John Bennett Canning (1884–1962) foi professor de economia e chefe da Divisão de Contabilidade da Universidade de Stanford. É autor do livro The Economics of Accountancy (1929), uma obra pioneira que procurou reinterpretar os conceitos contábeis a partir da teoria econômica. Seu objetivo era tornar a contabilidade mais compreensível para os economistas, mas acabou contribuindo de forma decisiva para o avanço conceitual da própria contabilidade.
Canning analisou com rigor os conceitos de ativos, passivos, capital e income, criticando a ausência de definições claras nos textos contábeis da época. Argumentou que a prática contábil era excessivamente legalista e carecia de uma teoria do valor. Propôs, então, que a avaliação de ativos fosse baseada nos fluxos de caixa futuros esperados, e que os aumentos de valor fossem reconhecidos como renda, desde que estimativas confiáveis pudessem ser feitas.
Para ele, o income era realizada quando três condições fossem cumpridas: alta probabilidade de recebimento em até um ano, valor conhecido ou estimável, e custos associados conhecidos ou estimáveis. Suas ideias de mensuração econômica e reconhecimento contábil estavam muito à frente de seu tempo e ainda são consideradas modernas e influentes.
Os conceitos modernos que usamos em documentos da Estrutura Conceitual tem sua origem na obra de Canning.
(Fonte: verbete de Michael Chatfield, The history of accounting) (Não consegui obter uma fotografia do Canning na internet)
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