09 dezembro 2013
Astrologia no mercado financeiro
Mas será que a astrologia tem fundamento? O jornal inglês cita a tradição de civilizações antigas e um trabalho de Nias e Eysenck para tentar descobrir a verdade e o denominado Efeito Marte: muitas pessoas famosas nasceram quando Marte esta num determinado ponto do céu e este percentual seria muito acima do acaso. Também é citado um artigo de Shawn Carlson que usou 28 astrólogos para tentar fazer projeções e o resultado foi tão bom quanto jogar uma moeda num cara ou coroa. Ou seja, astrologia é superstição.
No texto, uma frase de French, conhecido pesquisador na área de finanças:
Não é que os astrólogos vão dar -lhe algum conselho pior do que os peritos credenciados. Eles estão dando-lhe conselhos igualmente sem valor.
07 outubro 2013
27 novembro 2012
Armadilhas comportamentais do Black Friday
15 outubro 2012
Racionalidade, Suicídio e o Homem-bomba
O que isso tem a ver com os homens-bomba? Se for racional cometer suicídio, então é certamente racional atingir um objetivo no processo. Eliminando os inimigos é - a partir da perspectiva da economia - uma meta racional. Além disso, a pesquisa moderna em terroristas suicidas (ver Kix [2010]) mostra que eles apresentam exatamente as mesmas características de isolamento e depressão, que leva em muitos casos, ao suicídio sem a bomba.
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04 setembro 2012
Justificativa Racional para um decisão irracional
uma forma de justificar seu comportamento com desculpas aparentemente racional. Um político indica um parente para um cargo, justificando que ele é competente; o chefe promove a funcionária bonita pelo fato dela trabalhar melhor; o médico nazista que matou judeus no campo de concentração justifica sua atitude dizendo que seu experimento científico ajudaria a humanidade; o morador que não fala com o vizinho negro, pois ele é corintiano; e você, que compra a Playboy para ler seus artigos.
Norton, da Harvard Business School: I read Playboy for the articles. Para isto, Chance e Norton usaram um experimento com duas revistas para verificar se uma decisão é baseada em critérios “questionáveis” que aparentam serem racionais.
participantes escolheram a segunda opção.
resposta, o ser humano parece tentar buscar justificativas “racionais” para defender suas escolhas irracionais.
and rationalizing questionable preferences.
27 setembro 2011
Indicadores econômicos bizarros
Eis uma listagem de indicadores bizarros:
1. Anúncio de exercício e desemprego – Em momento de elevada taxa de desemprego muda os anúncios do exercito. Para evitar que muitas pessoas alistem, os anúncios mostram vídeos com exercícios pesados para afugentar recrutas
2. Prostituição – em épocas de prosperidade existem menos prostitutas e os preços são maiores.
3. Cueca – homens compram menos em tempos difíceis, para economizar. (Anunciado por Alan Greenspan)
4. Garçonetes bonitas – a situação econômica está ruim quando mulheres bonitas aceitam empregos de garçonetes, em lugar de empregos mais atraentes (modelo ou eventos corporativos)
5. Consumo de cerveja – o consumo de cerveja em casa aumenta em épocas de recessão em razão da economia. Isto reflete no número de empregados em bares, que caem mais que em outros setores.
6. Cabelo da japonesa – Os cabelos das mulheres japonesas são cortados mais curtos em períodos de recessão. Isto economiza o dinheiro do salão.
7. Tamanho da saia das mulheres – quanto mais curta a saia melhor para o mercado financeiro. Este índice foi descoberto em 1920, por George Taylor.
8. Índice da pipoca – em períodos de crise, as pessoas fogem para o cinema para ver filmes de aventura e ficção.
9. Desconto no automóvel – em períodos de recessão aumentam os descontos na venda de automóveis.
10. Índice de Pesquisa do Google – o aumento de pesquisa com palavras como desemprego geralmente significa que ele aumentou
11. Brinde em refeição – em períodos de margem reduzida, os restaurantes reduzem os brindes para as crianças, incluindo o número de lápis de cor para colorir.
12. Índice do feijão – período de recessão aumenta o consumo de enlatados. Os consumidores trocam alimentação fora por comer em casa.
13. Índice de Batom – em épocas difíceis, o consumo de batom mais caro aumenta. É uma compensação pela redução no consumo de bolsas e sapatos caros.
14. Gravatas – o consumo de gravatas aumenta na recessão como uma forma dos homens dizerem que estão trabalhando muito. E as gravatas são mais finas.
15. Retorno da ligação do pedreiro – quando a economia está indo bem, é muito difícil receber de volta a ligação do pedreiro. Quando existe muito desemprego, o pedreiro retorna sua ligação muito rápida.
Adaptado daqui
16 março 2010
Correlação espúria
A correlação espúria diz respeito a existência de um vínculo estatístico entre duas variáveis, mas onde não existe nenhuma explicação lógica para tal fenômeno. Em termos mais técnicos, o coeficiente de correlação – medida que mensura a relação existente entre duas variáveis – é elevado, muito embora não seja possível estabelecer uma relação de causa e efeito.
Existem muitos exemplos de correlações espúrias. Entretanto, algumas delas talvez não sejam efetivamente espúrias. Uma delas associa o comportamento do mercado de ações com o tamanho da saias das mulheres. Esta correlação, destaque no livro de Malkiel sobre a irracionalidade dos mercados, é uma das mais clássicas existentes. Entretanto, seria efetivamente espúria? Um ex-aluno apresentou em sala de aula uma explicação interessante para esta relação: as aplicações em ações são investimentos tipicamente de risco, indicando uma confiança na economia. Além disto, a ação é tipicamente um investimento liberal, que nos costumes é refletido por saias menores.
Outra relação interessante refere-se ao consumo de cuecas e crescimento da economia. Existe o consumo de roupas íntimas como aproximação para o comportamento da economia foi proposto pelo ex-presidente do Banco Central dos EUA, Alan Greenspan. Em situações de crise, os homens evitam renovar seu guarda-roupa de cuecas, já que é uma roupa que não "aparece" para o público.
Em outros casos, existe uma explicação bastante razoável para uma pretensa correlação espúria. Existe uma relação entre capa de revista e desempenho de uma empresa. Na realidade, esta relação foi constatada inicialmente nos esportes. Observou-se que os atletas que eram capas nas revistas esportivas tinham um desempenho pior após ser destaque. Quando comento sobre este assunto em sala de aula, digo aos meus alunos que isto se refere ao índice Obina, uma justa homenagem ao artilheiro do Clube Atlético Mineiro. Quando Obina faz quadro gols numa partida torna-se destaque na imprensa esportiva. Mas nos jogos seguintes, o desempenho de Obina volta ao seu normal. Isto é que os estatísticos chamam de "reversão à média". Do mesmo modo, quando uma empresa é destaque na capa de uma revista, provavelmente isto ocorre em razão do desempenho passado. Neste caso, é hora de vender da ação daquela empresa.
Em geral, as correlações espúrias não são consideradas de forma séria pelos pesquisadores. É o caso, por exemplo, da relação entre o preço do ouro e a quantidade de jóias existentes no pescoço de Mr. T. Outros casos mostram que estas correlações podem ser representações de superstições, como as irracionalidades associadas aos números: na China, por exemplo, o número oito é sinal de sorte. Assim, uma empresa que consiga fazer uma associação com este número deverá ter um bom desempenho pela própria crença dos investidores de que o número está associado a uma boa superstição.
07 agosto 2009
Superstição
Pesquisa de psicologia documenta que pessoas são mais propensas a adotarem práticas supersticiosas quando operam em ambientes dominado por incertezas, high stakes e percepção de perda de controle sobre o resultado. Baseado nestas considerações, nós sugerimos que o mercado acionário representa o campo ideal para a superstição e então testamos se o comportamento supersticioso afeta as decisões de investimento. Nossa análise empírica foca em algumas crenças relacionadas com eclipses, fenômenos que são tipicamente interpretados como mau presságio pelo superticiosos, tanto na sociedade asiática quanto ocidental, e nós empregados um conjunto de dados que contem 362 desses eventos no período de 1928-2008. Usando quatro índices do mercado de capitais dos EUA, nos descobrimos uma forte evidência que suporta nossa hipótese de superstição (isto é eclipses) está associado com um retorno abaixo da média das ações, que é consistente com a redução da pressão compradora dos supersticiosos. Segundo, o tamanho do efeito da superstição é estimado para aumentar no tempo em que o mercado é mais incerto e quando o eclipse tem maior cobertura da imprensa e atenção do público. Terceiro, o desempenho negativo do mercado durante o evento é seguido de um efeito reverso de magnitude similar (10 pontos bases por dia) nos dias subseqüentes. Quarto, eclipses são acompanhadas por uma redução no volume de negociação. Quando nós estendemos nossa análise para uma amostra de países asiáticos, nós encontrados resultados análogos. Os padrões que nós encontramos são inconsistentes com a Efficient Market Theory.
Gabriele Lepori via Do superstition and eclipses matter for the stock market? (Marginal Revolution)
02 junho 2009
Espírito Animal
(...) Já para Akerlof e Shiller, os espíritos animais são cinco: confiança e seus multiplicadores; senso de justiça; corrupção e má-fé; ilusão monetária; histórias. A leitura do livro, no entanto, deixa uma sensação de falta, como se os autores tivessem apenas tangenciado a essência do nosso funcionamento mental, sem se aprofundar em sua dinâmica. Não podemos condená-los, pois não são especialistas nisso. São economistas e já cumprem missão fundamental alertando para setores pouco conhecidos dos agentes econômicos, como sua mente e, em particular, as muitas mentes em ação coletiva. Este já é um grande mérito do livro: abordar fenômenos macroeconômicos do ponto de vista psicológico.
Os investimentos e o critério único em nossas decisões
27 Maio 2009 - Vera Rita de Mello Ferreira - Valor Econômico
Acho que o livro é mais do que isto.