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28 novembro 2013

Repsol e Argentina

Informamos que a Repsol recebeu uma proposta da Argentina pelos ativos da empresas encampados pelo governo de Buenos Aires. O Conselho de Administração da Repsol aprovou o princípio de acordo: 5 bilhões de dólares em bônus argentinos de 10 anos, a 8,5%, com garantia de pagamento, com amortização em seis parcelas a partir do quinto ano.

A taxa de 8,5% é, sem dúvida nenhuma, bastante atrativa para um investimento em termos mundiais. Mas considerando que o governo argentino possui uma classificação de dívida bastante negativa, não é muito atualmente. Para a Argentina, o acordo poderá abrir o mercado de capitais novamente.

O acordo não será tão simples quanto parece, já que para sua aprovação por parte da Argentina será necessário uma lei. Além disto, a Repsol deverá retirar todas as ações legais contra o governo argentino nas cortes internacionais, inclusive as restrições às vendas argentinas.

O mercado reagiu positivamente ao acordo. O valor superou as expectativas dos investidores. Mas o mesmo terá um efeito sobre a contabilidade: as ações estavam contabilizadas como 5,4 bilhões de euros, bem acima dos 3,7 bilhões obtidos agora. Os valores estavam contabilizados como "ativos não correntes mantidos para venda sujeito a expropriação". Mas a empresa reconhecia a possibilidade de receber menos do que o contabilizado. Parte da perda será reduzido pelo efeito fiscal e pode sofrer variações pelas mudanças no câmbio.  

27 junho 2013

Repsol x Argentina

Em 2012 a Argentina resolveu tomar os ativos da empresa de petróleo espanhola Repsol. Na ocasião este blog mostrou que a empresa não estava preparada para o evento, apesar do investimento na Argentina ser o mais relevante para a empresa.

Agora o The Telegraph (Repsol rejects Argentina's compensation offer for YPF seizure) informa que o conselho de administração da empresa rejeitou a oferta de 5 bilhões de dólares, não caixa, pelos ativos expropriados. Segundo as demonstrações contábeis da Repsol, os investimentos realizados correspondiam a 6 bilhões de euros (ou 7,8 bilhões de dólares).

A Repsol deseja 10,5 bilhões de dólares, mas aceita negociar fora dos tribunais em ativos líquidos. E a proposta da Argentina inclui participação em uma joint-venture para desenvolver uma região denominada Vaca Muerta.