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Mostrando postagens com marcador BRF. Mostrar todas as postagens
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05 março 2018

BRF e ação trabalhista

A BRF, uma empresa que nasceu da junção da Sadia com a Perdigão, continua sua sina. Além da briga entre os sócios, onde alguns majoritários, insatisfeitos com a atual gestão, solicitaram uma mudança administrativa, a empresa foi alvo de uma investigação que uniu a Polícia Federal com o Ministério da Agricultura. E tudo começou com uma ação trabalhista.

Uma ex-funcionária da empresa entregou uma troca de e-mails dos executivos da empresa, indicando que a BRF alterava a tabela dos resultados da vigilância sanitária. A ex-funcionária era induzida a participar do esquema. Segundo a investigação, os executivos tinham conhecimento das fraudes, ou seja, o problema era institucional.

Um ex-presidente da empresa foi preso.

26 fevereiro 2018

Sobre a destituição do Conselho Administrativo da BRF

Fonte: Aqui
O derretimento da fabricante da alimentos BRF, dona das marcas Sadia e Perdigão, ganhou um novo capítulo nesta segunda-feira. O empresário Abilio Diniz, presidente do conselho de administração da companhia, divulgou uma nota para responder aos fundos Petros e Previ, que querem destituir a ele e a todos os conselheiros da companhia. Abilio convocou para a próxima segunda-feira uma reunião do Conselho de Administração da companhia, atendendo à solicitação dos fundos.

“Costumo dizer que não gosto de explicações, mas de resultados. E os resultados da BRF não são bons. Entendo a posição dos fundos, sua necessidade de informar seus cotistas, e compartilho da insatisfação de todos os acionistas com os resultados da empresa. Mas discordo das ações, da forma e do momento em que estão se manifestando”, afirma Abilio.

Abilio afirmou ainda que não teve tempo de levar a cabo um novo plano de ação para a companhia, aprovado no dia 22 de fevereiro e que seria apresentado nos dias 7 e 8 de março. E termina dizendo que todos os acionistas com cadeira no conselho são responsáveis pelos rumos da empresa. Em 2016, sob comando dele e do fundo Tarpon, a BRF teve o primeiro prejuízo de sua história: 370 milhões de reais. Em 2017, segundo balanço anunciado semana passada, o prejuízo foi de 1 bilhão de reais.

O empresário começou a comprar ações da BRF em 2013. Em 2015, promoveu uma grande mudança na gestão da companhia, alçando Pedro Faria, sócio da Tarpon, à presidência. Faria deixou o cargo em 31 de dezembro. Abilio, Tarpon, Petros e Previ formam o bloco de controle da empresa e são responsáveis por um dos maiores fracassos das história do capitalismo brasileiro. Desde julho de 2015, a empresa perdeu 62% de seu valor de mercado, ou 36 bilhões de reais.

“Nem nos mais horríveis pesadelos imaginaria essa destruição”, diz um ex-executivo. “Eles adotaram uma forma errada de gerir o negócio, que demorou para aparecer porque o ciclo é longo”. 

Fonte: Aqui

20 março 2017

Gestão de Riscos e a Operação Carne Fraca

A operação da Polícia Federal Carne Fraca teve um profundo impacto nas duas principais empresas do setor de alimentos do Brasil. Na sexta as ações da JBS e BRF caíram 10,59% e 7,25%, nesta ordem. Em que pese as controvérsias da operação (vide aqui, por exemplo), o fato é que as empresas atingidas com a denúncia estão sofrendo uma perda de confiabilidade pela opinião pública.

Olhando as demonstrações contábeis de ambas empresas, na área relacionada com o risco, percebemos como a gestão parece estar restrita as questões de câmbio ou mudanças nos preços dos commodities. Nas duas empresas, os comentários sobre a gestão de risco são longos, mas voltados para estes dois aspectos somente.

Na JBS a nota explicativa 30 comenta sobre instrumentos financeiros e gestão de riscos. Afinal, se a empresa foi econômica em discutir os efeitos dos problemas legais que seus executivos estão enfrentando – recentemente os irmãos Batista, que comandam a empresa, tiveram que fazer um acordo bilionário para saírem da cadeia -, imagina uma discussão sobre um possível risco de mercado. São muitos números para discutir o risco de liquidez, de crédito e de câmbio. Na verdade, na nota 30 a empresa trata do risco de mercado, comentando o seguinte:

Em particular, as exposições a risco de mercado são constantemente monitoradas, especialmente os fatores de risco relacionados a variações cambiais, de taxa de juros e preços de commodities (…)

Na BRF é pior. O termo “risco de mercado” sequer é mencionado de forma isolada. Mas quem poderia prever os fatos relatados sobre a forma como estas empresas estavam operando?

12 fevereiro 2013

Casino e Abílio

Ainda sobre a briga entre o controlador do Grupo Pão de Açúcar, o grupo francês Casino, e o ex-controlador e ainda acionista, o empresário Abílio Diniz. Diniz resolveu comprar ações da empresa BRF e tentar ocupar um assento no conselho da BRF. O grupo francês, que já tem outras brigas com Diniz, reclamou.

O Casino prepara uma ofensiva contra Abilio Diniz caso o empresário decida assumir a presidência do Conselho de Administração da BRF no lugar de Nildemar Secches, em abril. Na reunião realizada ontem (07/02), na Wilkes Participações (holding controladora do Pão de Açúcar), o Casino deixou claro que não aceitará a decisão passivamente, a não ser que Abílio deixe seu assento no conselho do Grupo Pão de Açúcar (GPA). NEGÓCIOS apurou que a empresa francesa já contratou uma importante consultoria para estudar as medidas legais que a empresa pode tomar caso o empresário decida acumular os dois cargos.

A principal queixa do Casino é que existe um claro conflito de interesses entre as companhias, já que a BRF é hoje um dos principais fornecedores do Grupo Pão de Açúcar. Abilio se defende alegando que não existe conflito, já que a BRF é fornecedora, e não concorrente direta do GPA.


Esta pode ser uma oportunidade para o rompimento entre Diniz e o grupo Casino.

Abilio alega que o contrato com o Casino permite que ele permaneça na presidência do Conselho enquanto tiver saúde e a empresa apresentar bons resultados. O contrato estipula que o empresário pode sair da sociedade entre 2014 e 2022, vendendo suas ações para o sócio francês. Dessa forma, embora o Casino tenha poderes para destituí-lo do cargo por ser sócio majoritário, estaria rompendo o acordo se tomasse essa decisão agora.

Fontes próximas ao Casino dizem que a empresa não pretende romper o acordo entre os sócios, mas vai ter que contestar o empresário se ele gerar problemas para o Grupo. “Outros varejistas concorrentes também estão bastante incomodados. O Casino não quer se forçado a entrar em uma disputa judicial por causa do Abílio”, afirmou a fonte. A empresa francesa também estaria bastante irritada porque o empresário - ainda que diga que foi apenas consultado pela BRF - teria demonstrado a intenção de levar executivos do Pão de Açúcar e da Via Varejo para a multinacional de alimentos.

Advogados consultados por NEGÓCIOS são unânimes em afirmar que, ao contrário do que Abílio alega, existem conflitos de interesses entre as duas empresas. Não há, no entanto, impedimentos legais para que o empresário seja presidente do Conselho Administrativo das duas empresas, se assim desejar. Sem ter como impedir que Abílio assuma o Conselho da BRF, resta ao Casino procurar brechas na Lei para acionar o empresário judicialmente caso o fato realmente venha a ocorrer em abril.

A Lei das Sociedades Anônimas (Lei nº 6.404/76) determina que o conselheiro não pode “ocupar cargos em sociedades que possam ser consideradas concorrentes no mercado, em especial, em conselhos consultivos, de administração ou fiscal” ou se “tiver interesses conflitantes com a sociedade”.

“Existe uma linha tênue. Os parâmetros da Lei estabelecem princípios e quem se sentir ofendido pode contestar”, diz o especialista em Direito Societário e M&A, Cesar Amendolara, sócio do Velloza & Girotto Advogados Associados. O escritório não está envolvido com o caso, mas o advogado diz que a decisão de Abilio assumir um cargo nas duas companhias pode, de fato, gerar conflito de interesses. "Parece que existe um conflito aí, porque o assento no Conselho Administrativo dá acesso a informações estratégicas e de planejamento das empresas", afirma.


(Fonte: Casino contrata consultoria para possível processo contra Abilio, 9 de Fevereiro de 2013 - Época Online)

13 dezembro 2012

BRF, Brasil Foods, Perdigão?


A dúvida sobre qual o nome da fusão entre Sadia e Perdigão ainda é comum, passados três anos e meio do anúncio do negócio e quase um ano e meio da aprovação pelo Cade.

A partir de 2013, a empresa vai se chamar BRF e uma campanha institucional vai divulgar essa marca corporativa. Perdigão e Sadia serão apenas marcas dos produtos fabricados pela BRF.

Seguindo todo o ritual acertado com o Cade, a Sadia vai ser oficialmente absorvida este mês e deixa de ser empresa. O processo de fusão estará, então, totalmente concluído.

A escolha por BRF demandou pesquisas e estudos. É melhor por ser nome mais curto, mais fácil de assimilar, enquanto os outros dois carregam desvantagens. BR Foods, porque já existem muitas BRs. Algumas estão entre as negociadas na bolsa: BR Malls, BR Properties, BR Towers. E é o público de investidores que a marca corporativa BRF pretende atingir.

Brasil Foods foi rejeitada porque a BRF está entre as maiores exportadoras do Brasil. E o nome Brasil enfrenta muito preconceito no exterior, principalmente na Europa, onde a imagem do país está muito ligada ainda a desmatamento, favelas, violência. Além disso, a marca seria inevitavelmente associada à comida típica, como feijoada.


Fonte: Aqui

21 dezembro 2011

CADE em 2011


O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) julgou, neste ano, 814 processos referentes a fusões e aquisições, incluindo a criação da Brasil Foods (BRF), caso que, na opinião do presidente do órgão, Fernando Furlan, foi mais complexo da história do órgão, superando inclusive a criação da Ambev, em 2000.

Deste total, 716 casos julgados foram atos de concentração. O número de casos julgados em 2011 supera em 6,4% os de 2010, quando o Cade votou 765 processos, dos quais 660 eram atos de concentração.

(...)

A reestruturação do Cade foi aprovada em outubro pelo Congresso e estabelece também a análise prévia, pelo órgão regulador, de casos de concentração econômica quando uma das empresas tiver faturamento anual de pelo menos 400 milhões de reais e o outro, de ao menos 30 milhões de reais.


Fonte: Reuters