Em outubro eu fiz uma postagem sobre João Rendeiro. De uma forma bem resumida, Rendeiro foi fundador e gestor do Banco Privado Português. Esta instituição foi descontinuada em 2010 e desde então o judiciário português provou alguns problemas que ocorreram na instituição, incluindo lavagem de dinheiro, falsificação e problemas contábeis.
Em 2020 um tribunal condenou Rendeiro a 5 anos e 8 meses de prisão. Antes disto, Rendeiro fugiu de Portugal e Europa e começou a ser caçado pela Interpol. Recentemente, ele foi capturado na África do Sul. Só que o Ministério Público de Portugal não conseguiu apresentar um pedido formal de extradição dentro do prazo de quarenta dias. Parte do problema é que as autoridades estão com dificuldades de traduzir as decisões judiciais dos processos onde Rendeiro foi condenado. Em um dos processo, onde ele foi condenado a 10 anos de prisão, a decisão do tribunal tem 422 páginas. Parece mentira:
As dificuldades foram assumidas ao jornal pela diretora do Departamento de Cooperação Judiciária e Relações Internacionais (DCJRI) da Procuradoria-Geral da República, Joana Gomes Ferreira, apontando que só existem dois tradutores para todos os processos do país.