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26 janeiro 2015

O crescimento dos economistas

Have we reached peak economist?

Two hundred years ago, the field of economics barely existed. Today, it is arguably the queen of the social sciences.

These are the conclusions I draw from a deep dive into The New York Times archives first suggested to me by a Twitter follower. While the idea of measuring influence through newspaper mentions will elicit howls of protest from tweed-clad boffins sprawled across faculty lounges around the country, the results are fascinating. And not only because they fit my preconceived biases.

Using the new Chronicle tool that catalogs the entire Times archive, I discovered that in recent years around one in 100 articles mention the term “economist,” and these typically occur in the context of introducing a proponent of the dark arts. Far fewer articles mention the terms historian or psychologist, while sociologists, anthropologists and demographers rarely rate a mention. Continue reading the main story
The Rise of the Economists

Interest in what economists have to say rises and falls with the economy. Measured by mentions in The New York Times, other professions aren’t as notable.


It wasn’t always this way. Historians held the largest market share until the Great Depression intervened in the 1930s, leading a frightened public to take a greater interest in economics.

There’s an old Bob Dylan song that goes “there’s no success like failure,” and it’s a lesson that’s been central to the rise of the economics profession. Each economic calamity since the Great Depression — stagflation in the 1970s, the double-dip recession in the late 1970s and early 1980s, the 1991 downturn — has served to boost the stock of economists. The long Clinton boom that pushed unemployment down to 3.8 percent was good news for nearly all Americans, except economists, who saw their prominence plummet. Fortunately, the last financial crisis fixed that.

Today, the profession is so ubiquitous that if you are running a government agency, a think tank, a media outlet or a major corporation, and don’t have your own pet economist on the payroll, you’re the exception.

But it’s not just economists who are thriving. Over the past 50 years, the pages of The Times have come to reflect an increasing fascination with the social sciences generally, and mentions of historians, psychologists and, to a lesser extent, sociologists have also risen. As social sciences have grown in importance, other sources of authority have lost market share. Priests were once more likely to be discussed in the pages of The Times than any of these social science celebrants, but today they are found far less often than either economists or historians, roughly on par with psychologists.


Which Professions Capture the Attention of Congress?

The Congressional Record provides a verbatim account of the debates, proceedings and activities of the United States Congress. Economists get cited most often.

These rankings reflect something broader than just the tastes of one newspaper’s editors, as the pecking order among the social sciences at The Times roughly mirrors that on Capitol Hill. A similar search of the Congressional Record over the past 25 years reveals that the term “economist” was most likely to be mentioned, with historians and psychologists again the next most popular.

Most striking is the poor showing of sociology, whose relevance to policy makers appears to be minimal, even though it focuses on many of our most pressing problems, including families, crime, education, aging, religion, community, inequality and poverty.


Of course, sociologists, whose comparative advantage is in offering structural explanations, might point to the fact that their field has no equivalent of the business pages, that the president does not receive advice from a Council of Sociological Advisers, and that there’s little demand from Wall Street for sociological insights. Perhaps, although topics like crime, family and faith are grist for the daily newspapers; an array of federal agencies are responsible for dealing with topics like housing, education, labor and human services; and Silicon Valley is hungry for insights from sociologists who study networks.

More tellingly, as Orlando Patterson, a professor of sociology at Harvard, recently noted, sociology has limited impact even on issues central to the discipline. The most striking example he offered was that it appears that no sociologists were consulted in the deliberations surrounding President Obama’s “My Brother’s Keeper” initiative to combat the problems afflicting black youth, even as the insights of economists were sought.

Economists might instead look to the forces of supply and demand to understand their relative popularity. But it is not due to supply. As data from the Census Bureau suggests, while about 1.5 million Americans are economics majors, there is a far greater supply of psychology majors (3.4 million) and history majors (1.6 million), and only slightly fewer sociology majors (1.3 million).

This economist is drawn to conclude that if our relative success is not due to supply, then it must be demand, which means that our popularity reflects the discerning tastes of our audience in the marketplace of ideas.


Justin Wolfers is a senior fellow at the Peterson Institute for International Economics and professor of economics and public policy at the University of Michigan. Follow him on Twitter at @justinwolfers

01 setembro 2014

Flávio Cunha ganha a medalha Frisch

Divulgação









O economista brasileiro Flavio Cunha é um dos ganhadores da Medalha Frisch de 2014, distinção concedida a cada dois anos pela Sociedade Econométrica. Professor da Universidade da Pensilvânia, ele foi escolhido com o Nobel James Heckman, da Universidade de Chicago, e Susanne Schennach, da Universidade Brown, pelo artigo “Estimando a tecnologia da formação de habilidades cognitivas e não cognitivas”. Ele é o primeiro brasileiro a vencer o prêmio, conferido desde 1978.

Cunha escreveu vários estudos com Heckman, Nobel em 2000, mostrando a importância da educação infantil. Segundo ele, o objetivo do trabalho que ganhou a Medalha Frisch é “encontrar as equações matemáticas que descrevem o desenvolvimento de habilidades cognitivas, como matemática e língua portuguesa, e não-cognitivas, como persistência, motivação e auto-controle, do nascimento até aos 15 anos de idade.”

Ao falar das conclusões do artigo, Cunha diz que “as habilidades cognitivas respondem mais fortemente aos investimentos que ocorrem cedo na vida de uma criança”. Depois, fica cada vez mais caro tentar mudar uma criança em que se investiu pouco na primeira infância. “Em contraste, as habilidades não-cognitivas tem uma resposta mais uniforme ao longo da infância e da adolescência. É possível, desse modo, remediar baixos investimentos em habilidade cognitiva na primeira infância com investimentos mais elevados em habilidades não-cognitivas em idades mais avançadas.”

Segundo Cunha, o modelo econômico de formação de capital humano que Heckman e ele publicaram em 2007 havia sido inspirado em estudos experimentais de pequena escala, envolvendo cerca de 120 crianças. “O estudo que foi premiado confirma que as equações do modelo de 2007 são uma boa descrição do desenvolvimento de capital humano de 2 mil crianças que foram observadas desde o nascimento até os 15 anos de idade”, afirma ele.

Chegar às equações exigiu a superação de alguns problemas, diz Cunha. “Primeiro, não existia uma escala de medida para habilidades cognitivas e não-cognitivas. Por exemplo, para medir temperatura, temos a escala Celsius. Surpreendentemente, não tínhamos uma escala para medir habilidades. O artigo estabelece escalas naturais para as habilidades cognitivas e não-cognitivas”, afirma ele, explicando que, nesse caso, uma escala natural é, por exemplo, “o salário de uma pessoa na fase adulta da sua vida”. Pessoas com mais habilidades tendem a ter salários mais elevados.

Outro problema a ser superado é que as habilidades e os investimentos são medidos com muito erro. “É muito difícil quantificar o ambiente onde uma criança vive e é ainda mais difícil medir o QI de uma criança que tem 1 ou 2 anos de idade”, diz Cunha. “A técnica econométrica é matematicamente muito complicada por causa desse problema de erro de medida. Mas, se não tivéssemos resolvido esse problema, não poderíamos responder essa pergunta."

O terceiro problema, segundo ele, é que não se podiam fazer hipóteses sobre a fórmula matemática das equações. “Então, tinhamos que desenvolver uma técnica não-paramétrica, o que torna a análise um pouco mais complicada”, diz Cunha, acrescentando que uma técnica não-paramétrica é um “método estatístico que permite que a relação entre duas ou mais variáveis seja obtida sem impor qualquer orientação da teoria”.

Havia ainda um quarto problema. “Os dados eram observacionais e não experimentais. Ou seja, não tínhamos como manipular o ambiente onde as crianças cresciam para poder ver o impacto no desenvolvimento muitos anos mais tarde. Para lidar com esse tipo de problema, os economistas usam, por exemplo, variáveis que afetam diretamente o ambiente, mas apenas indiretamente o desenvolvimento de uma criança”, afirma Cunha. “Nós tivemos que estudar como adaptar essa técnica de estimação para um modelo não-paramétrico e com dados que têm muito erro de medida.”

A Sociedade Econométrica é uma instituição internacional que tem o objetivo de promover o avanço da teoria econômica em sua relação com a estatística e a matemática. “O prêmio é um incentivo a continuar nessa linha de pesquisa, pois ainda existem muitas questões em aberto”, afirma Cunha, que fez o mestrado na Escola de Pós-Graduação em Economia (EPGE) da Fundação Getulio Vargas (FGV) e é PhD pela Universidade de Chicago.

Leia mais em:
http://www.valor.com.br/brasil/3544888/brasileiro-e-um-dos-vencedores-de-premio-da-sociedade-econometrica#ixzz3Bz62jDGF

16 junho 2014

Não conhecemos a causa de inflação ou recessões

Macroeconomics is a little like fusion power. When the Great Depression hit, economists finally started taking booms and busts seriously. There’s no denying that something weird happens when a country slips into recession -- all the same factories and offices and people and ideas are there, but suddenly people aren’t producing as much stuff. Why? John Maynard Keynes, Friedrich Hayek and Irving Fisher wrestled with this question in the 1930s, and their work kicked off a decades-long quest to understand what we now call the business cycle. But almost a century later, despite sending some of our best brains up against the problem, we’ve made frustratingly little progress.
It’s hard to overstate how few solid conclusions have emerged out of a century of macroeconomic research. We don’t even have a good grasp of what causes recessions. Robert Lucas, probably the most influential macroeconomist since Keynes, had this to say in 2012:
I was [initially] convinced…that all depressions are mainly monetary in origin…I now believe that the evidence on post-war recessions (up to but not including the one we are now in) overwhelmingly supports the dominant importance of real shocks. But I remain convinced of the importance of financial shocks in the 1930s and the years after 2008. Of course, this means I have to renounce the view that business cycles are all alike!
Lucas’ progression roughly reflects the shifting fads in academia. In the 1970s, people mostly thought that recessions were caused by tight monetary policy. After the big inflation in the '80s, people built models in which recessions happen because fewer new technologies got discovered in a given year. But that didn’t seem to explain the recessions induced by Federal Reserve Chairman Paul Volcker in the early 1980s, so new models were developed that attributed recessions, again, to tight monetary policy. After the financial crisis of 2008 and the deep recession that followed, macroeconomists shifted gears and started building models in which financial crises cause economic busts. The consensus shifts every time something big happens.
Other top macroeconomists put the problem even more starkly. Harvard’s Greg Mankiw said this in 2011:

After more than a quarter-century as a professional economist, I have a confession to make: There is a lot I don’t know about the economy. Indeed, the area of economics where I have devoted most of my energy and attention — the ups and downs of the business cycle — is where I find myself most often confronting important questions without obvious answers...
And in that same year, the University of Chicago’s John Cochranewrote:
Why are we stagnating? I don’t know. I don’t think anyone knows, really...Nothing on the conventional macro policy agenda reflects a clue why we’re stagnating...
We also don’t understand what causes inflation. It makes sense that printing more money would cause prices to rise, but trillions of dollars of quantitative easing -- a policy dreamed up by Milton Friedman as a way to fight stagnation -- haven’t budged the inflation rate from its low level of about 2 percent. That has led a small but growing number of macroeconomists, including Stephen Williamson of Washington University, to suggest that quantitative easing, or long periods of low interest rates, actually reduce inflation. At a recent Hoover Institute conference, Cochrane declared that inflation is actually the result, not of loose monetary policy, but of government borrowing (this is actually an old idea as well).
On the topic of what to do about recessions, opinion also is split. The dominant school of thought among macroeconomists (the “New Keynesians” and “monetarists”) says that fighting recessions is the Fed’s job -- lowering interest rates, or QE, or nominal gross domestic product targeting can get the job done. A branch of this school thinks that monetary policy loses its punch when interest rates are low, and recommends fiscal stimulus spending to fill the gap. A slightly smaller group (the “New Classicals”) think that nothing can be done -- we just need to wait it out, and in the meantime try to cut taxes and implement other structural reforms. The debate rages on. But this argument is a little like medieval doctors arguing over leeches versus bleeding -- without a real understanding of what causes recessions, our medicines are largely a shot in the dark.
Why is macroeconomics one of the great unsolved problems in the history of human science? It isn't because macroeconomists aren’t smart enough, as anyone who has hung around them knows. It’s also not because they’re too politicized; you can find macroeconomists on every end of the spectrum. Nor is it for lack of resources being thrown at the question.
The problem is data. Business cycles are few and far between. And business cycles that look similar to one another -- the Great Depression and the Great Recession, for example -- are even farther apart. It’s hard to tell whether policies have any effect, or whether those effects were about to happen anyway. The main statistical technique we have to analyze macro data -- time-series econometrics -- is notoriously inconclusive and unreliable, especially with so few data points. Comparing across countries helps a bit, but countries are all very different, and recessions can also spill over from one to another.
The uncomfortable truth is this: The reason we don’t really know why recessions happen, or how to fight them, is that we don’t have the tools to study them properly. This is the situation biologists were in when they were trying to fight disease before they had microscopes. Not only did they not have the right tools, they didn’t even have any way of knowing what the right tools would be!
So I can’t tell you when macroeconomics will have a real breakthrough. Will we be able to get insight from simulated economies (called agent-based models)? Will huge multiplayer online video games give us a laboratory to study recessions? Should we look at cities as economies, and gain some insight there? Or is there some other data-gathering method so different from what we do now that I can’t even imagine it?
It’s easy to point and laugh and say that macroeconomics isn’t a science. It’s also easy to convince yourself that if macroeconomists just ditched their blinkered political ideologies, all would become clear. But those are comforting fantasies. The fact is, there are just some big problems that mankind doesn’t know how to solve yet.
Fonte: aqui

25 maio 2014

Criação da graduação em Administração no Brasil foi um erro




Ao longo de 35 anos, o professor Paulo Roberto Feldmann, da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA/USP), foi executivo de grandes companhias transnacionais, como Microsoft, Citibank, Iron Mountain e Ernst & Young. Em 2011, ele resolveu escrever um livro chamado "Empresas Latino-Americanas", sobre suas percepções acerca de temas pertinentes à administração, com base em sua experiência nas empresas pelas quais passou. No ano seguinte, uma editora americana, a Springer, o procurou para fazer uma adaptação da obra para o mercado americano, focada nos executivos e empreendedores de lá que vem atuar no Brasil e seus vizinhos.

O resultado foi o livro "Management in Latin America: Threats and Opportunities in the Globalized World", lançado há algumas semanas no mercado americano e disponibilizado também na Amazon.com. "O objetivo do livro é analisar a qualidade da gestão empresarial e o desenvolvimento econômico na América Latina, e explicar o jeito latino-americano de gerir os negócios", diz comunicado divulgado à imprensa por ocasião do lançamento.

Feldmann conversou com o Administradores.com, destacou alguns pontos abordados na obra e compartilhou sua visão sobre temas comuns ao universo empresarial brasileiro. Alguns pontos de vista do professor são polêmicos e prometem gerar um bom debate por aqui, como sua posição de que a criação da graduação específica em Administração no Brasil foi um erro e de que franqueados não são, necessariamente, empreendedores. Ele destaca ainda a resistência do brasileiro a correr riscos e a preferência por amigos e familiares na gestão dos negócios como pontos que dificultam o crescimento e a competitividade dos negócios tupiniquins.

[...]

Voltando ao assunto das características, quais outras você pode citar?

Nós brasileiros, e os latino-americanos, em geral, também somos muito apegados à família e aos amigos. A dedicação do brasileiro à família e aos amigos é exagerada, quando comparada com outros povos. E isso é levado para o campo da empresa. Na empresa brasileira, é muito comum que cargos importantes sejam, às vezes, ocupados por pessoas que são da família ou só amigos. Não há o rigor de se fazer questão de preencher os cargos com o melhor profissional, porque o brasileiro valoriza muito a confiança pessoal. Nos Estados Unidos, não existe isso. Nos Estados Unidos, indicações de amigos ou de familiares são muito mal vistas e os cargos são preenchidos sempre por profissionais.

Uma outra coisa (voltando a comparar com os americanos): os norte-americanos são muito pragmáticos. Quando eles abrem uma empresa, o objetivo é ganhar dinheiro. Já o brasileiro não é tão pragmático. Claro que ele quer dinheiro, mas quer, acima de tudo, não perder o controle do negócio. Quando um cidadão americano abre uma empresa - mesmo que pequenininha, em sua garagem - depois de um tempo, ele abre o capital. Com isso, ele chama os acionistas e a empresa cresce. Só que ele não vai mais ter o controle, vai passar a ter 1% da empresa, talvez, porque a empresa crescerá e os acionistas assumirão o controle. Isso não existe no Brasil, porque o empresário nunca admite a hipótese de perder o controle. Ele prefere não crescer, mas não vai perder o controle. Isso acaba acontecendo até nas grandes empresas. Você pega os grandes grupos empresariais brasileiros, mesmo aqueles que abriram o capital, abriram de uma forma muito pequena.

O fato de o empresário não querer perder o controle tem aspectos positivos e negativos ou isso é necessariamente algo negativo?

Eu considero isso principalmente negativo, por que dificulta muito o crescimento da empresa. Você tem nos Estados Unidos empresas que são totalmente abertas e são empresas em que não há um dono específico com controle sobre ela. Vou te dar alguns exemplos: você pega as maiores empresas americas como City Banks, por exemplo, a GM (General Motors), são empresas que não têm donos, são milhões de acionistas, ninguém sabe quem é o dono, porque todo mundo é acionista. Graças a isso, essas empresas cresceram muito e cresceram de uma forma profissional.

Você acha que isso pode estar um pouco ligado à qualidade do empreendedor e do empresário brasileiro, à formação do empreendedor por aqui, que ainda tem uma qualidade inferior à americana?

Esse é um ponto muito polêmico que você está levantando. O que ocorre é o seguinte: nós somos um dos únicos países do mundo que tem curso de Administração a nível de graduação. Inclusive, eu dou aula em um deles. Mas, se você pega países como Alemanha e Japão, não existe curso de Administração a nível de graduação. Fulano tem que fazer Economia. Se ele quer trabalhar com empresa, ele faz Economia e depois uma pós-graduação ou um MBA. Na maior parte dos países desenvolvidos é assim. E nós do Brasil criamos o curso de Administração. E fizemos, na minha opinião, uma coisa errada, porque, quando criamos o curso de Administração, separamos o curso de Economia. Eu não sou economista, sou engenheiro, e fiz mestrado e doutorado em Administração - mas eu acho que a parte mais importante na formação de um administrador é a parte de Economia, é a teoria econômica. A principal fundamentação teórica que um administrador deve ter está na Economia. Então, o que acaba acontecendo no Brasil é que não estamos formando bons administradores, pois estamos formando administradores sem uma base de economia, e isso é uma falha grave, na minha opinião. Isso não ocorre em países importantes como a Alemanha e o Japão, por exemplo.

[...]

Fonte: aqui

04 maio 2014

Viés da Mídia: uma questão de causa e efeito



Consumers of the news, both from television and print, sometimes feel that they are getting not just the facts but also a sizable dose of ideological spin. Yet have you ever wondered about the root cause of the varying political slants of different media outlets?

That is precisely the question that a young economist, Mathew Gentzkow, has been asking. A professor at the Booth School of Business at the University of Chicago, Mr. Gentzkow was recently awarded the John Bates Clark Medal by the American Economic Association for the best economist under the age of 40. (Full disclosure: As one of the association’s vice presidents, I was among those who voted to give him this award.) His main contributions have been to our understanding of the economics of the media industry.

One of his research articles, of which he was a co-author with Jesse Shapiro, a University of Chicago colleague, studied the political slant of more than 400 daily newspapers nationwide. The first step in their analysis, which was published in 2010, was simply to measure the slant of each paper. But that itself was no easy task.

When you listen to Sean Hannity of Fox News and Rachel Maddow of MSNBC, for example, you probably have no trouble figuring out who leans right and who leans left. But social scientists like Mr. Gentzkow and Mr. Shapiro need more than subjective impressions. They require objective measurement, especially when studying hundreds of news outlets. Here the authors were devilishly clever.


CreditClockwise from left: Damon Winter/The New York Times, Shawn Thew/European Pressphoto Agency, Jae C. Hong/Associated Press, Logan Mock-Bunting for the New York Times

Mr. Gentzkow and Mr. Shapiro went to the Congressional Record and used a computer algorithm to find phrases that were particularly associated with the rhetoric of politicians of the two major political parties. They found that Democrats were more likely than Republicans to use phrases like “minimum wage,” “oil and gas companies” and “wildlife refuge.” Republicans more often referred to “tax relief,” “private property rights” and “economic growth.” While Democrats were more likely to mention Rosa Parks, Republicans were more likely to mention the Grand Ole Opry.

With specific phrases associated with political stands, the researchers then analyzed newspaper articles from 2005 to determine which papers leaned left and which leaned right. (They looked only at news articles and excluded opinion columns.) That is, they computed an objective, if imperfect, measure of political slant based on the choice of language.

To confirm the validity of their measure, Mr. Gentzkow and Mr. Shapiro showed that it was correlated with results from subjective surveys of readers. For example, both the computer algorithm and newspaper readers rated The San Francisco Chronicle as a distinctly liberal paper, and The Washington Times and The Daily Oklahoman as distinctly conservative ones. Both measures put The New York Times as moderately left of center and The Wall Street Journal as moderately right.

With a measure of political slant in hand, the researchers then analyzed its determinants. That is, they examined why some papers write in a way that is more consistent with liberal rhetoric while others are more conservative.

A natural hypothesis is that a media outlet’s perspective reflects the ideology of its owner. Indeed, much regulatory policy is premised on precisely this view. Policy makers sometimes take a jaundiced view of media consolidation on the grounds that high levels of cross-ownership reduce the range of political perspectives available to consumers.

From their study of newspapers, however, Mr. Gentzkow and Mr. Shapiro, find little evidence to support this hypothesis. After accounting for confounding factors like geographic proximity, they find that two newspapers with the same owner are no more likely to be ideologically similar than two random papers. Moreover, they find no correlation between the political slant of a paper and the owner’s ideology, as judged by political donations.

So, if not the owner’s politics, what determines whether a newspaper leans left or right? To answer this question, Mr. Gentzkow and Mr. Shapiro focus on regional papers, ignoring the few with national scope, like The Times. They find that potential customers are crucial.

If a paper serves a liberal community, it is likely to lean left, and if it serves a conservative community, it is likely to lean right. In addition, once its political slant is set, a paper is more likely to be read by households who share its perspective.

Religiosity also plays a role in the story, and it helps Mr. Gentzkow and Mr. Shapiro sort out cause and effect. They find that in regions where a high percentage of the population attends church regularly, there are more conservatives, and newspapers have a conservative slant. They argue that because newspapers probably don’t influence how religious a community is, the best explanation is that causation runs from the community’s politics to the newspaper’s slant, rather than the other way around.

The bottom line is simple: Media owners generally do not try to mold the population to their own brand of politics. Instead, like other business owners, they maximize profit by giving customers what they want.

These findings speak well of the marketplace. In the market for news, as in most other markets, Adam Smith’s invisible hand leads producers to cater to consumers. But the findings also raise a more troubling question about the media’s role as a democratic institution. How likely is it that we as citizens will change our minds, or reach compromise with those who have differing views, if all of us are getting our news from sources that reinforce the opinions we start with?

20 fevereiro 2013

Por que mais países não são comandados por economistas?

One of the main tasks of any modern government is to oversee a country’s economy. And yet, a great many nations are run by people with little or no economic expertise. Why is that?

The first is that in many older, established democracies, most prime ministers and finance ministers don’t have much training in economics. Central bankers, for their part, typically tend to have more expertise, but even here, there aren’t nearly as many PhDs as you’d expect.


One notable finding here is that countries in the euro zone are least likely to have prime ministers with economics degrees. “We had presumed that membership in an economic union, in particular the Eurozone, would increase the demand for more competent economic policymakers,” Hallerberg and Wehner write in an accompanying VoxEu essay. Not so.
On the other hand, the authors discovered that newer, younger democracies like Slovenia are much more likely to slot economists into positions of power — presumably because this is their way of reassuring markets and investors after a period of instability.
Now, there’s a key exception here: Countries of all types tend to turn to economists during financial crises. The authors found that “the appointment of an economics PhD as a central bank president is 22 percentage points more likely during a banking crisis.” That’s not too surprising, though it’s possible that some of this is about signaling. The paper finds that left-wing governments are much more likely to turn to formula-wielding technocrats in crises, perhaps as a way of appeasing nervous investors.
In any case, the paper doesn’t say much about whether having economists run a country actually leads to better outcomes. It’s possible that they don’t! In their VoxEU essay, the Hallerberg and Wehner note that “it is not a priori clear that technical competence in itself is a desirable trait.” After all, most governments are already staffed with thousands of trained economists. It might be far more important for a leader to be a competent manager with political savvy than to have a lot of technical expertise.
Fonte: aqui

13 julho 2012

Esther Duflo


Nova York - A francesa Esther Duflo nunca se interessou por tecnologia além dos comandos básicos de um celular ou computador, não gosta de falar de negócios e passou toda a sua carreira na universidade.

Mesmo assim, ela encontrou mais afinidades do que diferenças em sua primeira conversa com o empresário Bill Gates, criador da Microsoft e o segundo homem mais rico do mundo, em 2009. Foi um breve encontro após uma palestra realizada por ela na Califórnia, sobre seu trabalho à frente do Poverty Lab, laboratório de estudos de combate à pobreza ligado ao Mas­sachusetts Institute of Technology (MIT).

Ela contou como criou do zero uma rede de dezenas de pesquisadores que vão a campo descobrir estatisticamente o que funciona quando o assunto é investimento social. É tudo o que Gates, que já dedicou mais de 20 bilhões de dólares a causas desse tipo, queria ouvir.

Por meio da Fundação Bill e Melinda Gates, o empresário se tornou um dos maiores investidores do que é hoje a maior rede global de pesquisa sobre o assunto, com 65 pesquisadores em 52 países.

Aos 39 anos, Duflo, por sua vez, virou uma conselheira cada vez mais requisitada não só por Gates, mas por dezenas de investidores e organizações pelo mundo. “O laboratório produz evidência científica que ajuda a tornar o esforço de combate à pobreza mais eficiente”, afirmou Gates recentemente em seu blog.

Por trás da evidência científica está uma abordagem nada convencional de pesquisa acadêmica — até pouco tempo atrás vista pela maioria dos economistas como custosa demais para ser adotada em larga escala. O método conhecido como randômico é a base do laboratório, criado em 2003 por Duflo e o indiano Abhijit Banerjee, também economista no MIT.

Com fundamentos emprestados dos testes clínicos da medicina, consiste basicamente em separar duas amostras da mesma população aleatoriamente. Uma delas é submetida a uma solução contra um problema específico, como um método para aumentar a taxa de vacinação entre crianças.

A outra parcela não recebe nada. O contraste entre as duas indica se o programa social teve o efeito desejado. “O método joga luz numa discussão em geral mais emocional e retórica do que prática”, disse Duflo a EXAME.

Após se formar em economia pela École Normale Supérieure, em Paris, em 1994, Duflo se mudou para os Estados Unidos para obter o título de Ph.D. pelo MIT. Nessa época, aproximou-se do indiano Banerjee.

Logo os dois amadureceram a ideia de iniciar uma empreitada, digamos, aventureira — deixar o campus, nas redondezas de Boston, para visitar cidades onde boa parte dos habitantes vive com menos de 1 dólar por dia. Eles não foram os primeiros.

Nos anos 90, o economista Michael Kremer, também egresso do MIT, realizou um teste no Quênia, no qual demonstrou que a distribuição gratuita de livros didáticos em escolas rurais não havia melhorado a nota dos alunos. “O mérito de Duflo foi ter multiplicado o método numa escala inédita”, diz Kremer, atualmente professor de economia na Universidade Harvard.

De lá para cá, o time coordenado por Duflo e Banerjee já analisou 335 projetos em todos os continentes e seu orçamento cresceu mais de 30 vezes, para 10 milhões de dólares atualmente. Em 2010, a pesquisadora recebeu sua distinção acadêmica mais expressiva — a medalha John Bates Clark, concedida a economistas promissores com menos de 40 anos e considerada um passo para o prêmio Nobel.

Para Duflo, é preciso conhecer de perto o comportamento das pessoas para chegar a políticas sociais eficientes. Na Índia, por exemplo, os pesquisadores descobriram que, mesmo com uma campanha gratuita, as mães não levavam seus filhos para vacinar. A frequência aumentou drasticamente com um incentivo simples — a oferta de um pacote de lentilha por criança vacinada.

O microcrédito, bandeira do indiano Muhammad Yunus, vencedor do Nobel da Paz em 2006, também foi alvo de estudos. Duflo — que interrompeu temporariamente a intensa rotina de viagens neste ano, com o nascimento de seu primeiro filho — constatou que a oferta de crédito para famílias muito pobres em geral só ajuda a endividá-las ainda mais e não necessariamente estimula o empreendedorismo.

Essas e outras histórias estão no livro Poor Economics (“A economia dos pobres”, sem versão para o português), escrito em parceria com Banerjee e eleito pelo jornal Financial Times a melhor obra de economia do ano.

Assim como Jeffrey Sachs, economista da Universidade Columbia, Duflo acredita que investimentos a fundo perdido de países ricos podem aliviar a pobreza mundial (críticos como William Esterly, professor da Universidade de Nova York, defendem o contrário).

Mas, segundo ela, a grande questão hoje não é investir mais, e sim investir melhor. “Não existe uma fórmula única”, diz. “Mas queremos desvendar esse caminho passo a passo.”


18 maio 2011

Blogs de Economia

Por Pedro Correia


Uma pesquisa feita nos EUA com 299 professores de economia apontou quais são os blogs de economia preferidos dos mesmos. É interessante observar que 52% destes professores não leem blogs com muita frequência.



Os 3 blogs mais preferidos são:Greg Mankiw, Marginal Revolution e Paul Krugman

Os economistas favoritos dos economistas

Postado por Pedro Correia


O mesmo artigo do post anterior mostra quais são os economistas favoritos dos economistas.A escolha foi dividida da seguinte forma:pré-século XX, século XX, mas já falecidos, e os vivos acima de 60 e vivos abaixo de 60.



No pré-século XX os 3 mais favoritos são:Adam Smith,David Ricardo e Marshail Alfred.





No século XX os 3 mais preferidos são: Keynes, Milton Friedman e Paul Samuelson.

Os 3 mais preferidos acima de 60 anos são:Gary Becker,Kenneth Arrow, Robert Solow.


Os 3 mais favoritos com menos de 60 anos são: Paul Krugman Greg Mankiw e Daron Acemoglu.


Clique nas imagens para aumentá-las.


Hat Tip : Greg Mankiw