Um breve histórico do caso. A Malásia criou um fundo soberano, chamado 1MDB. Este fundo tinha como conselheiro uma pessoa chamada Jho Low. O Goldman ajudava na gestão do fundo e levantou 6,5 bilhões de dólares para o desenvolvimento econômico do país. Mas a maior parte do dinheiro foi desviada por Low e algumas pessoas próximas do então primeiro-ministro, Najib Razak. Razak já foi condenado na Malásia, perdeu o cargo e caiu em desgraça. Low, depois de gastar o dinheiro com festas e presentes para algumas das celebridades conhecidas do mundo (foto), desapareceu. Acredita que Low esteja na China, mas o paradeiro é desconhecido.
O julgamento refere-se a funcionários do Goldman Sachs. A instituição já reconheceu sua culpa e pagou multas no valor de 5 bilhões. Um alto funcionário do Sachs, Tim Leissner, também afirmou ser culpado e deu um depoimento de dez dias para o caso. Agora é a vez de um subordinado de Leissner, Roger Ng.
Provavelmente a participação de Ng deve demorar mais duas semanas. Leissner afirma que Ng era o contato com Low, que marcou uma reunião onde Low indicou quem o Goldman deveria subornar para gerenciar o fundo. O problema é que Leissner é duvidoso como testemunha. O próprio Goldman considera Leissner um vigarista, o que não significa muito. E era chefe de Ng.
Certamente, não há inocente aqui.