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11 setembro 2012

AIG Privatizada

Segundo o WSJ (U.S. Plans $18 Billion Sale of AIG Stock, DAMIAN PALETTA, ERIK HOLM and SERENA NG) o governo dos Estados Unidos está planejando privatizar a empresa AIG, vendendo 18 bilhões de ações. Assim, o governo dos Estados Unidos será acionista minoritário da empresa de seguros que, durante a crise financeira em 2008, foi encampada.

Em 2008, através de uma operação controversa, o governo dos Estados Unidos salvou a empresa AIG em razão da possibilidade dos efeitos de uma provável quebrar gerar uma catástrofe financeira. A operação do governo gerou protestos.

O WSJ lembra que o tesouro daquele país tem vendido regularmente ações da AIG desde maio de 2011.

19 julho 2010

AIG

A gigante americana dos seguros AIG concordou em pagar 725 milhões de dólares para encerrar uma ação por fraude, anunciou o secretário de Justiça de Ohio nesta sexta-feira.

"O acordo resolve as acusações de que a AIG esteve por trás de uma ampla fraude entre outubro de 1999 e abril de 2005 por meio de práticas contra o mercado, violações na contabilidade e manipulação do preço de ações", explicou o escritório do secretário de Justiça de Ohio, Richard Cordray, por meio de um comunicado.


AIG concorda em pagar US$ 725 mi para encerrar ação nos EUA - Agence France Presse - 16 julho 2010

26 março 2009

AIG e o dinheiro do contribuinte

Agora, quando a mesma AIG paga US$ 165 milhões em bônus - dinheiro que é obrigada a pagar contratualmente - todo o sistema político enlouquece. O presidente Barack Obama diz que encontrará uma forma de anular os contratos e pegar o dinheiro de volta. Um senador dos EUA afirma que os funcionários da AIG deveriam matar-se.

(...) Podemos observar, a partir deste episódio, várias verdades gerais em relação à crise financeira e às tentativas para solucioná-la:

1) Para o processo político, todos os grandes números parecem iguais; acima de certa quantia, o dinheiro torna-se meramente simbólico. O público geral não tem percepção para sentir o peso relativo de US$ 173 bilhões e de US$ 165 milhões. (...)

2) À medida que a crise financeira evolui, sua moral vem sendo simplificada de forma grotesca. (...)

3) A complexidade das questões cruciais da crise paralisa a capacidade dos processos políticos de encará-las de forma inteligente. Não tenho dúvidas de que, quando esta saga terminar, todos saberemos o que ocorreu a cada centavo dos US$ 165 milhões em bonificações pagas e cada um de nós terá sua opinião sobre a moralidade da questão.

Por outro lado, tenho sérias dúvidas se alguma vez entenderemos a moralidade do pagamento de US$ 173 bilhões, um problema muito mais grave. Por exemplo, o Goldman Sachs, que recebeu cerca de 8% do total, declarou publicamente que, para eles, o dinheiro era uma questão indiferente, já que o banco de investimento havia se protegido contra uma possível quebra da AIG - fazendo apostas financeiras contra a AIG.

Histeria coletiva com AIG obscurece verdades óbvias
26/3/2009 - Valor Econômico
Michael Lewis é colunista da "Bloomberg News"

24 março 2009

Hedge

Fundos de hedge beneficiam-se de dinheiro para AIG
Serena Ng, The Wall Street Journal
19/3/2009 - The Wall Street Journal Americas
1


(...) Os documentos mostram a maneira com que os bancos de Wall Street funcionaram como intermediários em transações com fundos de hedge e com a AIG que deixaram a seguradora com a carga de bilhões de dólares em ativos lastreados em hipotecas de alto risco. A AIG separou pelo menos parte do dinheiro, como garantia de contrato, para o Deutsche Bank AG, cujos clientes fundos de hedge apostaram contra o mercado imobiliário, de acordo com uma pessoa familiarizada com a questão. O dinheiro será pago ao banco se a inadimplência das hipotecas atingir determinado patamar.

Em resumo, enquanto o governo dos EUA está ocupado tentando estimular o mercado de habitações — com a tentativa de frear as retomadas judiciais dos imóveis, entre outras providências — está ao mesmo tempo desembolsando dinheiro que pode ser usado para pagar investidores que apostaram na queda dos preços dos imóveis e na inadimplência de um grande número de mutuários.

(...)

17 março 2009

Remuneração

Aumentou a pressão sobre a American International Group Inc. e seus responsáveis no governo americano, depois de vir à tona o plano da seguradora de pagar US$ 450 milhões em bônus para empregados da mesma divisão que gerou prejuízo de US$ 40,8 bilhões em 2008.

A ira em Washington e no resto do país era dirigida, em parte, à AIG, que começou a ser socorrida do colapso em setembro e já recebeu um total de US$ 173,3 bilhões. O presidente da AIG, Edward Liddy, disse ao secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Timothy Geithner, que a empresa está com as "mãos atadas" em relação ao pagamento de US$ 165 milhões em bônus para os empregados da divisão, chamada de AIG Financial Products e que realizou uma série de apostas malsucedidas nos mercados financeiros.

"'Há alguma coisa totalmente errada com isso, e esse comportamento irresponsável da AIG deve parar imediatamente", disse o deputado Elijah Cummings, que também exigiu que Liddy pedisse demissão. Uma porta-voz da AIG respondeu a pedidos de comentários com uma carta de Liddy em que ele disse ter considerado o pagamento dos bônus "de mau gosto".

Mas a frustração também foi dirigida para o governo americano, que conta com ampla influência sobre a AIG, já que controla quase 80% da combalida seguradora. "Depende agora do governo tomar uma atitude mais agressiva" para evitar o pagamento dos bônus de fim de ano, disse Tom Ikeler, investidor de Berwyn, no Estado da Pensilvânia. "Acho que temos o poder para fazê-lo."

As reações à questão mostram o campo minado que o governo Obama deve atravessar enquanto tenta manter o apoio político para sua abordagem à crise financeira, que envolve intervenções profundas no setor privado.

Em nenhum lugar a tensão é maior do que na AIG, onde o papel dos EUA evoluiu de um credor nervoso para um aliado paciente. Isso ocorre em boa parte porque um plano anterior para vender os ativos da AIG e pagar os empréstimos do governo foi por água abaixo. Em resposta a isso, o governo deve assumir participações diretas nos negócios internacionais da AIG, complicando ainda mais o papel do Estado, ao mesmo tempo credor e dono do negócio.

Os pagamentos para a divisão de produtos financeiros da AIG se somam a US$ 121,6 milhões em bônus de incentivo em 2008 que a AIG deve começar a pagar este mês para cerca de 6.400 de seus 116.000 funcionários. A AIG também pagará separadamente US$ 619 milhões a 4.200 funcionários a título de bônus de retenção na empresa.

Juntos, os três pagamentos podem chegar a US$ 1,2 bilhão em incentivos de retenção e bônus para alguns empregados da seguradora. Pelo menos alguns empregados devem receber milhões de dólares — na divisão de produtos financeiros, por exemplo, sete empregados receberão mais de US$ 3 milhões em 2008, segundo um documento da AIG.

A divisão em questão, com uns 370 empregados, foi a principal causadora do quase colapso da empresa no fim do ano passado. As apólices vendidas por ela para proteger outras empresas de perdas em títulos ligados a empréstimos imobiliários de alto risco forçaram a seguradora a reservar bilhões de dólares em garantias, em boa medida com dinheiro recebido dos contribuintes. Os problemas foram os principais responsáveis por quase levar a empresa à falência antes de o governo intervir na situação.

Desde que recebeu o socorro governamental, a AIG contratou um diretor-presidente para a divisão de produtos financeiros, que agora está tentando liquidá-la. Mas no início de 2008 — antes de Liddy entrar para a seguradora — foi criado um programa de retenção para os funcionários da divisão, segundo a carta de Liddy.

Na carta, Liddy escreveu que "consultores externos" tinham aconselhado que os pagamentos a empregados da divisão de produtos financeiros, acertados desde antes, "são obrigações judiciais para a AIG". Ele escreveu que há "graves consequências judiciais, assim como empresariais, para o não pagamento".

"Eu não gosto desse acordo e o considero de mau gosto, e tenho dificuldade em recomendar a vocês que sigamos adiante com ele", escreveu Liddy, ressaltando que "honrar compromissos contratuais está no coração do que fazemos no setor de seguros".

Lawrence Summers, o principal assessor econômico da Casa Branca, pareceu corroborar ontem o argumento de Libby. Embora existam muitos aspectos problemáticos na crise financeira, "o que aconteceu na AIG é o mais revoltante", disse ele. Mas Summers disse também que "somos um país onde há lei", acrescentando que o governo não pode simplesmente abolir os contratos com gerentes e executivos da AIG.

Se a seguradora quisesse evitar esses pagamentos, poderia informar aos empregados que se optarem por não recebê-los, podem continuar com seus empregos, sugeriu Mark Reilly, sócio da 3C Compensation Consulting Consortium, uma consultoria de Chicago.

"Há uma porção de gente procurando emprego em Wall Street", disse Reilly.

Funcionários do governo estão cientes dos pagamentos pendentes desde o fim do ano, quando a AIG revelou em seus informes financeiros que tinha esses programas de retenção de empregados e quanto devia.

Autoridades vêm trabalhando com a empresa e seus advogados desde então para encontrar um meio de remanejá-los de acordo com leis americanas e europeias. Alguns pagamentos de retenção foram cancelados em novembro.

Pagamento milionário de bônus na AIG causa revolta em Washington
Liam Pleven, The Wall Street Journal
The Wall Street Journal Americas - 16/3/2009 - 1
(Colaboraram John D. McKinnon e Sara Schaefer Muñoz)

16 março 2009

AIG e o dinheiro do contribuinte

A AIG, que recebeu US$ 170 bilhões do governo norte-americano para não quebrar no ano passado, deverá pagar bônus e incentivos para seus funcionários de US$ 165 milhões, informou neste final de semana o The New York Times. O total é apenas uma parcela do plano de cerca de US$ 1 bilhão em pagamentos de incentivos para a retenção de talentos e bônus negociados pela empresa antes da ajuda do governo, para um período de sete anos. O valor foi considerado por Lawrence Summers, principal conselheiro do presidente Barack Obama, como "ultrajante".

A empresa recuou de sua posição inicial diante das pressões do Tesouro americano, principal acionista da empresa com 79,9% de participação. O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Timothy Geithner, criticou, inclusive os US$ 165 milhões. Ele teria telefonado à empresa quarta-feira passada exigindo mudanças no plano de premiações da seguradora, que amargou um prejuízo de US$ 99 bilhões no ano passado.

Carta ao governo

Em resposta, o presidente da AIG, Edward Liddy, ele próprio indicado pelo governo norte-americano para administrar a seguradora, escreveu uma carta ao governo argumentando que também não gostava do acordo da empresa com os funcionários mas, por mais desagradável que fosse , via-se obrigado a cumpri-lo, uma vez que datava de contratos assinados antes de sua chegada à companhia. "Francamente, as mãos da AIG encontram-se amarradas", resumiu o executivo em sua carta. (...)

(Gazeta Mercantil/Caderno A - Pág. 13)(Redação - Com agências internacionais)
Governo dos EUA se irrita com pagamento de bônus pela AIG - 16/3/2009


Aqui um texto do NY Times mostrando o destino dos 170 bilhões recebidos pela AIG do contribuinte dos EUA. Entre os beneficiados: Goldman Sachs ($12.9 bilhões), Merrill Lynch ($6.8 bilhões), Bank of America ($5.2 bilhões), Citigroup ($2.3 bilhões) e Wachovia ($1.5 bilhoes). E alguns bancos estrangeiros como Société Générale, o Deutsche Bank, o Barclays ($8.5 bilhões) e UBS ($5 bilhões).

[É interessante notar a coincidência do UBS. Recentemente este banco fez um acordo com o governo dos EUA, abrindo suas contas secretas de clientes e contrariando a tradição suiça. Tudo tem seu preço]

03 março 2009

AIG ainda é notícia

A seguradora AIG ainda é notícia: prejuízo de 62 bilhões de dólares no trimestre. Já fizeram as contas: isto representa 465 mil dólares por minuto de prejuízo. Ou, em seis segundos você pode pagar seus estudos de um ano em Harvard.

Salmon afirma que é fascinante que ainda é uma empresa com ações em bolsa.

29 janeiro 2009

Ex-executivo da AIG condenado a 4 anos

Falando em simbolismo, a imprensa também destacou a condenação de um ex-executivo da AIG (4 Years for Christian Milton, ex-A.I.G. Executive, Associated Press, 27/1/2009), a empresa de seguros, por uma fraude que provocou um custo de mais de 500 milhões para os acionistas. O executivo, Christian Milton, além da cadeia, terá que pagar 200 mil dólares. Ele trabalhava na empresa como vice-presidente de resseguro entre 1982 a 2005.

19 janeiro 2009

Horror

A tabela a seguir mostra o efeito da crise em algumas das empresas e bancos. Na primeira coluna, o nome da empresa; na segunda, o preço da ação recente. O preço da ação em 23 de maio de 2007 está na coluna seguinte. O valor de mercado atual segue na quarta coluna. O declínio do valor de mercado na última coluna.

A soma da última coluna resulta em 1 trilhão de dólares de valor de mercado, sendo metade disto com o Citi, AIG e Bank of America.

12 novembro 2008

AIG e Luxo

Os problemas críticos da AIG já foram comentados diversas vezes aqui nos últimos meses. Em Another AIG Resort "Junket": Top Execs Caught on Tape, Brian Ross e Joseph Rhee (10/11/2008) relatam alguns gastos de seus executivos num resort de luxo em Phoenix, na última semana. A ABC pegou executivos da AIG no Pointe Hilton Squaw Peak Resort fazendo um grande esforço em ajudar a empresa a sair da situação problemática. O programa incluía uma aparição de um jogador de futebol americano para autógrafos.

Segundo Peter Cohan (Your $150 billion pays for another AIG executive junket) os gastos podem ter sido de 343 mil dólares.

O encontro, que segundo Berr (AIG should fire CEO over junket mess) toda traço da empresa AIG foi removido, gerou uma grande avalanche de publicidade negativa para a empresa.

Mais sobre a AIG aqui

11 novembro 2008

Rir é o melhor remédio


Sobre a AIG e o uso do dinheiro dos contribuintes.

AIG


Ainda a questão da AIG, que para o WSJ não é somente uma seguradora. A reação ao aumento da ajuda a empresa foi resumida pelo jornal.

A ilustração é do New York Times e diz muito sobre a questão.

Mais sobre a AIG pode ser encontrado aqui, aqui e aqui

10 novembro 2008

Mais dinheiro na AIG

O New York Times revela (A.I.G. May Get More in Bailout, Andrew Ross Sorkin e Mary W Walsh, 9/11/2008) que o governo Bush está tendo problemas em recuperar a seguradora AIG. O volume de recursos do contribuinte já ultrapassa a $100 bilhões de dólares e a reestruturação pode necessitar de 150 bilhões.

Mas o Wall Street Journal (via Economist´s View) considera que o plano de ajuda do governo é mais punitivo que parece ser.

O plano do governo Bush era aplicar 700 bilhões para reduzir a crise.

Mais sobre a AIG: 1, 2, 3, 4

04 novembro 2008

Modelo de Risco da AIG

Numa extensa reportagem de investigação do Wall Street Journal (Behind AIG's Fall, Risk Models Failed to Pass Real-World Test, Carrick Mollenkamp, Serena Ng, Liam Pleven & Randall Smith, 3/11/2008, A1) começam a surgir detalhes dos problemas financeiros de algumas instituições. O texto enfatiza a questão do modelo de risco da AIG, a seguradora que precisou ser socorrida pelo tesouro dos EUA.

A AIG tinha contratado um “especialista” acadêmico para construir seu modelo de risco. Entretanto, o modelo não era adequado. O próprio autor do modelo, Gary Gorton, afirmou, em dezembro de 2007, que nenhuma transação era aprovada na AIG se não fosse baseada no modelo que ele construiu.

Aqui, reação ao texto do jornal. Aqui, outro texto de blogueiro sobre o assunto.

17 outubro 2008

AIG decide rever sua política com os executivos

AIG recuperará pagos a ejecutivos y cambia sus prácticas
Joseph A. Giannone
Reuters - Noticias Latinoamericanas - 16/10/2008

NUEVA YORK, oct 16 (Reuters) - American International Group (AIG), el gigante de los seguros que recibió críticas por los pagos a ejecutivos y sus fiestas en tiempos de crisis, decidió cambiar sus prácticas.

AIG prometió recuperar pagos a ejecutivos y otras compensaciones, eliminar beneficios y otras reformas, un día después de que el fiscal general de Nueva York, Andrew Cuomo, amenazó con emprender acciones legales por sus controvertidos gastos.

(...) Cuomo había objetado los "extravagantes" pagos realizados a ejecutivos que llevaron a la empresa hasta cerca del colapso, incluido un bono en efectivo por 5 millones de dólares y 15 millones de dólares en "paracaídas dorado" para Sullivan a comienzos de este año, así como bonos por 34 millones de dólares para Cassano, cuya unidad generó la mayor parte de las pérdidas de AIG.

Además, AIG no realizará pagos por la salida del presidente financiero, Steven Bensinger, que está pendiente del resultado de una investigación en marcha.

Cuomo dijo que la indemnización para Bensinger habría estado en un rango de 10 millones de dólares. AIG dijo el jueves que nombró a David Herzog como su nuevo presidente financiero.

AIG atrajo fuertes críticas el mes pasado, cuando se supo que había contratado un lujoso complejo hotelero en California para un fin de semana largo para los agentes de seguro de mejor desempeño, con un costo de 440.000 dólares.

AIG, que alguna vez fue la aseguradora más ponderosa del mundo, casi llega a la quiebra el mes pasado debido que su negocio de swaps por créditos incobrables provocó una hemorragia de dinero.

Funcionarios estadounidenses rescataron a AIG proporcionando préstamos de emergencia por 85.000 millones de dólares, los que se incrementaron más tarde a 123.000 millones de dólares.

"Hay una gerencia que obtuvo recompensas multimillonarias en bonos por buen desempeño. ¿Cómo se puede pagar tanto por buen desempeño cuando su desempeño fue nulo?," dijo Cuomo.

09 outubro 2008

Mais uma da AIG

Depois dos gastos num resort (aqui), descobriu-se que a AIG tinha um acordo para pagar o ex-executivo Casano, por consultoria externa, um valor de 1 milhão de dólares por mês (Chief of failed unit retained as $9m consultant, Stephanie Kirchgaessner e Francesco Guerrera, 8/10/2008, Financial Times, USA Ed2, 03)