Há dois anos, um fundo hedge ativista denominado Engine No. 1 conseguiu indicar três nomes para o conselho da Exxon. Isto foi uma grande surpresa, já que a Exxon era uma petrolífera que não apostava na questão climática.
Mas o tempo passou e parece que a nomeação para o conselho da empresa não mudou substancialmente a empresa. A Exxon continua a investir em petróleo e gás. Ou seja, os três nomes da Engine não fizeram uma diferença substancial na sua atitude sobre a mudança do clima. Segundo DealBook:
Mark van Baal, fundador do grupo ativista de acionistas Follow This, foi mais contundente. O fundo de hedge, segundo ele, foi "a maior decepção na luta contra as mudanças climáticas".
A Engine No. 1 considera que houve progressos. Isto inclui metas de emissões líquidas zero para suas operações na Bacia do Permiano, no Texas e no Novo México, projetos de captura de carbono e hidrogênio em estágio inicial e investimentos em mineração de lítio. Mas isto é uma percentagem mínima dos gastos da empresa.
Desde então, as ações da Exxon dispararam, somando cerca de US$ 160 bilhões em capitalização de mercado, e os lucros chegaram a quase US$ 56 bilhões no ano passado, graças ao aumento dos preços dos combustíveis fósseis tradicionais.
A reunião no final de maio confirmou que a Exxon não mudou. Diversas propostas solicitando que a ExxonMobil divulgassem suas emissões de carbono. Isto parece que um fim melancólico do esforço da Engine no. 1.
Das dezenas de propostas apresentadas nas assembleias anuais de acionistas de bancos, seguradoras e empresas de petróleo e gás dos EUA no último mês, apenas uma recebeu apoio da maioria, o pior resultado para propostas relacionadas a ESG desde 2017.
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