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05 outubro 2018

KPMG pós escândalo

Fonte da imagem: aqui

A KPMG da África do Sul está procurando um novo CEO de fora da organização, para reconstruir a confiança da empresa de auditoria no país. Após uma série de escândalos ocorridos em 2017, a firma perdeu vários clientes de alto escalão.

A atual CEO, Nhlamulo Dlomu, assumirá um novo papel com foco na mudança da cultura organizacional e na liderança ética. Ela trabalhará com o presidente global da KPMG, Bill Thomas. Nesse ínterim, Wiseman Nkuhlu atuará como presidente executivo.

Relembre os problemas da KPMG na África do Sul: aqui.

18 abril 2018

Política, governo e corrupção

Em postagens anteriores (aqui e aqui) descrevemos alguns dos problemas da empresa de auditoria KPMG na África do Sul. Na terça, mais uma notícia ruim para a KPMG: o governo anunciou a rescisão dos contratos com a auditoria em todos os níveis.

Além disto, um dos maiores bancos daquele país informou que está revendo sua relação com a KPMG no ano novo fiscal. Isto após diversas empresas já terem cortado as relações.

No passado, a KPMG manteve uma relação com uma família poderosa daquele país, a família Gupta. Os Guptas tinha uma relação muito próxima com Zuma, o ex-presidente do país. Provavelmente dinheiro do contribuinte foi usado para pagar um casamento luxuoso da família

Além da KPMG, estão em desgraça a McKinsey e a SAP, em uma intriga que envolve política, governo e corrupção.

21 setembro 2017

KPMG e o Zupta


Fonte do Cartoon: Aqui

A família Gupta é uma das mais ricas da África do Sul. De origem indiana, os Gupta chegaram no país africano em 1993 e possuem negócios em computadores, imprensa e mineração. Agora, a família está no centro de um escândalo que envolve o presidente da África do Sul, negócios estranhos e uma empresa de auditoria.

O presidente da África do Sul é Jacob Zuma desde 2009, quando foi eleito. A relação de Zuma com a família Gupta é tão próxima que ficou conhecida como Zupta, junção de Zuma e Gupta. A proximidade tem levantado suspeitas de negócios escusos, envolvendo a família e o governo da África do Sul. A esposa do presidente recebeu um cargo numa das empresas do grupo, assim como um dos filhos foi contratado como diretor, mesmo cargo ocupado pela filha do presidente.

A relação entre o presidente e a família provocou uma série de protestos na África do Sul. Recentemente, algumas empresas com negócios com a família decidiram abandonar as relações comerciais. Entre as empresas envolvidas encontra-se a KPMG, que há 15 anos tinha um laço comercial com os Guptas . Hoje, a big four está ameaçada de ser expulsa do país, depois de anos trabalhando para a família Gupta.

Como reação as ameaças, a KPMG começou um expurgo na filial da África do Sul, demitindo oito executivos. Durante anos, a empresa de auditoria deixou passar problemas na auditoria das empresas da família. Um dos casos foi relatado pelo Financial Times:

o escritório da África do Sul [da KPMG] permitiu que uma empresa de propriedade dos Gupta, a Linkway Trading, contabilizasse gastos com o casamento de um mebro da família em 2013 como uma despesa comercial.

Ainda segundo o Financial Times, o grupo ativista Save South Africa acusou a KPMG de ter desempenhado um papel na captura do Estado pela família.