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04 setembro 2024

A Crise Invisível: A Escassez de Contadores e os Desafios para o Futuro da Profissão

Provavelmente, o leitor já ouviu alguém dizer que a palavra "crise" não combina com o trabalho do contador. Ou seja, trata-se de uma profissão que, supostamente, está imune aos altos e baixos do mercado. No passado, este blog fazia um acompanhamento mensal do mercado de trabalho no Brasil e mostrava que, sim, existia crise de emprego na contabilidade. (Deixamos de fazer esse acompanhamento tanto pelo extenso trabalho que demandava quanto pela dificuldade de acesso a uma base de dados segmentada).

Parece que essa realidade também se aplica aos Estados Unidos. Na maior economia do mundo, a crise chegou à profissão contábil, mas não por razões como a substituição do trabalho pela Inteligência Artificial ou algo semelhante. Segundo um relatório da Business Insider (via aqui), há uma escassez de contadores. No período de 2021-22, o número de estudantes graduados foi de 47.067, uma redução de 8% em relação ao período anterior. O problema é que esse foi o sexto ano consecutivo de queda. No caso do mestrado, o número caiu para 18.238, também uma redução. (Veja gráfico)

Mas o diploma não é suficiente. É necessário passar por quatro exames profissionais (CPA), cada um com quatro horas de duração, dentro de um prazo de 18 meses, além de trabalhar por um ano com um CPA licenciado, antes de poder atuar no mercado de trabalho. A queda no número de novos profissionais é agravada pelo envelhecimento da força de trabalho: estima-se que 75% dos empregados na área atingiram a idade de aposentadoria em 2020.

Para tentar amenizar o problema, há uma proposta de reduzir a quantidade de educação necessária para se tornar um CPA e expandir os programas de mestrado. O grande desafio é que a remuneração média dos contadores, de 80 mil dólares, está abaixo da de profissionais equivalentes na área financeira.


A crise na profissão contábil parece ser então decorrente da queda no número de novos profissionais e do desafio de atrair jovens talentos para uma carreira que exige altos níveis de qualificação, mas oferece remunerações inferiores a outras áreas financeiras.

03 abril 2020

Desafio dos Auditores

A pandemia do Covid-19 trouxe um conjunto de desafios para os auditores, além de trabalhar em casa. Muitas empresas estão reestruturando sua forma de trabalhar, o que inclui demissões. Além disto, os reguladores estão emitindo muitas normas. (Este seria um movimento bom: que os reguladores fiquem em casa descansando por alguns anos)

Fazer auditoria realmente é um desafio neste novo tempo. O AICPA publicou um relatório com estes desafios (via aqui). Inclui os seguintes tópicos: atrasos das demonstrações financeiras, observação do inventário físico,implementação e teste de controle interno, planejamento de auditoria, pressupostos de continuidade, eventos subsequentes, risco de fraude, entre outros itens.

07 julho 2019

Domínio CPA

Os domínios da internet são regulados por uma entidade chamada ICANN. Esta é uma entidade sem fins lucrativos, vinculada ao governo dos Estados Unidos.

Agora, o AICPA, o Instituto de Contadores Públicos Certificados, com 330 mil membros, anunciou que o domínio CPA estará sob sua responsabilidade. Desde 2015 o presidente da entidade AICPA pressionava para obter esta responsabilidade. O presidente do AICPA estava preocupado com a possibilidade de alguém, que não fosse um contador público certificado, usasse e abusasse do domínio.

Isto pode ser um sinal de que o domínio ser usado especialmente por contadores públicos ou por pessoas que estariam dentro dos padrões e critérios definidos pelo AICPA. Entretanto, o Going Concern lembra que uma investigação em 68 mil domínios com "cpa" não achou evidências de problemas. O site, ironicamente, afirma:

Meaning there aren’t wild bands of rogue Internet trolls camping CPA domains for the purpose of diluting public trust or worse, offering professional services without a license. Go figure, Internet criminals have better things to do it seems.

20 agosto 2014

400 mil

O AICPA noticiou que o número de membros ultrapassou aos 400 mil. É interessante um comparativo com o Conselho Federal de Contabilidade, que possui muitos mais membros, mesmo a economia brasileira sendo bem menor que a dos EUA. Além disto, aquele país é mais populoso que o nosso.

O que explicaria isto? Acredito que são duas as explicações. Primeiro, o CFC permitiu, durante muitos anos, que técnicos participassem da entidade (ainda é possível, mas hoje é muito mais difícil). Segundo, o CFC aparentemente possui um poder maior de regulação e punição.

10 setembro 2013

Os poderosos

A revista Accounting Today faz uma lista das 100 personalidades mais poderosas da área contábil. Diversos executivos, reguladores e funcionários governamentais dos Estados Unidos são listados. Destes, 27 são mulheres (o mundo contábil parece machista) e um grande número gosta de assistir The Big Bang Theory (18 indicações) e Mad Man (15 votos).

Quando perguntado as 100 personalidades quem é o mais poderoso, 56 responderam Barry Melancon, do AICPA. O segundo colocado, Tom Hood (MACPA), e Mary Jo White (SEC), terceira, tiveram 16 e 12 votos.

16 julho 2013

AICPA e NASBA

No mês passado o AICPA, uma entidade dos Estados Unidos que agrega os contadores certificados, soltou uma minuta referente as normas contábeis para pequenas e médias empresas. Outra entidade, a NASBA, imediatamente criticou o documento do AICPA. Isto mostra como a minuta do AICPA era polêmica, já que ambas entidades são responsáveis pela gestão do teste de CPA. Isto num momento que o PCC foi criado justamente para disciplinar as normas contábeis para entidades de capital fechado dos Estados Unidos.

Agora as duas entidades soltaram um comunicado conjunto mostrando que estão empenhadas em trabalha em conjunto, mas reconhece que a proposta da AICPA é uma estrutura conceitual que não deve ser confundida com o GAAP (Princípios Contábeis Geralmente Aceitos).

03 julho 2013

Contabilidade para empresas de Capital Fechado nos EUA

No ano passado as autoridades dos Estados Unidos criaram o Private Company Council (PCC). Para as empresas de capital aberto naquele país, a contabilidade é regulada pelas normas emitidas pelo Fasb e endossadas pela SEC. O PCC seria uma entidade à parte do Fasb, responsável por normas contábeis para as empresas de capital fechado. Este ano o PCC já começou a emitir algumas normas contábeis para estas empresas.

Também em 2013, o AICPA, a associação que reúne os contadores certificados dos Estados Unidos, emitiu uma norma para empresas de pequeno porte.

Antes de prosseguir é interessante destacar como o país mais avançado do mundo somente agora se preocupou em normatizar a contabilidade das empresas que não estão no mercado de capitais. E devemos lembrar que as normas para pequenas e médias empresas do Iasb já existem há anos.
Uma questão importante é se a norma da AICPA contradiz o que o PCC está fazendo. Robert Stewart, do FAF, aponta uma distinção importante entre a norma do AICPA e do PCC (em FASB agrees to advance three private company alternatives for public comment, Ken Tyiac, Journal of Accountancy, 10 de junho de 2013). Para Stewart o trabalho do PCC é verificar onde os princípios contábeis geralmente aceitos dos Estados Unidos (US GAAP) possuem alternativas apropriadas que ajudam a reduzir o custo da informação e a sua complexidade, sem sacrificar a essência das demonstrações. Já a abordagem do AICPA é não-GAAP. Em outras palavras, não está preocupada com os princípios contábeis geralmente aceitos. É uma abordagem também conhecida como Other Comprehensive Basis of Accounting, ou OCBOA. Ou seja, não necessariamente respeitaria os princípios contábeis geralmente aceitos dos Estados Unidos.

Assim, se não existe a exigência de uso do GAAP (os princípios contábeis geralmente aceitos), a abordagem para pequenas e médias empresas pode ser uma alternativa razoável. A figura a seguir faz um breve resumo desta posição (clique na imagem para ver melhor):


Mas a norma do AICPA não possui consenso. A National Association of State Boads of Accountancy (NASBA), que é membro da Federação Internacional dos Contadores, defende que as empresas de capital fechado não devem adotar a abordagem proposta pela AICPA. Segundo a NASBA, a proposta não traz a possibilidade de exigir a sua adoção. Seria um mero guia. Além disto, não existe uma definição de “pequena e média” entidade.

Vamos aguardar mais debates.

12 junho 2013

AICPA para Pequenas e Médias Empresas

O AICPA lançou uma estrutura conceitual para pequenas e médias empresas. O AICPA é uma entidade dos Estados Unidos que reúne os contadores certificados.
A estrutura conceitual conta com quase duzentas páginas, sendo composta por 31 capítulos, mais um glossário. Estes capítulos tratam desde as características da informação contábil, os conceitos e princípios que devem nortear a informação, até tópicos específicos sobre estoques, contingências, impostos etc.


A questão básica é que recentemente foi criado naquele país o PCC, uma entidade para cuidar das normas contábeis para empresas de capital fechado. É interessante destacar que nos Estados Unidos não existia, até recentemente, uma preocupação com a normatização da contabilidade destas empresas, o que inclui as pequenas e médias empresas. Ora, a iniciativa do AICPA foi considerada uma “concorrência” a existência do PCC. Já o Journal of Accountancy não enxerga desta forma: acredita que a proposta é coerente com o que está sendo feito no PCC. 

16 dezembro 2011

Rodízio

Segundo notícia do Valor Econômico, o AICPA é contra o rodízio. Veja a notícia:

O conselho federal de contabilidade dos Estados Unidos (AICPA, na sigla em inglês) se posicionou contra o rodízio obrigatório de firmas de auditoria durante a atual audiência pública sobre o tema.


Em carta encaminhada ontem ao órgão americano que regula as auditorias (PCAOB, na sigla em inglês), o AICPA disse que a rotação tem mais potencial de prejudicar a qualidade da auditoria do que de melhorá-la, além de ser alternativa muito cara para as firmas.


“Parece que a justificativa da diretoria [do PCAOB] para rodízio é baseado numa suposição infundada de que o resultado das inspeções [do PCAOB nas firmas] são fruto de uma falta de objetividade e ceticismo profissional do auditor, e que isso poderia ser resolvido com o rodízio obrigatório”, escreveu o AICPA.


A rotação de auditorias também está em discussão na Comunidade Europeia (CE). No Brasil, a audiência pública sobre o tema foi encerrada no mês passado, com a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) exigindo a volta do rodízio obrigatório a partir do ano que vem.

14 dezembro 2011

Teste CPA no Brasil




O Conselho Federal de Contabilidade (CFC) firmou uma parceria com o conselho americano de contabilidade (AICPA, na sigla em inglês) [1] para realizar os exames de certificação CPA no Brasil a partir do próximo ano.

A prova é um requisito básico para trabalhar com auditoria nos Estados Unidos. Segundo Juarez Domingues Carneiro, presidente do CFC, os exames ocorrerão em sete estados: Pernambuco, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Distrito Federal, Paraná e Rio Grande do Sul. No ano passado, 80 contadores brasileiros foram aos Estados Unidos para fazer a prova.

O convênio também prevê a estruturação de um curso sobre as normas internacionais de contabilidade (IFRS, em inglês) com carimbo do CFC e do AICPA que deverá ser dado no primeiro semestre do próximo ano no Brasil e Estados Unidos, com a possibilidade de ser estendido para outros países da América Latina.

O conteúdo do treinamento deve reunir experiências brasileiras bem-sucedidas no assunto. Entre elas, Carneiro destaca os cursos online fornecidos pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e pela Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (Fipecafi), além das aulas presenciais dos conselhos federais americano e brasileiro.

“Normalmente, os americanos querem trazer a marca deles para cá. Só que hoje somos nós quem temos muito a ensinar sobre o processo de convergência contábil”, afirma Carneiro. Segundo ele, está em estudo a criação de uma certificação em IFRS com o selo do CFC e do AICPA.

A experiência brasileira no processo de adoção do IFRS, para Carneiro, serve hoje de exemplo no mundo. “O nosso grande trunfo foi ter realizado primeiramente a convergência interna, com todos os órgão reguladores se reunindo em torno do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC)”, destaca Carneiro, que preside o Grupo Latino-Americano de Normatizadores de Informações Financeiras (Glenif). O órgão foi formado em junho deste ano, com objetivo de representar a América Latina no processo de elaboração das normas contábeis internacionais.

Fonte: Marina Falcão Valor Economico


[1] Instituto Norte- Americano de Contadores Públicos Certificados

17 novembro 2011

Empresa de Capital Fechado

Comentamos anteriormente no blog que os Estados Unidos estavam estudando a criação de uma entidade responsável pelas normas de contabilidade para empresas de capital fechado. A proposta envolve a participação do Fasb, que teria o comando da nova entidade.

Agora o AICPA resolveu lutar contra o domínio do Fasb, criando uma ferramenta online para que os CPAs encaminhe uma carta protestando contra a falta de dependência da nova entidade.

20 outubro 2011

Teste CPA no Brasil

Segundo informação do Going Concern, a partir de 2012 os testes CPA poderão ser feitos no Brasil. Este teste é mantido pela AICPA e administrado pela NASBA. O teste inclui conhecimentos de direito comercial, auditoria e contabilidade financeira. Em termos de horas, o exame chega a atingir 14 horas.

Achei interessante que a notícia do Going Concern estava acompanhada da foto ao lado. Faz sentido?

07 agosto 2011

Desenvolvimento da contabilidade norte-americana: Parte II

Desenvolvimento da contabilidade norte-americana: Parte II - Por Isabel Sales

As associações profissionais que auxiliaram o desenvolvimento da contabilidade nos Estados Unidos – AAA e AICPA – merecem uma postagem específica.

AAA

Em 1916 foi criado a American Association of University Instructors in Accounting, que primeiramente voltou-se para o desenvolvimento do currículo universitário (NIYAMA, 2006). Suas primeiras publicações formais eram trabalhos apresentados em reuniões anuais, mas a partir de março de 1926 iniciou-se a publicação da revista The Accounting Review. Atualmente o órgão também apoia o journal Accounting Horizons.

O nome da Associação foi alterado em 1936 para American Accounting Association, ano em que foi publicada a primeira de uma série de trabalhos sobre Princípios da Contabilidade. (Em 1940 foi publicado o estudo que recebeu maior destaque, An Introduction to Corporate Accounting Standards, escrita por Paton e Littleton).

Hendriksen e Van Breda (1999) ressaltam que o enfoque geral do comitê executivo era o de recomendar princípios básicos, mas amplos, nos quais as demonstrações financeiras das empresas poderiam se apoiar.

AICPA

Em 1887 foi formada a Associação Americana de Contadores Públicos (American Association of Public Accountants – AAPA) tendo como seu órgão oficial o Journal of Accountancy. Concomitantemente, surgiram associações independentes por todo o país, tendo em 1896 seus membros sido reconhecidos legalmente pelo Estado de Nova Iorque, o que os permitiu denominarem-se contadores públicos registrados, caso fossem certificados por diretores de universidades estaduais (HENDRIKSEN; VAN BREDA, 1999).

Oliveira (2003) acrescenta que, em consequência às críticas decorrentes do sentimento de fracasso, a AAPA reavaliou o alcance de suas atividades. Foi decidido que a Associação seria reorganizada e, em 1916, seu nome foi alterado para The Institute of Accountants in the United States of American – IAUSA. O Instituto teve vida curta e teve seu nome novamente alterado, dessa vez para American Institute of Accountants – AIA em 1917.

Em 1921, conforme Hendriksen e Van Breda (1999), “uma dissidência formou a Sociedade Americana de Contadores Públicos Registrados (American Society of Certified Public Accountants – ASCPA), sendo o único critério para admissão a posse de um certificado emitido por um estado”.

Essas duas organizações (AIA e ASCPA) contrastaram por quinze anos em busca da representação dos contadores americanos. Finalmente em 1936 as duas organizações se uniram e passaram a cobrar um certificado válido de contador público registrado. Em 1957 o nome foi alterado para Instituto Americano de Contadores Públicos Registrados (American Institute of Certified Public Accountants – AICPA) (OLIVEIRA, 2003). Nessa época, a entidade criou vários comitês e conselhos para o desenvolvimento dos princípios contábeis, dentre eles o Comitê de Procedimentos Contábeis – CAP, em 1938; a Junta de Princípios Contábeis (APB), em 1959; e, como órgão independente do AICPA, a Junta de Princípios e Padrões Contábeis (FASB), em 1972 (NIYAMA, 2006).

Referências
HENDRIKSEN, E. S.; VAN BREDA, M. F. Teoria da Contabilidade. São Paulo: Atlas, 1999.
NIYAMA, J. K. Contabilidade Internacional. São Paulo: Atlas, 2006.
OLIVEIRA, A. D. Evolução da Terminologia Princípio Contábil Baseada na Escola Norte-Americana. 2003. 173 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Contábeis) – Curso de Ciências Contábeis, Programa Multiinstitucional e Inter-regional de Pós-Graduação em Ciências Contábeis da UnB, UFPB, UFPE e UFRN. Universidade Federal de Pernambuco, 2003.

26 maio 2010

AICPA e Iasb

Sir David Tweedie, presidente do Iasb, dirigindo-se ao American Institute of Certified Public Accountants (AICPA) (...) afirmou que a adoção de normas internacionais de contabilidade é um elemento-chave da agenda da reforma financeira global e os benefícios a longo prazo que proporciona usar um conjunto de normas contábeis com elevado nível de qualidade mais que compensam as dificuldades de curto prazo envolvidos na transição.

"O mundo tende a adotar um conjunto uniforme de normas contábeis, e esta é uma área muito importante para que os E.U.A fiquem de fora", disse Tweedie. "Depois de quase uma década de trabalho para melhorar a International Financial Reporting Standards (IFRS) e Princípios Contábeis Geralmente Aceitos nos Estados Unidos (GAAP), buscando a convergência dos dois sistemas, é hora de terminar o trabalho." (...)


Comunicado de prensa de Business Wire : American Institute of Certified Public Accountants (AICPA) - 26 de maio de 2010 - Agence France Presse

O AICPA é a organização dos contadores do EUA, com mais de 360 mil membros.

09 setembro 2008

Frase

"We believe the capital markets ultimately will insist on IFRS for public companies. Today's action by the SEC continues a robust and thoughtful debate that is critical as the transition occurs."

Barry Melancon, AICPA president and CEO
The American Institute of Certified Public Accountants AICPA; AICPA Statement on SEC Roadmap for IFRS - Science Letter - 9/9/2008