Uma das poucas vezes onde a questão próxima do mercado de trabalho dos Guarda-Livros é discutida na sua Revista ocorreu no número 11 de 1874. Ali, em um artigo assinado por José Frederico de Freitas Junior, há uma defesa aos que foram formados no Instituto Commercial. Freitas Jr defende que o titulado tenha preferência na contratação de emprego público:
(Revista da Associação dos Guarda-Livros, ed. 11, 1874, p. 6).
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14 abril 2019
História da Contabilidade: Revista da Associação dos Guarda-Livros 6
Um dos números da Revista da Associação dos Guarda-Livros (ed 10, 1875, p. 8, seção variada) (imagem ao lado) é possível notar a maneira como a mulher era considerada naquela época. A notícia é sobre a mulher na contabilidade:
Aqueles que tem viajado a Europa e America do Norte sabem que papel consideravel representa a mulher no commercio, na industria e nas artes. No commercio sobretudo, a mulher tornou-se precioso auxilio para o marido negociante, porque encontra n´ella o mais fiel e zeloso empregado, quer ella se ocupe da venda dos artefactos, quer se empregue na comptabilidade, quando sabe escripturação. (...)
Inspirados n´esta ideia a Camara do commercio de Pariz facilitou ás mulheres o conhecimento da escripturação commercial, e há um anno abrio uma aula nocturna, a qual tem produzido excellentes resultados, segundo lemos em um jornal que temos á vista. [conforme grafia original]
E aí a Revista narra o caso de uma escola que existe em Paris. Para concluir:
Amantes do progresso como somos, applaudimos ao exito da aula da contabilidade para as mulheres e sentimos que a educação da mulher no Brazil não seja encaminhada para este ramo de industria, pois muitas moças que vegetam em trabalho ingrato, e porventura á mingua dos trabalhos a que se dedidam, vão engrossar as fileiras do vicio, encontrariam nesta profissão senão feliz futuro, certamente honesto e vantajoso meio de vida.
(Confesso que ainda não entendi direito se o redator defende a possibilidade da mulher da contabilidade ou não).
Aqueles que tem viajado a Europa e America do Norte sabem que papel consideravel representa a mulher no commercio, na industria e nas artes. No commercio sobretudo, a mulher tornou-se precioso auxilio para o marido negociante, porque encontra n´ella o mais fiel e zeloso empregado, quer ella se ocupe da venda dos artefactos, quer se empregue na comptabilidade, quando sabe escripturação. (...)
Inspirados n´esta ideia a Camara do commercio de Pariz facilitou ás mulheres o conhecimento da escripturação commercial, e há um anno abrio uma aula nocturna, a qual tem produzido excellentes resultados, segundo lemos em um jornal que temos á vista. [conforme grafia original]
E aí a Revista narra o caso de uma escola que existe em Paris. Para concluir:
Amantes do progresso como somos, applaudimos ao exito da aula da contabilidade para as mulheres e sentimos que a educação da mulher no Brazil não seja encaminhada para este ramo de industria, pois muitas moças que vegetam em trabalho ingrato, e porventura á mingua dos trabalhos a que se dedidam, vão engrossar as fileiras do vicio, encontrariam nesta profissão senão feliz futuro, certamente honesto e vantajoso meio de vida.
(Confesso que ainda não entendi direito se o redator defende a possibilidade da mulher da contabilidade ou não).
História da contabilidade: Revista da Associação dos Guarda-livros 5
Os mais antigos devem saber o que é cabedal. Uma pesquisa no dicionário revela que o termo equivale a posse materiais, bens, riqueza, patrimônio.
No código de comércio de 1850, no seu artigo 800 (isto mesmo), afirma que uma quebra será considerada com culpa quando entre a data do último balanço e a falência, existirem obrigações diretas que represente o "dobro do seu cabedal apurado nesse balanço".
No número 2 da edição de 1875 da Revista da Associação dos Guarda-Livros, Lucas Faria já alertava para os dois significados da palavra cabedal:
Assim, o termo pode representar dois conceitos distintos na contabilidade. Mais adiante Lucas Faria esclarece que cabedal é sinônimo de ativo:
No código de comércio de 1850, no seu artigo 800 (isto mesmo), afirma que uma quebra será considerada com culpa quando entre a data do último balanço e a falência, existirem obrigações diretas que represente o "dobro do seu cabedal apurado nesse balanço".
No número 2 da edição de 1875 da Revista da Associação dos Guarda-Livros, Lucas Faria já alertava para os dois significados da palavra cabedal:
Assim, o termo pode representar dois conceitos distintos na contabilidade. Mais adiante Lucas Faria esclarece que cabedal é sinônimo de ativo:
História da Contabilidade: Revista da Associação dos Guarda-livros - 4
Há duas semanas comentamos sobre a Revista da Associação dos Guarda-livros (aqui, aqui e aqui). Infelizmente a leitura da Revista, disponibilizada na Hemeroteca da Biblioteca Nacional, não modifica muito o que já sabemos sobre a história da contabilidade no Brasil. Isto por dois motivos. Em primeiro lugar, a revista teve uma duração relativamente pequena: dois anos ou doze números. Isto corresponde a 96 páginas, já que cada número tinha 8 páginas. O segundo ponto é que o conteúdo das páginas estava muito focado em uma longa discussão sobre a crise de 1864 e a transcrição das assembleias da Associação onde o assunto foi tratado.
Um aspecto importante é que a Revista teve uma duração de dois anos e três meses quando se conta os três números da Revista Mercantil. Em dezembro de 1875, na primeira página do número 12, a revista anuncia que estaria quitando sua dívida com os assinantes. E que a partir de janeiro de 1876 passaria a chamar Revista Mercantil. A ideia seria focar nos assuntos mercantis, deixando o registro das atas da Associação em segundo plano. Nos últimos números de 1875 já era perceptível uma "crise" na revista, com mudanças regulares na tipografia responsável pela impressão e no formato do periódico. A Revista da Associação passou a admitir textos de "humor", poemas e o registro das atas ficaram mais sucintos.
Um aspecto curioso é que em um dos números é revelado o número de assinantes da revista: 22. Mesmo sabendo que o público alfabetizado era reduzido no Brasil daquele período, este número realmente é pequeno. Além disto, parecia que a Revista tinha dificuldade em encontrar textos para serem publicados, já que em diversos números o editor apela para que os profissionais ajudassem também encaminhando artigos.
Em termos de assunto, uma olhada nos 24 números da revista revela pouco assunto contábil. Um ou outro artigo onde algo é comentado.
A figura mostra o último número da revista. Na parte final, a assinatura da diretoria da Associação. É possível perceber que alguns dos colaboradores usuais da revista, como Lucas Faria, já não constava desta relação.
Um aspecto importante é que a Revista teve uma duração de dois anos e três meses quando se conta os três números da Revista Mercantil. Em dezembro de 1875, na primeira página do número 12, a revista anuncia que estaria quitando sua dívida com os assinantes. E que a partir de janeiro de 1876 passaria a chamar Revista Mercantil. A ideia seria focar nos assuntos mercantis, deixando o registro das atas da Associação em segundo plano. Nos últimos números de 1875 já era perceptível uma "crise" na revista, com mudanças regulares na tipografia responsável pela impressão e no formato do periódico. A Revista da Associação passou a admitir textos de "humor", poemas e o registro das atas ficaram mais sucintos.
Um aspecto curioso é que em um dos números é revelado o número de assinantes da revista: 22. Mesmo sabendo que o público alfabetizado era reduzido no Brasil daquele período, este número realmente é pequeno. Além disto, parecia que a Revista tinha dificuldade em encontrar textos para serem publicados, já que em diversos números o editor apela para que os profissionais ajudassem também encaminhando artigos.
Em termos de assunto, uma olhada nos 24 números da revista revela pouco assunto contábil. Um ou outro artigo onde algo é comentado.
A figura mostra o último número da revista. Na parte final, a assinatura da diretoria da Associação. É possível perceber que alguns dos colaboradores usuais da revista, como Lucas Faria, já não constava desta relação.
30 março 2019
História da Contabilidade: Revista da Associação dos Guarda livros - Parte 3
Mas o que seria a crise de 1864, que tanto preocupava os guarda-livros do segundo reinado?
Aqui um documento de 1865 de 39 páginas. Em nenhum momento do documento surge a palavra “contabilidade” ou “escrituração” ou “guarda-livros”.
A seguir, um resumo da crise conforme a Wikipedia
Casa Souto foi uma instituição financeira brasileira do século XIX. Na década de 1850, durante a fase de prosperidade dos negócios com o café, floresceram algumas casas bancárias no Rio de Janeiro. A Souto E Cia, que ficou conhecida como Casa Souto, era a mais importante delas.
Foi fundada pelo português Antonio José Alves Souto, que há anos trabalhava na Corte como corretor de títulos e de outros valores, tinha título de nobreza e gozava de muito prestígio junto à colônia portuguesa fluminense, chegando a ocupar o cargo de presidente da Beneficência Portuguesa.
O cliente preferencial das casas bancárias era aquele cuja demanda de crédito não podia ser satisfeita através de empréstimos diretos do Banco do Brasil, ou dos bancos comerciais privados. A oferta de crédito destas casas bancárias não era composta apenas de depósitos feitos pelo público mas, também, de empréstimos obtidos em bancos particulares e no Banco do Brasil. Parte dos lucros destes estabelecimentos advinha de operações triangulares, ou seja,das diferenças entre os valores das taxas de desconto pagas pelas casas bancárias aos bancos comerciais e dos altos juros cobrados dos tomadores de empréstimos.
Em 1857 a economia cafeeira entrou em crise, com quedas acentuadas nas exportações e nas cotações dos preços do café no mercado mundial. Em meio à retração econômica, o governo Imperial afastou o ministro papelista Bernardo de Sousa Franco da pasta da Fazenda e colocou em prática os princípios metalistas através da promulgação da Lei 1.083, de 22 de agosto de 1860.
A nova legislação limitava a liquidez monetária determinando que nenhum banco privado poderia emitir vales, enquanto não se mostrasse capaz de reembolsá-los em ouro. Apenas o Banco do Brasil e suas filiais tiveram essa autorização, o que demonstra que, incapaz de eliminar a pluralidade o Governo, procurou cerceá-la. A “Lei dos Entraves” abalou o sistema bancário carioca. O Banco Comercial e Agrícola e o Banco Rural e Hipotecário perderam seus direitos de emissão e o Banco Comercial e Agrícola, fundado durante a administração de Bernardo de Sousa Franco, foi liquidado. Houve uma forte retração da liquidez, seguida da alta das taxas de juros e da falência de casas bancárias.
O Banco do Brasil tentou intervir na crise e concedeu empréstimos à Casa Souto que acumulou uma dívida de 22 mil contos de réis, o que correspondia à metade do capital do Banco do Brasil, ultrapassando os limites do socorro tecnicamente possível.
Pela manhã do dia 10 de setembro de 1864, Alves Souto consultou um diretor do Banco do Brasil, no sentido de obter mais 900 contos de réis. A resposta teria sido que era inviável, e melhor seria se a Casa Souto encerrasse suas atividades. A notícia correu e o Banco do Brasil passou a ser encarado como responsável pelo cataclismo. Desordem e agitação perduraram uma semana. Em 17 de setembro, o Governo Imperial decretou a suspensão por 60 dias de todos os vencimentos, prorrogando-os por igual período. Além disso, deu curso forçado às cédulas emitidas pelo Banco do Brasil, evitando as falências em cascata, tranquilizando o mercado financeiro e permitindo a posterior recuperação da economia.
As principais consequências da Casa Souto foram as falências e concordatas que ocorreram na praça do Rio de Janeiro até o fim de março de 1865. Houve também queda do movimento comercial, baixa do câmbio e dos valores dos imóveis, decesso das cotações das ações de companhias, inclusive das ações do Banco do Brasil, elevação do preço da moeda de ouro e aumento extraordinário da circulação fiduciária.
É interessante que nas reuniões da Associação do Clube dos Guarda Livros não é citada explicitamente a Casa Souto. Aparece pouco o nome do Banco do Brasil. Há bastante controvérsia sobre o assunto, tanto é assim que diversas sessões da Associação foram usadas para discutir o assunto.
Aqui um documento de 1865 de 39 páginas. Em nenhum momento do documento surge a palavra “contabilidade” ou “escrituração” ou “guarda-livros”.
A seguir, um resumo da crise conforme a Wikipedia
Casa Souto foi uma instituição financeira brasileira do século XIX. Na década de 1850, durante a fase de prosperidade dos negócios com o café, floresceram algumas casas bancárias no Rio de Janeiro. A Souto E Cia, que ficou conhecida como Casa Souto, era a mais importante delas.
Foi fundada pelo português Antonio José Alves Souto, que há anos trabalhava na Corte como corretor de títulos e de outros valores, tinha título de nobreza e gozava de muito prestígio junto à colônia portuguesa fluminense, chegando a ocupar o cargo de presidente da Beneficência Portuguesa.
O cliente preferencial das casas bancárias era aquele cuja demanda de crédito não podia ser satisfeita através de empréstimos diretos do Banco do Brasil, ou dos bancos comerciais privados. A oferta de crédito destas casas bancárias não era composta apenas de depósitos feitos pelo público mas, também, de empréstimos obtidos em bancos particulares e no Banco do Brasil. Parte dos lucros destes estabelecimentos advinha de operações triangulares, ou seja,das diferenças entre os valores das taxas de desconto pagas pelas casas bancárias aos bancos comerciais e dos altos juros cobrados dos tomadores de empréstimos.
Em 1857 a economia cafeeira entrou em crise, com quedas acentuadas nas exportações e nas cotações dos preços do café no mercado mundial. Em meio à retração econômica, o governo Imperial afastou o ministro papelista Bernardo de Sousa Franco da pasta da Fazenda e colocou em prática os princípios metalistas através da promulgação da Lei 1.083, de 22 de agosto de 1860.
A nova legislação limitava a liquidez monetária determinando que nenhum banco privado poderia emitir vales, enquanto não se mostrasse capaz de reembolsá-los em ouro. Apenas o Banco do Brasil e suas filiais tiveram essa autorização, o que demonstra que, incapaz de eliminar a pluralidade o Governo, procurou cerceá-la. A “Lei dos Entraves” abalou o sistema bancário carioca. O Banco Comercial e Agrícola e o Banco Rural e Hipotecário perderam seus direitos de emissão e o Banco Comercial e Agrícola, fundado durante a administração de Bernardo de Sousa Franco, foi liquidado. Houve uma forte retração da liquidez, seguida da alta das taxas de juros e da falência de casas bancárias.
O Banco do Brasil tentou intervir na crise e concedeu empréstimos à Casa Souto que acumulou uma dívida de 22 mil contos de réis, o que correspondia à metade do capital do Banco do Brasil, ultrapassando os limites do socorro tecnicamente possível.
Pela manhã do dia 10 de setembro de 1864, Alves Souto consultou um diretor do Banco do Brasil, no sentido de obter mais 900 contos de réis. A resposta teria sido que era inviável, e melhor seria se a Casa Souto encerrasse suas atividades. A notícia correu e o Banco do Brasil passou a ser encarado como responsável pelo cataclismo. Desordem e agitação perduraram uma semana. Em 17 de setembro, o Governo Imperial decretou a suspensão por 60 dias de todos os vencimentos, prorrogando-os por igual período. Além disso, deu curso forçado às cédulas emitidas pelo Banco do Brasil, evitando as falências em cascata, tranquilizando o mercado financeiro e permitindo a posterior recuperação da economia.
As principais consequências da Casa Souto foram as falências e concordatas que ocorreram na praça do Rio de Janeiro até o fim de março de 1865. Houve também queda do movimento comercial, baixa do câmbio e dos valores dos imóveis, decesso das cotações das ações de companhias, inclusive das ações do Banco do Brasil, elevação do preço da moeda de ouro e aumento extraordinário da circulação fiduciária.
É interessante que nas reuniões da Associação do Clube dos Guarda Livros não é citada explicitamente a Casa Souto. Aparece pouco o nome do Banco do Brasil. Há bastante controvérsia sobre o assunto, tanto é assim que diversas sessões da Associação foram usadas para discutir o assunto.
História da Contabilidade: Revista da Associação dos Guarda livros - Parte 2
A descoberta dos exemplares da Revista da Associação dos Guarda-Livros apresentou uma surpresa e uma decepção. A grande surpresa é que a revista registrou as discussões que ocorreram no ano anterior na associação. Com isto é possível saber um pouco mais de como eram os guarda-livros da época.
A decepção é que a discussão, nos seis primeiros números da revista, estava focada em um fato não contábil: a grande crise de 1864. Muitas páginas do periódico são usadas para apresentar os argumentos dos membros da associação se a crise foi boa ou ruim para economia. Estava esperando discussões sobre métodos contábeis, problemas práticos, questões específicas sobre a profissão e outros assuntos. Mas diversas reuniões foram feitas para discutir uma questão sobre um evento que já tinha passado.
É bem verdade que parte do periódico tem outra destinação. Nos seus primeiros números, a Revista da Associação dos Guarda-Livros tinha uma espécie de editorial, seguido pela transcrição da reunião da associação. Na página 7, um artigo, traduzido, versando sobre “economia política” e também sobre outro assunto de interesse geral. Em um número, psicologia (não o que entendemos sobre esta ciência nos dias de hoje); em outro, a questão do calor do sol. É isto mesmo, o guarda-livro do segundo reinado parece que tinha uma curiosidade além da sua profissão. Na última página, a cotação de alguns produtos, das ações de algumas empresas (existia mercado acionário no Brasil na época!), de navios e outras informações estatísticas. Oito páginas, com periodicidade mensal.
(Em outras postagens irei comentar dos números da revista)
A decepção é que a discussão, nos seis primeiros números da revista, estava focada em um fato não contábil: a grande crise de 1864. Muitas páginas do periódico são usadas para apresentar os argumentos dos membros da associação se a crise foi boa ou ruim para economia. Estava esperando discussões sobre métodos contábeis, problemas práticos, questões específicas sobre a profissão e outros assuntos. Mas diversas reuniões foram feitas para discutir uma questão sobre um evento que já tinha passado.
É bem verdade que parte do periódico tem outra destinação. Nos seus primeiros números, a Revista da Associação dos Guarda-Livros tinha uma espécie de editorial, seguido pela transcrição da reunião da associação. Na página 7, um artigo, traduzido, versando sobre “economia política” e também sobre outro assunto de interesse geral. Em um número, psicologia (não o que entendemos sobre esta ciência nos dias de hoje); em outro, a questão do calor do sol. É isto mesmo, o guarda-livro do segundo reinado parece que tinha uma curiosidade além da sua profissão. Na última página, a cotação de alguns produtos, das ações de algumas empresas (existia mercado acionário no Brasil na época!), de navios e outras informações estatísticas. Oito páginas, com periodicidade mensal.
(Em outras postagens irei comentar dos números da revista)
História da Contabilidade: Revista da Associação dos Guarda livros - Parte 1
A história está sempre se renovando, com mais informações e dados. A cada nova evidencia, mudamos a maneira como enxergamos o que ocorreu no passado.
As postagens deste blog sobre a história da contabilidade caminham neste sentido. Neste sábado, em especial, as postagens também tratam da história da história. Em 2013, este blog fez uma entrevista com a bibliotecária do Conselho Federal de Contabilidade.
Em um determinado trecho perguntamos:
Contabilidade Financeira: Qual o livro mais antigo que consta do acervo da biblioteca?
Lúcia Figueiredo:O livro mais antigo da Biblioteca do CFC é o Código de Contabilidade da União de 1923.
Contabilidade Financeira: E a revista?
Lúcia Figueiredo: A revista é o exemplar n.1 da Revista Brasileira de Contabilidade de 1912 ( temos somente uma cópia).
Já no final, na penúltima pergunta:
Contabilidade Financeira: Antes da RBC existir, tivemos no Brasil no século XIX a publicação de um periódico dos guarda-livros, antiga denominação dos profissionais. Você sabe a existência de algum exemplar desta publicação?
Lúcia Figueiredo: Não.
Nós já sabíamos da existência deste periódico. E não encontramos nas nossas pesquisas. Pois bem, há duas semanas, pesquisando a excelente Hemeroteca Digital, deparamos com uma preciosidade. A imagem a seguir fala mais do que mil palavras:
(Confesso que fiquei tão surpreso com a descoberta, que terminei não fazendo nenhuma postagem sobre a história da contabilidade na semana passada. Um bom motivo, acho) (Existe dois outros periódicos importantes, que precisamos falar mais algum dia: Revista Commercial, de Santos, que antecede a Revista da Associação dos Guarda-livros, e outro revista, também de Guarda-livros, de São Paulo).
As postagens deste blog sobre a história da contabilidade caminham neste sentido. Neste sábado, em especial, as postagens também tratam da história da história. Em 2013, este blog fez uma entrevista com a bibliotecária do Conselho Federal de Contabilidade.
Em um determinado trecho perguntamos:
Contabilidade Financeira: Qual o livro mais antigo que consta do acervo da biblioteca?
Lúcia Figueiredo:O livro mais antigo da Biblioteca do CFC é o Código de Contabilidade da União de 1923.
Contabilidade Financeira: E a revista?
Lúcia Figueiredo: A revista é o exemplar n.1 da Revista Brasileira de Contabilidade de 1912 ( temos somente uma cópia).
Já no final, na penúltima pergunta:
Contabilidade Financeira: Antes da RBC existir, tivemos no Brasil no século XIX a publicação de um periódico dos guarda-livros, antiga denominação dos profissionais. Você sabe a existência de algum exemplar desta publicação?
Lúcia Figueiredo: Não.
Nós já sabíamos da existência deste periódico. E não encontramos nas nossas pesquisas. Pois bem, há duas semanas, pesquisando a excelente Hemeroteca Digital, deparamos com uma preciosidade. A imagem a seguir fala mais do que mil palavras:
(Confesso que fiquei tão surpreso com a descoberta, que terminei não fazendo nenhuma postagem sobre a história da contabilidade na semana passada. Um bom motivo, acho) (Existe dois outros periódicos importantes, que precisamos falar mais algum dia: Revista Commercial, de Santos, que antecede a Revista da Associação dos Guarda-livros, e outro revista, também de Guarda-livros, de São Paulo).
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