Escrever sobre contabilidade no Brasil não é comum. Não sabemos
bem o porquê e já questionamos
aqui no blog diversas vezes. Talvez seja por falta
de incentivos, de tempo, por vergonha ou por falta de interesse mesmo.
Mas eu, pessoalmente, sou fã de blogs e acho estimulante
quando leio, por exemplo, sobre o novo presidente do IASB. É o tipo de
informação que eu provavelmente nem procuraria ou saberia que esta por aí...
Mas a partir do momento que nos informamos, nos tornamos mais conscientes e
responsáveis. Quem é o diretor/presidente da CVM? O que ele faz, exatamente? E no que
ele é formado? Eu posso ser diretora da CVM um dia? E do IASB? O que está
acontecendo com as demonstrações financeiras da Petrobrás? Como a Moldávia
chegou a uma situação tão crítica? O que
museus e obras de arte estão fazendo
em um blog de contabilidade? E a capa da edição de trajes de banho da revista
Sports Ilustrated? A resposta comum a todos é que a contabilidade está, de
certa forma, em todo lugar. E essas questões são sim importantes para aflorarmos
nosso lado crítico, entendermos o alcance da nossa ciência, para sermos
profissionais bem informados. Nada de alienação por aqui e sempre há a busca da
contabilidade em tudo.
Como docentes, professores, educadores, se não formos apaixonados
por contabilidade, como ensinar com prazer genuíno? Como mostrar que devemos
ter orgulho de nossa profissão? Como ir além do débito e crédito? Ou, mais
ainda, como mostrar a beleza e simplicidade dos débitos e créditos?
Como alunos, discentes, cidadãos, profissionais, como passar
a terceiros a riqueza da nossa ciência? Todos sabem que, quando se necessita
de um advogado para uma causa trabalhista, contrata-se um advogado trabalhista.
Óbvio. Quando há demanda por um contador trabalhista, por sua vez, (ou fiscal,
forense, tributário), porque essas mesmas pessoas, esclarecidas como são,
acreditam que qualquer contador serve?? Claro que podemos sim saber trabalhar
em diversas áreas e dar conta de diversas demandas, mas o que questiono aqui é
a percepção pública de que a contabilidade é algo absurdamente fácil e simples.
“Cabe num disquete”, já me falaram. (E na minha opinião a culpa é nossa, mas isso é assunto para outro dia).
Ao ler o blog eu passei a ter um respeito e carinho por
certos assuntos que mesmo após uma ótima graduação, uma especialização
fresquinha e atual, eu ainda não possuía. E é daí que vem a minha motivação
para blogar: tentar repassar aos outros o que eu tive a sorte de receber. “A
contabilidade é linda! Deixa eu te mostrar...”
Então nós três (Pedro, eu e professor César) escrevemos por
simples paixão. As vezes publico algumas coisas e nem acho que haverá impacto. Aí alguém comenta, ou manda
um e-mail, e até hoje fico deslumbrada com o efeito dessa interação. Como é
legal poder escrever sobre o que gostamos, ter pessoas que leem e gostam
também. Não só fazemos o que amamos, como somos reconhecidos por isso.
Aí chegamos ontem a três milhões de acessos. Como assim!?
Isso é muita coisa! Nem consigo absorver. Como comentei no Instagram isso é
alcançado em pouco tempo por outros tipos de blogueiros... mas escrevendo sobre
contabilidade? Uau! É muita coisa! Muita. A maior parte disso é certamente
devido ao professor César, que é um gigante. Ele é criativo, inteligente, cheio
de energia e iniciativa. O Pedro e eu nos sentimos sortudos por estar por
perto, por poder aprender e se inspirar.
Mas aí, quem nos acompanha, compartilha toda essa sorte.
Isso é fantástico! Independente de onde você more, basta ter acesso a internet
para aprender tudo o que é publicado, discutido e desenvolvido aqui.
Por outro lado, você também poderia muito bem nos ignorar e
ir fazer outra coisa. Mas você vem. E participa. E lê. *.* Muito obrigada por tudo
isso. Somos eternamente gratos por todo apoio que recebemos e participar do
blog, junto com você, é uma experiência incrível.
Tim Tim!
*que na verdade foram mais, já que o contador surgiu bem mais recentemente