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11 março 2013

Críticas

Desde que anunciou, em junho passado, sua intenção de adquirir 100% do controle da cervejaria mexicana Grupo Modelo, a Anheuser-Busch InBev vem sendo alvo, nos Estados Unidos, de uma onda de críticas com certos tons de xenofobia. A primeira manifestação aconteceu em outubro, quando a revista Bloomberg BusinessWeek publicou uma matéria de seis páginas, chamada "The Plot to Destroy America's Beer", ou, em português, "O plano secreto para destruir a cerveja americana".

Em seguida, outros artigos foram publicados em grandes jornais dos Estados Unidos, como o The New York Times e o The Washington Post. Todos comentando a possível formação de um duopólio da cerveja no mercado americano que poderia se formar caso a AB InBev concretize a compra de mais 50% das ações da Modelo. É um debate válido, diz Trevor Stirling, analista especializado no mercado de bebida da Sanford Bernstein, de Londres. "Mas é claro que a xenofobia acrescentou mais pimenta à discussão", afirma ele.

No artigo da Bloomberg BusinessWeek, ao descrever o brasileiro Carlos Brito, presidente mundial da empresa, o autor diz que ele se veste como o gerente de uma loja local de ferramentas. Ao comentar sua atuação frente à companhia, a revista diz: "Ele arrisca a devoção dos amantes de cerveja americanos ao mexer com a receita da Budweiser em nome da redução de custos."

Em fevereiro, o The Washington Post publicou uma matéria intitulada "Beer merger would worsen existing duopoly by AB InBev, SABMiller" (ou "Fusão das cervejas acentuará duopólio entre AB InBev e SABMiller), na qual chama Brito de "hard-nosed", ou seja, uma pessoa pragmática que não tem paciência com quem não é como ela.

"Sempre haverá quem reclame do fato de a AB InBev ter quase 50% das vendas nos Estados Unidos. Mas agora que a empresa é controlada por estrangeiros, essas pessoas têm se manifestado ainda mais", diz Stirling.

(...) Todas as acusações e provocações endereçadas à AB InBev, segundo outro analista, que preferiu não se identificar, não têm fundamento. "A imprensa acusa a companhia de se importar apenas em cortar custos em detrimento da qualidade da cerveja. Mas a AB InBev faz o mesmo que muitas outras multinacionais americanas fazem. A única diferença é o time brasileiro."


Fonte: Aqui

18 fevereiro 2010

ABInbev refinancia

Conforme o New York Times, a Inbev conseguiu o refinanciamento de 13 bilhões de dólares de sua dívida. Em 2008 a empresa obteve recursos para pagar a aquisição de 52 bilhões da empresa dos EUA Anheuser-Busch. A empresa é classificada como BBB+ pela S&P e Baa2 pela Moody´s. A taxa a ser paga pela ABInbev é de 175 pontos acima do Euribor, pior do que a Telecom Italia (BBB e Baa2) obteve, de 130 pontos.

08 maio 2009

Inbev tenta fazer caixa

A Inbev vendeu a segunda empresa coreana de cerveja por menos de 2 bilhões de dólares. Empresas como a Inbev, que fizeram aquisições nos bons tempos, necessitam agora de recursos para pagar os financiamentos realizados no passado. No caso da Inbev, 45 bilhões de dívida para adquiri, por 52 bilhões, a Anheuser-Busch. Naturalmente que a parte vendedora tentará convencer os acionistas que o preço foi razoável.

Fonte: Aqui

Ambev

A InBev emergiu como um peso pesado há cinco anos, a partir da fusão da brasileira AmBev com a belga Interbrew SA, produtora da marca Stella Artois. Apesar de a base ser em Leuven, na Bélgica, a cultura dos sócios brasileiros acabou por predominar. Essa abordagem enfatiza o acompanhamento atento dos custos e um sistema de pagamento de incentivos que pode ser lucrativo se as vendas e as metas de lucro forem atingidas.

A InBev evita escritórios luxuosos e automóveis para executivos, e grupos de executivos compartilham uma única secretária. A empresa usa orçamento base zero — em que todas as despesas têm de ser justificadas a cada ano, e não apenas os aumentos de despesas. A empresa afirma ter economizado 250.000 euros (US$ 325.000) ao mandar os funcionários do Reino Unidos usarem impressões em preto e branco e nos dois lados da folha de papel, e usou esse dinheiro para contratar mais vendedores.

Gestão ao estilo AmBev causa choques na terra da Budweiser
David Kesmodel e Suzanne Vranica, The Wall Street Journal, de Saint Louis, Missouri
29 /04/ 2009 - The Wall Street Journal Americas - 1
(Colaborou Matthew Dalton)

25 novembro 2008

Para pagar o passivo

ABInBev lança ações para pagar dívida
Gazeta Mercantil - 25/11/2008

Genebra, 25 de Novembro de 2008 - A Anheuser-Busch InBev (ABInBev), formada na semana passada com a fusão das maiores cervejarias da Europa e das Américas, reativaram a venda de ações, para pagar a dívida de US$ 54,8 bilhões, depois que seus controladores se dispuseram a desembolsar mais dinheiro.

Até 986,1 milhões de novas ações estão sendo vendidas para os atuais investidores, a ? 6,45 cada, para captar ? 6,36 bilhões (US$ 8,05 bilhões), informou a empresa. Os investidores poderão subscrever oito novas ações para cada cinco que já tinham até 9 de dezembro.

Ontem, depois que o preço foi anunciado, as ações caíram 19,90%, ou 4,10, para E16,50 no pregão da Bolsa de Bruxelas, fechando no menor valor desde março de 2003. A empresa disse que os seus controladores, executivos brasileiros e famílias belgas, vão gastar E2,8 bilhões em ações para manter sua condição de majoritários, mais do que o dobro de suas intenções no mês passado. "Eles acreditam na empresa e também precisam concluir o negócio", disse Giuliu Lombardi, analista da Fitch Ratings, em Londres. "Eles não podem esperar até que a situação do mercado financeiro melhore", disse. (...)

(Gazeta Mercantil/Caderno C - Pág. 6)(Bloomberg News)

13 novembro 2008

Inbev e Bud


Acionistas da AB aprovam compra pela InBev
Valor Econômico - 13/11/2008

Os acionistas da cervejaria americana Anheuser-Busch, que controlam, pouco mais de dois terços da companhia, aprovaram ontem a proposta de compra feita pela InBev em julho. Em uma reunião feita em Nova Jersey, nos arredores de Nova York, o negócio de US$ 52 bilhões recebeu 497 milhões de votos favoráveis, o que representa 68,76% das ações em circulação. Cerca de 96% dos acionistas minoritários participaram da assembléia, o que a Anheuser-Busch considerou uma ótimo comparecimento para endossar a transação. (...)

Agora, para que o negócio seja realmente fechado, resta a aprovação das autoridades americanas, européias e chinesas (já que a 27% das ações da China Brewer Tsingtao pertencem à AB). "Não sabemos quanto tempo esse processo irá levar", escreveu Dave Peacock, vice-presidente de marketing da AB e futuro presidente da empresa após a fusão, em um e mail para os funcionários da cervejaria americana. "Há quem aposte em uma finalização para breve. Não podemos confirmar uma data específica, mas nosso cronograma de resolver tudo até o final do ano continua valendo." Isso é o que esperam os bancos que financiam a InBev. A companhia belgo-brasileira tem o compromisso de nove bancos para um empréstimo de US$ 45 bilhões para viabilizar a aquisição. O empréstimo entretanto, ainda não foi sacado. Como esse dinheiro está "reservado" para a InBev, as instituições aguardam ansiosas que a cervejaria saque logo o montante, para começar a cobrar juros e dividendos. (...)


Conforme postagem anterior, a aquisição foi extremamente vantajosa para os acionistas da AB.

Foto: Flickr

09 novembro 2008

Inbev e Bud

A Anheuser-Busch foi adquirida pela Inbev pelo preço de $70 a ação. O gráfico a seguir mostra o comportamento da ação da AB nos últimos meses:



Apesar da crise, a ação continua bem cotada no mercado, mas ainda assim abaixo dos $70 que a Inbev irá pagar.

Já a cotação da Inbev no mercado internacional apresenta o seguinte comportamento:



Ou seja, os acionistas da empresa comprada claramente se beneficiaram do negócio.

28 outubro 2008

Acordo Inbev e Anheuser-Busch em Perigo?

O acordo entre as duas empresas deve ser concluído no final do ano. Entretanto existem dúvidas sobre isto uma vez que o valor acertado, de $70 por ação, está muito acima do preço atual de mercado (em torno de $60). Isto tem sido uma oportunidade para os especuladores: o acordo saiu ou não.

Além disto, a volatilidade da ação está alta. Um fator que complica o acordo é o fato de que boa parte do dinheiro seria oriundo de capital de terceiros. Como lembra McIntyre, a crise financeira não ajuda pois o mercado de crédito está numa fase ruim.

08 setembro 2008

Aquisição aprovada

A aquisição da Anheuser-Busch pela InBev foi aprovada pela agência alemã que regulamenta questões de carel, segundo Merger Watch: Anheuser-Busch - InBev. Ainda segundo a notícia, a Inglaterra o processo está sendo analisado.

02 setembro 2008

Vencedores e Perdedores da Semana


Novamente a coluna Winners & Losers From the Week That Was, de Stephen Grocer do Wall Street Journal, cita a Inbev. Novamente como vencedora. Apesar do aumento do passive, o Mercado continua acreditando na empresa:

InBev: Syndication has become a riskier, unpredictable process thanks to the credit crunch. For that reason, news that InBev has found a group of nine more banks to buy up the $45 billion of debt securities backing the $52 billion acquisition is impressive and the result of the Brazilian-Belgian brewer’s market savvy and strong credit rating.

29 agosto 2008

Buffett critica AB

O bilionário Buffett criticou a Anheuser-Busch, da qual era investidor e vendeu 60% delas antes do acordo com a Inbev. Uma das justificativas foi o gasto de 72 milhões com instituições financeiras para manter a Inbev longe.

QUICK: OK. Let's talk about your most recent disclosures for some of your holdings. When we saw the last numbers, your shares in Anheuser-Busch, a lot of people were surprised to see that you had gotten out of those shares before a deal went through with InBev.
BUFFETT: That's right. I sold about 60 percent of them in the second quarter.
QUICK: Why?
BUFFETT: Well, I wasn't--it was an evaluation of whether I thought the deal would go through and the desire to sell at least some of the shares. I mean, Anheuser-Busch did not want the deal to go through and they hired investment bankers, very expensive. They spent $72 million with two investment banking firms. And believe me, most of that was spent with the idea of trying to keep InBev away. So who knew how it was going to come out? And InBev persevered, they raised their price and on the remaining shares we'll do somewhat better; although there's still a time factor and we've used the money for other things. But in retrospect, I was wrong to decide to partially sell the holdings.


Fonte: aqui

25 agosto 2008

Ganhadores da Semana

Toda semana o Wall Street Journal apresenta uma coluna com os ganhadores e perdedores da semana que passou. Na semana do dia 22 de agosto de 2008 Stephen Grocer mostra os dois ganhadores como sendo:

a) Goldman Sachs Group e Citigroup – irão receber 72 milhões pelos conselhos dado para Anheuser-Busch durante o acordo com a Inbev. É uma gorda comissão
b) August Busch IV – o playboy irá receber uma bolada pelo acordo, sera consultor da Inbev, recebendo mais de 125 milhões de dólares.

19 agosto 2008

Quem ganhou com a compra da Anheuser-Busch?

Segundo esta notícia, os bancos que participaram da operação e Busch IV (o CEO da Anheuser), que irá receber 10 milhões de dólares até 2013.

O problema é o aumento no passivo (e no seu custo) para nova empresa.

Mais sobre o acordo, aqui.

19 julho 2008

Ganhador e Perdedor

Toda semana o jornal Wall Street Journal aponta o vencedor e o perdedor da semana (a exemplo do que também faz a Veja, o Estadão etc). Nessa semana entre os três vencedores encontra-se CArlos Brito, executivo da Inbev que conduziu a aquisição da A-B. Entre os perdedores, a família Busch. O jornal lembra que Busch IV afirmou que ele não veria a aquisição da A-B. Não somente viu como ficou sem qualquer cargo executivo na nova empresa.

18 julho 2008

Herança da A-B

Conforme lembra o WSJ (16 de julho de 2008, Patent Dispute Could Put Czech Brewer in A-B InBev’s M&A Crosshairs) uma herança da aquisição da Anheuser Busch são mais de 100 disputas legais com a marca Budweiser em mais de 30 juridições ao longo da terra. O custo para resolver alguns desses conflitos pode não ser pouco. A estimativa ultrapassa a casa dos bilhões de dólares.
Uma cervejaria techa tem a marca Bud e Budweiser registrada em vários países. Estima-se que o custo desse problema talvez seja de 2 bilhões de dólares.

15 julho 2008

Bud

Heid Moore do Wall Street Journal (em InBev and Anheuser-Busch: The Love Boat of Corporate Marriages, 14/07/2008) apresenta, de forma interessante, o resultado final do acordo entre Inbev e A-B. Carlos Brito (da InBev) e August Busch IV pareciam BFFs (best friends forever).

Tentando aparentar um acordo amigável, Busch IV afirmou que Carlos Brito é um líder forte, com planos ambiciosos para construir novos negócios.

Para Moore, o grande ganho foi a concessão de dois assentos no conselho da Inbev. Segundo um estudo realizado com negócios acima de 5 bilhões de dólares desde 2003, somente 23% resultaram em ao menos um assento.

Mas este link aqui afirma que esse é um detalhe menor pois existem 14 assentos no Board, sendo quatro da família que fundou a Interbrew, quatro da Ambev e quatro de diretores independentes. Ou seja, muitos brasileiros e belgas.

Stephen Grocer (também do WSJ em Afternoon Reading: Bud Goes Quietly Into That Good Night, 14/07/2008) comenta que uma possível jogada da SABMiller será um acordo com uma cervejaria mexicana.

O mesmo Wall Street Journal (em InBev-Anheuser: ‘There Is Pride Today, Because Beer Is Belgian’ , 14/07/2008) analisa o acordo do lado dos belgas. Eles estão chocados com as reações nacionalistas (incluindo de Obama, candidato a presidência dos Estados Unidos) para um assunto que o ministro da economia belga, Vincent Van Quickenborne, denomina de “negócios, reestruturação, corte de custos e posicionamento num mercado global”. Mas nem todos os belgas estão comemorando: os sindicatos dos empregados, que sofreram com tentativas de corte de custos, estão apreensivos com as conseqüências.

Já Christian Lejeune, diretor do Museu Belga de Cerveja no sul da Bélgica afirma que “eles não fazem a verdadeira cerveja belga”.

Já Dennis k. Berman (em Budweiser-InBev: Patriotism Has Its Price–$70 a Share, 11/07/2008) foi irônico. O patriotismo tem seu preço: $70 a ação.

Jonathan Berr (em InBev raises bid, makes Anheuser-Busch an offer it can't refuse, 11/07/2008) considera que o acordo tem um grande perdedor: a mídia. A Budweiser é uma empresa que possui uma participação muito significativa no mercado publicitário, em especial nos jogos de baseball e Super Bowl.

Mas segundo esse endereço o valor da A-B era de 67 dolares. Ou seja, o preço de aquisição não foi barato.

14 julho 2008

Inbev e Anheuser-Busch: o Acordo

Segundo o New York Times (Anheuser-Busch Agrees to Be Sold to InBev,
Michael J de La Merced)
, a Inbev conseguiu um acordo de compra da Anheuser-Busch. O valor ficou em 52 bilhões de dólares. Os detalhes serão confirmados na segunda, em Bruxelas. A oferta inicial era de 46 bilhões.

A nova empresa, a maior do setor (produtora de Budweiser, Stella Artois, Bass e da Brahma), terá vendas de 36 bilhões ao ano. O nome deverá ser Anheuser-Busch InBev. Além da presença no nome, a Anheuser terá dois assentos no board, incluindo um para August A. Busch IV.

A operação representa uma consolidação da indústria de cerveja. Décadas atrás, as maiores empresas representam pouco mais de 5% do mercado. Hoje, com as fusões, Inbev e SABMiller dominam o mercado. A economia de escala e o aumento de custo dos ingredientes induziram essa mudança.

Com o acordo, a potencial guerra entre as duas empresas termina. A pressão sobre Busch para fazer o acordo foi maior. Alguns acionistas, incluindo Warren E. Buffett, indicaram que apoiariam a Inbev numa batalha.

Para o acordo, a Inbev deverá obter 45 bilhões de financiamento.

11 julho 2008

Inbev e Anheuser-Busch

Segundo o NY Times, existe ainda a possibilidade de um acordo amigável entre as duas empresas. Fonte, aqui