais de fraude começa pela busca de grandes discrepâncias entre os lucros reportados e fluxo de caixa. No caso da Satyam, o dinheiro parece acompanhar o ritmo com os lucros.

Mas Kawaljeet Saluja, um analista de Kotak Securities, um banco de investimento indiano, avistou um fenômeno enigmático. De dezembro de 2006 a setembro de 2008, os depósitos bancários da empresa indiana mantiveram-se mais ou menos plano. Mas durante este período a parte do dinheiro mantido em contas correntes, o que permite fácil acesso ao dinheiro, mas ganham poucos juros, aumentou mais de sete vezes.

Sr. Saluja questionou à administração da empresa durante uma conferência telefônica setembro. O ex-diretor financeiro da Santyam, Vadlamani Srinivas, disse que o dinheiro iria em breve ser transferido para contas de alto rendimento. (...)

In India, Clues Unfold To a Fraud's Framework - JEREMY KAHN; 27/1/2009 - The New York Times - Late Edition – Final - 1

22 janeiro 2009

A Governança da Satyam foi premiada

Você acredita em Governança Corporativa? Ironicamente, o World Council for Corporate Governance há poucos meses honrou a Satyam com o "Golden Peacock Award" pela excelência global em governança corporativa.

Fonte: Aqui

As Empresas Familiares


O relatório da Kroll preocupa sobre a prevalência da influencia familiar em empresas de mercados emergentes (...) No começo do ano, o fundador da família SAtyam tinha mais que 36% das ações da empresa. No tempo da confissão de Raju, o relatório diz, ele possuía somente 3%.
“Embora não limitado ao Mercado emergente”, nota a Kroll, “o risco de outro escândalo Satyam é mais provável em empresas que são administradas por família.”

Pro Forma Distractions at Satyam – Tim Reason – CFO - 20/1/2009

18 janeiro 2009

Satyam

Francine McKenna, uma ex-diretora da PWC e uma crítica feroz das "quatro grandes" empresas contabilidade (PricewaterhouseCoopers, KPMG, Deloitte e Ernst & Young), acredita que o assunto Satyam levanta questões fundamentais de supervisão. Ela diz: "É difícil saber até que ponto houve cumplicidade entre os auditores e os quadros superiores ou se era simples incompetência. PWC (auditores da Satyam) não têm a capacidade de execução.
Satyam scandal - the fallout: The revelation that the outsourcing firm cooked its books has tarnished India's reputation as well as its own - Dennis Howlett - 15/1/2009 The Guardian – p. 6

14 janeiro 2009

Auditoria no Escândalo da Índia

O Conselho da problemática Satyam Computer Services Ltd., recentemente nomeado pelo governo indiano, disse que está à procura de um novo auditor.

Os auditores da empresa atual, a PricewaterhouseCoopers, trabalharam com Satyam por cerca de oito anos. Espera-se que empresa substituta seja nomeada nas próximas 48 horas, de acordo com a nova diretoria da Satyam. (...)

A PricewaterhouseCoopers recusou a comentar na segunda-feira. Na semana passada a empresa defendeu seus procedimentos e disse, "As auditorias foram realizadas pela Pricewaterhouse em conformidade com normas de auditoria aplicáveis e foram apoiados por uma apropriada evidência de auditoria." Ela também afirmou na semana passada que está colaborando com os reguladores. (...)

Satyam to Hire New Auditor - After Redoing Books, Technology Firm's Board to Assess Need for a Bailout - Eric Bellman & Jackie Range – 13/01/2009 - The Wall Street Journal - B3

O peso acadêmico no escândalo

(...) Satyam tinha como diretor K.G. Palepu, um professor da Harvard Business School(...)

Satyam's wake-up call for corporate India
Sandeep Parekh - 12/01/2009 - Financial Times - Asia Ed1 – 07


Palepu é co-autor de Business Analysis & Valuation, presente na minha estante.

08 janeiro 2009

Links

Caso Satyam:

NY Times

Washington Post

CFO

Blog NY Times

Blogging Stocks

O fato do dia: Enron da India

O fato do dia em contabilidade é um escândalo com a empresa Satyam, da Índia, que lembra um pouco o que ocorreu com a Enron, nos EUA. (grifo meu)

WSJ:Escándalo por fraude corporativo Satyam estremece a India
07/01/2008 - Dow Jones en Espanol - Por Nirah Sheth, Jackie Range y Romit Guha - THE WALL STREET JOURNAL

El presidente de la junta de una de las compañías de tecnologías de la información más grandes de India admitió que inventó resultados financieros clave, incluyendo un balance ficticio de efectivo de más de US$1.000 millones, una revelación que ha sacudido al mundo empresarial de la India y probablemente hará que los inversionistas cuestionen la validez de los resultados corporativos a medida que la otrora boyante economía se desacelere.

B. Ramalinga Raju, fundador y presidente de la junta de Satyam Computer Services Ltd. -"satyam" significa verdad en sánscrito- dijo en una carta de renuncia que también exageró las ganancias por los últimos años, exageró la cantidad de deuda que se le debía a la compañía y subestimó sus deudas. Finalmente, el engaño alcanzó "proporciones simplemente inmanejables" y quedó en una posición "como montando un tigre, sin saber como bajarse sin ser devorado".

La noticia desató temores sobre el gobierno corporativo y los estándares de contabilidad a lo largo de la industria india, especialmente dado que Satyam era auditado por PricewaterhouseCoopers y tenía directores independientes de alto perfil, incluyendo a un profesor de la Escuela de Negocios de Harvard, en su junta hasta hace poco.

PricewaterhouseCoopers dijo que está examinando la declaración de Raju y declinó hacer más comentarios. Inmediatamente se hicieron comparaciones a los problemas de gobierno y contabilidad corporativa que se generaron con la crisis de Enron.

(...) Entre sus clientes cuenta con gigantes como Nestlé SA, General Electric Co., Caterpillar Inc., Sony Corp. y Nissan Motor Corp.

(...) La debacle de Satyam llega en un momento difícil para las compañías tecnológicas líderes de India, que han pasado a simbolizar las aspiraciones del propio país de ser una superpotencia comercial y un gran actor en el negocio global de la subcontratación y la administración de datos. La industria, pese a que emplea directamente sólo cerca de dos millones de los 1.100 millones de habitantes de India, ayudó a forjar un próspero sector de servicios en grandes metrópolis como Bangalore, Mumbai, Delhi e Hyderabad. (...)

En su carta de confesión de cinco páginas a la junta de Satyam, Raju dijo que inicialmente la brecha entre las ganancias operativas reales de la empresa y las reflejadas en los libros había sido marginal. Pero a medida que Satyam creció y sus costos se incrementaron, también lo hizo el tamaño de la brecha. Raju temía que si la compañía parecía tener un pobre desempeño, podría motivar un intento de adquisición que expondría las discrepancias, así que forjó formas de esconderlo.

Públicamente, la compañía reportó cifras estelares. En el año que terminó el 31 de marzo de 2008, Satyam reportó US$2.100 millones en ventas y US$427,55 millones en ganancias. Eso representó un crecimiento de 48% en los ingresos y de 35,5% en ganancias frente al año anterior.

Sin embargo, el fraude se hizo cada vez más difícil de mantener a medida que la suerte de la compañía cambió para mal. Raju dijo en su carta que en el trimestre que terminó el 30 de septiembre las ventas reales de Satyam fueron de US$434 millones, mientras que reportó US$555 millones. Satyam reportó US$136 millones en ganancias, pese a que la cantidad real era de sólo US$12,5 millones. La compañía también reportó que tenía US$1.100 millones disponibles en efectivo. En realidad, sólo tenía US$66 millones, dijo Raju.