Foi publicada uma reportagem no Estadão sobre as chuvas terem inundado uma das locações em que haveria um evento com o Papa Francisco, o que ocasionou uma mudança brusca na programação. A ideia era incluir locais carentes e não apenas focar o evento em Copacabana, mas o Campus Fidei (zona oeste do Rio, onde seria realizada uma vigília e a missa de encerramento da Jornada Mundial da Juventude) se transformou em um lamaçal. Achei um tanto curiosa a parte final da reportagem que replico aqui:
Dom Paulo afirmou que ainda não sabe quanto foi gasto para preparar o Campus Fidei. Guaratiba foi escolhida em 2012. Além do grande espaço livre, pesou na escolha o fato de a Igreja querer promover parte da JMJ em uma área pobre do Rio. O terreno do Campus Fidei tem 2 milhões de m² e foi cedido gratuitamente por seus donos [...]. Em troca, os donos se beneficiaram com obras de terraplanagem e de infraestrutura feitas no entorno. Paes [Eduardo, prefeito do Rio] afirmou que o único gasto da prefeitura foi com a dragagem dos rios de Guaratiba. Os outros gastos foram do Comitê Organizador Local, disse. "Mas não vou transformar a visita do papa em um jogo de contabilidade, de ganhos econômicos."
Hum... 'não transformar ... em um JOGO DE CONTABILIDADE, de ganhos econômicos'? Não é exatamente uma questão de jogo, meu caro prefeito, mas sim de não-perdas.
Em momentos assim eu realmente gostaria que houvesse algum tipo de auditoria na Igreja Católica. Não, isso não é uma blasfêmia. Sou sim católica apostólica romana praticante, prazer. O problema é que com essa reportagem surgiram várias “
red flags” quanto à organização da Jornada Mundial da Juventude no Brasil. Uma pena.