Do Trivela
(...) Nesta semana, a escassez dos cromos da Panini virou assuntou de estado [na Argentina]. Matías Tombolini, secretário de comércio, se reuniu com representantes da UKRA (a associação argentina dos jornaleiros) e também da New Rita, a empresa licenciada pela Panini para produzir os álbuns. A postura do governo foi bastante criticada, em um momento no qual a crise econômica e política da Argentina deveria gerar pautas bem mais urgentes.
Se por um lado a Argentina convive com escassez de divisas para importar insumos fundamentais à economia, foi a escassez de figurinhas que preocupou a Secretaria de Comércio. Os pacotinhos se tornaram artigos raros nas ruas do país. A falta do produto gerou uma infrutífera busca pelas bancas de jornais argentinas e, consequentemente, impactou nos preços. O custo original do pacotinho é tabelado em 150 pesos (salgados R$5,35 na cotação atual), mas chegou a ser repassado por valores de 300 a 500 pesos nos últimos dias. O álbum, que custa 750 pesos, começou a ser vendido por 3 mil. (...)
Segundo a Exame, já surgiu um mercado de figurinhas falsificadas.
Que tal usar o exemplo para pensar na contabilidade? A figurinha é um ativo? Qual seria seu valor justo? Faz sentido usar o valor de mercado ou seria melhor usar o valor tabelado? Aqui temos um valor de troca, de uso ou hedônico?