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14 dezembro 2021

Alguém usa a DVA?


Do blog da Governança uma pergunta importante: Será que alguém olha a Demonstração do Valor Adicionado (DVA)?

(...) Pois bem, alguns pesquisadores usam o DVA para analisar a questões tributárias. Outros usam as informações relacionadas com pessoal e encargos. É o meu caso, pois uso o item 7.08.01.01 (remuneração direta) para calcular a remuneração média dos empregados (uso também o número de empregados que está no Formulário de Referência), informação que irá compor um indicador muito utilizado lá fora, mas que é negligenciado por aqui: a relação entre a maior remuneração na empresa e a remuneração média dos empregados.

Acontece que, infelizmente, não se sabe se por preguiça ou pura negligência, algumas empresas não detalham a linha 7.08.01 (pessoal). Isso prejudica o meu cálculo, já que o valor que me interessa é a “remuneração direta” dos empregados (7.08.01.01).

Como sou bem educado sempre recorro ao DRI para tentar obter a informação de forma “amigável”.

Mas como quase sempre sou ignorado (quem mandou ser nano investidor? DRI gosta de falar é com o representante do fundo de pensão das professoras de Massachusetts ou do Alabama...), tenho que apelar para a CVM.

E assim foi feito: minha reclamação para o xerife contra nove empresas foi aceito e virou o processo nº 19957.009770/2021-80.

E, enquanto espero pacientemente a conclusão do processo, vou utilizando a informação que eu tenho (gasto total com Pessoal), arbitrando que a “remuneração direta” corresponde a 75% do total desses gastos, percentual este obtido com base em observações nos DVAs que foram preenchidos corretamente. (...)

Foto: Shakil

17 janeiro 2019

Lucros Acumulados ainda sobrevive

Quando a legislação societária brasileira foi alterada, um dos assuntos de maior destaque foi a extinção da conta de lucros acumulados. Na verdade, a conta não foi extinta, mas seu saldo deveria ser zerado no final de cada exercício social.

Apesar disto, a conta parece continuar existindo. Veja o balanço da empresa Birla Carbon. Esta é uma empresa de receita de mais de 500 milhões de reais, com ativo da mesma ordem. Ou seja, não é uma pequena empresa:
Veja que o grupo do patrimônio líquido é constituído de duas contas: Capital social e lucros acumulados. A conta de lucros acumulados da empresa é bastante significativa: 160 milhões em 31 de março de 2018, para um ativo de 509 milhões.

Eis o que diz o item 2 das notas explicativas:

As demonstrações financeiras foram elaboradas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. 

E no parecer do auditor (que agora chama Relatório)? Leiam:

Em nossa opinião, as demonstrações financeiras acima referidas apresentam adequadamente (...) de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. 

Empresa de auditoria: KPMG.

Mais uma observação (e não que isto seja importante): a empresa não divulgou a DVA.

07 fevereiro 2018

Destaque do Itau

Na semana que divulgou suas demonstrações contábeis, o Itau (e não mais Itaú Unibanco) fez a seguinte propaganda em alguns jornais brasileiros:
A base da notícia não foi o lucro da instituição, que seria a melhor medida de desempenho de uma entidade, mas a distribuição dos resultados, o foco do gráfico central. No gráfico, a entidade revela o destino do resultado, tendo por base a DVA. Isto é interessante por três motivos.

O primeiro é que a rigor uma instituição financeira não agrega valor para a economia. Este tipo de entidade tem uma importante função de canalizar os recursos para o setor produtivo.

O segundo aspecto é que a DVA não está entre as demonstrações contábeis obrigatórias exigidas pelo Iasb. Eis o que disse o auditor do Itau no exercício anterior:

As demonstrações consolidadas do valor adicionado (DVA) referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2016, elaboradas sob a responsabilidade da administração do Consolidado, e apresentadas como informação suplementar para fins de IFRS, foram submetidas a procedimentos de auditoria executados em conjunto com a auditoria das demonstrações contábeis do Consolidado

O terceiro motivo é um juízo de valor e diz respeito ao fato de que nós, brasileiros, não aceitamos que as entidades tenham lucro. O lucro não é visto como resultado da competência e do esforço do empresário. Como eu disse, é um juízo de valor. Assim, em lugar de destacar o brilhante resultado de 2017, com um lucro de 24 bilhões de reais, o Itau prefere enfatizar o que ele adicionou para economia.

23 abril 2017

Aulas de Contabilidade no YouTube: Eugenio Montoto

Recebemos um comentário mencionando canais de contabilidade no YouTube e vamos dar algumas dicas. A primeira é o canal relativamente novo do professor Eugênio Montoto, autor do livro "Contabilidade Geral e Avançada" da coleção "Esquematizado".

Abaixo um exemplo do vídeo com resolução de exercícios relacionados à DVA. Os comentários às questões acrescentam conteúdo considerável ao tema tratado.



Como já mencionei anteriormente, acho mais produtivo aumentar um pouco a velocidade de reprodução. Basta colocar o mouse em cima do vídeo sem clicar em nada até que o menu apareça sobre o vídeo. Depois clique no símbolo de engrenagem, vá para a opção "velocidade" e escolha a que melhor se adéqua ao conteúdo assistido.

E você, que vídeo indica?

10 outubro 2014

Curso de Contabilidade Básica: Imposto

Já virou senso comum afirmar que se paga muito imposto no Brasil. Mas como isto aparece nas demonstrações contábeis? Existem quatro locais onde é possível obter alguma informação sobre o peso dos impostos para uma empresa. Vamos exemplificar usando o caso da J. Macedo, uma empresa na área de farinha de trigo e derivados.

O primeiro é no balanço patrimonial. Geralmente no passivo da empresa é possível encontrar contas como Imposto a Pagar. Aqui a informação é sobre o montante da dívida com o fisco. Mas também é possível encontrar uma conta deste tipo do lado do ativo, conforme já discutimos em postagem anterior. Veja na figura a seguir o caso da J. Macedo, onde existia dívida de 11,8 milhões de curto prazo e outros 5,8 milhões de longo prazo. Este é o valor da dívida no encerramento do trimestre.


Segundo, é na demonstração do resultado do exercício. Nesta demonstração será apresentado o valor dos impostos no período. Observe o caso da J. Macedo, novamente.

A empresa apurou um imposto de renda e contribuição social de R$3,9 milhões. Mas atenção: a demonstração não mostra os impostos sobre vendas. Para isto, algumas empresas usam as notas explicativas.

O terceiro local onde é possível obter a informação sobre os impostos é na Demonstração dos Fluxos de Caixa. Se a empresa utiliza o método indireto, a informação que estará presente é somente a variação da conta de impostos a pagar. Este é o caso da J. Macedo. O que isto significa? Que ocorreu um aumento ou redução na conta patrimonial. Se a empresa usasse o método direto seria possível identificar o valor pago de impostos.

O quarto local é na demonstração do valor adicionado. Aqui a informação seria: do que foi adicionado pela empresa, quanto ficou para o governo? Eis a informação da J. Macedo:

Aqui a empresa está informando que dos 222,9 milhões de valor adicionado, 92,9 milhões foram para os impostos, sendo 53,2 milhões para os estados.

Resumindo temos o seguinte:



17 abril 2012

Distribuição do valor adicionado


Definição – Aqui temos um conjunto de índices. Trata-se da mensuração da distribuição do valor adicionado entre os recursos humanos, o governo, o capital de terceiros e o capital próprio.

Fórmulas

Distribuição aos Recursos Humanos = (Distribuição do Valor Adicionado ao Pessoal / Valor Adicionado Total a Distribuir) x 100
Distribuição ao Governo = (Distribuição do Valor Adicionado ao Governo/Valor Adicional Total a Distribuir) x 100
Remuneração ao Capital de Terceiros = (Remuneração ao Capital de Terceiros/Valor Adicional Total a Distribuir) x 100
Remuneração ao Capital Próprio = (Remuneração ao Capital Próprio/Valor Adicional Total a Distribuir) x 100

Sendo
Valor Adicionado Total a Distribuir = corresponde ao valor adicionado líquido produzido pela empresa somado com receitas financeiras e resultado de equivalência patrimonial. Corresponde ao que foi adicionado pela empresa na economia, retirado a depreciação, amortização e exaustão.
Distribuição do Valor adicionado ao Pessoal = refere-se a remuneração direta, os benefícios, FGTS e outros.
Distribuição do Valor Adicionado ao Governo = corresponde ao que a empresa distribuiu da sua geração de riqueza ao governo, sob a forma de impostos, taxas e contribuições (federais, estaduais e municipais).
Remuneração ao Capital de Terceiros = é a soma dos juros e alugueis que a empresa distribuiu para terceiros.
Remuneração ao Capital Próprio = compreende os dividendos, juros sobre capital próprio e lucros retidos no período.

Unidade de Medida – em percentual.

Intervalo da medida – Espera-se que os valores sejam positivos. Entretanto, podem ocorrer valores negativos em certas situações. A soma dos valores deve ser igual a 100%.

Como calcular – Os valores são apresentado na Demonstração do Valor Adicionado (DVA).
A figura abaixo apresenta um extrato da DVA da Companhia deBebidas das Américas Ambev para 2010 e 2011.

Em 2011 a empresa gerou 27 bilhões de reais em valor adicionado antes da distribuição. Os índices seriam calculados da seguinte forma:

Distribuição aos Recursos Humanos = (2 660 781/27 088 199) x 100 = 9,82%

Distribuição ao Governo = (14 371 578 / 27 088 199) x 100 = 53,05%

Remuneração ao Capital de Terceiros = (1336 076/27 088 199) x 100 = 4,93%

Remuneração ao Capital Próprio = (8719 764 / 27 088 199) x 100 = 32,19%

Isto significa dizer que o governo ficou com 53% do valor adicionado pela empresa, majoritariamente federal e estadual. Cerca de um terço foi para o capital próprio e o restante para os recursos humanos e o capital de terceiros. A participação do governo decorre do setor de atuação da empresa, que é muito tributado.

Grau de utilidade – Moderado. Existem quatro razões para isto. Esta demonstração é obrigatória somente para algumas empresas. Segundo, poucos países adotam, de maneira compulsória, esta informação. Isto limita sua utilidade em termos comparativos. Em terceiro lugar, é uma informação nova, com uma base de dados reduzida. Finalmente, os analistas estão despreparados para usá-la.

Controvérsia de Medida – Alguma. Na economia não se considera que o setor financeiro adicione valor para economia; para este setor, a DVA deve ser usada com ressalvas.

Observações Adicionais
a)     Assim como em outros índices é importante observar os fatores que compõe cada um dos valores. Na remuneração do capital próprio do exemplo apresentado a maior parcela de valor refere-se ao lucro retido na empresa, sendo a distribuição de dividendos correspondente a R$2 bilhões.
b)     Setores com elevadas alíquotas, com é o caso de bebidas e cigarros, deverão ter uma grande distribuição do resultado para governo. A DVA evidencia o esforço de arrecadação deste setor. Entretanto, muitos dos impostos correspondem a valores que são repassados para os clientes, sendo a empresa um “posto fiscal” do governo.
c)     A composição da distribuição do valor agregado pode sofrer influencia do ciclo de vida da empresa. Assim, empresas em fase de implantação, talvez tenham uma distribuição ao governo menor que as empresas já instaladas.
d)     Algumas distribuições de valor adicionado são mais flexíveis, podendo sofrer mais variações ao longo do tempo. O pagamento de impostos, que faz parte da distribuição ao governo, provavelmente deverá ser relativamente constante ao longo do tempo. Já a remuneração do capital próprio, que depende do resultado da empresa, deve sofrer mais variações ao longo do tempo.


Esta é uma série de textos sobre os principais índices usados na análise das demonstrações contábeis.  Outros textos publicados foram: Dividendo por lucro, Lucro por açãoPreço sobre vendasDividend yieldCapital Circulante LíquidoCusto da DívidaInvestimento sobre DepreciaçãoComposição do EndividamentoCobertura de dívida,. Cobertura de investimentoPrazo de Pagamento a Fornecedores,  Taxa de QueimaPrazo de EstocagemValor Adicionado sobre ReceitaMargem LíquidaGiro do AtivoP/LRSPLEndividamento OnerosoEndividamentoFluxo de Caixa LivreEbitdaMargem OperacionalNIG sobre VendasValor do EmpreendimentoCapitalizaçãoMargem BrutaROI e Liquidez Corrente

09 novembro 2011

Responsabilidade social


O texto a seguir, publicado no WSJ, é uma discussão muito interessante sobre a questão de responsabilidade social das empresas:


Mas o que dizer de uma das principais alegações do grupo: que as corporações estão faltando com sua responsabilidade social, como a de criar empregos no país? Alguns politicos têm conferido legitimidade aos protestos. Uma pesquisa conduzida pela CNN mostrou que 32% dos americanos defendem a demonstração enquanto muitos outros ainda estão indecisos sobre o assunto.


Milton Friedman, o economista laureado com o Prêmio Nobel, destruiu a ideia de responsabilidade social corporativa quadro décadas atrás, chamando-a de "doutrina fundamentalmente subversiva". Dando voz a muitos capitalistas daquela época e de hoje, ele disse que "empresas só têm uma, e uma única, resposabilidade social – usar seus recursos e desenvolver atividades que se destinem a aumentar seus lucros o tanto quanto estiver dentro das regras do jogo".


Empresas não deveriam dispensar seus lucros para criação de empregos ou causas sociais, afirmou Friedman. Esse dinheiro deve ser destinado aos acionistas – os donos das empresas. Pronunciamentos sobre responsabilidade social corporativa, acrescentou, são a benevolência de "empresários bondosos" que são "incrivelmente limitados e atrapalhados em assuntos que vão além de seus negócios". E essa benevolência pode levar a mercados ineficientes. (...)


Friedman reconheceu o valor da bondade corporativa em uma comunidade – e a propensão a isso – e aconselhou as empresas a manterem-se apoiadas em uma definição firme do interesse dos acionistas.


Friedman faleceu no ano seguinte, mas suas ideias acerca do tema, claramente, não. Crescimento econômico cria empregos, não o contrario, dizem seus adeptos. E ajuda se o governo regular menos.


"Empregos são um início, não um fim; eles são um custo de fazer negócios, não um objetivo de fazer negócios", diz William Freeza, que trabalha com capital de risco em Boston e é membro do Instituto de Empresas Competitivas.


"Da perspectiva em defesa do capitalismo, se você aceitar a premissa do seu oponente de que as empresas precisam dar retorno à sociedade, significa que você já perdeu", diz ele. "Sendo mais dramático – você deslegitima o capitalismo, que é o objetivo dos manifestantes. Empresas dão retorno à sociedade todos os dias satisfazendo seus clientes e empregando seus funcionários. Não há nada que empresas devam, além de vender os melhores produtos com os melhores preços."

24 março 2011

Valor adicionado contábil e econômico: o cálculo do PIB

Por Pedro Correia

As diferenças de conceituação de valor adicionado dentro dos critérios econômicos e contábeis são intuitivamente muito grandes, por vezes não conciliáveis. Um dos contrários a esta informação é Larraz. Ele afirma que é possível a reconciliação do valor adicionado econômico ao contábil (ou vice-versa).

Dado que o cálculo do valor adicionado “contábil” é feito a partir das vendas e que o “econômico” é derivado da produção, dependendo da forma pela qual é feita a avaliação, fica difícil fazer a reconciliação.

Larraz em seu trabalho demonstra que é possível a confecção de tal tarefa.

A maneira que isso acontece é simples. As diferenças entre o “contábil” e o “econômico” serão cada vez menores quanto menor for a diferença entre os estoques iniciais (Ei) e os finais (Ef) no ano estudado. Assim deduzimos que, se Ei = 0 e Ef = 0, os conceitos/ valores dos valores adicionados econômico e contábil convergirão.

Larraz argumenta que o termo valor adicionado produzido é igual a produção (“econômico”) mais a variação do estoque (“contábil”) do período.

O critério mais robusto para o cálculo do valor adicionado é o “contábil”, pois utiliza-se de práticas consistentes (GAAP) e da utilização de valores reais. Há um pequeno problema quanto ao uso de estimativas e julgamentos, tais como em provisões e marcação a valores de mercado; porém este problema é diminuído, pois em algum momento eles serão ajustados aos valores reais (realização). Além disso, outra vantagem do valor adicionado contábil é a confiabilidade por serem auditados por parte independente.

14 novembro 2008

Novas Normas do CPC


O Pronunciamento CPC 04 define o tratamento contábil de ativos intangíveis. Descreve em que casos uma entidade deve reconhecer o ativo intangível, especifica como deve ser apurado o valor contábil dos ativos intangíveis e estabelece a necessidade de divulgações sobre esses ativos, entre outros aspectos. Este Pronunciamento está baseado no IAS 38 - Intangible Assets do International Accounting Standards Board - IASB.

O Pronunciamento CPC 06 regula a contabilização das operações de arrendamento mercantil no Brasil, principalmente a partir da nova redação do art. 179 da Lei nº 6.404/76. Em sintonia com o propósito de harmonização contábil estabelecido pela Lei nº 11.638/07, a base do Pronunciamento é o IAS 17 - Leasing do IASB.
O Pronunciamento CPC 07 regula o registro contábil e a divulgação das subvenções e assistências governamentais. Com as modificações introduzidas na Lei nº 6.404/76 pela Lei nº 11.638/07, as subvenções passam a ser reconhecidas como receita numa base sistemática em atendimento ao regime de competência, permitindo, assim, introduzir no Brasil norma contábil convergente com a norma internacional IAS 20 - Accounting for Government Grants and Disclosure of Government Assistance do IASB.

O Pronunciamento CPC 08 - Custos de Transação e Prêmios na Emissão de Títulos e Valores Mobiliários prescreve o tratamento contábil aplicável ao reconhecimento, mensuração e divulgação dos custos de transação incorridos e dos prêmios recebidos no processo de captação de recursos por intermédio da emissão de títulos patrimoniais e/ou de dívida. O Pronunciamento está , em sua maior parte, fundamentado no IAS 39 Instrumentos Financeiros - Reconhecimento e Mensuração - principalmente nos seus parágrafos 43 a 47 e modifica substancialmente o tratamento dado no Brasil aos gastos com captação de recursos de terceiros ou dos próprios sócios, bem como altera a apropriação contábil dos prêmios na emissão de debêntures e assemelhados. O Pronunciamento Técnico não muda o registro dos prêmios na emissão de ações (excedente de capital, art. 182, parágrafo 1o, letra a, da Lei no 6.404/76).

O Pronunciamento Técnico CPC 09 - Demonstração do Valor Adicionado (DVA) regula a apresentação dessa nova demonstração contábil, exigida a partir da aprovação da Lei nº 11.638/2007, que introduziu o item "V" no artigo 176 da Lei das Sociedades por Ações, de nº 6.404/76. Essa nova demonstração é uma das peças do Balanço Social, que representa um conjunto de informações que pode ou não ter origem na contabilidade financeira e tem como principal objetivo demonstrar o grau de envolvimento da empresa em relação à sociedade que a acolhe, devendo ser entendido como um instrumento no processo de reflexão sobre as atividades das empresas e dos indivíduos no contexto da comunidade como um todo. É um poderoso referencial de informações nas políticas de recursos humanos, nas decisões de incentivos fiscais, no auxílio sobre novos investimentos e no desenvolvimento da consciência para a cidadania. A DVA não é prevista em qualquer pronunciamento do International Accounting Standards Board - IASB, mas pela relevância de suas informações foi introduzida de forma obrigatória para as companhias abertas. Sugere-se, pela sua importância, que as demais empresas também a adotem.



Fonte: CVMdv