Saiu no InfoMoney que Ghosn, em uma entrevista à CBS News, confirmou que Hollywood entrou em contato com o intuito de realizar uma produção cinematográfica sobre sua história de vida e não descartou a ideia.
A fuga de Ghosn deu muito o que falar (aqui e aqui). Uma das hipóteses é a de que ele se escondeu dentro de uma caixa de instrumentos musicais e embarcou em um jato particular, com controles menos rigorosos e sem raios x para bagagem.
Recentemente a Yamaha publicou o seguinte tweet (tradução livre): “não mencionaremos o motivo, mas houve muitos tweets sobre entrar em grandes estojos de instrumentos musicais. Após um incidente infeliz será tarde avisar, por isso, pedimos a todos que não o façam”.
Relembre aqui a queda de Ghosn.
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15 janeiro 2020
03 janeiro 2020
A fuga de Ghosn
O ex-CEO da Nissan, Carlos Ghosn, fugiu do Japão na noite de domingo, após secretamente embarcar em dois aviões particulares para retornar à sua casa no Líbano.
Segundo Robert Allen, um professor da Tulane e especialista em segurança, estima-se que a fuga de Ghosn esteja na faixa de alguns milhões de dólares.
As descrições das pessoas que Ghosn contratou para coordenar a operação de fuga variaram. A Reuters se referiu a eles como uma "empresa de segurança privada", enquanto o Financial Times usou o termo "agentes de segurança privada". Quem planejou a fuga de Ghosn provavelmente era habilidoso, disse Allen, mas provavelmente não foi o trabalho de uma empresa de segurança respeitável, que não iria querer arriscar o dano de ser pego à reputação.
Para realizar esse tipo de operação de alto risco, você precisa planejá-lo de forma a minimizar suas chances de ser detectado. Isso significa viajar à noite e usar um aeroporto privado, o que permitiria ao passageiro embarcar em suas aeronaves mais rapidamente do que em um aeroporto público e evitar verificações de segurança extensas, disse Allen.
Adaptado de: aqui e aqui.
Segundo Robert Allen, um professor da Tulane e especialista em segurança, estima-se que a fuga de Ghosn esteja na faixa de alguns milhões de dólares.
As descrições das pessoas que Ghosn contratou para coordenar a operação de fuga variaram. A Reuters se referiu a eles como uma "empresa de segurança privada", enquanto o Financial Times usou o termo "agentes de segurança privada". Quem planejou a fuga de Ghosn provavelmente era habilidoso, disse Allen, mas provavelmente não foi o trabalho de uma empresa de segurança respeitável, que não iria querer arriscar o dano de ser pego à reputação.
Para realizar esse tipo de operação de alto risco, você precisa planejá-lo de forma a minimizar suas chances de ser detectado. Isso significa viajar à noite e usar um aeroporto privado, o que permitiria ao passageiro embarcar em suas aeronaves mais rapidamente do que em um aeroporto público e evitar verificações de segurança extensas, disse Allen.
Adaptado de: aqui e aqui.
Ghosn na lista da Interpol
O Líbano recebeu um pedido de prisão da Interpol contra o ex-presidente da aliança Renault-Nissan Carlos Ghosn, o magnata do setor automotivo que fugiu do Japão para Beirute, anunciou o ministro da Justiça libanês nesta quinta-feira (2). [...]
Alvo de quatro acusações de crimes financeiros e em prisão domiciliar sob fiança desde abril de 2019, Ghosn vivia com certa liberdade de movimento no Japão, mas sob condições estritas.
O empresário teria conseguido escapar do país em um jatinho privado com a ajuda de uma empresa privada de segurança, segundo a Reuters, na última segunda (30). Ele mesmo divulgou um comunicado, afirmando que estava no Líbano, e que não fugiu da Justiça: "Escapei da injustiça".
Nascido no Brasil, ele também tem cidadania libanesa e francesa. [...]
Prisão de Ghosn
Carlos Ghosn foi preso no Japão no dia 19 de novembro de 2018 e, desde então, deixou a presidência do conselho das três montadoras que comandava: da Nissan, da Mitsubishi e da Renault.
Ele foi solto sob pagamento de fiança em março de 2019, após mais de 100 dias detido, mas acabou preso novamente em abril, por novas acusações das autoridades. No mesmo mês, foi solto após pagamento de fiança de US$ 4,5 milhões, valor equivalente a R$ 17,8 milhões. E agora aguardava o julgamento, previsto para 2020.
As circunstâncias da fuga ainda não estão claras. Ele teria usado um jato particular que decolou do aeroporto de Kansai, no oeste do Japão. Segundo a imprensa japonesa, uma aeronave deste modelo teria deixado o país no dia 29 de dezembro, às 23h, em direção a Istambul. A aterrissagem teria acontecido no aeroporto de Atatürk, fechado para voos comerciais.
Na mídia libanesa levantou-se a hipótese que Ghosn teria escapado escondido em uma caixa de instrumento depois de um concerto privado na sua residência. "É ficção pura", disse a mulher Carole, em conversa com a Reuters.
Pessoas próximas a Ghosn disseram ele foi recebido pelo presidente do Líbano, Michel Aoun.
Já em Beirute, Ghosn divulgou um comunicado em que afirmou que não será "mais ser refém de um sistema judicial japonês fraudulento em que se presume culpa, onde direitos humanos básicos são negados. Não fugi da justiça. Escapei da injustiça e da perseguição política. Agora posso finalmente me comunicar livremente com a mídia e estou ansioso para começar na próxima semana".
Nesta quinta-feira (2), a secretária de Estado francês para a Economia, Agnès Pannier-Runacher, declarou que o empresário não será extraditado se vier para a França. “A França nunca extradita seus cidadãos, então aplicaremos a Ghosn as mesmas regras que aplicamos para todos. Não é por isso que achamos que ele não deva ser julgado pela Justiça japonesa”, declarou, em entrevista ao canal BFMTV.
Fonte: aqui. Mais sobre Ghosn: aqui.
Alvo de quatro acusações de crimes financeiros e em prisão domiciliar sob fiança desde abril de 2019, Ghosn vivia com certa liberdade de movimento no Japão, mas sob condições estritas.
O empresário teria conseguido escapar do país em um jatinho privado com a ajuda de uma empresa privada de segurança, segundo a Reuters, na última segunda (30). Ele mesmo divulgou um comunicado, afirmando que estava no Líbano, e que não fugiu da Justiça: "Escapei da injustiça".
Nascido no Brasil, ele também tem cidadania libanesa e francesa. [...]
Prisão de Ghosn
Carlos Ghosn foi preso no Japão no dia 19 de novembro de 2018 e, desde então, deixou a presidência do conselho das três montadoras que comandava: da Nissan, da Mitsubishi e da Renault.
Ele foi solto sob pagamento de fiança em março de 2019, após mais de 100 dias detido, mas acabou preso novamente em abril, por novas acusações das autoridades. No mesmo mês, foi solto após pagamento de fiança de US$ 4,5 milhões, valor equivalente a R$ 17,8 milhões. E agora aguardava o julgamento, previsto para 2020.
As circunstâncias da fuga ainda não estão claras. Ele teria usado um jato particular que decolou do aeroporto de Kansai, no oeste do Japão. Segundo a imprensa japonesa, uma aeronave deste modelo teria deixado o país no dia 29 de dezembro, às 23h, em direção a Istambul. A aterrissagem teria acontecido no aeroporto de Atatürk, fechado para voos comerciais.
Na mídia libanesa levantou-se a hipótese que Ghosn teria escapado escondido em uma caixa de instrumento depois de um concerto privado na sua residência. "É ficção pura", disse a mulher Carole, em conversa com a Reuters.
Pessoas próximas a Ghosn disseram ele foi recebido pelo presidente do Líbano, Michel Aoun.
Já em Beirute, Ghosn divulgou um comunicado em que afirmou que não será "mais ser refém de um sistema judicial japonês fraudulento em que se presume culpa, onde direitos humanos básicos são negados. Não fugi da justiça. Escapei da injustiça e da perseguição política. Agora posso finalmente me comunicar livremente com a mídia e estou ansioso para começar na próxima semana".
Nesta quinta-feira (2), a secretária de Estado francês para a Economia, Agnès Pannier-Runacher, declarou que o empresário não será extraditado se vier para a França. “A França nunca extradita seus cidadãos, então aplicaremos a Ghosn as mesmas regras que aplicamos para todos. Não é por isso que achamos que ele não deva ser julgado pela Justiça japonesa”, declarou, em entrevista ao canal BFMTV.
Fonte: aqui. Mais sobre Ghosn: aqui.
19 julho 2019
Carlos Ghosn abre processo contra Nissan e Mitsubishi Motors
O ex-presidente da montadora francesa Renault,(...) Carlos Ghosn, entrou com uma ação contra as empresas japonesas Nissan e Mitsubishi Motors por violação abusiva de seu contrato em uma empresa com sede na Holanda. (...) O ex-CEO da Renault e da Nissan pede 15 milhões de euros (16,8 milhões de dólares) a título de indenização.
Fundada em 2017 para explorar as sinergias entre os dois grupos, a subsidiária Nissan-Mitsubishi B.V. (NMBV) foi dissolvida em março de 2019, após a prisão de Carlos Ghosn no Japão por suspeita de fraude financeira.
A Nissan e a Mitsubishi Motors disseram em janeiro que Ghosn havia recebido como administrador do NMBV “uma remuneração total de 7.822.206,12 euros”.
Segundo a Nissan, que quer recuperar o montante indevidamente recebido, Ghosn fez um contrato por conta própria em 2018, “sem discutir com os outros membros do conselho de administração da NMBV”, no caso os presidentes da Nissan, Hiroto Saikawa, e da Mitsubishi Motors, Osamu Masuko.
Fonte: Aqui. Leia mais sobre Ghosn: Aqui.
Fundada em 2017 para explorar as sinergias entre os dois grupos, a subsidiária Nissan-Mitsubishi B.V. (NMBV) foi dissolvida em março de 2019, após a prisão de Carlos Ghosn no Japão por suspeita de fraude financeira.
A Nissan e a Mitsubishi Motors disseram em janeiro que Ghosn havia recebido como administrador do NMBV “uma remuneração total de 7.822.206,12 euros”.
Segundo a Nissan, que quer recuperar o montante indevidamente recebido, Ghosn fez um contrato por conta própria em 2018, “sem discutir com os outros membros do conselho de administração da NMBV”, no caso os presidentes da Nissan, Hiroto Saikawa, e da Mitsubishi Motors, Osamu Masuko.
Fonte: Aqui. Leia mais sobre Ghosn: Aqui.
11 abril 2019
Mais sobre a esposa do Ghosn
Via G1:
Carole Ghosn, mulher de Carlos Ghosn, está de volta ao Japão, onde deve ser ouvida pela Justiça na investigação sobre as suspeitas de fraudes que teriam sido cometidas pelo ex-presidente da aliança Nissan-Renault-Mitsubishi - informou seu advogado, François Zimeray, nesta quarta-feira (10).
Ela havia deixado o Japão no último fim de semana, depois da recente detenção do marido, afirmando que "se sentiu em perigo". Segundo diferentes jornais japoneses, porém, a Justiça queria interrogá-la.
[...]
De acordo com a agência de notícias Kyodo, o escritório do promotor de Tóquio suspeita que somas de dinheiro desviado teriam passado por uma empresa administrada por ela.
Carlos Ghosn foi preso em 4 de abril em Tóquio por novas suspeitas de crimes financeiros, um mês depois de ser libertado sob fiança.
Sua mulher, que estava presente quando foi preso, disse que voltou para a França, apesar de seu passaporte libanês ter sido confiscado pela polícia japonesa. Carole disse que usou seu outro passaporte, americano.
Carole Ghosn, mulher de Carlos Ghosn, está de volta ao Japão, onde deve ser ouvida pela Justiça na investigação sobre as suspeitas de fraudes que teriam sido cometidas pelo ex-presidente da aliança Nissan-Renault-Mitsubishi - informou seu advogado, François Zimeray, nesta quarta-feira (10).
Ela havia deixado o Japão no último fim de semana, depois da recente detenção do marido, afirmando que "se sentiu em perigo". Segundo diferentes jornais japoneses, porém, a Justiça queria interrogá-la.
[...]
De acordo com a agência de notícias Kyodo, o escritório do promotor de Tóquio suspeita que somas de dinheiro desviado teriam passado por uma empresa administrada por ela.
Carlos Ghosn foi preso em 4 de abril em Tóquio por novas suspeitas de crimes financeiros, um mês depois de ser libertado sob fiança.
Sua mulher, que estava presente quando foi preso, disse que voltou para a França, apesar de seu passaporte libanês ter sido confiscado pela polícia japonesa. Carole disse que usou seu outro passaporte, americano.
05 abril 2019
Mais sobre Ghosn
Saiu no G1:
Um tribunal de Tóquio prorrogou nesta sexta-feira (5), até o dia 14 de abril, a prisão provisória do ex-presidente da Nissan, o brasileiro Carlos Ghosn. O executivo voltou a ser detido na quarta-feira (3) por novas suspeitas de sonegação financeira.
[...]
A detenção de Ghosn ocorreu apenas um mês depois de o executivo ter sido libertado e um dia depois de ter anunciado no Twitter uma coletiva de imprensa para 11 de abril.
O ex-executivo foi preso desta vez devido à existência de um "risco de destruição de provas", declarou o procurador adjunto Shin Kukimoto.
Ghosn havia saído da prisão - sob fiança - em 6 de março, acusado de três crimes por declarações inexatas de rendimentos entre os anos 2010 e 2018 em documentos que a Nissan entregou a autoridades financeira.
A investigação que motivou a nova prisão refere-se a uma transferência de milhões de dólares para uma distribuidora de carros da Renault e da Nissan em Omã, no Oriente Médio.
Segundo a promotoria, parte do dinheiro transferido, cerca de US$ 5 milhões, acabou em uma conta bancária controlada pelo Ghosn. De acordo com a mídia local, o dinheiro foi usado para pagar por um iate familiar e cobrir empréstimos pessoais.
A prisão, que especialistas jurídicos sem relação com o caso descreveram como muito rara para alguém já solto sob fiança, faz parte da quarta acusação obtida pelos procuradores contra o executivo, em um escândalo que abalou a indústria automotiva global e provocou questionamentos sobre o sistema judicial do Japão.
As demais, assim como a primeira, referem-se a má conduta financeira ligada à declaração de suas rendas. Ele nega os crimes.
Fonte: Aqui
Um tribunal de Tóquio prorrogou nesta sexta-feira (5), até o dia 14 de abril, a prisão provisória do ex-presidente da Nissan, o brasileiro Carlos Ghosn. O executivo voltou a ser detido na quarta-feira (3) por novas suspeitas de sonegação financeira.
[...]
A detenção de Ghosn ocorreu apenas um mês depois de o executivo ter sido libertado e um dia depois de ter anunciado no Twitter uma coletiva de imprensa para 11 de abril.
O ex-executivo foi preso desta vez devido à existência de um "risco de destruição de provas", declarou o procurador adjunto Shin Kukimoto.
Ghosn havia saído da prisão - sob fiança - em 6 de março, acusado de três crimes por declarações inexatas de rendimentos entre os anos 2010 e 2018 em documentos que a Nissan entregou a autoridades financeira.
A investigação que motivou a nova prisão refere-se a uma transferência de milhões de dólares para uma distribuidora de carros da Renault e da Nissan em Omã, no Oriente Médio.
Segundo a promotoria, parte do dinheiro transferido, cerca de US$ 5 milhões, acabou em uma conta bancária controlada pelo Ghosn. De acordo com a mídia local, o dinheiro foi usado para pagar por um iate familiar e cobrir empréstimos pessoais.
A prisão, que especialistas jurídicos sem relação com o caso descreveram como muito rara para alguém já solto sob fiança, faz parte da quarta acusação obtida pelos procuradores contra o executivo, em um escândalo que abalou a indústria automotiva global e provocou questionamentos sobre o sistema judicial do Japão.
As demais, assim como a primeira, referem-se a má conduta financeira ligada à declaração de suas rendas. Ele nega os crimes.
Fonte: Aqui
29 março 2019
Novela Nissan Renault
A aliança entre a Renault e a Nissan comemorou 20 anos nesta semana. O acordo foi firmado em 27 de março de 1999, com o acréscimo em 2016 da Mitsubishi, após uma crise.
Os sócios fundadores marcaram a “celebração” na quarta-feira com mensagens opostas. Conforme o The Wall Street Jornal, a Nissan, do Japão, divulgou um relatório de governança condenando a concentração de poder do ex-chefe Carlos Ghosn, que veio da Renault. Da Europa, o Financial Times informou que a Renault quer reiniciar as negociações de fusão com a Nissan dentro de 12 meses.
Se os franceses conseguissem o que querem, a Renault e a Nissan reuniriam seu capital acionário na Holanda, onde a administração da aliança está baseada. As montadoras permaneceriam como operadoras independentes, mas sob um único conjunto de contas e ações, que geraria mais economia de custos. Atualmente as despesas só são compartilhadas quando ambos os lados se beneficiam; após uma fusão, as despesas também poderiam ser compartilhadas quando o benefício para um é maior que para o outro.
A Nissan, no entanto, parece ter desejos contrários aos dos franceses, ao enfatizar a necessidade de reequilibrar as participações cruzadas e os direitos de voto. A participação de 43% da Renault na Nissan vem com direito a voto, mas a participação de 15% da Nissan na Renault não.
O relatório de governança da Nissan, escrito por seus três diretores independentes e quatro consultores externos, não abordou participações cruzadas. Mas suas recomendações, se adotadas, enfraqueceriam o controle da Renault sobre a Nissan, incluindo a introdução de mais membros independentes do conselho e a obrigatoriedade de um presidente independente.
Dada a potencial redução de custos, os investidores comemorariam uma fusão: as ações da Renault subiram 3% na quarta-feira em resposta à reportagem do Financial Times reforçando o interesse na fusão. Em março passado, quando o governo francês e Ghosn estavam secretamente pressionando por um acordo e o rumores começaram a surgir, elas subiram 10%.
Os sócios fundadores marcaram a “celebração” na quarta-feira com mensagens opostas. Conforme o The Wall Street Jornal, a Nissan, do Japão, divulgou um relatório de governança condenando a concentração de poder do ex-chefe Carlos Ghosn, que veio da Renault. Da Europa, o Financial Times informou que a Renault quer reiniciar as negociações de fusão com a Nissan dentro de 12 meses.
Se os franceses conseguissem o que querem, a Renault e a Nissan reuniriam seu capital acionário na Holanda, onde a administração da aliança está baseada. As montadoras permaneceriam como operadoras independentes, mas sob um único conjunto de contas e ações, que geraria mais economia de custos. Atualmente as despesas só são compartilhadas quando ambos os lados se beneficiam; após uma fusão, as despesas também poderiam ser compartilhadas quando o benefício para um é maior que para o outro.
A Nissan, no entanto, parece ter desejos contrários aos dos franceses, ao enfatizar a necessidade de reequilibrar as participações cruzadas e os direitos de voto. A participação de 43% da Renault na Nissan vem com direito a voto, mas a participação de 15% da Nissan na Renault não.
O relatório de governança da Nissan, escrito por seus três diretores independentes e quatro consultores externos, não abordou participações cruzadas. Mas suas recomendações, se adotadas, enfraqueceriam o controle da Renault sobre a Nissan, incluindo a introdução de mais membros independentes do conselho e a obrigatoriedade de um presidente independente.
Dada a potencial redução de custos, os investidores comemorariam uma fusão: as ações da Renault subiram 3% na quarta-feira em resposta à reportagem do Financial Times reforçando o interesse na fusão. Em março passado, quando o governo francês e Ghosn estavam secretamente pressionando por um acordo e o rumores começaram a surgir, elas subiram 10%.
28 março 2019
Por que Carlos Ghosn caiu?
O Chairman da Renault, Jean-Dominique Senard (esquerda), e o CEO da Nissan Motor, Hiroto Saikawa |
Segundo o texto, os executivos nacionalistas da Nissan teriam tomado medidas para que Ghosn fosse preso, na expectativa de atrasar ou terminar qualquer tentativa de fusão da japonesa Nissan com a francesa Renault, que formaram uma aliança em 1999.
O advogado de Ghosn disse que utilizará essa motivação na defesa. Segundo ele, os executivos agiram por causa de disputas em estratégias de negócios e isso pode manchar a parte criminal do caso.
Leia mais sobre o caso: aqui.
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