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17 março 2010

Beta contábil

O beta contábil é uma alternativa ao beta tradicionalmente calculado pelo CAPM. Deveria ser uma opção para os casos de empresas que não possuem ação negociada na bolsa de valores. Entretanto, em geral, os testes não são animadores. A seguir, um artigo sobre o beta contábil no Brasil:

O presente estudo apresenta uma abordagem integrada de como as demonstrações financeiras conseguem capturar o grau de risco no nível individual da firma. A intenção é oferecer uma estrutura fundamentada na teoria de finanças que utiliza preceitos essencialmente contábeis para usuários interessados em uma estimativa geral do risco da empresa. Para tanto são testados: (i) a associação entre o beta de mercado e o parâmetro contábil teoricamente construído, denominado beta contábil; (ii) a existência de relações mais ou menos robustas para determinados grupos de companhias. A inovação empírica da pesquisa está em testar as hipóteses sugeridas sob a estrutura de dados em painel, que admite o controle dos efeitos fixos característicos às empresas ao longo do tempo. A amostra é composta pelas empresas negociadas na BOVESPA (Bolsa de Valores de São Paulo) entre os períodos de 1996 a 2007. Os resultados indicam existir relação estatística significante entre todos os betas contábeis testados (construídos a partir dos indicadores: tamanho, crescimento, liquidez, grau de alavancagem operacional, grau de alavancagem financeira, grau de alavancagem total, proporção de pagamento de dividendos e estrutura de capital) quando os dados são testados sob a estrutura em painel. Relação mais fraca é encontrada em corte transversal.

CONSTRUÇÃO EMPÍRICA E ANÁLISE TEÓRICA DO BETA CONTÁBIL - Vinícius Simmer de Lima (Fucape); Hudson Fiorot Ilha (FGV-SP); e Fernando Caio Galdi (Fucape)

15 julho 2009

Modelos de Precificação

Mais um problema para os modelos de precificação:

Os modelos de precificação de ativos, entre eles o CAPM, são largamente usados e ensinados. Entretanto, suas hipóteses restritivas são perigosas. Uma recente conclusão questiona ainda mais os valores obtidos por estes modelos. Em Asset Class Correlations Increase In Bad Times informa-se que a correlação entre ativos muda com o passar do tempo. Mais ainda, que a correlação, medida estatística entre dois ativos, aumenta com os problemas do mercado.

A questão é que os modelos são implantados usando dados históricos de covariâncias. Ou seja, o passado é usado para tomar as decisões nos dias de hoje. Apesar de alguns modelos permitirem ajustes nos dados históricos, a realidade é que os dados passados são relevantes.

02 julho 2009

Taxa sem Risco e Taxa com Risco

Em finanças corporativas estuda-se a questão do investimento num título que pretensamente não possui risco. Os livros, geralmente com forte influência anglo-saxão, considera a taxa do tesouro dos EUA como o valor mais próximo deste retorno do título sem risco, ou Rf na expressão clássica do CAPM.

Com a crise financeira, esta taxa deixa de ser referência.

Atualmente o país com menor remuneração para os investidores, que pretensamente representa a taxa mais próximo de um título livre de risco, é a Noruega, com um retorno de 2,7%. Isto corresponde a um rating AAA para o investimento no país escandinavo, segundo a empresa CMA, que divulgou estes números. A seguir, os seguintes países: Finlândia, Alemanha, França, EUA, Japão, Holanda, Dinamarca, Suiça e Bélgica, nesta ordem.

A lista dos piores, entre os pesquisados, é liderada pela Argentina, com 76,9% e um rating correspondente a C. Depois Ucrânia, Venezuela, Letônia, Islândia, Dubai, Lituânia, Cazaquistão, Romênia e Bulgária.

18 março 2009

Como avaliar em períodos de crise?

Sabemos que a forma mais adequada para fazer uma avaliação de uma empresa é estimar o fluxo de caixa futuro e trazer a valor presente a partir de uma taxa de desconto que reflita de forma apropriada o risco. Mas o que acontece com o modelo em tempos de crise?

Em primeiro lugar, provavelmente a estimativa do fluxo de caixa futuro tende a ser mais conservadora, seja pelo comportamento previsto da empresa e da economia, seja por aspectos pessoais dos avaliadores. Ou seja, a crise deveria fazer com que os pareceres de avaliação fossem revistos e adequados as novas projeções.

O segundo aspecto é mais curioso e ocorre com a taxa de desconto. Aparentemente o risco está mais elevado. Mas os modelos usados conseguem captar este fato? Considere o modelo do CAPM, que apesar de muito criticado serve como base para muito laudo de avaliação. Por este modelo, a taxa de desconto do fluxo de caixa dos acionistas depende da taxa de juros sem risco, do retorno do mercado e do risco do investimento, mensurado pelo Beta. Como uma das medidas dos governos é a redução na taxa de juros dos seus títulos (que são usadas para medir o retorno do título sem risco), a medida de política econômica tende, a princípio, reduzir a taxa de desconto. E reduzindo a taxa de desconto temos um aumento no valor da empresa. Além disto, o período de euforia terminou e com ele a projeção de crescimento continuado do mercado. A segunda variável – o retorno do mercado – tende a reduzir, o que pode diminuir da taxa de desconto e, novamente, aumentar o valor da empresa. Finalmente sobra a terceira variável do modelo, o risco do investimento ou beta. Entretanto, o modelo do CAPM tem como premissa que a soma dos betas é igual a unidade. Ou seja, a princípio uma crise financeira não afeta o risco.

Mas a análise não é tão simples. Propositalmente falamos do fluxo de caixa dos acionistas. Em situações de crise existe uma tendência a aumentar o custo do financiamento. Aqui podemos ter um efeito, decorrente do aumento do custo do capital de terceiros.

Em resumo temos que a avaliação de uma empresa depende de duas variáveis: o fluxo de caixa e a taxa de desconto. Na crise, o fluxo de caixa previsto tende a reduzir, mas pode ser que o efeito na taxa de desconto seja uma redução. Com isto, não necessariamente os modelos de avaliação consigam traduzir os efeitos da crise sobre os números dos analistas.

Existe outro fator relevante que é o aumento considerável na probabilidade de falência ou concordata, o que afeta muito os valores. (Mas o modelo do CAPM novamente não é bom em captar isto, pois geralmente são construídos a partir de uma amostra de empresas sobreviventes. Isto é chamado de viés de sobrevivência, já que não considera a possibilidade de problemas com as empresas).

Uma alternativa possível é usar o modelo de forma geral e considerar ao final uma probabilidade de sobrevivência. Seria algo parecido com o que Gitman denomina de equivalente certeza. Murphy, em How do you value British banks? (9/3/2009) usa este modelo para os bancos britânicos. Talvez seja uma alternative. Talvez.

04 junho 2008

Beta negativo


O beta é a medida de risco do CAPM. Usualmente o beta está próximo de um, sendo que um valor superior a unidade representa um investimento de maior risco e um valor menor que um seria conservador.

Teoricamente, um beta negativo indica que o investimento caminha na direção contrária ao mercado: quando o mercado cresce, o investimento reduz e vice-versa. Mas dificilmente temos situações práticas com um beta negativo. Greg Mankiw mostra o exemplo acima, apesar da situação desse beta provavelmente ser temporária.

Nesse caso, a direção da cotação é oposta a do mercado. Teríamos, então, um beta negativo.

29 outubro 2007

Faça o que eu digo, não faça o que eu faço

Onde os professores de finanças aplicam seus recursos? A resposta pode ser encontrada na pesquisa "What Really Matters When Buying and Selling Stocks?". Aqui um resumo

Os professores não usam o CAPM, o mercado eficiente e outras abordagens conhecidas, mas trabalham com PE, múltiplo de mercado e abordagens mais tradicionais.

13 agosto 2007

Prêmio pelo risco

Em busca do prêmio perdido
Por Catherine Vieira - Valor Econômico - 10/08/2007

Nestes tempos de turbulências, o que mais os investidores gostariam de ter seria uma bola de cristal que dissesse como vão caminhar as bolsas. O economista especializado em finanças John Campbell, da Universidade de Harvard, infelizmente ainda não criou a engenhoca, mas contou pela primeira vez a uma platéia de brasileiros na semana passada alguns de seus pensamentos sobre os rumos do mercado acionário global.

Com o mundo de olho na economia americana e nos problemas de crédito iniciado pelo setor de hipotecas de alto risco dos EUA (os chamados "subprime"), é preciso começar a se preocupar seriamente? Para Campbell, é importante ser cauteloso, pois provavelmente a economia americana não vai crescer no mesmo ritmo nos próximos tempos, mas, na sua avaliação, o resto do mundo poderia compensar isso. "O crescimento da Europa e sobretudo da Ásia podem atenuar os efeitos", disse ele. "É interessante notar que na China, por exemplo, os mercados foram mais resistentes às turbulências, isso foi um aspecto interessante".

Segundo ele, é possível que o mundo esteja observando um novo padrão nos mercados, diferente daqueles do fim do século passado. O que poderia indicar uma espécie de híbrido de touro com urso. Nos Estados Unidos, o "bullish" (que vem de touro) é sinônimo de mercado em tendência de alta enquanto o "bearish", o urso, é o mercado em baixa, numa alusão às figuras que formam as curvas de tendências. "Será que existe um meio termo entre o urso e o touro", perguntou Campbell à platéia da palestra que fez no Rio a convite da Mellon Global Investments e da Fundação Getúlio Vargas (FGV) sobre o tema "Quão grande é o prêmio das ações hoje?"

O economista apontou que, se os prêmios médios da renda variável vêm caindo no mundo todo, ainda há ágios a serem capturados. Além disso, o investidor pode ser complementado com a seleção de ativos alternativos. O início dessa diversificação já começou nos últimos tempos, beneficiando ativos de mercados emergentes, por exemplo. Ele citou como exemplo o próprio portfólio da Harvard Management Company, que já deu início a essa diversificação, alocando mais em "'private equity' e ativos de mercados emergentes".

Após testar alguns modelos, Campbell mostrou que seria razoável assumir que o prêmio médio global da renda variável hoje está em torno de 3,4%. Esse prêmio seria a média de ganho que poderia ser obtida acima dos ativos livres de risco. Como referência de ativo livre de risco ele usou os títulos americanos de longo prazo atrelados à inflação.

Segundo dados pesquisados por Campbell, num cenário otimista, esse prêmio médio poderia ser de 5,2%, caso a recente lucratividade das companhias continue sustentada com alto índice de reinvestimento nos negócios. "Mas se as médias de lucratividade e investimento caírem aos níveis médios do fim do século XX, então, esse prêmio seria de 2,8%", explicou o economista. No meio do caminho, se encontra o percentual de 3,4%.

O mercado americano, disse ele, é o mais afetado pelas estimativas de lucratividade, por isso poderia ter um prêmio médio um pouco superior à média mundial, de 3,6%. "Mas particularmente no caso dos Estados Unidos não devemos esperar que o futuro seja tão bom quanto o passado", afirmou Campbell.

Outra ressalva importante feita pelo economista é que o cenário de bonança da economia mundial contribuiu decisivamente nos últimos anos. "É importante notar que esses prêmios só estão nesses níveis porque as taxas de juros de longo prazo estão baixas", ressaltou ele. Ou seja, num cenário de política econômica mais restritiva com maior juro e menor crescimento mundial, as contas mudariam.

"Os métodos confiáveis para estimar o 'equity premium' (prêmio das ações) mostram números positivos, embora menores do que os excessos dos retornos históricos na maioria dos países", observou Campbell. "Esses números, porém, são mensurados em relação a uma taxa de juro de longo prazo média pouco acima de 2%, sendo que, nos anos 90, essa mesma taxa era de 3,5%", destacou o professor. "Em resposta a retornos reais menores, muitos investidores diversificaram agressivamente seus portfólios, mas ainda há recompensas para a diversificação inteligente", disse Campbell.

Ele evitou fazer previsões específicas sobre o mercado brasileiro, que disse conhecer pouco. "Espero aprender mais sobre isso com essa visita", afirmou. Questionado se a recente febre de lançamentos de ações na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) não poderia ser sintoma de uma bolha, Campbell disse: "Realmente um 'boom' de IPOs costuma ser um dos sintomas de que pode existir algum tipo de bolha, mas, no caso específico, é preciso analisar com cuidado e não necessariamente se trata disso", afirmou ele. "Há mercados nos quais a base anterior era muito baixa e onde havia uma demanda reprimida grande das companhias por esses recursos do mercado de capitais".

Segundo Delano Franco, diretor da Mellon e que mediou o encontro junto com Marco Bonomo, da FGV, a idéia é trazer mais especialistas estrangeiros para palestras desse tipo. "Há uma receptividade para esse tipo de evento. Os clientes têm uma curiosidade grande sobre visões de especialistas como John Campbell. Isso contribui para diversificar o debate", conclui ele, que já planeja um novo evento para o primeiro semestre do próximo ano.


Enviado por Ricardo Viana

05 novembro 2006

Hipótese dos Mercados Adaptáveis

Este é um dos temas que provavelmente ainda vamos ler muito no futuro. Desde que foi criada a Teoria de Carteiras (CAPM, em particular), esta teoria vem recebendo inúmeras críticas. Na década de 1970 apareceu as Finanças Comportamentais como uma tentativa de explicar certas anomalias no comportamento humano. Uma possível vertente deste estudo tem sido realizado pela neuroeconomia, que estuda como o ser humano toma suas decisões.

Recentemente apareceu uma nova linha de estudos, promovida por Andrew Lo, da Hipótese dos Mercados Adaptáveis. A reportagem a seguir, publicada no Valor Econômico de 19/9, faz um breve resumo do que seria isto:

Viver e aprender

Por Danilo Fariello
Quando dois aviões atingiram o World Trade Center, em um dos maiores atentados terroristas da história, os mercados mundiais desabaram. Seus efeitos duraram vários dias e alguns analistas acharam que nada voltaria ao que era antes pelo receio de novos ataques. Cinco anos e vários atentados depois - incluindo um em Madri e outro em Londres -, os agentes do mercado já não reagem com a mesma apreensão aos riscos do terrorismo. Esse comportamento ratifica uma nova teoria que estuda a ação dos investidores no ambiente econômico e que pode ajudar na montagem de estratégias de investimento tendo em vista mudanças globais, permitindo até tirar proveito delas.

As teorias que pregam que decisões econômicas não são pautadas apenas por motivos racionais já são bastante respeitadas entre agentes do mercado financeiro. Prova disso é seu desenvolvimento e questionamento, que resultaram na criação da nova Hipótese dos Mercados Adaptáveis (HMA), consolidada em artigo recente de Andrew Lo, economista do MIT Sloan School of Management. Sua tese é um meio do caminho entre aqueles que acham que o mercado é puramente racional - adeptos da Hipótese dos Mercados Eficientes (HME) - e os que acham que ele seria totalmente irracional, dadas as características psicológicas inatas de cada agente. A nova tese, segundo Lo, permitiria entender melhor fenômenos cíclicos da economia, como bolhas, e melhorar a administração de investimentos.

A HMA prevê, em resumo, que o mercado financeiro tende à racionalidade até que surjam alterações de conceitos básicos que tornem as previsões irracionais. Os agentes econômicos passariam por processos de adaptação a novas realidades. Exemplos recentes são a bolha da internet e reviravoltas do mercado com os atentados.

A tese clássica prevê que os agentes do mercado sempre agem racionalmente ao aplicar recursos, buscando a melhor relação entre retorno e risco. Já a psicologia comportamental diz o contrário, ou seja, que os agentes sempre agem movidos por emoções pessoais, como egoísmo, competição, medo e euforia. A HMA prevê ciclos, que, quando alterados, elevam a motivação irracional dos agentes do mercado, explica Ilan Ryfer, sócio responsável por estratégias de investimento da corretora Hedging-Griffo. Conforme a situação se acomoda ou torna-se mais corriqueira, os agentes vão retomando a racionalidade. Até que ocorra uma nova ruptura, como nos atentados.

Avanços tecnológicos, como a bolha das empresas pontocom no início da década, seriam o motivo mais comum de mudanças de ciclos econômicos que aumentam a irracionalidade do mercado. "No começo da onda de internet, as empresas do setor eram avaliadas muito acima de seu valor patrimonial e, atualmente, muitas não valem tanto ou desapareceram", diz o economista Ryfer. No entanto, ele avalia que a identificação de um novo período irracional, como o da atual bolha dos imóveis americanos, é difícil de ser comprovado ao longo do processo.

Segundo a tese dos mercados adaptáveis, pequenos ciclos em mercados e setores específicos ocorrem sistematicamente, oferecendo brechas para a busca de lucros mais altos com possíveis distorções irracionais o tempo todo. Mas a tese pura da psicologia comportamental prevê que não necessariamente um mercado com valores distorcidos por questões irracionais migrará para a racionalidade, lembra Vera Rita Ferreira, psicóloga econômica e representante nacional da Associação para Pesquisa em Psicologia Econômica (Iarep, na sigla em inglês). Exemplos são a bolha da internet, que demorou anos para estourar ou a bolha imobiliária nos EUA atualmente, já sinalizada há anos.

A HMA tem raiz na psicologia evolucionista, que prevê o aprendizado das pessoas, num paralelo com a teoria de Charles Darwin, explica Roberta Muramatsu, pesquisadora de finanças comportamentais e professora de economia do Ibmec-SP e do Mackenzie. Por essa teoria, certas pessoas teriam traços que os auxiliariam a identificar melhor os movimentos do mercado. "Esse é um dos motivos porque alguns gestores e investidores prosperam e outros não."

Copiar estratégias desses vencedores ajuda, mas é preciso compreender também que o ambiente econômico está em constante mutação e a mesma estratégia poderia não funcionar numa segunda vez, diz a economista. "Não dá para termos a pretensão de nos adaptarmos na mesma velocidade do ambiente", afirma Roberta, acrescentando porém que "também não somos fadados à irracionalidade".

A tese dos mercados adaptáveis traz aos estudos das finanças comportamentais o entendimento de que não são apenas as pessoas que interferem na economia, mas que o próprio ambiente é fator que influencia o comportamento financeiro, diz Roberta. "Hoje, temos de responder muito rápido a decisões econômicas, portanto podemos agir mais irracionalmente frente a uma novidade" explica. "Mas acredito na otimização e maximização das decisões com o tempo."

A tese evolucionista já é antiga nos debates sobre psicologia, embora controversa, mas sua incorporação reforça a aceitação de temas relativos à mente no universo dos economistas, diz Vera Rita. A tendência é que a discussão se amplie para além da psicologia econômica tradicional. Na semana passada, o psicólogo Waldemar Magaldi Filho lançou o livro "Dinheiro, saúde e sagrado", sobre o valor cultural, consciente e inconsciente, do dinheiro na vida das pessoas, tendo base nas teorias de Carl Gustav Jung, dissidente das teses de Sigmund Freud.