Translate

02 abril 2025

Momento delicado para as Big Four e Consultorias nos governos da AUKUS

Da newsletter do Financial Review de 2 de abril: 


No orçamento federal da semana passada, o governo trabalhista australiano prometeu cortar mais 720 milhões de dólares em gastos com consultorias e prestadores de serviço em 2028-29, elevando a redução total desde a última eleição para 4,7 bilhões de dólares.

Nos EUA, grandes firmas de consultoria ofereceram reduzir contratos governamentais, limitar aumentos de preços e adotar taxas baseadas em desempenho, após terem sido alvo do governo de Donald Trump, segundo o Financial Times.

Empresas como Deloitte e Accenture já perderam contratos públicos, e espera-se que outras sejam excluídas nos próximos meses.

Somando-se aos planos do governo britânico de cortar 5,8 bilhões de dólares em gastos com consultorias, há um consenso no âmbito do AUKUS [Austrália, Reino Unido e Estados Unidos] de que essas firmas vêm drenando seus principais clientes há anos.

Essa visão é compartilhada pela ex-consultora da Bain e agora estilista Kiane von Mueffling, que afirma sentir-se como se estivesse “doando sangue” toda vez que ia trabalhar na consultoria. Hoje, ela criou a camiseta branca perfeita.

Os ventos contrários que atingem o setor levaram a EY a iniciar uma ampla reestruturação de seus negócios. Três “áreas” globais serão dissolvidas, e 18 divisões regionais serão fundidas em 10.

A divisão de serviços financeiros também perderá sua relativa autonomia e passará a se reportar a uma parceria regional. Como de costume, cortes de empregos são prováveis.

Nenhum comentário:

Postar um comentário