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Mostrando postagens com marcador Rússia. Mostrar todas as postagens
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04 abril 2022

Aviões arrendados pela Rússia

Uma consequência da guerra comandada por Putin pode ser “o maior roubo de aeronaves da história”. O site Jalopnik trouxeram a notícia que autoridades russas aprovaram um lei que permite que aviões que foram arrendados por empresas aéreas russas sejam transferidas para seu patrimônio. Apesar das leis internacionais relacionadas com o arrendamento de aeronaves arrendadas indicar que o contrato deve ser respeitado, as empresas russas, que alugam a maioria dos aviões deveriam respeitar as sanções pela invasão da Ucrânia.

Seriam mais de 400 aviões e o governo de Putin deixou claro que irá reter os equipamentos. Segundo o site, seria “um furto em massa de proporções históricas”. Alguns dos aviões estavam no exterior e não voltaram para Rússia, escapando da apropriação. O site estima um valor de 10 bilhões de dólares.

Como os aviões possuem um rígido controle, o que inclui os estoques de peças sobressalentes rastreáveis e originais, e a Rússia não terá acesso a este fornecimento, provavelmente haverá um sucateamento da frota e, quem sabe, um produção de peças não originais para manter os equipamentos voando.

Algumas empresas russas chegaram a sinalizar a possibilidade de devolução, mas provavelmente o governo russo não irá aceitar. As empresas que arrendaram as aeronaves provavelmente terão um grande prejuízo, reconhecendo a perda do equipamento, enquanto buscam, nos tribunais, uma reparação do governo russo ou dinheiro de seguro.

(Isto pode ser uma questão interessante para discutir em sala de aula, colocar em uma prova ou conversar com amigos contadores, não?)

04 março 2022

Consequências de sair da Rússia


Enquanto a invasão da Rússia encontra resistência, as medidas dos governos ocidentais de punir o governo de Putin inclui forçar a saída de investimentos do maior país do mundo. O ambiente ainda é confuso e algumas medidas irão variar conforme o governo. Para complicar, a opinião pública está forçando uma posição de algumas empresas no sentido de deixar as operações russas.

Se para Apple sair da Rússia não apresenta um custo significativo, para outras empresas a guerra pode significar um problema substancial nos resultados. A "saída" da Rússia é igual a alienar seus ativos por um valor abaixo do que seria obtido em situação normal ou então simplesmente abandonar os ativos. Em qualquer das situações, isto significa uma redução ao valor recuperável, sendo necessário a estimativa do valor dos ativos e o seu confronto com o valor contábil. Muito provavelmente, o reconhecimento do prejuízo no resultado das empresas.

Muitas empresas estrangeiras possuem joint-ventures, mas existem também casos de ativos como equipamentos e direitos de exploração de minerais. Neste ponto, provavelmente as empresas de mineração e de exploração de petróleo talvez sejam as que terão maiores valores de prejuízos.

A BP, por exemplo, possui participação na Rosneft e optou por sair da empresa. Ao sair do conselho da empresa, a BP deixou de ter influência significativa e por isto pode ter uma perda que pode chegar a 14 bilhões de dólares. A Shell irá deixar ativos de 3 bilhões de dólares. 

Foto: Klauer

Condenam, mas ...


Eis um texto da Accountingweb comentando a atitude dúbia de algumas empresas contábeis com respeito a guerra de Putin contra a Ucrânia. Basicamente condenam a invasão, mas relutam em cortar os laços com rentáveis clientes. Segundo o texto:

PwC, KMPG, Deloitte e EY disseram que só deixarão o país se exigido pelo direito internacional. 

Um exemplo é a PwC, que não comentou se continuará trabalhando para os russos, mesmo após ter denunciado a agressão.  Mas as empresas de consultoria também estão "indecisas"; isto inclui McKinsey - que trabalha para 21 das 30 maiores empresas russas - que recusou fechar seu escritório em Moscou. E a Bain, que não fez nenhuma promessa de sair da Rússia. 

Um comentário interessante: "um problema para as grandes empresas é que suas equipes russas respondem perante diferentes reguladores, dificultando a interrupção dos serviços 'de uma só vez'". 

Foto: Swinnen

28 fevereiro 2022

Dinheiro e guerra na Ucrânia

 


Paul Krugman propõe uma solução financeira para combater Putin e punir a invasão à Ucrânia. Em artigo para o New York Times, o nobel de Economia, Krugman considera que a resposta do Ocidente deve envolver sanções financeiras e econômicas. E que podem ser eficazes “se o ocidente mostrar vontade e estiver disposto a assumir a própria corrupção”.

Além do fato de que haverá uma redução brutal no investimento estrangeiro – ninguém quer assumir um compromisso com alguém que desprezou o estado de direito – o economista defende que sanções financeiras sejam tomadas para restringir a capacidade da Rússia arrecadar e movimentar recursos no exterior. Sua proposta inclui a exclusão da Rússia do sistema Swift, que permite o pagamento entre bancos internacionais. O Swift (Sociedade de Telecomunicações Financeiras Interbancárias Mundiais, em inglês) permite a movimentação de recursos entre empresas de diferentes países, com mais de 11 mil instituições financeiras de 200 países.

No sábado parte da proposta foi considerada pelos Estados Unidos e Europa, mas de forma parcial. Mas como isto pode significar a interrupção do fornecimento de energia russa para Europa.

Krugman também propõe focar na riqueza dos magnatas russos que estão no Ocidente. Estes bilionários ajudam Putin a ficar no poder. Mas as maiores dificuldades são as consequências desta medida: há uma ligação forte entre estes ricos e pessoas bem posicionadas na política e seria mexer em um vespeiro, pois envolveria olhar os lavadores de dinheiro que ajudam os corruptos do mundo ocidental.

Lembra um pouco combater Al Capone não pelos seus crimes, mas pela ausência de declaração do imposto de renda. 

Foto: Bendabout

24 março 2020

Rir é o melhor remédio

Atualização: foi confirmado que é uma história falsa (aqui).


Rússia deixa 500 leões nas ruas para assegurar que as pessoas ficaram em casa durante a pandemia.

28 março 2018

Bolsa de Aposta: Quem deve vencer a Copa do Mundo?

As apostas apontam Alemanha, Brasil, França, Espanha e Argentina, nesta ordem, com quase 63% de chance:


Como calcular esta probabilidade? Em primeiro lugar, é necessário, para cada país, dividir o segundo número pela soma dos dois. Para Alemanha isto seria 2 / 11 ou dois sobre a soma de 9 e 2. Fazendo isto para cada país e somando, o total é 1,20, aproximadamente. Estes 20% ficam com quem? Com o cassino, lógico.

A seguir é necessário calcular para cada país o percentual encontrado e dividir por 1,2. Para Alemanha seria: (2/11) / 1,2 = 0,15 aproximadamente, que é a chance de ganhar a Copa.

A chance do Brasil seria então: (1/6) / 1,2 = 13,9%, aproximadamente.

29 novembro 2017

Setor financeiro na Rússia

QUANDO Elvira Nabiullina assumiu o governo do Banco Central da Rússia (CBR) em 2013, ela enfrentou um setor financeiro inchado e com mais de 900 bancos. Desde então, mais de 340 perderam suas licenças. Outros 35 foram resgatados, incluindo, nos últimos meses, Otkritie, o maior credor privado do país por ativos, e o B & N Bank, 12º maior. Os custos foram íngremes. De acordo com a Fitch, uma agência de rating, mais de 2,7 trn rublos (US $ 46 bilhões, cerca de 3,2% do PIB em 2016) foram gastos em empréstimos a bancos resgatados e pagamentos a depositantes segurados. A Fitch calcula que algumas centenas de bancos poderiam fechar antes do encerramento da limpeza. Os maiores bancos privados podem estar entre eles.

(Continue lendo aqui)

17 dezembro 2014

Queda do petróleo e a crise na Rússia

Monica de Bolle- Artigo publicado no O Globo a Mais de 11/12/2014)
“A maior parte das pessoas, hoje, acredita pertencer a uma espécie que é dona de seu destino. Trata-se de fé, não de ciência. Jamais cogitamos tempo em que baleias ou gorilas viessem a ser donos de seus destinos. Por que os seres humanos?”. Ficaram intrigados? Leiam Straw Dogs, do filósofo John Gray. Se ainda estiverem interessados, leiam o resto do artigo.

Alguns líderes globais e, provavelmente, a maior parte dos integrantes do mercado, acham que a queda súbita e intensa dos preços do petróleo – o barril do Brent acaba de alcançar a menor cotação em cinco anos – é algo bom para a economia mundial. Há quem acredite cegamente nisso, ante as evidências de que o consumidor americano está mais otimista, ante os dados positivos do mercado de trabalho e os ganhos salariais de 0,4% registrados no mês de novembro. Em novembro, o mercado de trabalho americano criou mais de 300 mil vagas, levando a média dos últimos seis meses a 258 mil novos postos. Isso representa cerca de 100 mil vagas a mais do que as que foram criadas mês a mês em 2011 e 2012. Turbinado pela queda do preço da gasolina, o consumidor americano se anima e leva junto a economia mundial, não? Trata-se de progresso, verdade? Dessa história de sermos donos de nossos destinos e tudo o mais.

Bem, não necessariamente. A recessão no Japão acaba de se aprofundar devido aos aumentos de impostos executados em abril desse ano, aproximando o país da deflação, força gravitacional da qual o Japão não parece conseguir escapar por muito tempo. Na Europa, Mario Draghi bem que tentou se mostrar otimista com a queda do petróleo, mas, no fim, deixou clara a sua preocupação com as implicações que a queda do principal insumo produtivo pode ter para os riscos crescentes de deflação na zona do euro. Some-se a isso a crise econômica na Rússia e a exacerbação que os riscos geopolíticos podem sofrer se o mergulho do petróleo for motivo para que Vladimir Putin, tencionando desviar atenção dos problemas domésticos, intensifique as investidas Ucrânia adentro, ou mesmo estendendo a estratégia “wag the dog” para outros países da ex-União Soviética. Como discuti em artigo recente nesse espaço, a Rússia é grande risco global ignorado pelos mercados, que, nesse aspecto, parecem professar ato de fé à la Straw Dogs. Imaginem se a Rússia ameaçar não pagar os US$ 700 bilhões que suas empresas devem aos bancos do Ocidente porque… bem, entre outras razões porque perdeu sua principal fonte de recursos, além de estar sofrendo com as sanções impostas pelos EUA e, sobretudo, pela Europa?

Quem ganha e quem perde com os preços do petróleo em queda e qual o impacto de tudo isso sobre a economia mundial? A resposta é bem menos óbvia do que parece. De um lado, EUA e China, que acaba de registrar o maior superávit na balança comercial em novembro devido à queda do petróleo. De outro, Japão, Europa e Rússia, ameaçando o frágil equilíbrio que parece ter sido alcançado pela economia global nos últimos meses. Em meio a isso, os países emergentes em desaceleração ficam, inevitavelmente, à deriva.
Num mundo que ainda carrega as cicatrizes e sequelas da crise internacional, a queda do petróleo é bem menos auspiciosa do que parece, o destino, tão imponderável quanto incontrolável. Se fôssemos gorilas, nada disso teria importância.

25 dezembro 2012

BRICs: "conceito" sem sentido

BRICs, the now familiar term for Brazil, Russia, India, China and the growth of their economies and influence, have formalized their club and extended their reach by inviting South Africa to join. But do their meetings and joint statements really allow them to punch above their individual weight? What do these countries share beyond a common interest in bolstering their global clout?


The most durable thing about the BRICs is the acronym itself. They cannot be ignored — emerging markets accounted for two-thirds of global economic growth over the past five years, a figure that could rise to as much as 75 percent by 2015. But combining individual countries into classes based on catchy acronyms adds neither influence to their groupings nor insight into their futures.
There are four main reasons why the BRICs will never function as a single coherent interest group.
First, we often say BRICs when we really mean China. In the post-World War II era, the Group of 7 major industrialized countries set the international agenda, and the United States was the driving force. But China’s dominance of the BRICs is even more pronounced. With a G.D.P. of $7.3 trillion, the Chinese economy is the second largest in the world — and larger than all the other BRICs put together.
South Africa’s economy is roughly equivalent to that of China’s sixth largest province. Developments inside China — from its resource appetites and cyber capacity to its political and military might — will drive the actions of the other BRICs. Russia, India and Brazil will be responding to China, both cooperatively and antagonistically, much more than they will coordinate with it.
Second, when it comes to their political systems, the BRICs are apples and oranges…and pears and pineapples. Brazil and India are democracies; Russia and China are autocracies.
But Brazil’s democracy is much more centralized and less diverse than India’s. Uttar Pradesh, India’s most populous province, has roughly the same population as all of Brazil (and four times South Africa’s). With more than a dozen official languages and a remarkably decentralized structure, India is a challenge all its own. It is also the least international in its outlook: despite a population of 1.2 billion people, India has about the same number of diplomats as little New Zealand.
In Russia, Vladimir Putin uses hollow democratic institutions to secure one-man rule. China’s leadership is a cohesive group of party men, aligned in their most basic interests, who negotiate over the details of reform to preserve an increasingly untenable status quo rather than to undertake a large-scale overhaul. The bottom line: if you wanted to pick four major global economies with as little as possible in common in their politics, the BRICs would be a decent bet.
Third, their economic systems are wildly different as well. In Russia and China, the state is the dominant force in the economy. There are significant economic reasons for both to move away from a state capitalist system that will decay over time, but both governments have political incentives to keep things as they are to protect the near-term security of their governments. Brazil and India lean closer to free market capitalism than to the state-dominated variety.
Nor are the BRICs particularly tied to one another. Brazil has deepened commercial ties with China, its largest importer, but Russia accounted for only about 2 percent of China’s trade in 2011, and China and India have no bilateral trade agreements. There are still no direct flights between Beijing or Shanghai and Mumbai. Each BRIC depends more on its ties with America and Europe than with other members of its club.
Finally, there is the difference in their most immediate needs. Russia and Brazil are major resource exporters. China, on the other hand, is the second largest importer of crude oil, and India is fourth. But beyond the competing interests of buyers and sellers, there are the frictions within these groups.
India and China are not yet seriously competing with one another for resources, but as the demographics shift in the two countries and as India becomes more urban and spends more on its infrastructure, the frictions will grow. Take water, for example: China and India are home to 37 percent of the global population, but only 10.8 percent of its water. The population will grow — and so will strains on that water as industrialized processes and more upscale (and water-intensive) eating habits take hold.
For its part, Russia is increasingly threatened by the energy revolution taking place in the Western hemisphere. Moscow depends on oil sales for state revenue, and the break-even oil price at which Russia’s budget balances has skyrocketed from $34 a barrel in 2007 to $117 in 2012. Brazil, by contrast, has enough energy to fulfill its own needs and to sell beyond its borders. As the geopolitics of energy and basic resources like food and water shift dramatically over the coming decade, differences among the BRICs will only grow.
In short, the BRICs can agree to disagree with the global status quo. They will sometimes use their collective weight to obstruct U.S. and European plans. But the BRICs have too little in common abroad and too much at stake at home to play a single coherent role on the global stage.

19 abril 2009

Quem perdeu com a crise: os oligarcas russos

Segundo a revista Forbes (via Blogging Stocks), a fortuna da elite dos milionários russos, conhecidos como oligarcas, sofreu uma redução de 73% em 2008.

O efeito principal ocorreu em relação ao preço dos commodities no mercado mundial.

Ainda segundo a revista (via blog do WSJ) a fortuna combinada dos cem russos mais ricos caiu em 142 bilhões de dólares.

Michael Prokhorov é o russo mais rico do mundo, agora com 9,5 bilhões e uma perda de 13,1 bilhões. O segundo é Roman Abramovich, mais conhecido como dono do clube de futebol Chelsea, que perdeu $16 bilhões, mas ainda possui $8,5 bilhões.

06 fevereiro 2008

Beleza Russa

A revista Slate pergunta: de onde vieram estas belezas russas? No comunismo, a URSS não era conhecida como um local de mulheres bonitas. Hoje, as russas são consideradas uma das mulheres mais lindas do mundo (Sharapova, lembre-se, é russa). Aqui , uma provável explicação para esta incoerência: no comunismo, a beleza feminina não tinha "mercado" (revista, por exemplo).

11 março 2007

Rússia

Segundo notícia da Agencia EFE (10/03/2007), as autoridades russas resolveram comprar briga com a filial russa da PricewaterhouseCoopers (PWC).

O Kremlin deseja retirar sua licença. Já a Casa Branca ameça obstruir as OPAs (Ofertas públicas de ações) da empresas russas na bolsa de Nova Iorque e Londres.

A briga começou com a Yukos, empresa de um desafeto do Kremlin. Os russos acusam a PWC de ajudar a Yukos, uma empresa na área de petróleo, a não pagar impostos. A PWC seria cúmplice da Yukos na falsificação da contabilidade no período de 2002 a 2004. Nesse período a PWC recebeu 145 mil dólares pelos serviços prestados.