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Mostrando postagens com marcador Japão. Mostrar todas as postagens
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18 março 2019

Fim do Hanko?

  • O carimbo de madeira Hanko é um elemento essencial nas transações financeiras no Japão
  • Pouco a pouco as instituições financeiras começam a substituir o Hanko por smartphone ou tablet

Texto bem interessante do Jornal de Negócios sobre o Hanko. Trata-se de um carimbo pessoal exigido para fazer transações no Japão desde o século XIX. Podem ser usados no lugar da assinatura. A tradição japonesa mandava que toda transação deveria usar o carimbo feito de madeira.

Agora, as instituições financeiras estão começando a permitir que transações econômicas sejam feitas pelo smartphone ou tablet.

"Dá muito trabalho levar o hanko e tratar da papelada só para levantar dinheiro nas agências", disse Tomoyuki Shiraishi, um operário de 24 anos em Kurashiki, no oeste do Japão. (...)

As pequenas empresas usam o hanko para muitos contratos, e esses carimbos continuarão a ser exigidos para coisas como casar e comprar uma casa.

(...) No ano passado, o banco Resona Holdings passou a permitir que os clientes abram contas sem hanko em cerca de 600 agências. A mudança para o formato digital conta com o apoio do governo do primeiro-ministro Shinzo Abe, que redigiu um projeto de lei para disponibilizar mais serviços públicos online. (...)

Muitos pais compram um hanko feito à mão para os filhos quando eles atingem a maioridade, e os turistas levam-nos como lembranças, disse Keiichi Fukushima, escultor licenciado e membro da quarta geração de proprietários de uma loja que vende os carimbos no histórico distrito de Ueno em Tóquio. O fabrico de hanko é um setor que gera 1,5 mil milhões de dólares por ano, disse Fukushima, vice-presidente da associação nacional do setor.

"Ainda há muitas ocasiões em que precisamos usar o hanko", disse Fukushima.

31 janeiro 2018

Já não se fazem japoneses como antigamente...

As recentes fraudes em empresas japonesas mostraram que a imagem Made in Japan de qualidade talvez seja falsa. Os exemplos: a montadora Nissan fez um recall de dois milhões de veículos, a Kobe Steel falsificava dados de qualidade do produto, a Toshiba manipulava os dados contábeis, entre outros exemplos. Um texto do Financial Times (publicado em português aqui) analisa esta imagem construída e estes episódios recentes. Para Peter Wells e Leo Lewis:

A sensação de que os problemas foram frutos de conspirações dentro das empresas aumentou ainda mais depois das admissões de que as fraudes e mentiras existiam há anos e, em alguns casos, há décadas. Há inúmeros casos difíceis de explicar. Os escândalos implicam, segundo especialistas, uma disposição institucionalizada de violar regras dentro de instituições que se orgulham especificamente por segui-las de forma inflexível.


Fotografia: executivos da Sony

29 maio 2017

Japão e IFRS

O Iasb e FASF do Japão assinaram uma declaração conjunta na semana passada reafirmando o compromisso da adoção das normas de contabilidade internacionais por parte do país asiático. Atualmente no Japão as empresas podem escolher as normas; as normas do Iasb são permitidas desde 2010 e atualmente 164 empresas com ações negociadas na bolsa adotam ou anunciaram planos de adotar as IFRS; isto significa 30% do valor de mercado do Japão.

11 abril 2017

Toshiba Apresenta Demonstrações sem Parecer

Em maio de 2015 a empresa Toshiba informou que estava investigando um escândalo contábil e que iria rever os lucros dos três anos anteriores. O CEO renunciou logo depois diante a notícia que o lucro tinha sido inflado em 1,2 bilhão de dólar nos últimos sete anos. O preço das ações caíram, reduzindo o valor da empresa em 8 bilhões.

Em fevereiro deste ano informações que a empresa teve perdas de 3,4 bilhões em razão, principalmente, da subsidiária Westinghouse na área nuclear. As demonstrações contábeis que deveriam ter sido anunciadas naquele mês sofreram atrasos e o Chairman, ex-chairman da Westinghouse, renunciou. Em março a subsidiária nuclear da Toshiba buscou proteção no famoso “chapter 11”.

Hoje a empresa apresentou seus resultados, sem o relatório do auditor. A PwC Aarat LLC afirmou que não pôde formar uma opinião sobre os números da empresa, segundo informou a agência Reuters. Isto é algo inédito para uma empresa japonesa. E coloca em cheque as autoridades reguladoras do país, que precisariam agir fortemente para manter a credibilidade. Isto pode incluir a exclusão da negociação dos títulos na Bolsa de Tóquio, o que por sua vez pode agravar a situação da empresa. Há fortes questionamentos sobre a contabilidade da Westinghouse, com estimativa de perdas de 9 bilhões de dólares. Há propostas de compra de unidades da empresa.

11 agosto 2015

IFRS no Japão

Recentemente um grupo de empresas japoneses relativamente jovens, como Softbank e Rakuten, anunciaram a adesão das normas contábeis do Iasb. Segundo Noriyuki existem razões para este movimento. Primeiro, o fato de estas normas facilitarem a comunicação com os investidores. Segundo, estas empresas, ao contrário das antigas, ainda não investiram pesadamente nos padrões japoneses, sendo mais fácil de introduzir a mudança. Terceiro, a alteração nas normas pode levar a mudança na mensuração de ativos, passivos e resultado, para mais ou para menos, fazendo com que as antigas fiquem hesitantes em adotar estas normas.

Em 2007 o Iasb fez um acordo com o Conselho de Normas japonês para uma adoção futura das IFRS. Em 2014 o número de empresas que adotaram ou planejam adotar as normas internacionais é de 67, bastante reduzido em relação ao mercado japonês. Segundo Noriyuki, “normas nacionais podem coexistir com as IFRS por um período de tempo, mas a tendência para a adoção de uma linguagem contábil universal deve acelerar nos próximos anos”. O Japão procura desenvolver uma versão da IFRS.

17 julho 2015

Toshiba

A Toshiba é um conhecido grupo japonês bastante diversificado, que atua em tecnologia, comunicações, materiais eletrônicos, equipamentos médicos, logística etc. Em maio deste ano a empresa anunciou que cancelaria o pagamento dos dividendos em razão de uma investigação contábil. A empresa descobriu que o seu resultado nos últimos anos estava superestimado. Consequentemente, seria necessário fazer uma amortização de 300 a 400 bilhões de ienes (em torno de 3 bilhões de dólares). Este valor, anunciado na quarta feira, é muito superior a expectativa anterior, de 50 bilhões de ienes. Uma das consequências será a mudança na administração da empresa.

O atual primeiro ministro japonês está desenvolvendo uma campanha para melhorar a governança corporativa nas empresas daquele país.

26 julho 2014

Auditoria: Desvio de dinheiro na Cruz Vermelha

É o fim dos tempos. Que reportagem triste!! Saiu no BrasilPost:

Auditoria encomendada pela Cruz Vermelha para apurar os desvios milionários de recursos da instituição no Brasil reforça oficialmente o que revelou reportagem de Veja em 2012: os recursos doados à entidade no país não foram aplicados como pensam os doadores. O resultado da auditoria consta em reportagem desta sexta-feira do jornal Folha de S. Paulo. Como a revista informou há dois anos, nas três campanhas nacionais de arrecadação organizadas em 2011 pela Cruz Vermelha Brasileira — uma para as vítimas dos deslizamentos na região serrana fluminense, que deixaram 35 mil desabrigados; outra para a Somália, país africano faminto e devastado por guerras civis; e mais uma para a tragédia do terremoto seguido de tsunami no norte do Japão — os recursos arrecadados não foram aplicados em nenhum dos locais.

Os montantes recolhidos – R$ 212 mil para as campanhas da Somália e Japão e R$ 1,6 milhão para a tragédia fluminense – foram repassados a uma ONG comandada pela mãe do vice-presidente da Cruz Vermelha no Brasil à época, Anderson Marcelo Choucino.

A auditoria foi realizada pela More Stephens, consultoria com sede em Londres. As irregularidades começaram a ser levantadas em 2012 pela funcionária Letícia Del Ciampo, que assumiu o escritório de Petrópolis da entidade. Depois de encaminhar documentos ao Ministério Público e de dar declarações públicas sobre as irregularidades, ela recebeu ameaças de morte e pediu proteção policial.

Veja descobriu que a Embaixada da África do Sul destinou R$ 230 mil reais aos desabrigados da serra fluminense e nunca recebeu um relatório sequer sobre a utilização do dinheiro. A revista teve acesso a uma lista de empresas e bancos que juntos doaram cerca de 1,5 milhão de reais para os desabrigados fluminenses.

A Cruz Vermelha do Japão registra o recebimento de R$ 164 mil reais para as vítimas do tsunami, mas os recursos eram provenientes apenas da Cruz Vermelha de São Paulo. O dinheiro arrecadado pelo escritório nacional foi parar nas contas secretas do Maranhão, como mostrou a reportagem.

Reportagem da Folha informa que a auditoria constatou que o Instituto Humanus, com sede em São Luís, no Maranhão, está registrado em nome de Alzira Quirino da Silva, mãe do ex-vice-presidente do órgão central da Cruz Vermelha. E que o instituto recebeu R$ 15,8 milhões da Cruz Vermelha entre 2010 e 2012, sem qualquer comprovação de que tenha efetuado os serviços correspondentes.

Por falta de documentos, os auditores não conseguiram identificar a origem de todo dinheiro repassado ao Humanus. As transações bancárias de transferência de verba para o instituto eram feitas com a assinatura eletrônica de Carmen Serra, ex-presidente da filial da Cruz Vermelha no Maranhão e irmã do presidente nacional da instituição à época, Walmir Serra Júnior.

Em setembro de 2012, Veja obteve um ofício que prova que era Walmir Serra quem determinava o destino do dinheiro. A empresa Mitsui & Co. S.A., que doou cerca de R$ 150 mil para as vítimas da tragédia na serra fluminense, foi orientada, em um ofício enviado por Serra, a depositar o dinheiro em uma conta do Banco do Brasil em São Luiz do Maranhão. Presidente da Cruz Vermelha nacional desde 2013, Rosely Sampaio afirmou à Folha que o relatório da auditoria será levado à Justiça para que sejam tomadas as medidas cabíveis.

21 janeiro 2014

Mitos sobre a economia japonesa

Can you help debunk us the main myths of the Japanese economy? 
Myth #1: “Japan is an export-dependent country.” 
Actually, exports are a smaller part of Japan’s economy (16%) than that of most rich nations’ (though bigger than the U.S.). Also, Japan hasn’t had a big trade surplus for a while. 
Myth #2: “Japanese households save a lot.” 
This used to be true, but isn’t true anymore. The household savings rate nearly hit 0% in 2008 and is only around 2% now (America’s is around 5%). 
Myth #3: “Japan is a top-down economy guided by industrial policy.” 
This used to be true, but isn’t anymore. The influence of METI (formerly MITI) has been curbed substantially. The Ministry of Finance still has a lot of power over banks, but this is true in other rich countries too and is generally what happens after a big banking crisis. 
Myth #4: “Japan is a manufacturing-based economy.” 
Manufacturing makes up slightly more than one-fifth of Japan’s economy, which is more than most rich countries (only Germany and Korea beat it), but is a lot less than most developing nations. India, for example, is now more manufacturing-intensive than Japan. 
Myth #5: “Japan has lifetime employment.” 
Sure, for the top half of the workforce. For everyone on the bottom, it’s a constant struggle with little hope of big raises or promotions. And among those with so-called “lifetime employment,” maybe half are in danger of losing their jobs to layoffs. 
Myth #6: “Japanese companies aren’t innovative.” 
This is just wrong in so many ways, I could write a book about it (and maybe I will). 
Myth #7: “The Japanese buy government bonds out of patriotism.” 
Unlikely. They probably buy Japanese government bonds out of fear, pessimism, and a lack of knowledge of good alternative investment opportunities.

Fonte: aqui

14 outubro 2013

Normas Contábeis do Japão

O Japão possui muitas normas contábeis. As empresa japonesas podem adotar as normas japonesas, os padrões dos Estados Unidos ou as normas do Iasb. A existência de tantas opções levanta a questão sobre a escolha de uma das normas.

Em 2007 o Japão, através do Accounting Standards Board of Japan (ASBJ) assinou um acordo com o Iasb para buscar a convergência. Em 2009 o regulador financeiro do Japão apresentou um cronograma de adoção das normas internacionais e determinou 2012 como prazo para decisão. Em 2011 o ministro das Finanças sinalizou que o prazo seria prorrogado. Parte da decisão do Japão se deve a indecisão dos Estados Unidos em aceitar as normas internacionais. As autoridades começaram a falar de uma adoção voluntária. E mais recentemente comentou-se a possibilidade de falar de normas internacionais com adaptações, as J-IFRS.

As objeções à adoção das normas internacionais são diversas: custo de implantação, falta de adaptação à cultura japonesa, algumas normas contábeis que despertam dúvidas e os resultados obtidos até o momento pelas IFRS.

Leia mais aqui

27 novembro 2012

Idosos japoneses


The number of elderly criminals being caught by Japanese police has rocketed, the Japanese Justice Ministry said yesterday, with pensioners committing almost 50 times more assaults than two decades ago.
The number of criminals aged 65 or older booked by police last year increased by 475 from the previous year to 48,637, more than six times as many as 20 years ago, the ministry said in its latest white paper on crime.

04 maio 2012

Iasb

Numa conferência ocorrida em Nova Iorque, David Tweedie, ex-presidente do Iasb e atualmente presidente do Instituto dos Contadores da Escócia, afirmou que Japão, Índia e China estão hesitando em adotar as normas internacionais em razão do atraso da decisão da SEC (CVM dos Estados Unidos) em adotá-las.

Tweedie, por um lado, reconhece a fragilidade do Iasb. Por outro lado, lembra que o mandato de dois membros dos EUA no Iasb estão encerrando nos próximos meses e este país poderá perder a influência sobre a entidade. Lembra Tweedie que outros países desejam discutir assuntos como agricultura e câmbio.

Ainda com respeito a esta conferência, a Accountancy Today apresenta uma frase interessante:

Tweedie contended that 70 million businesses around the world are using IFRS for SMES, although he admitted he did not know where the figure came from.

(Sempre achei que Tweedie apresentava informações sem prová-las. Parece que tinha razão na minha desconfiança)

01 março 2012

Práticas de gestão nas empresas e países

Este post vai tratar sobre o working paper: Management Practices Across Firms and Countries , de autoria de Nicholas Bloom (Stanford University) , Christos Genakos (Athens University of Economics and Business), Raffaella Sadun (Harvard Business School) e John Van Reenen (London School of Economics).

O objetivo da pesquisa é compreender como e por que práticas de gestão variam não somente entre países, bem como entre as empresas e indústrias. Para mensurar as práticas de gestão, os pesquisadores usaram a metodologia de double-blind survey . A pesquisa foi executada com amostras retiradas aleatoriamente de diferentes indústrias e países ,e com a utilização de perguntas abertas para obter respostas precisas sobre a qualidade das práticas gerenciais dentro de cada orgazanização.Na última década, ao executar esta abordagem sistemática em cerca de 10.000 organizações, os autores chegaram às seguintes conclusões:

1. Em termos de práticas de gestão, as empresas industriais norte-americanas têm pontuação superior a qualquer outro país . As organizações com sede no Canadá, Alemanha, Japão e Suécia também são bem gerenciados. Todavia, as empresas de países em desenvolvimento como Brasil, China e Índia, geralmente são mal gerenciadas .Veja:



2.As diferenças nas práticas de gestão são nítidas em países em desenvolvimento, como o Brasil, China e Índia, que têm uma grande quantidade de empresas muito mal geridas. Veja:

3. A propriedade é um dos fatores que explica a variação da qualidade das práticas gerenciais.Assim, empresas de propriedade estatal, familiares e de propriedade do fundador ,são normalmente mal gerenciadas, enquanto multinacionais,com dispersão de controle acionário são tipicamente bem geridas.


4.Há uma forte evidência que um mercado competitivo mais acirrado favorece as melhores práticas de gestão, tanto no setor público e privado .


5. Países onde o mercado de trabalho tem pouca regulamentação estão associados a melhores práticas de gestão de incentivos organizacionais, como a promoção baseada em desempenho.



6. As organizações públicas têm as piores práticas de gestão em todos os setores estudados. No entanto,as multinacionais parecem ser capazes de adotar boas práticas de gestão em quase todos os países em que operam.



7. O nível de escolaridade, tanto dos gerentes e não-gerentes, está fortemente ligado as melhores práticas de gestão. Além disso, os pesquisadores acreditam que o aprendizado de conceitos básicos de gestão empresarial - por exemplo, análise de dados e orçamento de capital- pode melhorar a gestão de negócios em diversos países, especialmente nos em desenvolvimento. No artigo apresentam evidências encontradas na Índia.

Em suma, menor participação estatal, livre mercado, competição acirrada e crescimento da iniciativa privada favorecem a produtividade e o crescimento econômico. Nenhuma novidade, pois já está empiricamente mais que comprovado.
Obs: Para maiores detalhes, quanto à metodologia e nomenclatura , recomendo a leitura do working paper na íntegra.

17 fevereiro 2012

Estranho, ou apenas diferente?

um outro lado em tudo e, em 2 minutos, Derek Sivers mostra que isso é verdade de algumas formas que você não poderia imaginar.

24 novembro 2011

O mercado das artes e a formação de bolhas



Muito interesse este artigo:

The Log Periodic Power Law is a model used to define and measure speculative bubbles. This model has proven useful to track bubbles and even predict crashes of liquid asset classes. Using this methodology coupled with properties of cointegration between stocks and art, the 1980s price bubble on Impressionism and Post-Impressionism is analyzed. It is shown formally that there was a bubble in this market between 1986 and 1989. However, when denominating the art index in JPY rather than in USD, no price bubble behaviour was found at all. This observation suggests that Japanese buyers never felt that they were riding a bubble. Despite popular beliefs, no evidence is found that Japanese buyers viewed art as a speculative vehicle instead of a more classic consumption good that was related to their own cultural heritage.

The 1980s Price Bubble on (Post) Impressionism

16 novembro 2011

Olympus

Um banqueiro do setor de investimentos despertou preocupações com a contabilidade dúbia da japonesa Olympus desde os anos 1990, após descobrir que a empresa usava fundos sediados nas Bermudas para "inventar" ativos e maquiar seu balanço fiscal, disse ele à Reuters. (...)


"O regimento contábil japonês naquele tempo era muito estranho", declarou o banqueiro, explicando ter feito questionamentos porque a Olympus explorava uma brecha nas regras contábeis que ludibriava investidores sobre sua verdadeira saúde financeira. (...)


A Olympus, outrora orgulhosa fabricante de câmeras e equipamentos médicos, admitiu na semana passada ter ocultado perdas desde os anos 1990 e usado parte de US$ 1,3 bilhão em pagamentos incomuns em fusões e aquisições para ajudar a acobertá-las. Mas a empresa ainda não disse o quanto escondeu ou como conseguiu fazê-lo durante tanto tempo.


Desde que o escândalo irrompeu um mês atrás, a empresa perdeu 80% de seu valor de mercado por conta das preocupações com seu futuro. A polícia e os órgãos reguladores do Japão estão investigando o caso ao lado do FBI norte-americano.

Fonte: Folha de S Paulo

11 julho 2011

Japão poderá adiar a adoção das IFRS

O Japão pode adiar a introdução obrigatória das normas internacionais para todas as empresas listadas para além da data alvo original de 2015, devido a forte oposição à mundança da comunidade de negócios do país. O ministro dos serviços financeiros, Shozaburo Jimi,afirmou que a mudança para as IFRS -dentro de alguns anos poderia ser um fardo grande e caro para as empresas. "Se as empresas japonesas forem obrigados a a adotar as IFRS, vamos precisar de bastante tempo,de 5 a 7 anos para a preparação," Mr. Jimi disse, acrescentando que as discussões sobre o assunto vão levar tempo.

Fonte: aqui

15 março 2011

O Mito do Pequeno Crescimento da Economia Japonesa

Postado por Pedro Correia
O lento crescimento japonês não se deve a insuficiência de políticas macroeconômicas agressivas, mas ao pequeno crescimento demográfico. Daniel Gross Diretor, do Centro de Estudos de Política Europeia, vai direto ao ponto e mostra porque o Japão não está com a economia estagnada. Segundo ele a base da história de terror sobre o Japão é que o PIB cresceu na última década a uma taxa média anual de apenas 0,6% em comparação com 1,7% para os EUA. A diferença é realmente muito menor do que muitas vezes assumida, mas à primeira vista, uma taxa de crescimento de 0,6%, qualifica-se a economia japonesa como uma década perdida.
"Assim, de acordo com esse raciocínio, pode-se argumentar que boa parte da Europa também "perdeu" a última década,a Alemanha alcançou taxas de crescimento semelhantes ao Japão (0,6%) e Itália fez ainda pior (0,2%), a França e a Espanha foram um pouco melhor. Mas este quadro de estagnação em muitos países é enganoso, porque deixa de fora um fator importante:a demografia.

Como se deve comparar registros de crescimento entre um grupo de semelhantes, os países desenvolvidos? A melhor medida não é o crescimento do PIB global, mas o crescimento da renda per capita da população em idade ativa (ou seja, População Economicamente Ativa). Este último elemento é importante porque só a população em idade ativa representa o potencial produtivo da economia. Se dois países alcançarem o mesmo crescimento médio na renda per capita da PEA , deve-se concluir que ambos foram igualmente eficientes no uso do seu potencial, mesmo se suas taxas de crescimento do PIB global são diferentes.

Quando se olha para o PIB / PEA (definidos como população na faixa etária de 20-60), obtém-se um resultado surpreendente: o Japão tem feito realmente melhor do que os EUA ou a maioria dos países europeus ao longo da última década. A razão é simples: as taxas globais de crescimento do Japão foram bastante baixos, mas o crescimento foi conseguido apesar de uma queda na população economicamente ativa.

A diferença entre o Japão e os EUA é nítida aqui: em termos de crescimento do PIB global, tratava-se de um ponto percentual, mas é maior em termos de taxas de crescimento de acordo com a PEA - mais de 1,5 pontos percentuais, dado que os EUA população em idade ativa cresceu 0,8%, enquanto o Japão tem vindo a diminuir na mesma taxa.

Outra indicação de que o Japão tem utilizado plenamente o seu potencial é que a taxa de desemprego tem sido constante ao longo da última década. Em contrapartida, a taxa de desemprego nos EUA quase dobrou, já próximo dos 10%. Pode-se assim concluir que os EUA deveriam ter o Japão como um exemplo não de estagnação, mas de como conseguir um crescimento máximo de um potencial limitado. "

12 março 2011

Efeito do tsunami no câmbio

ostado por Pedro Correia

A reação do iene frente ao dólar após o tsunami.Em relação à moeda japonesa, o dólar era cotado a 81,89 ienes, comparado com os 82,93 do pregão anterior.
Observe o gráfico do dia 11/03/2011:


Logo após o evento catastrófico ocorreu uma forte desvalorização do iene, mas em seguida ocorreu uma forte valorização. Outrossim, em 1995, após o terremoto que atingiu Kobe o iene também se valorizou devido a repatriação de ativos estrangeiros. Veja o gráfico:


Fonte:Yen reverberations