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Mostrando postagens com marcador Gresham. Mostrar todas as postagens
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21 janeiro 2021

Mais informação é mais informação de baixa qualidade


Uma lei da economia pode ajudar a explicar como prevalece, nos dias atuais, as informações de baixa qualidade. Entre ler um artigo da New Yorker, preferimos ler a última fofoca de uma pretensa celebridade. A Lei de Gresham foi proposta para produtos tangíveis, mas pode ser aplicada para a informação. 

Atacada pela competição acirrada do ciclo de notícias diárias, a notícia sofre com a Lei de Gresham, um conceito financeiro que afirma que o dinheiro ruim tira o dinheiro bom até que só o dinheiro ruim reste. A Lei de Gresham pode explicar por que o consumidor mediano lê informações de baixa qualidade online. Na Internet, o conteúdo de baixa qualidade expulsa o conteúdo de alta qualidade, já que os artigos mais lidos são polarizadores e emocionalmente chocantes. Primeiro, eles distorcem a verdade eliminando nuances e adicionando carga emocional a tópicos importantes. Se você verificar quase todas as publicações importantes, verá que as histórias mais populares são opinativas e causam medo. Eles nos atraem porque influenciam nossos instintos básicos de maneiras irresistíveis.

(...) Mas, na prática, aconteceu o contrário. Em vez de informar o público, os jornalistas são forçados a manipular algoritmos de mídia social, divulgando histórias e escrevendo manchetes enganosas. Um repórter da Vox me disse que eles têm que escrever dez títulos para cada postagem que escrevem. A Vox escolhe o título que atrai mais engajamento, dependendo da plataforma. Desesperados por cliques, os repórteres tendem a sombrear suas manchetes com medo e indignação. 

Mas isto não é de todo ruim. 

Para o consumidor de notícias consciente, nunca houve melhor época para estar vivo. A Internet está repleta de informações de alta qualidade, de modo que os consumidores de informações mais experientes têm acesso a mais conhecimento de alta qualidade do que em qualquer momento da história humana.

Portanto, pule o ciclo de notícias, mas reduza o consumo medido. Ignore as recomendações da sociedade sobre o que consumir e atualize seus hábitos de aprendizagem como se estivesse sacudindo um esboço. Lembre-se de que o que você deve consumir não se parece em nada com o que foi ensinado a consumir. Rebele-se contra os holofotes tradicionais, encontre alguns curadores confiáveis ​​e, em vez disso, trace seu próprio caminho. (...)

Na Internet, sua taxa de aprendizado é limitada não pelo acesso às informações, mas por sua capacidade de ignorar distrações. As pessoas que você segue online são um indicador importante de seu sucesso, sua saúde e sua felicidade. 

Abrace a responsabilidade pessoal. Ignore a junk food, siga as pessoas certas e beba profundamente suas recomendações.